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quinta-feira, 7 de março de 2019

Vida - Existem Pessoas que Não Gostam de Você - Saiba o que fazer



  • Tenho muita dificuldade com pessoas que não gostam de mim.  

- Sofro muito quando percebo que alguém não gosta de mim. Parece uma dor que não sei de onde vem. Queria saber se o problema é comigo ou com os outros. Pode me ajudar?

Se alguém não gosta de você por alguma razão, esteja essa pessoa correta ou não a seu respeito, esse sentimento pertence a ela e, possivelmente, em muitos casos, você não poderá fazer absolutamente nada para mudar isso.

Aceite essa realidade. Você só pode e consegue mudar o que está dentro de você. O sentimento dos outros são experiências dos outros.

Pode ser que você tenha muitas condutas a serem melhoradas, isso não deve ser motivo de você se martirizar e achar que os outros vão gostar ou não de você. Faça o que possa de melhor, e mesmo assim algumas pessoas não gostarão de você. faz parte da vida ter quem não goste de nós. Todo ser humano vive essa situação.

Esperar que todos gostem de você é uma doença muito severa chamada pretensão, isto é, cultivar uma prévia intenção de que todos te amem e/ou gostem do seu jeito de ser.

Bola pra frente. Dê mais importância e valor a quem te apoia, reserve espaço na sua mente para quem te corrige com carinho, acolha com a mais nobre atitude de humildade quem está no caminho com você te ajudando a crescer.

Você sabe que não vai agradar a todos, mas mesmo assim, se sente mal com a não aceitação de algumas pessoas - seja na paquera, no trabalho, na relação pessoal ou familiar. O que está por trás desse seu sentimento? O que vem a sua mente quando pensa nisso? Peço que se concentre agora por alguns instantes e avalie o que você sente.

Algumas pessoas se percebem inseguras e imaturas para seguir a diante. Qual é o seu caso? Você abre mão da tentativa de influenciar o outro e querer provocar uma mudança ou acaba usando sua energia para conquistar e fazer com o que outro goste de você sem medir esforços, até mesmo passando do seu limite?

Para alguns é muito difícil lidar com a reprovação. De fato, ninguém gosta muito de não ser aceito. É um feedback que pode ser entendido como: se não agrado é porque estou fazendo algo errado. Esse sentimento é um tempero perigoso nas relações, pois quanto mais essas pessoas são rejeitadas, mais são capazes de se empenhar para chamar atenção. Esse tipo de comportamento pode ser negativo, uma vez que as atitudes tomadas na ideia de agradar podem sufocar a outra pessoa. Ações como ficar muito próximo, insistir, querer agradar excessivamente, cobrar atitudes, reclamar da não aceitação, querer explicação e exagerar nas ações são alguns exemplos desse exagero. 

As pessoas geralmente gostam de equilíbrio, e ao perceber esse descontrole do outro acabam se afastando ainda mais.

Isso acontece, de modo geral, quando as pessoas perdem o foco do que é importante para elas. Com isso, as pessoas se perdem na avaliação alheia, que nesse caso é a rejeição. Indivíduos com baixa autoestima tendem a sofrer mais com isso. Pessoas inseguras que não sabem bem como agir e se confundem no que é certo e errado de suas ações são mais suscetíveis a lidarem mal com essa situação.

Quem não aceita que uma pessoa possa não gostar dela acaba demonstrando desequilíbrio na relação, pois quer controlar inclusive a opinião dos outros, muitas vezes, impondo o seu jeito de ser ou fazendo o oposto (que também não vai bem) sendo extremamente submissa, aceitando tudo que não se deve aceitar em nenhuma relação somente com a esperança (errônea) de aceitação. O auto respeito e amor próprio devem prevalecer sempre.

Pessoas com essa dificuldade podem tentar se adequar ao outro ou ao grupo em que se encontram exagerando suas ações. Com isso perdem a espontaneidade, que é uma das chaves para o bom relacionamento, e vivem a sombra de ações copiadas dos outros. A ideia é agradar, mas não é o que acontece.

Para contornar essa situação, o mais adequado é:

Analisar a situação e a relação e Entender se você pode fazer melhor.

Se você fez algo que desagradou a outra pessoa, por exemplo, avalie se pode agir diferente, se deve desculpas ou se pode corrigir de alguma maneira sua ação.

Tenha em mente que você deve fazer a sua parte e somente isso. O outro tem a responsabilidade de igual obrigação de fazer a parte dele. 

Faça a sua. De resto, não há nada a se fazer. Não há como agir pelo outro sem que ele peça sua ajuda. Pense sobre igualdade de reciprocidade. Viva sua vida no encontro do equilíbrio das relações. Não dê migalhas nem aceite isso de ninguém.

O fato é que você vai se deparar com algumas pessoas que simplesmente não gostam de você. 

Veja como navegar por essa complicada realidade:

- Rejeição é poderosa.

Ás vezes eu ouço algumas pessoas dizerem, “Eu não ligo se as pessoas gostam de mim, desde que me respeitem.” Quando eles dizem isso, é uma “barreira emocional que eles usam para bloquear a dor da rejeição,” de acordo com a psicóloga Marcia Reynolds.

Como você pode seguir com sua vida sem deixar inimigos, críticos ou haters te botarem pra baixo? Aqui vão algumas maneiras para lidar com pessoas que não gostam de você:

- Procure entendê-las

Haters são normalmente pessoas que tem problemas com eles mesmos e que ou se recusam a resolver ou talvez se recusam a reconhecer. 

- O que eles odeiam em você:

Pode ser uma coisa que eles odeiam sobre eles mesmos, ou o que eles odeiam em você seja algo que secretamente eles admiram sobre você.

Então quando eles tem um problema com você, entenda que não é algo pessoal contra você. É um problema pessoa deles. Tente andar uma milha nos seus sapatos e enxergue as coisas nas perspectiva deles. Ao invés de odiá-los, você vai sentir pena deles.

