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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Talentos Ocultos e Opinião Firme e Sincera

  • Talentos Ocultos
Faça emergir seus dons.
Todos nós possuímos faculdades especiais
às quais denominamos de dons.
Já parou para se analisar e verificar quais são os seus?
O dom é como uma fogueira apagada que aguarda
apenas que seja acendida a chama que a consumirá,
transformando-a em obras maravilhosas
em benefício da humanidade.
Saiba admirar as pessoas que já se conscientizaram
disto e colocam a público suas tendências.
E você, o que está esperando?
Você é capaz como os que já triunfaram.
Saiba usar e aproveitar a força e os dons que possui.
Sua vida se transformará numa alegria sem fim.
  • Opinião firme e sincera
Mantenha a sua opinião.
Procure ter absoluta certeza dos fatos
antes de propagá-los e de dar o seu parecer.
Seja seguro e firme em suas opiniões.
Entretanto, não seja radical.
Se perceber que antes estava errado, reconheça o engano
e mude sua opinião, mas mude consciente
de que mudou acertadamente.
Quem não tem opinião própria comporta-se
como as folhas das árvores, que balançam
de acordo com a direção do vento.
Tendo sua opinião e seu caráter definidos,
você será dono de uma estrutura inabalável
Seja firme e transmita segurança às pessoas que o cercam.
  • Mas, cuidado, pois a grande maioria dos homens adora colher o que nunca semeou...






sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Tempo - Saiba como ter mais tempo com ele



  • A vida tem passado depressa e parece impossível completar toda a nossa lista de tarefas.
Mas, se o dia vai continuar tendo 24 horas, a gente pode encontrar caminhos para viver num compasso que nos traga mais satisfação e felicidade.

