- Você bloqueia seu sonho quando você permite que seu medo fique maior do que sua força interior.
Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para trás - vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste?
Que os tempos estão difíceis no Brasil todo brasileiro sabe, mas é nos tempos de crise que descobrimos o poder da nossa criatividade.
Algumas dicas para você e sua família passarem por esta maré ruim sem desistir ou abandonar projetos importantes como estudos e sonhos de vida.
É claro que muitas vezes fazer cortes em despesas é necessário, mas antes de tudo é importante perceber o que se trata de despesa e o que se trata de investimento.
Educação sempre será investimento, por mais que pareça ser só mais uma despesa e muitas vezes nos faça pensar em desistir. Deixar de estudar para só trabalhar ou para economizar nos gastos, embora seja o mais fácil em momentos de crise, só nos faz andar muitos passos para trás e entrar num círculo vicioso do qual dificilmente vamos sair.
Mas se tem uma coisa que a crise faz de bom é nos ensinar a usar nossa criatividade. Ah, isso sim. Nessas horas o melhor a fazer é olhar para dentro si, identificar os próprios talentos e traçar estratégia
- 1ª etapa: identifique seus talentos, conhecimentos e oportunidades.
Pergunte-se a si mesmo: O que eu sei fazer? O que eu sei fazer bem? Meus conhecimentos podem gerar produtos ou serviços? As pessoas podem se interessar por meus produtos ou serviços?
- 2ª etapa: busque formas de colocar em prática seus conhecimentos e materializar oportunidades.
Você sabe fazer artesanato? Então como pode produzir seus produtos? Onde comprar a matéria-prima para fazê-los? Quanto precisa investir?
Você sabe fazer sites e projetos de designer? Que tal criar um portfólio na internet para divulgar seu trabalho? Reúna todos os trabalhos feitos anteriormente, mesmo durante cursos e aulas, e crie um website gratuitamente.
Tem tempo depois da escola ou nos finais de semana? Sabe se comunicar com o público? Por que não trabalha em eventos nos tempos livres?
Gosta de criança? Sabe como cuidar dos pequenos? Trabalhar como babá nas horas vagas podem render uma boa grana.
Há coisas na sua casa que você não quer mais? Roupas usadas em bom estado, móveis e objetos antigos, acessórios?
- 3ª etapa: encontre seu potencial cliente e/ou empregador.
Talvez essa seja a dica mais valiosa, porque não adianta nada ter aquilo tudo que está escrito acima se você não encontrar quem queira comprar, não é mesmo?
Em tempos de crise, quase 900 mil pessoas se sustentam com a criatividade
Quem vê o Brasil mergulhado em uma grave crise política e na maior recessão em 80 anos tende a cair num desânimo sem fim. Mas, em tempos de turbulência, como o atual, é possível se reinventar e fazer a diferença.
A criatividade pode valer ouro. Muitos dos gênios que revolucionaram a história realizaram seus melhores trabalhos nos momentos mais difíceis da vida.
Talvez não fosse a depressão pela qual passou o músico alemão Ludwig van Beethoven, ele não teria composto algumas de suas obras-primas, como a Nona Sinfonia.
Ainda que timidamente, o Brasil vai se beneficiando de uma revolução silenciosa que fará a diferença para as novas gerações. A economia criativa já emprega quase 900 mil pessoas e, mantido o ritmo de crescimento observado nos últimos anos, tenderá a abocanhar parcela importante do Produto Interno Bruto (PIB).
Apenas entre 2004 e 2013, os dados mais atualizados, a participação desse segmento nas riquezas produzidas no país passou de 2,1% para 2,6%, ou seja, saltou de R$ 74,3 bilhões para R$ 126,1 bilhões.
Na economia criativa não há barreiras. Uma boa ideia, um gerenciamento de qualidade, cooperação e vontade de vencer integram a receita do negócio. Os rendimentos mensais podem chegar a R$ 18 mil. Na média, estão em R$ 5.422, 161% acima do salário do mercado tradicional , de R$ 2.073.
“Mas que fique claro: esses números não significam que quem se dispuser a usar a criatividade como fonte de sustento já começará com esse ganho. Há um longo caminho. Não é um ganho fácil”, alerta Jasson Firme, consultor da Mecenatum Fábrica de Ideias. Há muito mais casos de fracasso do que de sucesso. Por isso, é preciso trabalhar duro e ter paciência. Criatividade e perseverança devem andar juntas.
Julia Hormann, 29 anos, aprendeu direitinho a lição. Ex-publicitária, ela percorreu um longo caminho até conseguir sucesso como promotora de eventos. O que começou como um desejo de ocupação de espaço urbano, depois de quatro anos se transformou em remuneração para ela e outras três pessoas, entre as quais a funcionária Paula Werneck, 29. “É o lado positivo do bom jeitinho brasileiro. Onde a situação parece não ter jeito, a gente vai e cria, se reinventa”, diz.
Natural de Brasília, Julia começou a trabalhar cedo. Aos 15 anos, pressentiu que o emprego tradicional não a faria feliz. Mesmo assim, cursou faculdade, trabalhou em agências de publicidade. Atenta aos movimentos, percebeu que precisava fazer alguma coisa pela cidade.
“Sentia que, nos fins de semana, as ruas ficavam desertas, e estava cansada de ouvir amigos dizerem que aqui não tinha diversão, e que, por isso, pretendiam se mudar para São Paulo ou Rio de Janeiro”, relata.
Julia e dois amigos começaram, então, a promover piqueniques nos parques da capital, onde artistas plásticos, designers e músicos exporiam seus produtos e serviços, como em uma grande e festiva feira. Persistente, ela conseguiu um alvará para fazer o evento a cada dois meses.
No primeiro ano, ainda empregada como publicitária, Julia e os amigos colocavam dinheiro do próprio bolso para realizar o sonho. Mas o evento cresceu. Os 25 expositores se multiplicaram para 200 e o público passou de mil para 20 mil pessoas. “Foi uma revolução de hábitos, de autoestima, de conquista. A ideia era o lazer diurno, mostrar para a cidade o que ela tem de bom”, ressalta.
- Durma, sonhe, tente, invente e realize um ano novo bem diferente.