- Seja gentil com elas

Provavelmente o mais difícil, mas a maior prova de um caráter transformado que você pode ter é ser útil para as pessoas que são grosseiras com você. Mostrar bondade não depende do que você recebe das pessoas. Mostrar bondade depende do seu caráter. O que você faz ou fala para os outros não os define… define você. Lembre-se de que a forma com que eles tratam você é um reflexo e uma extensão de como eles vêem e tratam a si mesmos. A maioria das pessoas grosseiras são durar consigo mesmas. Então eles estendem isso para as pessoas à sua volta.

Afinal, conviver com pessoas que não gostam de você pode ser uma experiência dolorosa, mas é um desafio da vida com o qual todos precisamos saber lidar. Saber se defender dos ataques dessas pessoas, esclarecer mal-entendidos e a evitar que a situação saia de controle é uma habilidade muito importante para a vida, pois tudo será bem mais fácil se você souber lidar com essas situações desagradáveis.

Para colocar isso tudo em prática, às vezes é preciso uma orientação profissional para que você possa aprender a mudar e agir diferente. Psicólogos, hipnólogos e coachs são excelentes para contribuir no estabelecimento de metas e comportamentos direcionados para ação eficaz.

- Eis alguns métodos bem eficientes:

Método A:

1 - Cuidando de si mesmo

Decida se deve ou não ligar para a opinião dos outros. Nem todas as pessoas que passam pela sua vida devem ser vistas como amigos em potencial. Se um colega de trabalho ou alguma outra pessoa não tão importante na sua vida não gostam de você, provavelmente a convivência será ruim, mas você ainda poderá decidir se vale a pena ou não tentar se aproximar e conquistar a pessoa. Lembre-se de que nem todas as pessoas valem o esforço, principalmente se elas forem difíceis de lidar e se você não perder nada ao ignorá-las.

2 - Faça uma autoavaliação. 

Você cometeu algum erro? A pessoa tem algum motivo coerente para não gostar de você? Talvez valha a pena se desculpar e passar a história à limpo se você achar que o outro tem um bom motivo para não gostar de algo que você fez ou de alguma característica sua.

Admitir um erro é diferente de se culpar pelo ocorrido. Todos cometemos erros, então é importante perdoar a si mesmo, mesmo que o outro não faça isso.

3 - Desapegue. 

Não tenha medo de tirar da sua vida uma pessoa que está tentando machucá-lo intencionalmente. É normal pensar mais em si mesmo nesse momento e dar um fim a essa situação chata. Às vezes as pessoas não se dão bem e não há nada que possa ser feito para evitar isso, principalmente se a situação estiver fora de controle e você estiver sofrendo.

Você pode ter vontade de insistir no relacionamento e, consequentemente, nas brigas, mas desapegar também pode valer a pena. Ao dar um ponto final à situação, você estará se protegendo e demonstrando para o outro que não aceita aquela situação.

Desapegar também pode envolver evitar a outra pessoa. Isso é possível, por exemplo, se vocês forem colegas de trabalho e não estiverem trabalhando juntos em nenhum projeto. Nesse caso, talvez a melhor saída seja remover as notificações da outra pessoa das redes sociais para que você não sinta vontade de interagir com ela.

4 - Não se preocupe com a aprovação do outro. 

É importante para você se essa pessoa gosta ou não de você? Não existem outras pessoas que gostam de você, como amigos e família? Evite se preocupar muito com a opinião dos outros. Talvez o problema esteja neles, não em você.

Algumas pessoas podem não gostar de você por inveja. Não permita que as pessoas que sentem inveja do seu sucesso o prejudiquem.

5 - Concentre-se nas coisas positivas. 

Caso se sinta mal com o fato de alguém não gostar de você, tente fazer algo que possa ajudá-lo a melhorar. Se adora malhar, vá para a academia e esfrie a cabeça. Os amigos também podem ajudar, pois saber que existem pessoas que gostam de você poderá lembrá-lo da sua importância. A opinião dos outros não irá afetá-lo se você não permitir que isso aconteça.

Se sabe porque alguém não gosta de você, pergunte-se qual a importância da aprovação dessa pessoa. O que ela pensa é mesmo importante? Se essa pessoa também não gosta de muitas outras pessoas, talvez o problema não seja você.

Você também pode tentar transformar as críticas em algo positivo. Se alguém disser que você está sempre atrasado ou sempre pedindo favores, tente melhorar nesses aspectos. Por outro lado, se você discorda da crítica, tente pensar em todas as vezes que você chegou na hora ou ajudou outras pessoas.

Método B:

1 - Faça perguntas. 

Se tiver interesse em manter o relacionamento, comece perguntando porque a pessoa não gosta de você. Tudo pode ter sido um grande mal-entendido. Conversar é a melhor forma de descobrir informações importantes sobre o que a outra pessoa pensa de você (o que não necessariamente será a realidade).

Tente perguntar utilizando uma abordagem mais pacífica. Em vez de dizer "Qual é o seu problema?", diga algo como "Eu fiz algo que fez você não gostar de mim?".

2 - Evite ficar na defensiva. 

É natural querer bater de frente com as críticas, mas se a outra pessoa estiver sendo sincera sobre algo que a está incomodando, talvez a melhor opção seja tentar entender e responder de forma calma em vez de piorar a situação ao iniciar uma briga.

Evite surtar ou retribuir as críticas. Você provavelmente também não gostará de algumas coisas que essa pessoa faz, mas ser maldoso nesse momento não ajudará a resolver a situação. Mais críticas só deixarão o confronto ainda mais intenso.

Respire fundo enquanto a outra pessoa estiver falando para que você não se irrite ou revide.

Você também pode dar um tempo e retomar a conversa depois, quando estiver mais calmo.

3 - Escute. 

Ao conversar com o outro, espere ele terminar o raciocínio antes de tomar a palavra. Você pode não gostar do que está sendo dito, mas para recuperar a relação, é necessário que você entenda o pensamento da pessoa. Ao permitir que o outro fale tudo o que deseja, você ganhará o respeito dele e poderá até aprender com críticas construtivas.

