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sexta-feira, 12 de junho de 2020

GENTILEZA e Boa ação - Uma para cada dia ...


  • Até na vida mais caótica há espaço para a gentileza cotidiana.
É um dia comum da semana e estou equilibrando as tarefas rotineiras no meu escritório de casa: pesquisar, escrever, telefonar, lavar umas peças de roupa. Em meio às tarefas, uso minha rede de e-mails para ajudar uma mãe a encontrar um cachorro que recentemente mordeu seu filho. 

Atravesso a rua para resolver um problema no computador de uma viúva idosa. Bato a massa e ponho no forno um tabuleiro de bolinhos de chocolate a serem doados a uns vizinhos bastante reclusos.

Nenhuma dessas ações demora muito, é difícil ou cara. Não faz tanto tempo assim, eu me surpreenderia ao ver como é fácil dar uma mãozinha, alegrar o dia de alguém ou fazer a diferença. Mas não mais, porque cumpri a meta de fazer uma boa ação por dia durante 50 dias seguidos. Serei algum tipo de maria-mole sentimental? De jeito algum. Uma boa ação por dia era um conceito assustador? Pode apostar que sim.

Quase todos os meus dias são caóticos. Sou mãe em tempo integral de Emily, hoje com 10 anos. Meu marido Ian e eu trabalhamos o dia inteiro. 

Quan­do não estou à mesa ganhando a vida como redatora autônoma, estou cozinhando, limpando, pagando contas. Levo minha filha à escola, aos ensaios do coral e às aulas de natação. Dou assistência diária ao meu marido, que é tetraplégico. Como a maioria das pessoas do planeta, meu tempo é curto e preciso controlar os gastos.

É uma triste realidade que tantos de nós estejamos ocupados demais para contribuir com a comunidade ou com o mundo em geral. Durante anos, também acreditei ser preciso muito tempo, dinheiro e energia para de fato fazer a diferença.

Mas tudo isso mudou quando comecei o projeto de uma boa ação por dia.

Em meados de 2006, fui inspirada por vários desafios pessoais de alto nível, como o Projeto Julie/Julia, no qual uma blogueira escreveu sobre preparar 524 receitas de Julia Child em um único ano – e inspirou o filme Julie & Julia. Pensei num desafio parecido para mim.

A minha filha foi a principal inspiração. Ela já sabia que sustentávamos uma menina que pretendíamos adotar, no Egito, que doávamos as roupas usadas, que dávamos dinheiro a quem pedia de porta em porta para instituições de caridade. Mas eu queria lhe mostrar que podíamos ir além e resolvi fazer uma boa ação por dia durante 50 dias.

Na primeira semana, não tinha certeza de que conseguiria. Procurei ideias na Internet. Quando saía para ir a reuniões, fazer compras ou pagar contas, procurava possíveis atos de gentileza para cumprir a cota diária. 

Certo dia, retirei os carrinhos de supermercado da vaga de deficiente físico do estacionamento. Outro dia, guiei um cego na estação do metrô. Ele sorriu ao me agradecer.

Por vezes, tive de me esforçar para encontrar algo gentil a fazer, o que me obrigava a sair da minha zona de conforto. Levei flores do meu jardim para um asilo local. Catei o lixo da pracinha, com uma vergonha desconcertante das outras famílias que assistiam. Só espero ter provocado boas ideias nos outros...

Mas, alguns dias depois, descobri que era mais fácil do que pensava. Fiquei me sentindo quase culpada pela pequenez, pela simplicidade das boas ações que fazia. Eu as encaixava na nossa vida corrida da maneira que me convinha. Mas não era essa a questão? Mostrar que as boas ações não têm de ser desgastantes? E, embora quase tudo o que fazia fosse coisa pouca – não fundei um orfanato nem salvei uma vida –, no fundo eu sabia que era importante.

É claro que boas ações também têm os seus riscos. Certo dia, no trem, fui me agachar para catar jornais quando uma mulher passou correndo e bateu com uma bolsa enorme no alto da minha cabeça. Voltei para casa com a cabeça doendo, mas ainda com a sensação de missão cumprida. 

Outras boas ações não deram certo. Tentei doar sangue, mas, depois de muitas infrutíferas espetadelas em minhas veias inadequadas, me mandaram de volta para casa. Outra vez tentei dar comida a uma pedinte, mas fui rejeitada porque ela era vegetariana. (Em vez da comida, aceitou de bom grado algumas moedas.)