Ele estava logo à minha frente, e então apertei o passo para alcançá-lo. Queria dizer-lhe que ele andava muito, mas muito apressado e que, por isso, a gente mal tinha se visto nesse ano que se findou. Que esse passo desajustado dele não tinha me permitido realizar nem metade das atividades e compromissos que eu anotava, dia após dia, na minha agenda. Não me deixou assistir a todas as séries, ler todos os livros, responder todos os e-mails, curtir todas as fotos, estar com meus amigos, visitar minha família. Mas tão logo eu acelerava, ele acelerava também, como se não quisesse dar satisfação. Ele, o Tempo, parecia não ter tempo para mim. E eu acho que se você, assim como eu, vive nessas terras onde a rapidez é a premissa de tudo e os relógios estão nos vigiando por todos os cantos, também pode ter vivido a mesma cena e se sentido  traído pelas horas, afundado nas listas de tarefas e desejos. A gente tentou segurar os ponteiros, mas não deu muito certo, não é? O que eu estou aprendendo – e isso leva um bocado de tempo – é que a gente nunca vai passar a perna no tempo, porque isso seria como passar a perna em nós mesmos. “O tempo é a substância de que sou feito. O tempo é um rio que me arrasta, mas eu sou o rio; é um tigre que me destroça, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo”, escreveu o argentino Jorge Luis Borges, um escritor que gostava de pensar sobre passado, presente, futuro. Mas, se o tempo é a gente mesmo, o que eu quero contar para você é que é possível ajustar o descompasso do nosso caminhar e aproveitar cada dia de verdade, deixando no passado a sensação de não estar vivendo o bastante e de não ter tempo para nada.  “Que horas são?” talvez seja uma das perguntas que a gente mais se faça ao longo do dia, sem perceber que condicionamos a duração de cada experiência que vivemos à tirania de um relógio. “A invenção do relógio mecânico na Europa, no século XIII, foi a grande revolução na história do tempo, um evento que mudou a consciência humana para sempre”, escreve o historiador da cultura e professor australiano Roman Krznaric, em seu livro Sobre a Arte de Viver (Zahar). É desconcertante descobrir que nem sempre foi assim. Esse tempo como conhecemos, dividido em pequenas fatias iguais, é uma invenção social, algo que transformou a nossa vida mais do que a pólvora, a bússola, a imprensa. Mas, antes disso, a humanidade passou séculos sem se pautar pelas horas e minutos. “Sócrates inventou a filosofia sem saber se eram 3h10 ou 14h50. Leonardo da Vinci não ficou consultando seu relógio quando pintou A Última Ceia”, prossegue Krznaric. É, o relógio mudou o tempo. E é claro que essa tecnologia nos ajuda um bocado – como marcar um encontro com alguém? A que horas entrar e sair do trabalho? Mas aconteceu algo muito perverso durante a Revolução Industrial: o tempo virou coisa, mercadoria. Aí, entraram para o nosso vocabulário palavras como “gastar”, “poupar”, “desperdiçar” tempo. A substância daquilo que somos também passou a ter preço, afinal “tempo é dinheiro”. “Perder tempo” se tornou nosso maior medo e “ter mais tempo” virou a nossa busca eterna. O filósofo francês André Comte-S ponville, autor do livro O Ser-Tempo (Martins Fontes), aponta uma reflexão que não estamos acostumados a ouvir, mas que contém uma verdade importante. O tempo, em si, não é coisa. “Ele é passado, presente e futuro. Mas, se o passado já foi, e o futuro ainda não chegou, arrisco dizer que o tempo é o presente. É essa continuidade.” O que ele quer dizer é que, ainda que o tempo seja movimento, só temos o presente. Se me lembro do passado, lembro no presente. Se penso no futuro, o faço também no agora. Eu escrevo esta reportagem no presente, e você também a lê no presente. “Trata-se desse agora que nunca desaparece.” O problema é que a gente ainda vive como se o tempo fosse algo externo, que caminha num descompasso que não alcançamos. “Vivemos uma desconexão com ele”, me disse Gustavo Gitti, colunista de vida simples. “Alternamos entre ‘correr atrás do tempo’ (ansiedade, correria, distração, o ‘quase lá’) e ‘esperar o tempo chegar’ (tédio,  depressão, ‘quando tal coisa acontecer, aí, sim...’). Não nos sentimos no tempo certo. É como assistir a um filme com áudio fora de sincronia, ou sentarmos meio tortos em uma cadeira. Não é gostoso.” Gustavo diz que a gente nunca vai ser capaz de relaxar de verdade dentro de uma sensação de “ter tempo”. Não importa se temos um minuto, uma hora, uma tarde, um mês. Ainda estamos muito fixados nessa ilusão de que o tempo é uma coisa, quase como uma caixa feita de horas e que vamos enchendo com mil tarefas. E, quando a caixa fica apertada demais para tudo o que a gente quer colocar dentro, vamos atrás de dicas e cursos de administração do tempo. Para Roman Krznaric, algumas dicas podem até ser úteis, como olhar o e-mail uma única vez por dia ou aprender a delegar tarefas, mas ainda não mudam profundamente a nossa relação com as horas. “A administração do tempo, na verdade, é uma ideologia que nos ensina a fazer coisas mais depressa e com mais eficiência, de modo a podermos enfiar cada vez mais coisas em nossos dias”, alerta Krznaric, cuja agenda do dia, ele diz, tem sempre um bom espaço em branco, onde ele está fazendo nada. “É meu tempo preferido, onde posso sonhar acordado”, me disse ele, por e-mail. Na caixa das tarefas que queremos fazer depressa, vão junto os momentos prazerosos que são o deleite da vida. É o almoço de dez minutos, onde o sabor da comida nem se aprecia. A visita cronometrada que fazemos aos nossos pais, incapaz de nos aprofundar em uma conversa. Costumo olhar com atenção aos pais que andam de mãos dadas com os filhos pequenos pela rua. Quase sempre eles estão em descompasso:  o adulto tem o caminhar apressado, a criança segue atrás, puxada pela mão, enquanto tenta colocar os olhos nas belezas do dia que a gente já não enxerga mais. O jornalista britânico Carl Honoré passou por um momento assim, de descompasso com o filho, há alguns anos. “Na hora de contar história para dormir, eu lia tudo bem rápido. Pulava algumas frases, parágrafos, até mesmo uma página inteira. E meu filho conhecia a história, e então brigávamos”, conta Carl. “O que era para ser o momento mais relaxante, íntimo e carinhoso se tornava uma batalha entre o ritmo dele e o meu.” A história de Carl começou a mudar enquanto ele lia um artigo com dicas sobre como “poupar” tempo. Entre elas havia a sugestão de livros que faziam as crianças dormirem em um minuto. Carl ficou entusiasmado, mas em seguida teve um espanto: “Estou mesmo com tanta pressa que vou enganar meu filho com uma historinha de nada no fim do dia?”. Foi aí que ele, um viciado em velocidade, resolveu desacelerar. E criou, há pouco mais de dez anos, o movimento slow, um convite a desfrutar momentos com mais lentidão – ou melhor, com o devido tempo que aquela vivência merece. Carl reflete como o tempo é encarado como um recurso que acaba e que, se não usado, a gente perde. “Isso cria uma equação. Se ele acaba, então aceleramos, tornando cada momento de cada dia uma corrida em direção à linha de chegada. Uma linha que, no entanto, nunca alcançamos”, diz. É claro, nem sempre a lentidão é a resposta, ele diz, mas existe uma lentidão boa. As refeições que fazemos com a televisão desligada, um encontro que existe sem a duração das horas, e até quando podemos  olhar com calma para os problemas do trabalho a partir de diferentes ângulos. Recentemente, Carl lançou o livro Solução Gradual (Record), em que discute como ansiamos por soluções rápidas para tudo: na política, na medicina, nos aplicativos de relacionamentos. “Eu ainda amo a velocidade. Gosto de esportes rápidos e nunca deixaria de praticá-los. Só que já não me sobrecarrego mais. Sinto que estou vivendo minha vida em vez de apostar uma corrida contra ela.”  