Você pode dizer "Entendo que você não gosta de certas coisas em mim, mas eu tenho um interesse verdadeiro em saber mais sobre isso para que possamos tentar superar esse problema juntos."

4 - Dê um tempo. 

Às vezes, as pessoas irritam os outros por serem muito grudentas. Isso pode acontecer tanto entre colegas de trabalho quanto entre amigos. Se você trabalha com a pessoa em questão, tente se distanciar por um tempo. Se passam muito tempo com o mesmo grupo, se distancie um pouco quando a pessoa estiver por perto ou tente passar mais tempo com outros grupos de amigos. Muitas pessoas precisam de um tempo longe do outro para que possam continuar aproveitando a relação.

5 - Fale o que sente. 

Uma boa forma de corrigir desentendimentos é dizer ao outro o que sente de modo respeitoso e amigável. Essa atitude pode ser o que o relacionamento precisa para progredir, então tente esse tipo de abordagem em vez de piorar tudo com atitudes mais agressivas.

Usar frases que colocam o "eu" em ênfase pode ajudar a tirar o tom de acusação que a conversa possa ter. Por exemplo, dizer algo como "Eu me sinto mal por você não gostar de mim e gostaria de saber o que posso fazer para melhorar as coisas entre a gente" coloca a ênfase no "eu", o que soa muito mais amigável do que frases que tem como ênfase o "você", que podem soar mais como uma acusação.

Método C:

1 - Explique-se para as pessoas que valem a pena. 

Se uma pessoa não gosta de você, talvez ela fale de você para amigos em comum ou tente prejudicá-lo de outras formas. Se for um colega de trabalho, converse com o seu chefe e explique a situação para que ele fique de olho em possíveis sabotagens que a pessoa possa fazer em relação ao seu trabalho. Para amigos em comum, explique o seu ponto de vista, mas evite falar mal da pessoa.

2 - Evite dar motivos.  

Se uma pessoa não gosta de você, talvez ela tente descobrir segredos seus para prejudicá-lo, por isso, tenha cuidado com o que você diz por ai e evite falar de outras pessoas perto dela, para que essas informações não sejam usadas contra você no futuro. Isso faz com que a melhor estratégia nesse momento seja não se expor para quem você não confia. Se a pessoa for um colega de trabalho, por exemplo, evite cometer erros perto dela.

Se a pessoa que não gosta de você já foi sua amiga, talvez ela já saiba de muitas coisas que possam machucá-lo. Ao perceber que ela planeja dizer algo para prejudicá-lo, tente se antecipar e fazer com que os outros descubram o que aconteceu por você, não por ela. Isso dará a você um maior controle sobre como a informação será recebida pelos outros.

3 - Evite perder o controle da situação. 

Às vezes, a melhor saída é pedir desculpas para alguém que não gosta de você, mesmo que você não tenha feito nada de errado. Isso poderá ajudá-lo ao evitar que a situação piore. Você pode pensar nessa atitude como algo que você fará por você, não pelo outro, apesar do efeito positivo que essa atitude poderá ter no relacionamento.

4 - Peça a ajuda dos amigos. 

Se alguém estiver fazendo você se perguntar se está errado ou não, pergunte aos seus amigos sobre a situação se eles também conhecerem a pessoa em questão. Uma segunda opinião, principalmente quando vem de alguém que você confia, poderá ajudá-lo a evitar que você veja apenas o ponto de vista da outra pessoa e acabe sendo muito duro com si mesmo. Conviver com alguém que não gosta de você pode gerar muitos questionamentos sobre a sua conduta, então é importante entender como eles podem afetar você. Não prejudique a sua saúde mental por causa disso.

5 - Tente conquistar a pessoa. 

Às vezes, para recuperar uma amizade ou um colega de trabalho, basta mostrar um pouco de boa vontade. Sair da zona de conforto e fazer algo pelos outros pode trazer vários benefícios. A gentileza reduz o estresse e estimula uma vida mais saudável e longa. Além disso, se você for gentil com a pessoa que não gosta de você, talvez ela mude de ideia.

Tome cuidado com pessoas que possam se aproveitar da sua generosidade. Existem pessoas que se aproveitam da bondade daqueles que não conseguem lidar com comportamentos agressivos ou manipuladores. Se a pessoa aceitar a sua gentileza e responder com egoísmo ou grosseria, talvez seja melhor evitá-la do que tentar conquistá-la.

- Dicas

Se o problema evoluir para agressões físicas, distancie-se da pessoa e chame a polícia.

Você precisa tomar a decisão certa, seja ela ficar longe ou tentar resolver a situação.

Lembre-se, algumas pessoas podem não gostar de você por conta de um erro que você cometeu. Se esse for o caso, tente conversar sobre ocorrido e não fale delas pelas costas.

Alguém ter sido maldoso com você não significa que você deve retribuir na mesma moeda. Seja sincero e não esqueça as suas maneiras.

- Avisos

Tente evitar criar conflitos mais sérios com a pessoa.

Não incentive qualquer forma de conflito físico. 

- Wikihow

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Cérebro e Estresse - Receita infalível para o estresse

  • Tara Swart, Neurocientista do MIT tem uma receita infalível para o estresse.
Para Tara Swart, a ciência provou que conviver durante muito tempo com incertezas reduz a produtividade. Deve-se tomar mais água e andar antes de reuniões importantes.

Em meio a qualquer crise, ninguém escapa à rotina de incertezas. Eis uma receita infalível para o estresse.  “A sensação de falta de controle faz o organismo produzir o hormônio cortisol em maior quantidade”, diz a psiquiatra britânica Tara Swart.

“Quando esse cenário se prolonga, cria-se o chamado ‘modo de sobrevivência’.” Uma das consequências é a queda da capacidade de ter empatia e de ser criativo, dois efeitos nefastos para profissionais e empresas que, mais do que nunca, precisam ganhar produtividade.