Mas algumas boas ações assumiram vida própria. Procurei meu professor de redação criativa do ensino médio e lhe mandei uma carta para agradecer o encorajamento que me dera havia tantos anos. Ele respondeu com um bilhete entusiasmado e reacendeu uma amizade duradoura.

Toda noite, à mesa do jantar, eu descrevia a boa ação do dia para Emily e Ian. A ideia pegou, e logo estávamos trocando histórias. Minha filha falou da catação de lixo que motivara na escola. Meu marido descreveu como ajudou uma velhinha que caiu na calçada: pediu a um passante que ligasse para a Emergência e ficou consolando a mulher enquanto não chegava ajuda. 

Até o meu pai deu um telefonema interurbano para contar a estranha boa ação que fizera naquela manhã: interrompeu seis pistas de tráfego num cruzamento da cidade para que uma pata atravessasse a rua com seus dois patinhos!

Emily começou a dividir o que eu iniciara como missão pessoal. Na volta da escola para casa, foi até o vaso de gerânios do vizinho, que caíra com o vento, e o endireitou. “Foi a minha boa ação do dia!”, exclamou. Outro dia, ela me ajudou a recolher doações dos vizinhos para a central de distribuição de alimentos. Levamos os alimentos até lá e, quando fomos embora, Emily anunciou pomposamente que algum dia queria trabalhar lá.

Na última semana, vi que eu também mudara. No início, eu não estava totalmente convencida de que conseguiria fazer uma boa ação todo dia. 

Agora era quase automático. Sentia-me mais atenta ao que acontecia à minha volta, ao que precisava ser feito. Experimentava uma responsabilidade maior para agir quando via necessidade, em vez de fingir que não era comigo. De certa forma, percebi que tinha acordado.

No 50º dia, me dei parabéns por ter vencido o desafio. Conseguira! O mais importante foi aprender que três quartos das minhas boas ações levaram menos de 15 minutos. Três quartos delas não custaram dinheiro. Ainda assim, sem dúvida esses atos causaram impacto.

No 51º dia, para minha surpresa, me senti obrigada a jogar fora o lixo deixado num banheiro público. Na verdade, os 50 dias de boas ações haviam criado em mim um hábito que não perdi desde então. Hoje, faço muito mais boas ações do que costumava fazer, e o restante da família também.

Quando falo das minhas 50 boas ações, costumo ouvir histórias de gentilezas e caridade que outras pessoas fizeram.
Parece que a maioria de nós se emociona quando é capaz de fazer algo de bom para alguém.

Por que temos essa vontade tão forte de ajudar os outros? Uma teoria diz que as pessoas mais atentas e carinhosas têm maior probabilidade de criar bem os filhos até a idade adulta do que as que só fingem ser assim. Segue-se que a evolução favorece os mais bondosos e gentis.

Gosto dessa ideia. E agora sei que todos têm em si a capacidade maravilhosa de fazer uma boa ação por dia!

 Um mês de sentimentos bons:
  • 31 boas ações
 1. Cumprimente um estranho.
2. Deixe o jornal na porta do seu vizinho.
3. Ponha uma moeda num brinquedo infantil que está prestes a expirar.
4. Visite alguém doente em casa.
5. Doe roupas usadas.
6. Ajude uma mãe ocupada a levar as compras até o carro.
7. Seja um bom ouvinte para quem precisa falar.
8. Limpe as pichações de algum lugar público.
9. Leve um café fresco a um policial.
10. Disponibilize-se a ajudar um casal que acabou de ter filho.
11. Segure a porta para quem vem atrás.
12. Ceda o lugar a quem tem mais pressa que você num estacionamento lotado.
13. Pague a conta de quem está atrás de você na lanchonete.
14. Doe sangue.
15. Doe material de artesanato para uma creche.
16. Cate o lixo de um lugar público.
17. Seja voluntário numa casa de repouso para idosos.
18. Deixe uma gorjeta generosa para o garçom.
19. Tome conta do filho de alguém.
20. Mande um bilhete de apoio a quem passa por dificuldades.
21. Doe livros a uma escola.
22. Recolha dinheiro com os amigos para uma instituição de caridade.
23. Seja mentor de alguém no seu campo profissional.
24. Ceda o seu lugar a alguém no transporte público.
25. Ajude a distribuir sopa aos pobres.
26. Telefone para (ou visite) um idoso que more sozinho.
27. Faça uma doação on-line a alguma organização não governamental.
28. Leve para o escritório uma caixa de biscoitos ou chocolates.
29. Escreva uma carta ao supervisor elogiando um funcionário público que trabalha direito.
30. Dê comida a um sem-teto.
31. Dê carona a quem não tem carro.
  • Revista Seleções