Voltar a nossa atenção para o momento presente como forma de nos reconectarmos também é o que sugere o escritor alemão Eckhart Tolle, autor de O Poder do Agora (Sextante). Em sua recente vinda ao Brasil, ele propôs que tentássemos nos colocar presentes inclusive nas tarefas mais triviais do cotidiano, as que parecem lentas ou aborrecedoras. “Mesmo quando você está esperando algo, use essa oportunidade para dar toda atenção ao momento presente, a apenas observar. No semáforo, no elevador, esperando na linha para falar com o banco, aguardando um voo... Use essa oportunidade para estar apenas no agora”, ele propõe. “Talvez você perceba que a sua mente não vai ficar muito feliz com isso, com esperar. Ela vai querer te contar uma história de que onde você está nesse momento não é um bom lugar. Ela pode reclamar dentro da sua cabeça ou, se tiver outra pessoa perto de você, ela pode reclamar em voz alta.” O resultado de se manter atento, ele diz, é que vamos encontrar uma percepção de que são esses pensamentos que estão nos dizendo que não deveríamos estar ali, por vezes nos jogando para outro tempo. “Quanto mais consciente você se torna do momento  presente, mais vivo você se sente. E você se conecta com a essência do agora, que é onde tudo acontece.”
  • Uma corrida contra a vida
Parece que estamos mesmo obcecados pela velocidade. Talvez porque ela nos traga a ideia de que, se tudo é rápido e instantâneo, o tempo de espera é encurtado e, portanto, mais bem aproveitado. “A velocidade é divertida, sexy, é uma adrenalina. É como uma droga na qual somos viciados”, me disse Carl Honoré. Ao longo dos últimos séculos, as viagens ficaram mais rápidas, o telégrafo agilizou a forma como nos comunicávamos no século XX e hoje a internet é a prova de que a relação tempo-espaço já praticamente não existe: tudo é imediato. O dia começa e a quantidade de e-mails que temos para responder já parece nos deixar em desvantagem na vida. Para piorar, tão logo chegamos à última mensagem da caixa de entrada, já recebemos a resposta do primeiro e-mail. É algo sem fim. Se essa conectividade toda está cheia de pontos positivos (o que me permitiu falar com pessoas que estão em outros cantos do planeta para poder escrever esta reportagem, por exemplo), por outro lado, a gente ainda não sabe lidar com tanta informação, e aí vem um sentimento de estarmos um pouco desorientados. Tempos atrás tive uma conversa com o professor e ex-editor da revista de tecnologia Wired, o britânico David Baker. Eu disse a ele que sentia uma pressão para estar sempre conectada. Ele me respondeu: “Essa expectativa existe, mas questiono: quão rápido eu tenho que responder uma mensagem e quantas de nossas decisões são influenciadas pelo meio externo? Penso que ter um celular comigo o tempo todo me parece mais uma decisão cultural, e não guiada pela minha necessidade verdadeira”. Ele tem razão. Tudo bem respeitar o meu próprio tempo e não me sentir em débito com o mundo. David também sugeriu experimentarmos momentos de desconexão – que se transformam em uma outra conexão, consigo mesmo. “Essas horas fora das redes nos fazem pensar. Você fica longe do celular e pode descobrir parques incríveis, e até decidir ficar neles um pouco mais”, ele diz. Desfrutar de algum tempo com a natureza nos aproxima do nosso verdadeiro tempo. Muitos estudos têm demonstrado que ela desencadeia em nós reações fisiológicas que nos fazem relaxar e diminuir a velocidade. “Mesmo quando vivemos num mundo moderno, ainda somos criaturas da natureza”, observa Carl. “Ela nos lembra dos limites e da loucura da velocidade. Ela nunca está com pressa; ela faz tudo no ritmo certo.” Para vivenciar isso não é necessário se mudar para o campo: ela também está no espaço urbano. E a gente pode contemplar os ciclos de cada transformação, que não podem ser acelerados, como os belos ipês que desabrocham no inverno cinzento, ou o pôr do sol, que nunca pode ser adiantado. Mas desacelerar também requer um sopro de coragem: é desconstruir a ideia de que devagar é ruim, de que o lento é alguém que desiste, que é preguiçoso ou burro. Pode reparar: existe um certo glamour em dizer que estamos muito ocupados, que temos trabalhado demais e estamos sem tempo. “É como se passasse a ideia de que, por isso, somos mais importantes. Mas a gente pode resgatar o valor de que estar disponível é valioso”, sugere  Eleonora Nacif, professora das aulas Como Tomar Decisões Melhores e Como Aproveitar Seu Tempo Sozinho, na The School Of Life. Podemos, por exemplo, passar a chamar nosso tempo de “folga” apenas de tempo. Aos poucos vamos nos sentindo mais à vontade em desfrutar dos momentos de lazer, do cultivo às nossas paixões. Nesses momentos de pausa, também abrimos espaço para refletir sobre as nossas grandes questões e como temos vivido, algo que às vezes evitamos. Depois de um período, é bem possível que você prefira reduzir a jornada de trabalho a receber um aumento.
  • A casca inútil das horas
Mesmo nos nossos momentos de lazer podemos resistir à tentação de encher o dia de atividades. Há alguns anos, eu me deixei seduzir pela ideia de “produtividade” e quis dar cabo do Museu do Louvre, em Paris. Levei três tardes para percorrer boa parte de suas infinitas galerias e, no final, eu me sentia mais exausta do que encantada pela arte. Hoje, quando visito uma exposição, tento contemplar apenas algumas obras, sem as algemas do relógio e pelo tempo que meu olhar julgar necessário. Termino a visita muito mais enlevada. Por isso, é importante a gente saber que tudo bem não dar conta de tudo. “Aproveitar o tempo pode ter muito mais a ver com ficar satisfeito com suas escolhas, uma vez que não é possível fazer tudo sempre”, observa a psicóloga Luiza Maria Carneiro de Carvalho Leitão. Assim, é ser capaz de se contentar em assistir a uma série em detrimento das outras, já que ver todas vai ser impossível, ou evitar a maratona de ir a três compromissos num mesmo sábado. “Porque,  do contrário, não somos capazes de curtir nem o que escolhemos nem o que deixamos de lado. Ficamos sem nada”, complementa Luiza, que ao longo dos anos se deu conta de que ler com mais vagar, apreciando um bom livro, era muito mais prazeroso. Aos poucos, vamos nos acomodando na ideia de que, para viver bem, é preciso respeitar o nosso próprio tempo, que não é o mesmo do relógio, ou o das outras pessoas. Mario Quintana tem um poema lindo que diz: “Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...”. Porque, mesmo acelerando, a gente não vai viver o dobro. Botar reparo nos nossos dias e viver o presente, que é o nosso tempo, pode evitar que, no final, a nossa pressa tenha feito a vida passar como um borrão.
  • Débora Zanelato - Vida Simples Digital