Formada em medicina na Universidade de Oxford e doutora em neurociência, Tara trocou o trabalho em hospitais há quase dez anos para fundar uma consultoria especializada em atender companhias que passam por grandes mudanças e executivos submetidos a elevados níveis de pressão.

Segundo ela, para desenvolver resiliência, é preciso entender e cuidar da saúde cerebral. Tara tem clientes como a empresa de tecnologia Google, a fabricante de bebidas SAB Miller e a companhia de mídia BBC.  

Nos dois cursos de extensão que leciona desde 2014 na faculdade de administração do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), promete ensinar a criar um padrão mental voltado para o crescimento e para a resiliência. De Londres, Tara deu a entrevista a seguir.

Exame – O que acontece quando as pessoas são submetidas a períodos prolongados de incertezas?

Tara – A sensação de falta de controle e as incertezas fazem o organismo produzir maior quantidade de cortisol, hormônio do estresse. Quando esse cenário se prolonga, o corpo tende a se retirar ao que é chamado de “modo de sobrevivência”. Isso significa que o cérebro responde ao  perigo percebido extraindo o sangue de todas as funções que não julga estritamente necessárias para a sobrevivência.

Exame – Quais as consequências dessa condição?

Tara – Entre as principais funções suprimidas  pelo cérebro nesse modo de sobrevivência estão as relacionadas à capacidade de regular as emoções, bem como ter empatia e pensar de forma criativa. Isso leva a um desempenho profissional mais fraco ou, na melhor das hipóteses, impede que as pessoas deem o melhor de si mesmas. Além disso, é comum ter aquela voz negativa em sua cabeça que diz coisas como “eu deveria ir embora do país”, “minha empresa vai quebrar”, “não confio em minha equipe ou em meu chefe”.

Exame – O que a ciência já descobriu a respeito de como manter o cérebro mais produtivo e ter um comportamento resiliente, mesmo em condições adversas?

Tara – A ciência provou que, para manter o cérebro em alto desempenho, só existe um caminho. É preciso prover descanso, combustível, hidratação, oxigenação e adotar um padrão de hábitos que chamo de simplificação. A primeira condição é ter um sono de qualidade que passe pelos diferentes ciclos de ondas cerebrais, e não do tipo que acorda várias vezes durante a noite. Caso contrário, isso vai afetar sua capacidade cognitiva no dia seguinte.

Eis um aspecto comumente impactado em momentos de estresse. Combustível é muito importante para a tomada de decisão porque o cérebro usa de um quarto a um terço da energia oriunda do que você come. Cerca de 2 horas depois da digestão, ele já não consegue ter seu melhor desempenho. Há pesquisas sobre juízes tomando decisões mais severas em relação aos réus quanto mais distantes estavam do horário em que haviam feito uma refeição. Logo que se alimentavam, estavam mais abertos a ouvir e ponderar. Mas não vale qualquer combustível.

Certos alimentos são mais eficientes nesse sentido. Alguns exemplos são peixes gordurosos, como o salmão, ovos, abacate, nozes, sementes e bons óleos, como o de coco e o azeite de oliva. Hidratação, basicamente, é beber meio litro de água para cada 15 quilos de peso corporal.

Quem sua muito, bebe café ou álcool precisa de mais água ainda. Ninguém dirige seu carro sem checar a água e o óleo. Mas muitos trabalham sem estar hidratados o suficiente, e isso não é bom, especialmente para quem é pago para usar o cérebro. Há ainda a oxigenação, o que significa não estar sedentário durante todo o dia.

Num nível mais simples, pode-se caminhar para reuniões, entre salas ou ao lado de um colega enquanto conversam. Se tiver uma reunião ou uma decisão importante a fazer, caminhe antes ao redor da sala ou faça dez respirações profundas. E, finalmente, simplifique sua rotina. Nesse aspecto, refiro-me a duas coisas: praticar e manter a atenção plena e ter um regime de redução de escolhas.

Exame – Como essa filosofia minimalista pode ser aplicada à rotina de uma pessoa?

Tara – Ter uma rotina fixa pela manhã ajuda a economizar energia. Essa é a razão pela qual Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, usa a mesma roupa todos os dias.  Parece algo anedótico, quase caricato, mas tem uma função: preservar seu poder de decisão para o que realmente interessa ou fará a diferença naquele momento.

Aos que têm filhos e trabalham, sugiro escolher suas roupas e a dos filhos na noite anterior, no momento em que o poder de seu cérebro está baixo, de qualquer forma. A atenção plena ao que é enfrentado no momento presente ajuda a lidar com as emoções e a preparar o cérebro para resolver múltiplas decisões difíceis.

Cerca de 80% das pessoas bem-sucedidas têm algum tipo de prática regular de mindfullness, a aplicação da atenção plena, com exercícios inspirados na meditação. Muitos usam algum aplicativo para smartphones, como o Calm ou Headspace. Basta colocar os fones de ouvido, escutar o que a voz lhe fala e seguir as instruções.

Exame – Na prática, como as empresas podem ajudar as pessoas a lidar com as dificuldades do dia a dia e ainda gerenciar o próprio estresse?

Tara – Uma vez por ano eu coordeno um grande projeto de bem-estar em empresas que envolve exames de sangue para checar quão estressados os funcionários estão.  Com o uso de um equipamento medimos como anda a qualidade do sono das pessoas, sua resiliência, quanto estão fazendo de exercícios físicos. E fazemos com que elas percebam como o estresse afeta o comportamento delas. Isso é possível com uma experiência.

Deixamos à disposição comidas e bebidas de todos os tipos durante uma semana. Então, conseguimos identificar tendências e relacionar, por exemplo, um grau mais alto de estresse ao costume de comer mais porcarias e beber mais álcool. Em seguida, verificamos o impacto dessa mudança de hábitos no comportamento e na capacidade de concentração e de tomada de decisão. Assim fica mais fácil mostrar a relação de causa e efeito entre os hábitos e a produtividade cerebral e provar que vale a pena tentar mudar alguns padrões.