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Idosos e Jovens - Como lidar com gerações diferentes da sua

  • É bem antiga e cansativa a retórica que envolve os conflitos de gerações na condução dos negócios e da vida empreendedora. 
Repleta de chavões e clichês, ela embala uma ruptura de diálogo perigosa, potencializando preconceitos, desconhecimento e fatalmente emitindo uma mensagem subliminar (por vezes explícita) desmerecendo gerações compostas por profissionais mais maduros.

Desconectada da realidade e míope na mínima observação cotidiana, pois desconhece exemplos de prodígios sempre presentes em todas as gerações, com muitos remanescentes ainda bem ativos com mais de sete décadas bem vividas.

E pior, sua prática é recorrente e cíclica, sempre promovendo a geração mais recente como a mais preparada e melhor talhada para o presente e o “futuro”. Mas isso não é de hoje, sempre foi assim, questionemos nossos avós, por favor. O resultado disto é o equívoco onde a geração do ‘momento” em breve será a geração “ultrapassada” e “velha”, cuja contribuição “obsoleta” deve ser esquecida.

Recentemente visitei um site sobre um fundo de venture com capital focado em startups, que entoava logo no início a seguinte inscrição “aqui não valorizamos a experiência”. Li aquilo e achei tão pueril que acabei rindo sozinho, e me segurei muito para não continuar rindo quando a reunião começou.

Saiba como lidar com gerações diferentes da sua – valendo para todos obviamente, pois também existem muitos idosos maduros e experientes que não perderam o bonde da evolução e seguiram atualizados com todas as inovações tecnplógicas hoje existentes.

Como lidamos com isso?

Sempre que for encarar uma discussão ou debate com profissionais de uma geração muito diferente da sua, prepare-se com argumentos concretos. A racionalidade vale por mil palavras defendendo a sua experiência ou o sobre o quanto você é inovador e atualizado;

Saiba escutar com paciência os argumentos que aparentemente são divergentes. E com o mesmo cuidado exponha a sua discordância, quando houver. Neste contexto fique livre de emoções ou de retóricas cansativas. E por fim, lembre-se sempre de que não existem “donos da verdade” ou “opositores malvados”, mas apenas pessoas com bagagens diferentes que precisam somar, contribuir conjuntamente e conviver com discordâncias;

Evite estigmatizar seus interlocutores e ofereça no lugar disso maturidade e empatia, compreendendo que a experiência vale muito sim, mas que as novidades que as gerações mais recentes trazem são imprescindíveis para processos e dinâmicas de trabalho calibradas, e adequadas à realidade;

Cultive a sua autoconfiança de forma a ter coragem estocada suficiente para voltar atrás ou reconhecer equívocos na sua abordagem. Essa atitude suaviza os inevitáveis embates profissionais, ajuda a construir laços sólidos de parceria e confiança e pode derrubar grandes barreiras;

Deixe a vaidade de lado, sendo grande aos 21 ou aos 70 anos. Atue portanto com respeito e consideração, absorvendo a experiência e se alimentando do novo em um processo contínuo de crescimento.





quarta-feira, 30 de maio de 2018

Idosos - As pessoas idosas realmente necessitam de banho diário?

  • Tomar banho todos os dias representa mais um hábito cultural que uma necessidade. 
Esse é um hábito tão comum entre nós que qualquer sugestão em contrário é vista com certo rechaço.

Embora o banho seja muito importante, a rotina de seu uso diário não pode ser legitimamente defendida. Se um banho por dia já é difícil de defender, que dirá dois. No entanto, essa é a rotina de alguns hospitais, instituições, cuidadores domiciliares etc.

Em relação aos idosos, a frequência do banho vai depender de suas necessidades. Em algumas circunstâncias, ele pode ser dado apenas, por exemplo, duas vezes por semana. É o caso das pessoas idosas com importante ressecamento de pele, das muito enfraquecidas ou das que, por problemas de saúde, cansam-se muito facilmente.

Isso não significa que seja desnecessário manter os outros cuidados com a higiene pessoal; na verdade, alguns deles devem ser reforçados.