sábado, 24 de dezembro de 2016

NATAL - Feliz Natal e mais um ano que foi. Que venha o próximo!


Acredito que Natal são todos os dias, por tradição e criação das antigas mídias foi criado um dia simbólico para esta festa de final de ano. Talvez o objetivo maior, fosse um dia para refletir a vida, pensar no que deixamos de fazer durante todo o ano que passou e aproveitar a data para solidarizar-se com os que sofrem, seja por doenças físicas, mentais e mesmo sociais, mas na verdade, como sempre vai prevalecer o poder maior do vil metal, verdadeiro deus dos dirigentes deste mundo, religiosos políticos, ou não, este tornou-se o dia do consumismo, vestir a melhor roupa, beber o melhor vinho e estragar a carne do peru que foi sacrificado em nome da gula; morre o peru e a missa ainda é do galo, que já está na panela.
 
É, portanto, chegada a hora dos abraços demagogos, dos falsos perdões e terminamos, enfim,  transformando esta data em mais uma frustração para os menos favorecidos.
 
Hoje venho aqui, não só repetir o jargão feliz natal, e sim torcer que todos os dias sejam sempre de mais realizações, menos sofrimento, e muita paz, também, enquanto estivermos neste verdadeiro andar de cima, pois o de baixo, tranquilamente, nos aguarda, enquanto caminhamos, lentamente, nesta infindável fila do imensurável corredor coletivo do esquecimento total, neste fim de jogo, quando todas as lembranças, bons e maus sentimentos serão finalmente deletados e dormiremos eternamente, sem sequer lembrar que um dia existimos.
 
É o bônus final da vida que nos dá como grande e merecido descanso a benfazeja e desejada morte.
 
No entanto o clima não permite que você fique omisso, pois poderá ser tratado como esquisito e afinal se desejamos que todos os dias sejam de felicidades, por que não o Natal? Aqui, desde já, deixamos registrados nossos pensamentos e nossos votos de uma memorável festa de confraternização geral para este evento que se tornou um grande marcador de épocas, botões finalizador e inicial de nova contagem para mais um ano de diversos séculos, milênios e, quiçá bilhões de anos luz, ou não. Só o futuro saberá.
 
Que siga o marcador implacável do eterno, sequencial e infindável tempo.
  •  JEAN MICHEL JARRE - Mayflower - Vangelis
The Sea like The Sea
O Mar como o Mar
The Wind like The Wind
O Vento como o Vento
The Stars in the Sky
As Estrelas no Céu

The Sea like The Sea
O Mar como o Mar
The Moon like The Moon
A lua como a Lua
The Stars in The Sky
As Estrelas no Céu

The Sea like The Sea
O Mar como o Mar
The Moon like The Moon
A Lua como a Lua
The Stars in the Sky
As Estrelas no Céu

In the wind-on the ship-a lullaby
No vento-no navio-uma canção de ninar
We sailing pass the moment of time
Nós navegando passamos pelo tempo
We sailing 'round the point
Nós navegamos em círculos
The kindly light
Bem suavemente
The kindly light
Bem suavemente
We go sailing thru' the waters of the summers end
Nós velejamos pelas águas dos fins de verões
Long ago, search for land
Há muito tempo procuramos por terra
Looking to and fro,
Olhando para lá e para cá,

We searching in the day
Nós procuramos de dia
We searching in the night
Nós procuramos à noite
We looking everywhere for land, a helping hand
Procuramos em todos os lugares por terra, por uma mão amiga

For there is hope if truth be there
Porque haverá esperança se a verdade estiver lá
How much more will we share
Quanto mais ainda compartilharemos
We, pilgrims of the sea
Nós,  peregrinos do mar
Looking for a home
Procurando por um lar

In 1620, The Mayflower sailed from Plymouth westward,
Em 1620, O Mayflower zarpou de Plymouth para o oeste,
Carrying the Pilgrims in search of a new land
Levando os peregrinos em busca de uma nova terra
In Star date 27X, year, minute 33, location earth, 16 degrees
Na data Estrelar 27X, ano, hora, 33  localização terra, 16 graus
polar star west
estrela polar oeste

The Mayflower was launched into space
O Mayflower foi lançado ao espaço
In search of a new land.
Em busca de uma nova terra.

Stars in The Sky
Estrelas no Céu
Shining so bright
Brilhando muito forte
Looking for light
À procura de luz
On this Earth
Nesta Terra
On this Earth
Nesta Terra

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Vida minha, não fique, talvez eu venha a envelhecer rápido demais

  •  O Grande Talvez
Não Fique no Talvez - Não sei se vocês chegaram a ler o belíssimo livro “Quem é você Alasca?”, o primeiro romance do John Green, aquele mesmo de “A culpa é das Estrelas” e, para quem ainda não leu (recomendo ler urgente), o livro narra a vida do adolescente Miles  Halter, um garoto comum com uma vida sem grandes perspectivas de mudanças e que possui o curioso hobby de ler biografias e colecionar as últimas palavras – aquelas ditas antes da morte – de grandes personalidades.
 
E é a partir de uma dessas frases que ele decide mudar todo o seu destino:
“François Rabelais. Era poeta. Suas últimas palavras foram: Saio em busca de um Grande Talvez. é por isso que estou indo embora. Para não ter de esperar a morte para procurar o Grande Talvez.” Miles Halter em Quem é você Alasca?
 
Até este ponto, o grande dilema de Miles era cursar o ensino médio em sua cidade natal e viver o mais do mesmo ou viajar até o Alabama e cursar Culver Creek, o internato que seu pai se formou. Claro que a segunda opção é muito mais atrativa. O “grande talvez” deve  estar lá!
 
E estava. Alasca Young, a tão encantadora e enigmática garota-título, tão complexa que mudou a vida de Miles para sempre, e pode-se dizer que por isso o livro foi dividido em duas partes: Antes e Depois.
 
Agora voltando ao “Grande Talvez”, ao entender essa filosofia do Rabelais, me peguei por horas e horas refletindo sobre tudo aquilo que eu poderia ter vivido e não vivi. Ao me acomodar com a rotina da minha vida, deixei de conhecer muitas Alascas e perdi parte de uma vida que eu não sei como seria. Como em um universo paralelo, naquela dimensão minha vida não seria a mesma. Eu poderia estar morando em outro país, ou estar casado e com filhos ou quem sabe estar morto.  Mas, então estou aqui, vivo, escrevendo, refletindo…
 
Não me arrependo de nada daquilo que fiz, me arrependo apenas das coisas que deixei de fazer. Será tarde demais querer viver o que eu deixei de viver? Só encontrarei as respostas partindo em busca do meu grande talvez.
 