Exame – O que mais é possível fazer, além de monitorar e tentar incentivar um comportamento mais saudável?

Tara – As companhias podem facilitar a escolha desse estilo de vida, colocando à disposição água de qualidade e alimentação saudável. Algumas empresas, como o Google, têm aulas de ioga e meditação guiada ou lugares onde os funcionários possam cochilar ou ficar em silêncio e dar um tempo dos equipamentos digitais em algum momento do expediente. As empresas também podem oferecer aos gestores treinamentos em noções de neurociência, como fez o banco britânico Standard Chartered e a companhia anglo-sul-africana de bebidas SAB Milller. Entender o funcionamento do cérebro afeta o estilo de gestão e a dinâmica como as equipes são conduzidas. São políticas e infraestrutura que têm de fazer parte da cultura das empresas.

Exame – Nos últimos anos, novos cursos e consultorias passaram a aplicar a neurociência aos negócios. Por que esse se tornou um assunto corporativo?

Tara – As pessoas precisam estar com a saúde cerebral em forma. Sobretudo na indústria do conhecimento. E a ciência avançou nesse sentido. O primeiro exame de ressonância magnética funcional, que  mostra a reação cerebral a variados estímulos e experiências, surgiu há 26 anos. E vem sendo aperfeiçoado rapidamente, principalmente nos últimos anos. Antes disso, tínhamos a psicologia. Agora, além de saber como as pessoas pensam e sentem, compreende-se o impacto de hormônios e neurotransmissores no comportamento.

Exame – Qual é a nova fronteira desse tipo de análise da neurociência nas empresas?

Tara – Algumas empresas começam a aplicá-la no recrutamento e na construção de equipes. De certa maneira, conhecer a neurociência ajuda a entender as diferentes formas de pensar das pessoas. Há cada vez mais evidências de que times com diversidade cognitiva têm melhor desempenho. Um estudo realizado por David Lewis, diretor da Escola de Negócios de Londres, e Alison Reynolds, da Escola de Negócios Ashridge, na Inglaterra, mostrou que times mais diversos no aspecto cognitivo terminaram uma determinada tarefa em 22 minutos, em média.

Os demais, menos variados, levaram até 1 hora e ainda assim nem concluíram a mesma atividade. A explicação é que há tipos complementares. Pessoas com diferentes estilos de processar informações, como um detalhista e um generalista, trabalhando juntos tendem a resolver desafios mais rapidamente. Não é simples, no entanto, determinar o estilo de comportamento de uma pessoa e colocá-la numa caixa. Menos ainda dizer que ela sempre permanecerá da mesma maneira. É importante considerar que é possível mudar padrões de comportamento. O cérebro tem uma plasticidade muito grande — eis outra descoberta recente. 

- Veja também:
  •     Aprenda a reconhecer os sintomas do esgotamento nervoso
  •    Sintomas de estresse físico e emocional

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Cérebro - livre-se dos preconceitos e seja feliz de verdade.

  • Neurocientistas confirmam: em 21 dias você reprograma o seu cérebro!
O título é impactante não é? Por que 21? 21 dias para mudar e transformar. 21 dias para ser uma pessoa mais feliz e de bem com a vida. 

21 dias para começar a fazer yoga. 21 dias para meditar. 21 dias para mudar os hábitos alimentares…21 dias para abandonar e quebrar um hábito, como parar de comer carne, parar de fumar, parar de criticar, adotar condutas altruístas… etc.

Tudo o que você precisa são 21 dias de determinação e disciplina fazendo ou deixando de fazer determinada coisa.

Você sabia que tudo o que você conquistou, assim como o seu padrão de pensamento e comportamento, estão relacionados aos seus hábitos? Ou seja, os seus hábitos influenciam diretamente a sua vida. 

Os hábitos são, essencialmente, padrões de comportamentos e acabam se tornando uma parte do que somos.

Quando algum comportamento se repete o cérebro cria vias sinápticas mais rápidas, de maneira que uma ação aciona a ação seguinte, de forma quase automática.

  • Ninguém está inteiramente certo de onde a regra dos 21 dias se originou.
Um dos pioneiros na Teoria dos 21 Dias foi o cirurgião plástico e psicólogo Maxwell Maltz, em 1960. Ele relatou que seus pacientes notavam as mudanças nas cirurgias apenas após 21 dias da operação, e registrou no livro Psico-cibernética que 21 dias é o tempo que o cérebro precisa para se adaptar a uma mudança. Em 1983 o artigo Three Weeks to a Better Me, na Reader’s Digest, relatou os esforços de uma mulher em não criticar durante 3 semanas. John Hargrave também descreve a importância dos 21 dias em seu livro Mind Hacking: How to Change Your Mind for Good in 21 Days. No livro best seller O Poder do Hábito, Charles Duhhig considera que são necessários 21 dias de repetição de uma ação para que ela se torne um hábito. Claro que existe a individualidade de cada um que pode levar a uma variação, como mostrado no estudo de Phillipa Lally, pesquisador de psicologia da saúde na University College London, publicado no European Journal of Social Psychology, no qual foi evidenciado que a partir de 18 dias consegue-se mudar um hábito, mas pode variar dependendo da pessoa, do comportamento e circunstâncias, sendo que o tempo médio foi de 60 dias para um comportamento tornar-se automático.

