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segunda-feira, 25 de março de 2019

HERÓI-SALVADOR - NÃO PROCURE SER O "SALVADOR" DOS OUTROS.

Não tente jamais ficar ajudando as pessoas, em excesso, pois dessa forma, você pode tirar a capacidade delas se virarem sozinhas. 

Isso é muito comum na relação de mãe e filho. Quando a mãe passa a superproteger seu filho, ela não permite que ele se desenvolva, que cresça e aprenda com seus próprios erros. 

Quem tenta ser o salvador e ajudar a tudo e a todos de qualquer forma, com uma ajuda não solicitada, acaba por se preocupar mais com o bem estar dos outros do que com o próprio, e vive mais a vida alheia do que a sua própria vida.

Pessoas salvadoras, que ajudam exageradamente os outros e ficam vivendo mais a vida dos outros, muitas vezes querem fugir dos próprios problemas. Elas ajudam exageradamente os outros para não terem que ajudar a si próprios. Elas podem também achar sua vida muito sem graça, e por isso passam a se envolver demasiadamente na vida e nos problemas de outros, sejam familiares ou amigos. 


Tudo o que ela faz tentando ajudar os outros ela não faz tentando ajudar a si mesma. Não adianta tentar ajudar aqueles que não querem ajuda, e nem acreditar que o nosso ideal de melhora é o que a pessoa precisa. Algumas pessoas precisam de coisas diferentes do que pensamos, mas queremos ajudar sempre com a nossa visão pessoal do que seja o melhor para o outro.

Portanto, não tente resolver a vida de ninguém ou segurar o outro no colo tirando-o dos obstáculos de vida que ele precisa atravessar.
Somente cada pessoa pode resolver-se e saber o que é melhor para si mesma. (Psicólogo
Hugo Lapa)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Egoismo distorce a realidade do outro e ativa falsos julgamentos

Os falsos pensamentos que nos levam a julgar os outros são uma forma de orgulho perigoso. 

Sabe-se lá quantas vezes você deixou de tentar realizar algo importante por medo que os outros julgassem você, caso você não conseguisse? Tenho certeza que você teria logrado êxito, nem que fosse em sua última tentativa.

Alguns julgam o livro pela capa... Outros abrem, olham as figuras e logo é deixado de lado sem dar muita importância... Enquanto alguns, abrem, leem e sem palavras para descrever o que sentiram e aprenderam, guardam tudo na mente, onde um simples fechar de olhos, fazem de um amontoado de palavras, uma bela recordação...

O medo do homem quase sempre termina com o julgamento sobre os outros, porque nós começamos a supor que conhecemos as motivações, pensamentos, caráter e intenções da outra pessoa, tipo: 

- Alguém esquece de responder um e-mail, então você presume que não é uma prioridade e que a pessoa é egoísta. Acontece que ela estava de férias. 

- Você passa por alguém no corredor, e a pessoa não acena, então você deduz que ela não gosta de você ou é mal-educada. Acontece que a pessoa não a viu. 

- Você convida alguém para fazer alguma coisa, e ela gentilmente recusa, então você presume que ela está decepcionada com você. Ocorre que ela apenas não quer participar ou está doente ou ocupada. 

- Não importa, na verdade, o que a outra pessoa pensa ou faz, porém a nossa obsessão com a preocupação relacionada ao que as outras pessoas pensam sobre nós nos leva a julgar os outros de uma maneira errônea e maliciosa.

A preocupação com o que os outros pensam é orgulho. Talvez, você anseie ser respeitado. Talvez, você odeie a ideia de ser mal-entendida. Seja o que for, trata-se de puro orgulho.

Eu gostaria de poder dizer que a luta contra o medo do homem e contra a tentação de julgar as outras pessoas é fácil, mas não é.

Tento levar a vida com um grau elevado de ceticismo a respeito de coisas do senso comum. Existem alguns pensamentos popularescos que me absorvem atenção especial. Um deles tenho visto sendo repetido reiteradas vezes nas redes sociais. Trata-se da ideia que pode ser resumida pela seguinte frase: "não me importo com o que os outros pensam".