Obs: “Quem é você Alasca?” não se resume apenas a esta pergunta. Ao ler este livro fiquei perdido no labirinto da Alasca Young e ainda estou. 

E-BOOKS - John Green - Quem é você Alasca? 

 https://leiturasredigidas.blogspot.com.br/2016/11/e-books-john-green-quem-e-voce-alasca.html

  • Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
 
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
 
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.
 
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
 
Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.
 
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
 
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
 
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto.
 
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
 
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
 
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
 
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
 
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
 
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
 
Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
 
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
 
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
 
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
 
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
 
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
 
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim ”Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.
  • Aristóteles Onassis

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Arte da Fala - Falar é uma arte - A ESCUTATÓRIA também...


  • A arte de calar
O silêncio é um momento vivificante, em que a criatura se cala, mas o coração fala. 
Calar sobre sua própria pessoa, É HUMILDADE.

Calar sobre os defeitos dos outros, É CARIDADE.

Calar quando a gente está sofrendo, É HEROISMO.

Calar diante do sofrimento alheiro, É COVARDIA.

Calar diante da injustiça, É FRAQUEZA.

Calar quando o outro está falando, É DELICADEZA.

Calar quando o outro espera uma palavra, É OMISSÃO.

Calar e não falar palavras inúteis, É SENSATEZ.

Calar quando não há necessidade de falar, É PRUDÊNCIA.

Calar quando interiormente nos fala o coração, É SILÊNCIO.

Calar diante do mistério que não entendemos, É SABEDORIA. 

Precisamos saber dosar as horas em que devemos nos calar e os momentos que necessitamos falar. Falar é prata e Calar é Ouro. 
 - Autor desconhecido
  • A ARTE DE OUVIR….E SABER CALAR
Até esse dia eu não havia conhecido o termo utilizado pelo escritor Rubem Alves para designar a arte de saber ouvir: “escutatória”.
 
Esse é um texto que, apesar de não ter sido escrito por Buda ou qualquer outro iluminado, é de extrema simplicidade e sabedoria, por isso resolvi dividi-lo publicamente. Trata-se do que chamamos do estado de alerta, meditativo. Quero dizer, enquanto não nos permitirmos ao silêncio, ao vazio, não poderemos nos “preencher” do novo, livre de conceitos e pré julgamentos.
  • ESCUTATÓRIA
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
 
Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio lá dentro de nós“.
 
Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
 
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos… Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, […]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as ideias estranhas.).
 
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
  • Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado”. 

Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou”. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
 
O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou”. E assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
 
Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.
  • Rubem  Alves

sábado, 10 de setembro de 2016

Superação - Beethoven – Um Clássico da Superação dos Limites


  •  Um dos grandes compositores da história da música teve que lidar com uma terrível sentença: a surdez iminente.
Mas seu poder de superação foi tão excepcional, que hoje temos a oportunidade de apreciar as mais belas composições da música clássica já existentes. Ludwig van Beethoven foi esse homem. Conheça agora um pouco da sua vida.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Vida breve - Somos um breve pulsar


  • "Sou a gota d'água Sou um grão de areia"  - Legião Urbana.
A flor da pele, alma em conflito, coração em lágrimas.
 
Inútil mesmo tentar entender? É só apenas uma luz que se apaga? Que se perde na imensidão de um mundo? É de fato uma alma que caminha em busca de um caminho de paz?
 
De todas as religiões que o homem criou, e de todas as formas que elas buscam justificar a ida de alguém desse mundo, seja ela de forma precoce, de maneira demorada, ou de qualquer outro jeito. Seja por justiça, por fatalidade, por destino ou por uma bobeira logo ali na esquina, o meu coração não consegue entender. Talvez o de ninguém possa realmente compreender.
 
Um momento de sorriso, um último momento de olhar, um último suspiro...talvez de alivio, talvez de dor. Quem sabe?
 
A chama foi apagada, a alma deixou seu “recipiente”, foi viajar...pra qualquer lugar que nós daqui vamos imaginar da nossa forma, mas nunca da verdadeira forma até que a nossa vez chegue. Estou sendo dura com as palavras? Me desculpe, mas é que até no mundo das fantasias os heróis perdem, perdem seu brilho, apagam-se a sua chama.
 
Resta aqui agora, a todos, que independente de estar perto ou não, de estar logo ali do outro lado da sala ou a vários quilômetros, a reflexão...uma nova meditação que se abre toda vez que uma chama de vida se apaga por perto de nós. E tolos, seres humanos frágeis e tolos, esquecemos ou deixamos o tempo trazer de volta toda essa massa rotineira que nos engole diariamente.
 
Que nos trai, nos modifica, nos mata sonhos, nos desconstrói. Massa essa que não fará a menor diferença quando você se for daqui e deixar a sua massa corpórea, e ainda alguns reais no seu bolso do jeans rasgado parcelado em várias vezes para alimentar a indústria que te consome a alma dizendo que você tem que estar da forma como ela deseja, porque senão você não será desejado.
 
Quantas chamas ao seu redor serão necessárias se apagar para que você acorde agradecendo por mais um dia? Para que você seja o melhor que possa ser, mesmo que o outro não esteja sendo? Para que você dê um “bom dia” e deseje um “bom trabalho” para uma pessoa que não conhece? Para que você possa olhar nos olhos de alguém que ama e dizer que sente isso e que ela é importante?
 
Somos um breve sopro, e em nossa mente doentia, ainda somos super-heróis, chefões, muralha, superiores. Somos um pulsar, mas a sociedade continua dizendo que você não deve aceitar a velhice, que não deve aceitar as transformações do seu corpo, que você deve se adequar.
 