A ajuda no banho costuma ser uma das principais atividades desenvolvidas pelos cuidadores.

Ela é necessária quando o idoso não consegue banhar-se sozinho, por apresentar alguma dificuldade temporária, permanente ou progressiva em consequência de:

• Sequelas incapacitantes de doenças existentes.
• Diminuição de força e energia.
• Presença de dor ou desconforto.
• Incapacidade de acessar determinadas partes do corpo (ex.: pés, pernas, costas).
• Medo de cair.
• Confusão mental, dificuldade de compreensão, esquecimento do que deve ser realizado e como.

Durante o banho, o cuidador deve estimular a pessoa idosa a realizar o que conseguir fazer, pois os princípios de autonomia e independência têm de ser sempre preservados.

A pele é o maior órgão de nosso corpo, protegendo-nos contra microorganismos e substâncias estranhas. Conforme envelhecemos, ela vai ficando mais fina, menos elástica e mais ressecada. Por essa razão, o primeiro objetivo ao cuidar da pele da pessoa idosa é mantê-la hidratada, pois isso aumenta sua resistência a lesões e, quando elas acontecem, permite uma recuperação mais rápida.

Na superfície de nossa pele existe um tipo de estrutura que é capaz de absorver grande quantidade de água. É por essa razão que, quando ficamos muito tempo em contato com a água, parecemos uma “ameixa seca”. Portanto, o momento ideal para hidratar a pele é logo após o banho. A aplicação de cremes, emolientes e loções ajudam a “segurar” a água na pele, aumentando a umidade da camada mais superficial e, consequentemente, sua proteção. Pensando no mesmo princípio, os óleos de banho não devem ser adicionados à água antes de 15-20 minutos de imersão.

Qualquer produto que diminua a umidade da pele (os que contêm álcool) tem de ser evitado. Talco e maisena não são recomendados, o primeiro porque absorve o óleo e pode ser inalado e o segundo porque forma um “meio de cultura”, facilitando a ocorrência de infecções.

O cuidador deve aproveitar a hora do banho para examinar a pele da pessoa idosa, identificando lesões, rachaduras, descamação, mudanças na cor (descorada, avermelhada, azulada), presença de regiões quentes ao toque, edemas, hematomas e/ou tumorações. Qualquer anormalidade precisa ser comunicada à família, para tomada de providências.
http://www.cuidarebemestar.com.br/
  • Idosos - A difícil decisão de trazê-los para morar na sua casa


IDOSOS - INFECÇÕES
  • Cuidadores de idosos - Secretaria de Desenvolvimento Social

  • Manual dos formadores de cuidadores de pessoas idosas

  • Manual_codigo_etica_2015






Idosos - A difícil decisão de trazê-los para morar na sua casa

  •  Em 2009, minha mãe ficou viúva e foi morar sozinha em um sítio em Jarinu (SP). 
O tempo passou, e eu e meus três irmãos percebemos que ela corria muito riscos estando longe da família. Em 2011, ela foi morar com o meu irmão, em São Paulo. Mas, em 2013, ela teve um AVC. Aos 77, ela perdeu a mobilidade do lado direito e passou a depender de alguém para tudo, embora esteja lúcida. Quando isso aconteceu, não perguntei a ninguém o que deveria ser feito –nem para o meu marido. Apenas a levei para a minha casa. Parei de trabalhar para me dedicar inteiramente a ela. A rotina de cuidados é muito intensa. Por um ano, não aceitei ajuda. Mas meu casamento começou a dar sinais de que não aguentaria. Meu marido foi muito parceiro, mas a responsabilidade que eu tinha era tão grande, que eu só queria dormir no pouco tempo livre que sobrava. Percebi que não estava mais vivendo. Reuni meus irmãos e decidimos contratar um cuidador para ficar com ela, na minha casa, durante o dia. À noite, eu assumo. Aos finais de semana, os meus irmãos se revezam para ficar ela. Cuidar dos pais exige uma entrega emocional muito grande, mas, hoje, eu sei o que minha mãe quer só pelo olhar ou o sorriso dela”. Judite Teixeira de Souza, 58 anos, filha de Ruth Teixeira de Souza, 81 anos.

Entre os desafios da vida adulta, assistir ao envelhecimento dos pais é um dos mais dolorosos para os filhos. Às vezes, a idade significa a perda gradativa da saúde física e mental. Quando o pai ou a mãe fica sem companhia, a situação se complica. E é inevitável o impasse: como atender às necessidades do idoso, sem alterar drasticamente a rotina dele e a sua?

