Press Enter and then Control plus Dot for Audio
Mostrando postagens com marcador BEIJO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BEIJO. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de junho de 2015

BEIJO E A DOENÇA DO BEIJO, Febre glandular ou Mononucleose Infecciosa

  • Mononucleose Infecciosa
Doença do beijo, Febre glandular ou Mononucleose Infecciosa é uma doença causada pelo vírus de Epstein-Barr.
A mononucleose infecciosa (MI) clássica, conhecida também como “febre glandular” e “doença do beijo”, é uma enfermidade que apresenta baixa mortalidade e letalidade, manifestando-se de forma aguda e normalmente de forma benigna.
É causada por um vírus  conhecido como Epstein-Barr (EBV), um gamavírus DNA (Linfocriptovírus) que pertence ao grupo Herpes1, caracterizando-se por ser latente, recorrente e/ou crônico. Nos dias de hoje são isolados através da reação de polimerase em cadeia (PCR), dois tipos de vírus da EBV (1 e 2 ou A e B). Mesmo que esses dois tipos de vírus possuam praticamente todos os alelos  iguais, aproximadamente 99%, existe grande diferença nos efeitos sobre o crescimento do linfócito B.
A infecção por esse vírus se dá através do contato com a saliva de um indivíduo infectado. Após esse prévio contato, há a penetração do vírus pela orofaringe no tecido linfóide do anel de Waldeyer, ocorrendo uma viremia, acometimento do sistema linforreticular, em especial fígado, baço, medula óssea e pulmões. Esse vírus afeta apenas células do sistema linforreticular humano, mais especificamente os linfócitos B, pois estas células possuem receptores específicos para esse vírus.
A doença pode se iniciar abrupta ou gradualmente, no decorrer de dias e varia muito quanto à severidade e tempo de duração. Em crianças costuma ser mais brande, já em adultos é muito mais severa podendo durar até 8 semanas.
Os primeiros indícios são: febre, calafrio, inapetência, fadiga, mal-estar e sudorese. Também pode estar presente intolerância ao cigarro, vômito, náuseas e fotofobia. Outros sintomas como cefaléia, mialgia e dor de garganta são precoces, frequentes e progressivos.
Ocorre um comprometimento inflamatório significativo do anel linfático de Waldeyer, com a faringe apresentando desde um simples eritema até um exudato de coloração branco-acinzentada. Na grande maioria dos casos, encontra-se aumento dos linfonodos da região cervical, juntamente com uma linfadenopatia generalizada. Ocorre esplenomegalia em 50% a 75% dos casos e hepatomegalia em apenas 15% a 25%. No entanto, os testes de função hepática se apresentam alterados em 95% dos casos. O edema palpebral, conhecido como sinal de Hoagland, está presente em um terço dos casos. O exantema ocorre em 3% a 8% dos, acometendo tronco e face, extremidades em raras ocasiões.
Em crianças com menos de cinco anos de idade, o quadro clínico pode ser atípico, apresentando diarréia, pneumonia, otite média, bronquite, epilepsia, infecção do trato urinário, entre outros sintomas que se apresentam associados com hepatomegalia, esplenomegalia, amidalite, faringite e linfadenopatia; no entanto, obrigatoriamente, deve estar presente atipias linfocitárias.
O diagnóstico é realizado através da analise do quadro clínico, juntamente como exames laboratoriais confirmatórios, pois a sintomatologia não é específica, podendo facilmente, ser confundida com outras doenças. O exame laboratorial é feito através da detecção do anticorpo contra o vírus EBV.
Esta doença não tem cura, mas o tratamento é feito com repouso relativo por cerca de 3 semanas; quando há um comprometimento hepático grave, deve-se tratar como se fosse uma hepatite viral aguda por, aproximadamente, dois meses; em certas situações pode ser feito o uso de corticóides; quando houver a ruptura do baço, deve ser realizada uma cirurgia pra removê-lo. Não é recomendado o uso de antibióticos quando não há uma infecção bacteriana secundária. Realizam-se também outras medidas terapêuticas visando reduzir a imunossupressão.
Pesquisas vêm sendo realizadas, relativas à vacina anti-EBV, viva ou atenuada. No entanto, Epstein desenvolveu uma vacina, derivada do gp340 do EBV, que foi testada em animais com sucesso.

  • Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?293