Somos uma chama, de um calor de alma, calor esse que nos foi dado para manter a do próximo acesa, não para apagá-la na primeira oportunidade.
  • publicado em recortes por Daniela Santos - obviousmag.org


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Sementes - Pensamentos de semeadura ...



“O presente é o resultado dos pensamentos do passado, e o futuro será moldado pelos pensamentos no presente. Se pensarmos corretamente, falaremos e agiremos corretamente. A palavra e a ação apenas acompanham os pensamentos.” (Swami Sivananda)
  • Como Plantar Violetas
 A violeta é proveniente das montanhas de Tânger (na África do Norte), onde alcança um tamanho entre 15 e 20 cm. São inúmeras as variedades encontradas atualmente e novas continuam sendo pesquisadas e desenvolvidas.
 
É uma planta de clima quente com ciclo de produção de aproximadamente 32 semanas (20 semanas para formação da muda e mais 12 semanas para florescer).
 
Não tolera raios solares diretos. O índice de luz varia de acordo com a variedade, mas em geral com cerca de 10.000 a 15.000 lux consegue-se bons resultados.
 
Para as variedades que produzem folhas grandes, de cor verde intenso e hastes compridas, há necessidade de mais luz para o bom desenvolvimento, sendo que para as variedades de folhas claras, a necessidade é menor.
  •  Vamos descobrir a partir de agora como plantar violetas.
 Características Gerais

    Solo: rico em nutrientes minerais
    Clima: entre 16 e 28 graus célsius
    Área mínima: vasos de 12 centímetros de altura
    Produção: o ano todo
    Custo: R$ 0,65 para a formação de cada muda


Violetas são fáceis de comprar, pois há muitos exemplares em diferentes pontos de venda.
 
Porém, com o uso de técnicas de hibridização, viveiristas possuem, em geral, ampla variedade de oferta.
 
Contudo, sempre é bom ter referências dos produtores para garantir a qualidade das flores.
  • Propagação
Para reproduzir as violetas, o método mais prático é por meio do enraizamento das folhas, a partir de 5 centímetros de comprimento. Retire as folhas da segunda ou terceira carreira, contando de fora para dentro.
 
Corte o pecíolo – o pequeno cabo na base da folha -, deixando-o com um centímetro, pois, quanto mais longo ficar, mais tempo demorará a formação da muda.
 
Em um substrato preparado com casca de arroz queimada e vermiculita de textura grossa, encontrada em lojas de produtos agropecuários, fixe as folhas separadas, de forma que elas recebam boa luminosidade.
 
A temperatura recomendada do local de reprodução é de 21 graus célsius.
Transplante
 
São realizados dois transplantes na produção de violetas. Entre oito e 12 semanas, as mudas estão prontas para o primeiro deles. De três a quatro brotos mais desenvolvidos são colocados em copos de plástico de 6 centímetros de diâmetro por 6 centímetros de altura ou em bandejas coletivas com substrato leve, de boa drenagem e rico em matéria orgânica.
 
Terra ou areia deve fazer parte da mistura. Aplique pequena concentração de fertilizantes químicos.
 
Após dois ou três meses, a planta já conta com folhas maiores e com o início dos botões florais, fase que indica estar pronta para o transplante definitivo em local rico em nutrientes minerais.
  • Vasos
Em geral, as violetas são plantadas em vasos de plástico ou de barro de 12 centímetros de altura. Os vasos de barro apresentam melhor absorção da umidade.
 
No entanto, os modelos de plástico são mais procurados por ser mais leves e limpos, mesmo precisando de mais cuidados para impedir que haja encharcamento.
 
Cerca de 10 a 12 semanas após o plantio em vasos, as violetas estão prontas para a comercialização.
  • Ambiente
O ciclo do cultivo de violetas deve ser realizado em ambiente fechado. Disponibilize uma estrutura como uma estufa. Coloque os vasos de violeta em bancadas de telhas de amianto, ripa de madeira ou grade de ferro, com 80 a 90 centímetros de altura do solo.
 
Temperaturas noturnas elevadas e diurnas mais baixas são adequadas para o desenvolvimento das violetas, desde que não ultrapasse o limite de 14 e 28 graus célsius, respectivamente. Evite a incidência do sol diretamente nas plantas com o uso de telas de sombreamento.
  • Irrigação
Não pode ser excessiva para evitar que as raízes sejam atacadas por fungos e apodreçam. Na produção de mudas e no primeiro transplante, a recomendação é irrigação manual por aspersão.
 
Nos vasos, evite molhar as folhas e as flores. Prefira fazer regas nas horas mais frescas do dia.
  • Cuidados
As violetas são suscetíveis a pragas e doenças. Ácaros podem ser combatidos com acaricidas à base de dicofol, clorobenzilato ou propargite; tripes, cochonilhas e pulgões, controlados com inseticidas sistêmicos.
 
A principal causa das enfermidades é a incidência de fungos que surgem quando há muita umidade. Faça pasteurização preventiva do substrato antes do plantio das mudas.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Maldade - De onde vem a maldade?

 

 
  • Maldades do Mundo
"Para chegar aos seus objetivos, o mal precisa apenas que os homens de bem assistam a tudo sem fazer nada" 

Se você tivesse a chance de colocar um punhado de insetos inofensivos dentro de uma máquina trituradora, iria gostar da experiência? E que tal assustar um desconhecido com um barulho alto e insuportável?
 
Esses são alguns dos testes realizados pelo psicólogo Delroy Paulhus na tentativa de entender as personalidades "nefastas" que andam por aí.
 
Ele basicamente quer responder a uma pergunta que muitos de nós já fizemos: por que algumas pessoas têm prazer em serem cruéis? Não aquelas classificadas como psicopatas ou condenadas por crimes violentos, mas especificamente os bullies das escolas, os trolls da internet e até membros da sociedade tidos como respeitáveis, como políticos e policiais.
 