Levar o pai ou a mãe para a própria casa parece a alternativa mais correta, afinal, é a hora de retribuir a quem se dedicou a você a vida inteira. Certo? Em partes. “A chegada de um idoso em casa provoca mudanças em toda a família, que nem sempre está preparada, tanto em termos financeiros quanto psicológicos”, explica a psicóloga Márcia Bastos Miranda, mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Pode acontecer de os familiares não poderem deixar de trabalhar para ficar com idoso em tempo integral ou, ainda, de não haver espaço em casa. Crianças muito pequenas, que já demandam atenção constante dos pais, também podem ser um impeditivo para a chegada de mais uma pessoa necessitando de cuidados.

“A junção dá certo em famílias que estejam dispostas a reorganizar a rotina para cuidar do ente querido. Até uma reforma na casa pode ser necessária para acomodar o idoso, mas depende da saúde dele”, explica a psicóloga. “É um processo que exige muita paciência dos filhos, porque o idoso, que já foi uma pessoa independente, pode reagir com agressividade, intolerância e resistência ao perceber que, agora, depende dos outros”, diz a psicóloga.

E não se trata de apenas separar um quarto da casa para um dos pais, mas de fornecer atenção e carinho para que ele se sinta acolhido e à vontade no novo ambiente. Isso significa fazer as refeições em horários convenientes para ele, desacelerar a vida social e, talvez o maior desafio de todos, se acostumar com perda de privacidade na própria casa.
  • O passado importa
A qualidade da relação entre pais e filhos nessa fase vai depender do que construíram antes. “Se a família possui laços familiares com o idoso, cultivados ao longo da vida, é possível que fique mais fácil lidar com a entrada dele na rotina familiar”, diz a psicóloga Renata Bento, perita em Vara de Família no Rio de Janeiro.

Porém, em alguns contextos, ter que cuidar do pai ou da mãe é uma tarefa bastante complexa. “Filhos que tiveram pais ausentes, ou menos afetuosos, podem experimentar sentimentos conflitantes”, diz Renata.
  • Sentir culpa é humano
O sentimento pode aparecer ao se dar conta de que não conseguirá transformar a rotina para receber o idoso em casa. Mas pode ser contornado com um planejamento bom para ambos os lados --ninguém ganha quando a chegada do idoso causa apenas atritos.

Em geral, manter o idoso na própria casa é a melhor saída, porque o ambiente familiar lhe parecerá mais seguro e agradável. Mas isso demandará uma rede de cooperação entre filhos, noras, genros e netos, já que se trata de um trabalho desgastante.

Sem disponibilidade de tempo, e com reserva financeira, a alternativa é contratar um profissional treinado para o atendimento a idosos, que estará ao lado do familiar dia e noite. Se o cuidador tiver formação técnica em enfermagem, poderá zelar também pela saúde dele. Ainda que não faça as vezes de um médico, ele será capaz de analisar as reações do paciente, no dia a dia, indicando quando é o momento de solicitar a ajuda do profissional.

Por outro lado, mesmo delegando o cuidado diário com o idoso a um terceiro, o filho deve procurar dedicar parte do seu tempo ao pai. “É importante que o idoso receba visitas regulares, de preferência diárias, mesmo que por pouco tempo, para sentir-se menos desamparado. Nessa fase, o sentimento de solidão pode tornar-se mais evidente e favorecer o adoecimento emocional”, diz Márcia Bastos Miranda.

É essencial e respeitoso perguntar a opinião do idoso, sobre como ele se sentiria melhor. Os mais velhos, como qualquer um, têm desejos, preferências e sonhos. Dentro do possível e do que for seguro para eles, é importante que suas vontades sejam respeitadas e atendidas. 
https://universa.uol.com.br/
  • Idosos - As pessoas idosas realmente necessitam de banho diário?

segunda-feira, 14 de maio de 2018

IDOSOS - Saiba demonstrar mais paciência com os idosos






  • Reflita sobre a forma como tem dedicado atenção aos idosos em sua trajetória de vida e sobre o exemplo que tem dado a seus filhos, e poderá ter uma ideia de como a velhice será em sua vida.
Aprenda a conviver melhor com os idosos para que eles se sintam respeitados e amados sempre. Idosos devem ser amados, compreendidos e respeitados.