Em condições normais, vejo essa concepção de realidade ser sustentada especialmente por adolescentes e, com esses, pouco me preocupo. Creio que a vida se encarregará de fazer as devidas correções, dentro do seu devido tempo. Estando o adolescente diante de todas as verdades do mundo, seguro de suas certezas, por que ele estaria preocupado com a opinião alheia a respeito do seu cabelo, sua roupa, seu comportamento, não é mesmo?

O caso passou a me chamar atenção quando observei um número substancial de adultos embarcando nessa conversa ou, simplesmente, ao não desembarcando dela. É muito possível que se trate da chamada adolescência prolongada, da qual muitos falam. Mas não sou psicólogo; então, também não tenho interesse nas patologias do comportamento humano individual. A natureza humana é muito mais divertida quando analisada no geral. 

Nossos sentimentos de interesse pelos outros estão ancorados na utilidade daquelas virtudes consideradas socialmente interessantes para o bem-estar das nossas comunidades, benevolência e justiça, por exemplo. Quando o assunto é nossa ganância e nosso egoísmo, eu e você somos de tipos diferentes de gananciosos e egoístas, com objetivos diferentes, interesses que não se cruzam etc. Contudo, a respeito dos nossos sentimentos morais de justiça, amor ao próximo e compaixão somos apenas diferentes em grau, não em espécie, e nem um nem outro é integralmente alheio às considerações valiosas expressas em virtudes socialmente tão valiosas. 

O que nos faz ter interesse sobre a opinião que os outros formam a nosso respeito é algo diretamente ligado à opinião que temos em torno de nós mesmos e do comportamento que, por sua vez, julgamos adequado para ser socialmente reproduzido. O apreço por si mesmo é a única coisa que une o tolo e o sábio. Nesse sentido tão elementar, somos vaidosos, e isso não é uma característica boa ou má. Nossa vaidade, por mais equilibrada que possa ser, nos mantém conectados com os valores socialmente instituídos e esses valores são necessariamente louváveis ou censuráveis, quando analisados do ponto da utilidade pública. 

Quando nossa honra está em jogo, uma das melhores formas de tentar defendê-la é atacando ou menosprezando o adversário. - Aprendemos isso na faculdade de direito: - "Pouco me importo com o quê você pensa a meu respeito" é uma tentativa de menosprezar, mas não se surpreenda se o autor da frase estiver disposto a ataques aleatórios. 

Quem estaria mais preparado para encontrar inimigos do que aquele que os inventa? Imagine isso em um ambiente onde, não uma, mas várias pessoas estão inventando seus inimigos: seria estranho que se encontrassem e se digladiassem entre si? 

Curiosamente, é muito difícil encontrar um raciocínio mais vaidoso do que aquele que diz ignorar o quê os outros pensam a seu respeito. - Mas é justamente dentro desse sentimento que está minha declaração: muito me importa, sim, tudo aquilo que os outros pensam ao meu respeito!

Toda vaidade do mundo está contida dentro dessa emoção de desprezo pelos outros. É justamente essa condição pueril que atesta a eficiência e vivacidade da nossa vaidade e estabelece uma ponte indestrutível entre o egoísmo e nossa intenção de sermos agradáveis a todos os demais. Não fosse o autor de tão esquizofrênico raciocínio uma pessoa diretamente preocupada com o quê os outros pensam a seu respeito, ele não seria capaz sequer de pensar no assunto.

Tendo em vista os parâmetros de profundo desprezo que ele tenta (em vão!) empregar, dizer não se importar com aquilo que os demais pensam a seu respeito é apenas hipocrisia, ou um simples problema de “ego”. 

Uma pessoa com problema de “ego” costuma ser desagradável, egoísta, maliciosa, destrutiva e tende a julgar de maneira negativa os demais.

O ego precisa mostrar continuamente uma boa imagem para a sociedade, afinal, ele não é nada humilde. É como uma ilusão, uma fantasia que coloca a pessoa acima dos demais. A opinião que tem sobre si mesmo é distorcida, o verdadeiro “eu” se afasta e conhecer a si mesmo se torna complicado.