  • O cérebro tem duas formas de tratar as informações e ações vividas: uma de maneira consciente e a outra inconsciente.
Mas talvez você pergunte: é possível fazer algo de forma inconsciente, sem nos darmos conta? Sim, é o que costumamos chamar de “modo automático”, são as ações que você executa sem a necessidade de prestar atenção em cada movimento. E muitas das coisas que executamos com frequência ao longo do nosso dia, de forma repetitiva, estão no modo automático, seja na nossa rotina doméstica ou mesmo no trabalho. Dirigir, por exemplo, é um hábito tão mecanizado que muitas vezes você sai de um lugar e chega ao outro e nem se lembra do percurso que fez, seja de carro ou mesmo a pé. Seu cérebro está tão treinado com aquele caminho que você o faz com a mente focada em mil e uma ideias, menos no ato de dirigir, caminhar ou no percurso.
  • Toda ação, primeiro, é consciente
Acontece que quando você repete essa ação muitas vezes o cérebro cria um caminho neural que envolve os atos de pensar, sentir e agir. Depois que o cérebro se considera treinado o suficiente para determinada coisa, sai do modo consciente e vai para o inconsciente. E, nesse processo, pelo menos 95% das nossas ações são comandadas pela mente subconsciente, um super computador carregado com uma base de dados de comportamentos programados.

A transferência ocorre quando uma ação já programada migra da zona CONSCIENTE do cérebro, ou seja, da zona pensante, para a zona de execução automática do cérebro, ou seja, INCONSCIENTE.

É isto que nos permite ser multifuncionais. Vamos citar novamente o exemplo de dirigir, algo fácil e totalmente mecânico. Observe quantos movimentos são realizados sem que você precise prestar atenção. O pé direito no acelerador ou no freio e o pé esquerdo na embreagem, os 3 pedais em movimentos sincronizados para o carro não morrer. Você pensa na meia embreagem quando dirige? Certamente não. Enquanto isso os olhos monitoram 3 retrovisores e as mãos controlam o volante, câmbio e setas para sinalizar as conversões, etc… E você faz tudo isso enquanto conversa com alguém no carro ou ao telefone, canta, toma decisões importantes, ouve o rádio, enfim,  sua atenção está sempre voltada para alguma outra coisa, pois dirigir não requer sua atenção uma vez que se tornou algo automático.

Até aí, estaria tudo ok não fosse a comprovação pela neurociência de que estamos no piloto automático, sob o comando da mente inconsciente, 95% do tempo.

Ou seja, você não está consciente na maior parte do tempo. Apesar disso, é bom saber que você pode programar e desprogramar o seu cérebro no que se refere a qualquer ação cognitiva que envolva o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio e o intelecto. É através da repetição que você adquire uma nova forma de pensar, sentir, agir e se comportar, esteja você ciente ou não.

Uma forma simples de adquirir um novo hábito é estabelecer um programa de 21 dias. Determine o que você quer ou precisa que se torne uma rotina.

Estabeleça um horário que você possa se dedicar a isso. E passe a repetir por 21 dias consecutivos. Muito provavelmente você encontrará resistência no início, mas do 22º dia em diante a ação será executada com naturalidade e você sentirá falta se não realizá-la, pois seu cérebro já estará habituado com a prática. Sem esforço nem desconforto.

Eduque seu cérebro, faça essa ginástica mental para ter sua mente trabalhando a seu favor e tenha autodisciplina.

Para isso, a rotina de repetição deve ser empregada por 21 dias consecutivos. Consecutivos mesmo, sem falhar nem 1 dia, ok? E é aí que entra a sua disciplina. Esse método de 21 dias pode ser aplicado para qualquer coisa, seja para adquirir uma rotina de estudo, organização no trabalho, forma de pensar positivamente, fazer uma atividade física, ou, o que eu super recomendo: MEDITAR!!!

Talvez você pense. Nossa, desse jeito é possível criar um novo hábito por mês e, ao final de 1 ano, terei 12 novos hábitos. Desculpe mas terei que jogar um balde de água fria no seu entusiasmo.

CUIDADO, porque se você não fizer de forma consciente pode se transformar num robô, um amontoado de ações inconscientes. Será que você já não está nesse estágio? Ser multifuncional parece ser bom não é? Considerando o quanto pessoas que conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo são elogiadas. No entanto, acabam ficando ligadas no “piloto automático”. E, quando chegam ao final do dia, são incapazes de se lembrar detalhes do que fizeram e como realizaram as suas tarefas.

Saiba que quanto mais automático você for, maior também será sua dificuldade de concentração. Isso acontece porque os pensamentos e comportamentos automáticos tiram nossa atenção do momento presente. 

Eles são estruturados em experiências do passado. Pessoas automatizadas tendem a ser menos criativas, pois costumam seguir padrões repetidos e, por isso, são inflexíveis, têm dificuldade de se adaptar a novas situações, de encontrar novos caminhos e enxergar possibilidades inovadoras. Então, tenha sabedoria para usar a ferramenta dos 21 dias a seu favor e não ficar condicionado a hábitos que possam te robotizar e tirar de você algo precioso, que é a sua consciência.

A ideia aqui, mais do que te dar dicas sobre como adquirir novos hábitos, é te conscientizar sobre você mesmo, pra que você saiba que seus hábitos guiam o teu destino. Se os teus pensamentos, atitudes e comportamentos não te favorecem, então está na hora de mudar e você pode fazer isso através de uma disciplina diária e mudança na sua rotina no que se refere ao pensar e agir.

No entanto, observe se mais importante do que adquirir novos hábitos não é melhor fazer uma reprogramação para desestruturar hábitos antigos e sabotadores. Desconstruir padrões mentais, esvaziar e zerar conceitos velhos é um caminho para se abrir ao novo e para adquirir novos conhecimentos. Usar a metodologia dos 21 Dias para adquirir o hábito da meditação e do relaxamento pode ser um forma edificante de usar o inconsciente para atingir a consciência.

Mudar ou abandonar hábitos antigos não é tão simples. Há um consenso de que esta prática é mais difícil. Uma vez que as sinapses foram ativadas por uma repetição de comportamento, mesmo que se consiga quebrar por forte determinação e disciplina, essas sinapses podem ser reativadas sob o menor estímulo. Isso fica muito evidenciado no caso de vícios.

De qualquer forma, para aumentar suas chances de sucesso, tente mudar um hábito de cada vez. Estabeleça planos e repita o comportamento de forma que ele se torne instintivo e seja parte de você.