Quem não quer chegar bem à velhice tendo uma convivência prazerosa com filhos, netos e conhecidos? Para ter um futuro bacana desses, você precisa fazer sua parte: enquanto a terceira idade não chega, treine já sua paciência e disponibilidade com seus os mais velhos.
Os 10 mandamentos da boa convivência


1. Dar muito amor e carinho
 

É fundamental demonstrar ao idoso seus sentimentos por ele. Diga, pelo menos uma vez por dia, que o ama, faça um carinho, sorria e demonstre o quanto ele é querido. Com esse comportamento, ele se sentirá seguro e fazendo parte da família.

2. Ter paciência
 

Quem tem uma pessoa mais velha em casa sabe que manias, teimosias e constantes repetições de histórias podem cansar. Quando se vir em uma dessas situações, conte até dez e tenha paciência.

3. Reconhecer a sabedoria do mais experiente
 

Quem viveu muito sabe das coisas. Que tal sempre pedir a opinião, mesmo que seja sobre um assunto banal, a quem chegou à terceira idade? Faça com que ele perceba que é importante e respeitado.

4. Ficar atenta à saúde e à qualidade de vida
 

Muitas vezes, com medo de dar trabalho, o idoso não conta que está se sentindo mal. Em outros casos, pode passar o tempo todo reclamando de algum problema de saúde. Na dúvida, leve-o ao médico regularmente, mesmo que seja apenas para tranquilizá-lo.

5. Respeite-o
 

Nada justifica jogar frustrações ou problemas em cima dos parentes mais velhos. Nunca diga que ele “vive às suas custas”, que você está “fazendo o favor de abrigá-lo” e, muito menos, que ele é um “encostado”.

6. Aceite os limites
 

É claro que pessoas na terceira idade precisam estar em atividade, mas não vá mandá-los fazer serviços pesados ou que demandem raciocínio rápido e ótima memória. Se puderem e quiserem ajudar, maravilha! Mas dentro de suas limitações.

7. Não discuta na frente dele
 

Se você tem algo a discutir com o marido ou os filhos, evite que seja na frente do idoso. É que no calor da conversa, pode sobrar para ele. Mesmo que isso não aconteça, o idoso pode achar que a discussão, na verdade, é por causa da presença dele na casa.

8. Estabeleça uma rotina boa
 

Os hábitos que uma pessoa tem ficam mais rígidos na velhice. Por isso, procure facilitar a vida do idoso que acorda, dorme e faz as refeições mais cedo, que vê sempre o mesmo programa na TV ou passa horas jogando paciência.

9. Estimule-o a ter um lazer
 

Quando notar que alguém da terceira idade está sem ter o que fazer, incentive-o ou convide-o a dar uma volta num parque ou na praia, visitar os amigos, fazer um curso, enfim, a se divertir e se manter em contato com outras pessoas.

10. Inclua-o
 

Chame o idoso para acompanhá-la a vários lugares (shopping, cinema, banca de jornal, padaria, mercado), principalmente se for a pé. Além da atividade física, ele se manterá informado sobre o que está acontecendo.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

IDOSOS - Alucinações - o que revelam sobre nossas mentes

  • Oliver Sacks - O que as alucinações revelam sobre nossas mentes:
O neurologista e escritor Oliver Sacks chama nossa atenção para a síndrome de Charles Bonnet — na qual deficientes visuais experimentam alucinações lúcidas. Ele descreve as experiências de seus pacientes com detalhes afetuosos e nos conduz à biologia desse fenômeno pouco divulgado.

Nós vemos com os olhos, mas também vemos com o cérebro. E ver com o cérebro é muitas vezes apelidado de imaginação. Conhecemos as paisagens da nossa própria imaginação, as nossas paisagens interiores. Vivemos com elas toda a vida. Mas também há as alucinações. As alucinações são totalmente diferentes. Não parecem ser criadas por nós. Não parecem estar sob o nosso controlo. Parecem vir do exterior, parecem imitar a percepção. Por isso, vou falar de alucinações e de uma espécie específica de alucinação visual que observo em muitos dos meus pacientes.