As pessoas que vivem enganadas pelo ego acreditam ser superiores e não veem a realidade. É um erro de pensamento, que tenta fazer uma apresentação de como você gostaria de ser ao invés de se apresentar como realmente é. É uma máscara social, um papel que nos afasta cada vez mais do que somos na realidade.

Essa máscara precisa de bajulação, da aprovação dos demais, precisa ter o controle das situações e das pessoas, quer ter o poder porque no fundo, sente medo e precisa mostrar ser superior para dissimular seu verdadeiro sentimento de inferioridade. O ego é como um personagem que se cria e se afasta da simplicidade. É caracterizado pela complicação, por uma falsa autoestima que precisa se projetar para que ninguém veja a enorme insegurança que se esconde no interior.

- E se o ego me dominar, o que acontece?

Você não irá arriscar muito por medo de fracassar, ficará na zona de conforto e na rotina, que alimenta seu falso “eu” com bajulações e aceitação alheia. O terreno conhecido será seu habitat, só viverá onde te aceitarem. Não vai querer arriscar situações desconhecidas por medo de ser desaprovado ou criticado. Uma pessoa que tem uma autoestima verdadeira não tem medo de explorar o desconhecido. Isso porque as desaprovações dos demais são aceitas e não a incomodam. São oportunidades para aprender sem diminuir seu valor pessoal.

- E o que acontece se não alimentarmos o ego?

Quando o ego não é alimentado pelos outros, a pessoa se sente mal e pode ter que lidar com uma infinidade de emoções negativas, como timidez, raiva, pena de si e medo. Então, perceberemos que tudo se tratava de uma falsa segurança disfarçada.

Quando a pessoa não aceita receber críticas e não reconhece a si mesma, a máscara cai, e podemos perceber que não somos quem pensávamos ser. Segundo o ego, sua identidade depende do que as pessoas pensam sobre você, por isso é tão importante não deixar que o ego domine sua vida. Caso isso aconteça, você será como uma folha que se move com a força do vento, baseado no que recebe da sociedade.

- Como podemos dominar o ego e deixar nossa essência verdadeira aparecer?

O ego se desenvolve em forma de proteção. Normalmente nos deixamos dominar por ele porque, dessa forma, nos sentimos mais seguros contra qualquer ataque. A voz do ego nos confunde e nos afasta do nosso verdadeiro ser, impede que sintamos as coisas de coração e as mais puras das emoções. É importante que seja capaz de entender que todas as necessidades de aceitação exterior não passam de ilusões e fantasias criados pelo seu ego.

Você não precisa de nada disso para ser feliz, a única coisa que precisa é que esteja submergido na simplicidade e humildade. Não queira ser mais do que é, nem acredite ser menos, porque no fim das contas, somos todos iguais. Nossa essência interior não é tão complicada assim, trate de eliminar a culpa, as exigências, o perfeccionismo, a necessidade de ganhar ou de ter razão e a avareza de sua vida. Aproveite as pequenas coisas, aprecie a beleza da vida, se satisfaça com vontades pessoais (diversão ao praticar hobbies, cuidados pessoais, amor a si mesmo, compras de pequenos caprichos).

Ao final, nos damos conta de que o ser humano não é tão complicado, que se deixarmos de lado os pensamentos, somos seres simples que só desejam aproveitar a existência de uma boa companhia. Deixe que o amor flua naturalmente, aceite-se como você realmente é e se divirta muito. Escute sua essência interior relaxando. Temos dentro de nós uma pessoa que vale muito a pena, não deixe que o ego te engane e mostre o pior de você.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Filho único não entende a linguagem paterna


  • Certas coisas que seu filho único pode aprender

 Algumas pesquisas dizem que os filhos únicos são mais bem-sucedidas. Outros estudos dizem que são socialmente estranhos. O que importa é que ninguém é igual a ninguém e existem várias maneiras de criar um filho. A melhor é a que mais se encaixa na sua família! Mesmo assim, como filha única, a mãe-norte americana Amy Leibrock fez uma lista para a revista Parents sobre o que gostaria que seu filho, também único, aprendesse.  Você concorda?