Segundo Paulhus, é muito fácil tirar conclusões rápidas e simplistas sobre esse tipo de indivíduo. "Temos uma tendência a querer simplificar o mundo dividindo as pessoas entre as boas e as más", afirma o psicólogo, professor da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.
 
Mas, segundo ele, existe uma "taxonomia" para os diferentes tipos de maldade encontradas no dia-a-dia.
  • 'Tríade do Mal'
O interesse de Paulhus começou com os narcisistas – indivíduos incrivelmente egoístas e vaidosos que atacam os outros para defender sua própria autoestima.
 
Há pouco mais de uma década, um aluno seu, Kevin Williams, sugeriu que explorassem a possibilidade de essas tendências ao egocentrismo estarem ligadas a duas outras características desagradáveis: o maquiavelismo (uma manipulação fria) e a psicopatia (uma insensibilidade aguda e indiferença ao sentimento dos outros).
 
Juntos, os dois cientistas descobriram que os três traços eram bastante independentes, apesar de às vezes coincidirem, formando uma "Tríade do Mal".
 
A honestidade dos voluntários nos testes de Paulhus o surpreendeu.  Ele percebeu que os participantes que concordavam com frases como "Gosto de provocar pessoas mais vulneráveis" ou "Não é uma boa ideia me contarem segredos" geralmente se abriam sem pudor e tinham passado por alguma experiência de bullying, na adolescência ou na vida adulta.
 
Essas pessoas também apresentaram uma tendência maior a serem infiéis a seus parceiros e a trapacear em exames.
 
Paulhus notou ainda que essas características não apareciam em um primeiro contato frente a frente com o voluntário. "Essas pessoas estão lidando com a sociedade cotidianamente, por isso têm autocontrole suficiente para não se meterem em confusão. Mas uma coisa ou outra em seu comportamento acaba chamando a atenção", afirma o psicólogo.
  • Malvado por natureza
Quando Paulhus começou a examinar a fundo essas mentes macabras, outras perguntas foram surgindo. Por exemplo, será que as pessoas nascem malvadas?
 
Estudos que comparam gêmeos idênticos e não-idênticos sugerem que existe um componente genético relativamente grande para o narcisismo e a psicopatia, enquanto o maquiavelismo parece ser mais influenciado pelo ambiente.
 
Mas o fato de herdarmos alguns desses traços não nos isenta de responsabilidades. "Não acredito que uma pessoa nasça com genes de psicopata e que nada possa ser feito para que isso não se desenvolva", afirma Minna Lyons, da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha.
 
Basta olhar para os anti-heróis da cultura pop – James Bond, Don Draper (do seriado Mad Man) e Jordan Belfort (o protagonista de O Lobo de Wall Street) – para perceber que personalidades sinistras são bastante sedutoras, uma descoberta sustentada por outros estudos científicos.
 
Lyons e sua equipe descobriram ainda que indivíduos notívagos tendem a apresentar mais características ligadas à maldade. Eles se arriscam mais, são mais manipulativos e tendem a explorar outras pessoas.
 
Isso pode fazer sentido se pensarmos na evolução humana: talvez as pessoas com uma personalidade hermética tinham mais chances de roubar e ter relações ilícitas enquanto os demais dormiam, então acabaram evoluindo para serem criaturas da noite.
  • Cantos obscuros
Recentemente, Paulhus começou a examinar mais profundamente as partes mais sombrias da psique humana. "Preparamos questionários com perguntas mais extremas e descobrimos que alguns voluntários facilmente admitiam já ter causado dor em outras pessoas apenas por prazer", conta.
 
Para ele, essa tendência não é apenas um mero reflexo do narcisismo, da psicopatia ou do maquiavelismo, mas sim uma subespécie de maldade, à qual deu o nome de "sadismo cotidiano".
 
O "triturador de insetos" propiciou a Paulhus e seus colegas entender se aquilo se tratava de um comportamento verdadeiro. Sem que os participantes soubessem, a máquina foi adaptada para dar aos insetos uma saída, mas ainda assim produzia sons arrepiantes que imitavam o ruído dos animais sendo esmagados. 

Algumas pessoas eram tão sensíveis que se recusavam a participar da experiência, enquanto outras demonstraram ter prazer na tarefa. "Esses indivíduos foram os que marcaram mais pontos no meu questionário sobre sadismo cotidiano", afirma Paulhus.
  • Caça aos trolls
Paulhus acredita que esse comportamento é semelhante ao dos chamados trolls da internet. "Eles são a versão online do sadista cotidiano porque passam um bom tempo procurando pessoas para atacar".
 
Um pesquisa anônima com indivíduos que deixam comentários com teor de trolagem na rede concluiu que eles são os que marcam mais pontos nos testes de personalidade cruel e têm o prazer como sua principal motivação.
 
Os estudos de Paulhus chamaram a atenção da polícia e de agências militares, que querem trabalhar com ele para investigar por que algumas pessoas abusam de suas posições.
 
"A preocupação dessas forças é que alguns indivíduos escolham empregos junto a elas por acreditarem que terão um mandado para infligir dor em outros", explica o psicólogo. Se for assim, poderiam ser criados testes que filtrariam e eliminariam candidatos com uma personalidade mais sombria.
Paulhus também está animado com os resultados de novas pesquisas sobre "maquiavelismo moral" ou "narcisismo comunitário" – pessoas com algumas características macabras mas que as usam para algo positivo.
 
Ele lembra que pessoas com essa personalidade em geral têm mais iniciativa e autoconfiança para realizar o que desejam. "Até Madre Teresa de Calcutá tinha um lado mais frio", diz o psicólogo.
 
"Afinal, você não vai ajudar o mundo ficando bonzinho em casa."



quarta-feira, 25 de maio de 2016

Sabedoria, Esperteza ou Inteligência?