Há uns meses, recebi um telefonema de uma casa de repouso onde trabalho. Disseram-me que uma das residentes, uma senhora nonagenária, estava "vendo" coisas. Pensavam que ela tinha enlouquecido ou, talvez por ser uma senhora idosa, que talvez tivesse sofrido um AVC, ou a doença de Alzheimer. Por isso, pediram-me para ir lá e observar a Rosalie, a senhora idosa. Eu fui vê-la. A primeira coisa evidente era que ela estava perfeitamente saudável,lúcida e com excelente raciocínio. Mas estava muito agitada e muito confusa porque ela andava a "ver" coisas. E disse-me — as enfermeiras não o tinham referido — que era cega, que cegara completamente,de degeneração da mácula, cinco anos antes. Mas agora, nos últimos dias, ela "via" coisas. Então perguntei-lhe: "Que gênero de coisas?" E ela respondeu: "Pessoas com trajes orientais, "vestes drapeadas, a subir e a descer escadas. "Um homem que se volta para mim e sorri. "Mas tem dentes enormes num dos lados da boca. "Também vejo animais. "Vejo um edifício branco. Está nevando nevando levemente. "Vejo um cavalo,com arreios,a limpar a neve. "Uma noite, o cenário muda. "Vejo gatos e cães a andar na minha direção. "Chegam a um determinado ponto e param. "Depois muda tudo de novo. "Vejo muitas crianças. Elas sobem e descem escadas. "Usam cores claras, cor-de-rosa e azul "como as roupas orientais." Às vezes, antes de aparecerem pessoas, "eu podia ter alucinações de quadrados rosas e azuis no chão, "que pareciam chegar ao teto". Perguntei: "E é parecido com um sonho?" E ela respondeu: "Não, não é um sonho. É como um filme." Ela afirmou: "Tem cor. Tem movimento. "Mas é completamente silencioso,como um filme mudo." E acrescentou que era um filme muito aborrecido. Disse: "Todas aquelas pessoas com roupas orientais, "a subir e a descer, é muito repetitivo,muito limitado."

Ela tem sentido de humor. Ela sabia que era uma alucinação. Mas estava com medo. Tinha 95 anos e nunca tinha tido uma alucinação. Afirmou que as alucinações não estavam relacionadas com nada que pensasse,sentisse ou fizesse. Pareciam aparecer ou desaparecer por si mesmas. Não tinha controlo sobre elas. Disse que não reconhecia nenhuma das pessoas ou lugares das alucinações. E nenhuma das pessoas ou animais, parecia aperceber-se dela. Ela não sabia o que se estava a passar. Perguntava-se se estaria a enlouquecer,ou a perder a razão. Eu examinei-a cuidadosamente. Era uma senhora notável. Perfeitamente sã. Não tinha problemas médicos. Não tomava nenhuma medicação que provocasse alucinações.Mas era cega. Então disse-lhe: "Acho que sei o que a senhora tem. "Há uma forma especial de alucinação visual que pode acontecer com a deterioração da visão, ou a cegueira."Isto foi descrito pela primeira vez,"em meados do século XVIII, "por um homem chamado Charles Bonnet. "A senhora tem a síndrome de Charles Bonnet. "Não há nada de errado com o seu cérebro. "A senhora tem a síndrome de Charles Bonnet." Ela ficou muito aliviada com isso,que não se passava nada de grave,e também ficou muito curiosa. Perguntou: "Quem é esse Charles Bonnet?" E acrescentou: "Ele também tinha isto? "Diga a todas as enfermeiras "que eu tenho a síndrome de Charles Bonnet. "Não estou louca. Não estou demente. Eu tenho a síndrome de Charles Bonnet." Então, fui contar às enfermeiras.

Para mim, isto é uma situação comum. Trabalho sobretudo em lares de idosos. Lido com muita gente idosa com dificuldades auditivas ou dificuldades visuais. Cerca de 10% das pessoas com dificuldades auditivas têm alucinações musicais. E cerca de 10% das pessoas com dificuldades visuais têm alucinações visuais. Não é necessário ser completamente cego, basta ter dificuldades visuais.

Segundo a primeira descrição feita no século XVIII, Charles Bonnet não as tinha. O avô dele sofria dessas alucinações. O seu avô era magistrado e um homem idoso. Foi operado de cataratas. A sua visão era muito fraca. E em 1759 descreveu ao seu neto várias coisas que via. A primeira coisa que ele disse que via era um lenço no meio do ar. Era um grande lenço azul com quatro círculos cor de laranja. E ele sabia que era uma alucinação.Os lenços não andam no meio do ar. Depois, viu uma grande roda no meio do ar. Mas às vezes ele não tinha a certeza se estava com alucinações ou não, porque as alucinações coincidiam com o contexto das visões.