Seu destino está traçado na sua mente. A pergunta é: Você programou a sua mente a favor ou contra você? Até que você se conscientize da necessidade de criar um movimento interno para mudar os seus hábitos, seja no pensar, falar ou agir, seus padrões inconscientes determinarão o seu destino. Sabe o que tem de ruim nisso? Você nem vai se dar conta.
  • osegredo.com.br

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Cérebro - Como manter o cérebro sempre jovem

  • O cérebro precisa de cuidados e atenção para garantir um funcionamento suave e eficiente.

Mas, em vez de um manual de manutenção detalhado de uma máquina, tudo o que temos são conselhos vindos da comunidade científica – muitos deles contraditórios e confusos.
 

Veja aqui aquelas que têm maior suporte de estudos experimentais mais recentes.
  • Não perca a fé em suas habilidades
Temos a tendência a acreditar que a perda de memória é um problema decorrente do envelhecimento. Mas alguns lapsos – como chegar a um local e esquecer o que foi fazer ali – podem afetar jovens ou idosos com a mesma frequência e intensidade.
 

Por isso, não deveríamos nos apressar em assumir que tudo é culpa da idade, já que dúvidas podem ser uma espécie de autoprofecia.
 

Nos últimos dez anos, Dyana Touron, da Universidade da Carolina do Norte, descobriu que com a idade, temos a tendência de perder a confiança nas nossas habilidades mentais, mesmo quando elas estão funcionando perfeitamente. O resultado é que acabamos dependentes de “muletas”, como o GPS do carro ou a agenda do celular.
 

Mas, ironicamente, ao não nos colocarmos diante de desafios, podemos acelerar nosso próprio declínio mental. Portanto, se você se encontrar diante de uma porta não sabendo onde deveria estar, veja a situação como uma oportunidade para forçar um pouco mais a memória.
  • Proteja seus ouvidos
A mente sofre se for isolada dos cinco sentidos. E a perda auditiva parece detonar a perda da massa cinzenta do cérebro, provavelmente por colocar uma ênfase na atenção e por nos bloquear de estímulos úteis. O problema aumenta em 24% o risco de atraso cognitivo durante um período de seis anos, segundo um estudo recente.
 

Assim, qualquer que seja a sua idade, vale a pena ter consciência das situações que poderiam estar acelerando a deterioração da audição. Escutar música em alto volume por apenas 15 segundos por dia já é suficiente para prejudicar os ouvidos. Secadores de cabelos e aspiradores de pó são outras companhias ruins para os ouvidos.
  • Aprenda um novo idioma ou a tocar um instrumento

Em vez de dedicar vários minutos do dia a algum passatempo ou aplicativo que promete “treinar seu cérebro”, que tal tentar um exercício mental mais ambicioso, como aprender a tocar um instrumento ou falar uma nova língua?
 

Ambas as atividades requerem uma ampla gama de habilidades, exercitando a memória, a atenção, a percepção sensorial e o controle de motricidade enquanto você tenta executar uma nova canção ou pronunciar os sons estranhos de novas palavras.
 

Os benefícios tendem a durar até a idade avançada. Um estudo publicado no ano passado descobriu que músicos têm 60% menos chances de desenvolver demência do que as pessoas que não tocam instrumentos. 

Outra pesquisa mostrou que falar outro idioma pode atrasar em cinco anos o diagnóstico do mal de Alzheimer.
 

A aprender uma nova atividade que envolva movimentos físicos parece ser particularmente eficaz, como mostrou um estudo recente com pessoas que combateram a perda de memória aprendendo a pintar.
  • Modere na comida porcaria
A obesidade pode prejudicar o cérebro de muitas maneiras. O acúmulo de colesterol nas artérias pode restringir o fluxo sanguíneo para o cérebro, deixando-o sem os nutrientes e o oxigênio que ele precisa para funcionar bem.
 

Além disso, os neurônios são bastante sensíveis ao hormônio insulina, produzido pelo pâncreas. Comer alimentos doces e calóricos com frequência pode embaralhar a liberação da insulina, dando início a uma reação em cadeia que leva à produção de placas letais que podem se acumular no cérebro.
 

A boa notícia é que certos nutrientes – como o ômega 3 e outros ácidos graxos, e as vitaminas D e B12 – parecem ter um efeito “limpante” e reduzem os prejuízos provocados pela idade no cérebro.
 

Isso pode explicar por que idosos que sempre mantiveram uma dieta tipicamente mediterrânea – à base de peixes, legumes, verduras e baixo teor de gordura – tendem a mostrar as mesmas habilidades cognitivas que pessoas sete anos mais novas.
  • Concentre-se no corpo
 Gostamos de fazer uma distinção clara entre o corpo e a mente, mas, na realidade, estar em boa forma física é uma das melhores maneiras de manter o cérebro funcionando bem.
 

A atividade física não só estabelece um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro, mas também libera uma grande quantidade de proteínas que ajudam a estimular o crescimento e a manutenção de conexões neurais.
 

Os benefícios são notados desde o berço: crianças que vão a pé para a escola costumam tirar melhores notas, enquanto idosos que fazem caminhadas regulares – mesmo que não sejam vigorosas – têm mais concentração e memória.
  • Não deixe de viver a vida
Se todas essas mudanças de rotina parecem algo difícil de adotar, saiba que uma das melhores maneiras de proteger o cérebro dos efeitos do tempo é socializar. O ser humano é uma criatura social, e nossos amigos e parentes nos estimulam, nos desafiam a ter novas experiências e nos ajudam a descarregar o estresse e as mágoas.
 

Surpreendentemente, um estudo com voluntários com idades em torno de 70 anos mostrou que os mais ativos socialmente tinham 70% menos chances de experimentar um declínio cognitivo em um período de 12 anos, em comparação com aqueles com uma vida mais reclusa. Da memória e da atenção à velocidade de processamento mental, tudo parece se beneficiar do contato regular com outras pessoas.
 