  • Sabedoria é não usar de esperteza; e esperteza é não ter sabedoria, mas ser inteligente.
  • O que é Inteligência:
Inteligência é um conjunto que forma todas as características intelectuais de um indivíduo, ou seja, a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar.
 

A inteligência é uma das principais distinções entre o ser humano e os outros animais.
 

Etimologicamente, a palavra "inteligência" se originou a partir do latim intelligentia​, oriundo de intelligere, em que o prefixo inter significa "entre", e legere quer dizer "escolha". Assim sendo, o significado original deste termo faz referência a capacidade de escolha de um indivíduo entre as várias possibilidades ou opções que lhe são apresentadas.
 

Para a escolha da melhor e mais adequada oportunidade, entre as várias opções, uma pessoa precisa avaliar ao máximo todas as vantagens e desvantagens das hipóteses, necessitando para isso da capacidade de raciocinar, pensar e compreender, ou seja, a base do que forma a inteligência.
 

Entre as faculdades que constituem a inteligência, também está o funcionamento e uso da memória, do juízo, da abstração, da imaginação e da concepção.
 

Os conceitos e definições da inteligência variam de acordo com o grupo a que se referem. Por exemplo, na psicologia, a chamada "inteligência psicológica" é a capacidade de aprender e relacionar, ou seja, a cognição de um indivíduo; enquanto que no ramo da biologia, a "inteligência biológica" seria a capacidade de se adaptar a novos habitats ou situações.
  • Teste de inteligência
Os testes de inteligência surgiram entre os séculos XIX e XX, na tentativa de "medir" o tamanho da inteligência dos indivíduos.
 

O primeiro teste desenvolvido para medir a capacidade intelectual foi criado pelo psicólogo francês Alfred Binet (1859-1911), que era aplicado nas escolas francesas para identificar os alunos com dificuldades de aprendizado.
 

Alguns anos mais tarde, o psicólogo alemão William Stern (1871-1938) criou a expressão Quociente de Inteligência, conhecido pela sigla QI (Intelligenz-Quotient, em alemão), introduzindo os termos "IM (Idade Mental)" e "IC (Idade Cronológica)", para relacionar a capacidade intelectual de uma pessoa e a sua idade. 

A Evolução do Conceito de Inteligência

  • Tipos de inteligência
No entanto, o conceito empregado pelo Quociente de Inteligência começou a ficar desacreditado quando foram observados indivíduos com QI baixo, mas com grande sucesso na vida profissional, enquanto que pessoas consideradas "mais inteligentes", apresentavam situações inferiores.
 

O psicólogo Howard Gardner apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, que alegar ser a inteligência um conjunto de no mínimo 8 processos mentais diferentes existentes dentro do cérebro.
 

De acordo com esta teoria, cada ser humano possui um pouco de cada uma dessas "inteligências", sendo que, em algumas pessoas, sempre há um tipo de processo específico que pode ser mais desenvolvido do que em outras, fazendo com que de destaque em determinadas campos ou áreas de atividade.
  • Inteligência linguística:
Pessoas com facilidade em se expressar, oralmente e através da escrita. Pessoas com este tipo de inteligência mais desenvolvido têm tendência a aprender outros idiomas com mais facilidade, além de possuir um alto grau de atenção.
  • Inteligência lógica:
Pessoas com facilidade em trabalhar com a lógica em geral, como operações matemáticas ou trabalhos científicos, por exemplo. Normalmente, possuem uma boa memória e conseguem solucionar problemas complexos facilmente. Podem ainda ser consideradas mais organizadas e disciplinadas.
  • Inteligência espacial:
Pessoas com facilidade em entender e manipular o mundo visual, como imagens em 2D ou 3D. São bem desenvolvidos por arquitetos e profissionais ligados à arte gráfica.
  • Inteligência motora:
Pessoas que conseguem realizar movimentos complexos com o próprio corpo, tendo para isso uma espantosa noção de espaço, distância e profundidade dos ambientes.
  • Inteligência musical:
Pessoas com facilidade em identificar e reproduzir diferentes tipos de padrões sonoros, além de criar músicas ou harmonias inéditas. Este é um dos tipos raros de inteligência presentes entre as pessoas.
  • Inteligência interpessoal:
Pessoas com facilidade de liderar, a partir do entendimento do ponto de vista e intenções dos outros. São considerados indivíduos muito ativos, que gostam de responsabilidades e que têm facilidade em conseguir convencer os demais a fazer aquilo que desejam.
  • Inteligência intrapessoal:
Pessoas com facilidade em observar, analisar e compreender a si próprias. Também podem exercer influência sobre as pessoas, mas de maneira mais subjetiva, utilizando ideias e não ações.
  •  Inteligência naturalista:
São as pessoas com facilidade de identificar e diferenciar diferentes padrões presentes na natureza.
  • Inteligência emocional
O conceito de inteligência emocional está presente dentro da psicologia e foi criado pelo psicólogo estadunidense Daniel Goleman.
 

Um indivíduo considerado emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções, motivando a si mesmo a persistir em situações de frustração, por exemplo.
 

Entre as outras características da inteligência emocional está a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, motivar as pessoas, praticar a gratidão, entre outras qualidades que podem ajudar a encorajar os outros.
  • Inteligência artificial
A inteligência artificial ou I.A é um ramo de estudo da ciência da computação que se ocupa em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que consigam simular o sistema de raciocínio dos seres humanos, ou seja, a sua inteligência.
 

As pesquisas relacionadas a inteligência artificial são lentas, mas já mostraram significativos resultados de como aparelhos podem interpretar e sintetizar a voz ou os movimentos humanos, por exemplo. Mas, ainda falta muito para que máquinas atinjam o conceito mais próximo possível do que seria a inteligência humana.