- Não deixe ninguém convencer você de que é mimado por ser filho único

Só porque você é um filho único, não significa que você esteja geneticamente conectado para ser mimado ou egoísta. Todo mundo tem momentos estranhos. Aprenda a ignorar graciosamente esses comentários e mostrar ao mundo uma pessoa gentil e generosa.

- Por outro lado, saiba que o mundo não gira em torno do seu umbigo

Com menos crianças na família competindo por atenção, é fácil para os pais de filhos pequenos cultivarem, mesmo sem querer, essa mentalidade de se achar o do universo. Seu filho tem que ter em mente que, quando você tenta entender as lições sobre não ter tudo sempre, está lhe fazendo um favor.

- Os amigos podem ser tão próximos (ou mais) quanto os membros da família

Os relacionamentos que construí com alguns dos meus melhores amigos são tão fortes e ferozes quanto os laços familiares. Espero que você tenha sorte o suficiente para encontrar seus próprios melhores amigos, para serem tipo irmãs e irmãos.

- As crianças com irmãos também ficam entediadas

Não tente me dizer que você está entediado porque você não tem irmãos para brincar. Se você tivesse um irmão mais novo, provavelmente ficaria “entediado” com ele. Períodos de tédio são universais para crianças, e eles são realmente bons para você. Isso desafia você a usar sua criatividade e descobrir o que te interessa – habilidades que o ajudarão a construir uma vida rica e significativa para você.

- Você não me deve nada

Nenhum pai quer se tornar um fardo para o filho enquanto envelhece, mas o único filho não pode deixar de sentir o peso dos pais idosos um pouco mais pesado do que outros. Embora eu não possa prometer que seu pai e eu não precisamos e queremos seu apoio à medida que envelhecemos, também não esperamos que você sacrifique seus próprios objetivos para fazê-lo.

- Você não é melhor ou pior; você é apenas você

No final do dia, sempre senti que esse debate sobre filhos únicos e crianças com irmãos apenas é um pouco bobo. Nós somos quem somos e cada família é diferente. É interessante para nós poder pensar sobre o que seria diferente se tivéssemos irmãos, mas não é nada para se obsessão. Não há pesquisas que digam que há uma maneira certa ou errada de estruturar uma família, mas acho que nossa pequena família é perfeita da maneira que é.

  • Segundo o velho ditado, "Tal pai, tal filho". Mas há outro ditado não menos verdadeiro: "Toda regra tem exceções".

https://pt.aleteia.org/2015/03/04/por-que-muitos-pais-bons-tem-filhos-dificeis/

sábado, 26 de maio de 2018

CRIANCAS - Emoções que Falam


  • Saiba como curar a sua criança interna

O Poder dos Pais 
     
E então você vive a vida sentindo culpa. E raiva. E ansiedade. E carência. E tristeza. Parece um ciclo sem fim, de busca interminável por algo que você não sabe bem o que é. 

Quando o que temos latente são sentimentos negativos, tudo o que fizermos será para alimentar esses sentimentos, o que significará mais ansiedade, mais carência e mais medo.

Pare agora e reflita se você está preenchendo sempre a sua vida com mais do mesmo.

E, como voltar a sentir mais amor, mais prazer, mais liberdade, mais paz? - Se conhecendo melhor, aprendendo a regular as suas emoções e conhecendo a criança que habita em você.

Esses 06 passos para entender melhor a sua criança interior são um excelente caminho. Eles te ajudarão não apenas a se entender, mas a prestar atenção e cuidar da criança do seu filho, que será, um dia, a criança interna dele. Se o seu filho for adolescente e tiver agora um comportamento que você desaprova, pare e pense: Será que a criança dele, em algum momento também não foi ferida?

Se possível, leia esse texto duas vezes. Na primeira, leia tendo você como a criança ferida. Em cada um dos 06 tópicos, pare e reflita sobre a sua própria história e a sua interação com os seus pais, sobre como era essa criança do amor (passo 2) e quando essa criança se desviou para o medo. Depois, leia novamente e avalie como hoje você conduz a vida do seu filho e se os acontecimentos já podem também tê-lo desviado para esse caminho do medo.