Ou seja, não há uma fórmula mágica única para treinar o cérebro. As pessoas que envelhecem melhor têm um estilo de vida que incorpora um pouco de tudo: uma alimentação variada, atividades estimulantes e um círculo de amigos queridos. Uma receita que também vale para quem quer ter uma vida feliz e saudável.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Arte da Fala - Falar é uma arte - A ESCUTATÓRIA também...


  • A arte de calar
O silêncio é um momento vivificante, em que a criatura se cala, mas o coração fala. 
Calar sobre sua própria pessoa, É HUMILDADE.

Calar sobre os defeitos dos outros, É CARIDADE.

Calar quando a gente está sofrendo, É HEROISMO.

Calar diante do sofrimento alheiro, É COVARDIA.

Calar diante da injustiça, É FRAQUEZA.

Calar quando o outro está falando, É DELICADEZA.

Calar quando o outro espera uma palavra, É OMISSÃO.

Calar e não falar palavras inúteis, É SENSATEZ.

Calar quando não há necessidade de falar, É PRUDÊNCIA.

Calar quando interiormente nos fala o coração, É SILÊNCIO.

Calar diante do mistério que não entendemos, É SABEDORIA. 

Precisamos saber dosar as horas em que devemos nos calar e os momentos que necessitamos falar. Falar é prata e Calar é Ouro. 
 - Autor desconhecido
  • A ARTE DE OUVIR….E SABER CALAR
Até esse dia eu não havia conhecido o termo utilizado pelo escritor Rubem Alves para designar a arte de saber ouvir: “escutatória”.
 
Esse é um texto que, apesar de não ter sido escrito por Buda ou qualquer outro iluminado, é de extrema simplicidade e sabedoria, por isso resolvi dividi-lo publicamente. Trata-se do que chamamos do estado de alerta, meditativo. Quero dizer, enquanto não nos permitirmos ao silêncio, ao vazio, não poderemos nos “preencher” do novo, livre de conceitos e pré julgamentos.
  • ESCUTATÓRIA
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
 
Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio lá dentro de nós“.
 
Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
 
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos… Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, […]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as ideias estranhas.).
 
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
  • Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado”. 

Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou”. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
 
O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou”. E assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
 
Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.
  • Rubem  Alves

sexta-feira, 22 de julho de 2016

SAÚDE CEREBRAL DO INTESTINO

  • Que teu alimento seja teu remédio (Hipócrates) 
A importância do intestino
    O intestino é conhecido também como “segundo cérebro”. Você sabe o por quê? Entenda melhor seu funcionamento e a relação que ele tem com a saúde do corpo.
    • O intestino e nossas emoções
    O intestino ajuda a determinar nossas emoções, estado mental e preferências alimentares. Assim, a saúde do cérebro depende da saúde do intestino.
     

    O intestino possui mais neurônios que a medula espinhal, cerca de 100 milhões, perdendo somente para o cérebro. Ele produz e armazena 98% da serotonina fabricada pelo corpo. A serotonina é um neurotransmissor, uma substância química fabricada pelos neurônios, que possui papel importante no humor e na memória. O equilíbrio da serotonina determina a maneira como interpretamos um pensamento, podendo ser alegre, triste, engraçado, relaxante. Ela conecta o que acontece no intestino com o que acontece com o cérebro, e vice-versa.
     

    O intestino contém mais de 70% das células de defesa do corpo, 500 espécies de bactérias e 100 trilhões de micro-organismos. Esse exército compõe a flora intestinal, que auxilia no desenvolvimento de tecidos, na extração de nutrientes dos alimentos e na produção de células de defesa.
     

    Muitos dos que sofrem de doenças crônicas envolvendo o cérebro (depressão, pânico, ansiedade, enxaqueca, autismo, esquizofrenia) sofrem também de problemas intestinais (constipação intestinal – intestino preso, síndrome do intestino irritável – alternância entre períodos com intestino muito solto e períodos com intestino preso, cinetose – enjoo fácil quando em movimento, colite, doença de Crohn – inflamação grave no intestino, e todo tipo de má digestão e intolerâncias alimentares). O processo da digestão está envolvido nisso.
     

    Situações de estresse podem aumentar a permeabilidade do intestino, que vai absorver “pedaços” maiores e digeri-los de forma incompleta. Esses, quando caem na circulação sanguínea, não são reconhecidos pelo organismo como nutrientes, mas sim como corpos estranhos, e são atacados pelo sistema imunológico, o que provocará uma reação com produção de anticorpos.
     

    Essa reação cria um estado inflamatório desnecessário em nosso corpo e cérebro, o que predispõe a uma série de doenças, pois, além de diminuir o “gás” do sistema imunológico para combater os vírus e bactérias causadores de doenças que realmente importam, também possibilita a infecções e a doenças autoimunes (celíaca, diabetes do tipo I, tireoidite de Hashimoto, artrite reumatoide e doenças cerebrais como esclerose múltipla).
    • Alimentos e nosso intestino
    Quando alguém não come bem, vive à base de produtos alimentícios industrializados, refinados, pobres em nutrientes, esses prejudicam a integridade do intestino e a absorção de nutrientes necessários para o bom funcionamento do cérebro. Com o passar do tempo, isso causará prejuízo das funções mentais mais sofisticadas (memória, atenção, concentração e humor) e levará a um aumento do estresse, que resultará num prejuízo ainda maior da função de absorção de nutrientes pelo intestino, criando um ciclo vicioso que inevitavelmente resultará em doenças e piora do estado mental e comportamental.
    • Fisioterapia
    Existem técnicas dentro de algumas especialidades da fisioterapia, como na Osteopatia, e em alguns métodos, como no Busquet, que auxiliam na mobilidade do intestino, melhorando a vascularização e enervação do local. 

    Esses tratamentos melhoram a constipação intestinal, intestino preso, síndrome do intestino irritável, e assim, auxiliam na melhora da nossa digestão, nossas emoções e sentimentos.
     

    ALIMENTE-SE BEM! SEU INTESTINO E SEU CÉREBRO AGRADECEM!
    • SAÚDE CEREBRAL DOS INTESTINOS