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terça-feira, 20 de junho de 2017

IDOSOS - INFECÇÕES GERAIS

  • ODONTOGERIATRIA E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Infecções odontogênicas complexas são aquelas, que se disseminam para espaços faciais subjacentes, podendo provocar complicações graves, como a Angina de Ludwig. Seu diagnóstico precoce e uma avaliação precisa das complicações são extremamente importantes para o sucesso do tratamento. O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil epidemiológico de 50 pacientes internados com infecção odontogênica complexa em um hospital público de Belo Horizonte-MG, no intervalo de um ano. Dentre eles, 26 eram mulheres e 24 homens, com a média de idade A idade variou de 30 a 62 anos, com média de 31,04 anos. O período de internação foi, em média, de 6,9 dias, e o intervalo entre o início da infecção e a internação foi de 4,80 dias em média. Apenas 6% eram portadores de Diabetes Mellitus. Em 56%, os dentes causadores foram segundos e terceiros molares inferiores. Um total de 54% possuía baixa renda, mas apenas 4% eram analfabetos. Dentre os pacientes, 47 fizeram uso de algum tipo de medicamento prévio ao momento da internação hospitalar e 32,0% relataram-se automedicado. Concluiu-se que a infecção odontogênica pode atingir indivíduos de variadas faixas etárias, independente do sexo, classe econômica ou nível de instrução. A prevenção e a abordagem precoce dos casos são a melhor estratégia de tratamento.

O envelhecimento da população traz muitos desafios para a sociedade, inclusive para os profissionais de odontologia. Assim o cirurgião dentista deve estar  preparado  para  receber  os  pacientes  idosos  no consultório dentário, tomando os cuidados necessários devido às modificações orgânicas relacionadas  ao  processo  de  envelhecer  e  as  interações dos  medicamentos que estes podem fazer uso diário para controle das doenças crônicas como a diabetes  mellitus,  a  hipertensão  arterial,  a  depressão, a  artrite  reumatoide  e outras patologias com aquelas drogas que podem ser prescritas pelo dentista.

A Dipirona, analgésico tão comumente prescrito na Odontologia, quando interage  com  clorpromazina,  um  antipsicótico,  causa  aumento  das reações adversas.   O   uso   de   anti-inflamatórios   não   esteroidais  (AINES)   estão relacionados  à  atenuação  dos  efeitos  anti-hipertensivos  inibidores  de  ECA, beta-bloqueadores  e  diuréticos; potencialização  dos  efeitos  adversos  do  Lítio, efeito   anti-agregante  plaquetário  dos  anticoagulantes   e   efeitos   tóxicos   do antimetabólicos.   Os   antimicrobianos   prescritos   pelo   odontólogo em geral aumentam as concentrações sanguíneas por déficit na excreção renal do lítio, digoxina, ansiolíticos, teofilina, anticoagulantes orais e metotrexato.

Conclui-se  que  os  profissionais  odontólogos  devem  ter  o conhecimento dos padrões do uso dos medicamentos e das prescrições para os idosos, visto que   constitui   uma   medida   importantíssima para se   evitar   interações medicamentosas na  terapêutica farmacológica proposta.  Deve-se  atentar  para fármacos com baixo índice terapêutico ou que requeiram manutenção estrita de concentração sérica (ex.: digitálicos, warfarina, teofilina, lítio, imunossupressores,  etc.), pois apresentam  pequenas  diferenças  entre  as doses  terapêuticas  e  as doses  tóxicas, expondo  estes  pacientes  a  um  risco maior para desenvolver  efeitos  tóxicos  e  comprometendo, assim, a  segurança da terapêutica.
  • CONCLUSÃO:
A infecção odontogênica é um problema de saúde pública, que pode atingir indivíduos de variadas faixas etárias, independente do sexo, classe econômica ou nível de instrução. Pacientes de baixa remuneração parecem sofrer mais com problemas dentários e infecção odontogênica.

A prevenção e abordagem precoce é a melhor estratégia de tratamento. O diagnóstico correto e a modalidade de tratamento adequada podem evitar a necessidade de tratamento em nível hospitalar.


Conhecer a epidemiologia e o perfil dos pacientes de cada centro auxilia na tomada de decisões e na formulação de protocolos de tratamentos eficazes.


  •  REFERÊNCIAS:


 - ANDRADE,  E.  D. - Terapêutica  Medicamentosa  em  Odontologia - São  Paulo.
  • Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
  • IDOSOS - INFECÇÕES