1. A SUA CRIANÇA INTERNA ESTÁ VIVA DENTRO DE VOCÊ

"Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa" - Carl Gustav Jung

Um dia a sua criança vai te gritar. Acontece mais cedo ou mais tarde e você será obrigado a olhar para ela. Comigo aconteceu quando eu me tornei mãe e me vi tendo que reaprender músicas que a minha mãe cantava para mim, fazer gestos que ela fazia para mim e principalmente a brincar (coisa que o mundo corporativo tinha me tirado 100%).

O psicanalista suíço Carl Gustav Jung percebeu que entrar em contato com a sua criança é uma maravilhosa fonte de energia e criatividade interna. É por isso que muitos pais relatam que filhos promovem essa transformação, porque estar em contato o mundo interno infantil e regredir voluntariamente (isso acontece quando brincamos com os nossos filhos) é uma maneira de acessar uma fonte de vitalidade, intuição e possibilidades!

Não paramos para pensar nisso, mas nós temos duas partes, uma que é ainda é criança, e a outra uma parte adulta e amadurecida. E por causa de uma série de fatores, as pessoas ficam muito tempo sem se conectarem com a parte criança. - Até que essa criança resolve gritar...

2. PALAVRAS CONSTROEM OU DESTROEM

"A criança que fui chora na estrada. 
Deixei-a ali quando vim ser quem eu sou. 
Mas hoje, vendo que o que sou é nada, 
Quero ir buscar quem fui onde ficou”
Fernando Pessoa

A criança é feita de Amor. Quando você nasceu, você era puro amor (sim, você já foi uma criança, embora talvez tenha se esquecido). Existe dentro de uma criança a bondade, a curiosidade, a entrega, a coragem e a espontaneidade natural. A criança vivencia o amor em tudo e em todos, inclusive em si mesma.

A autoestima dessa criança está preservada e ela sabe que pode simplesmente ser.

Essa criança é livre, porém possui necessidades básicas, como carinho, proteção e alimento. Mas também tem a necessidade de fantasiar, brincar, estar com outras crianças, aprender e ter limites definidos que não sejam muito rígidos.

E o que acontece quando os sentimentos são reprimidos na infância? Como essa criança fica dentro de um adulto que se formou a partir dela?

A resposta que eu mais me identifico é: - Essa criança sai do Amor e vai para o Medo.

Uma das emoções mais fortes que eu já senti foi o real momento em que eu descobri quando eu saí desse estado natural de Amor da criança e fui para o medo.

Cada dia mais, pesquisas revelam que a criança interior ferida, negligenciada e silenciada é a maior causa de infelicidade do mundo.

Quando acontecem traumas na infância, guardamos uma criança ferida dentro de nós. E esse trauma não precisa ser necessariamente algo trágico, como muitos imaginam. Na maioria das vezes estão disfarçados de frases dos pais, como: “você é desatento”, “você não aprende nada mesmo”, “você não vai conseguir”, “você não faz nada certo”, “você é tímido”, “você é um covarde”, “não chore por bobeira” e tantas outras.

A psicologia positiva já veio para provar que os pais precisam educar os filhos com palavras positivas (que constroem) e não com palavras negativas (que destroem). Humberto Maturana (biólogo e cientista) diz que somos seres biologicamente vindos do amor e que o verdadeiro amor é aquele aceita o outro como um verdadeiro outro na relação, ou seja, o aceita como ele é e não como gostaria que fosse.

Rotular, moldar, generalizar e proibir nunca foram a melhor opção. 

Negligenciar as emoções dos filhos também não. A diferença é que os nossos pais não sabiam, mas nós sim!

3. A CO-DEPENDÊNCIA COMEÇA NA FAMILIA

O comportamento co-dependente indica que as carências da infância não foram atendidas, e que a criança não sabe quem é.

As crianças precisam de exemplo de emoções saudáveis para compreender os próprios sinais interiores. Precisam, também, de ajuda para separar os pensamentos dos sentimentos, além de nomear esses sentimentos e expressar para o mundo da maneira correta.

Quando o ambiente familiar é composto por pais que não educam os filhos para a emoção, com o tempo essa criança se tornará um adolescente (e futuro adulto) desconectado com suas características internas – os próprios sentimentos, carências e desejos.

Não sabendo quem ela é, essa criança vai crescer achando que identidade dela depende de algo que está fora: brinquedo, roupas, viagens. E mais tarde, quando adultos, acharão que a felicidade também está associada a dinheiro, carro, emprego, ter alguém, reconhecimento, etc.

Reconheça que tipo de co-dependencia você criou na sua tragetória. 

Quais muletas (quais fatores externos) você tem usado para justificar a "falta de" ou a "necessidade de" alguma coisa na sua vida? Quando o que me basta não está dentro de mim é grande um sinal de desconexão.

4. IDENTIFICAR COMPORTAMENTOS É ESSENCIAL

 "Não importa o que fizeram conosco, o que importa é aquilo que fazemos com o que fizeram de nós". - Jean Paul Sartre

As pessoas com vidas adultas aparentemente racionais podem estar levando também uma vida de tempestade emocionais internas. Suas tempestades continuam porque sua dor original não foi resolvida.

Eu venho sempre falando que o primeiro passo para a resolução de qualquer questão é a consciência. 

Se você identifica um (ou mais) dos comportamentos abaixo, o conselho é descobrir em qual idade essa sua criança se feriu e onde ela se desviou para o medo:

01. Perda de Identidade, do contato com os próprios sentimentos, carências e desejos guiados pelo sentimento de culpa ou de vergonha. 

Tendência a se afastar ou a sempre se envolver em problemas (extremos);

02. Comportamento Agressivo, seja violência física ou emocional;

03. Carência Profunda, necessidade de ter os pais sempre por perto, sede insaciável de amor, atenção e afeto e, mesmo tendo, não se sentir preenchido.

04. Desconfiança ou excesso de confiança, necessidade de estar no controle, ingenuidade, choro histérico, etc;

05. Repetição das violências do passado com autopunição, distúrbios físicos, acidentes frequentes, etc;

06. Atribuir a responsabilidade sempre a terceiros, ou seja, o outro é sempre o responsável pelas situações e com isso não acreditar que precisa mudar o próprio comportamento;

07. Distúrbios de intimidade, dificuldade em acreditar, confiar ou desenvolver relacionamentos íntimos (de amor ou até amizade);

08. Comportamentos indisciplinados, agir por impulso ou rigidez, obsessão, necessidade constante de “agradar” os outros (mas, no fundo, espera algo em troca); sentimento de culpa e vergonha, dificuldade para dar uma boa risada, dançar ou cantar;

09. Comportamentos viciados ou compulsivos, como o álcool, drogas, alimentos, trabalho, compras, jogo, sexo, etc. Sentimentos latentes e recorrentes, como a raiva, medo, lamentação, tristeza, alegria, falsa felicidade;

10. Pensamentos distorcidos, como perfeccionismo, egocentrismo, falta de lógica, pessimismo (medo de desgraças imaginárias);

11. Sensação de Vazio, com a sensação de viver uma farsa (viver representando), apatia, depressão, falta de contato consigo próprio, vida desinteressante e sem sentido. O interesse pela vida é mínimo porque acredita que ela é um problema a ser resolvido e não uma aventura a ser vivida.

5. ACOLHA, ACEITE E CUIDE DA SUA CRIANÇA INTERIOR

Para que você possa cuidar dessa criança interna ferida é preciso reconhecer a sua presença e perceber as suas necessidades.

O processo é mágico e esquisito ao mesmo tempo e pode ser muito doloroso.

Não fique triste ao perceber alguns comportamentos em você ou no seu filho. Não é fácil recordar, mas se você aprender como acolher essa criança e lamentar com ela as suas dores reprimidas, deixá-la chorar livremente, você terá a incrível possibilidade de criar uma conexão poderosa com ela.

Nesse contato você pode descobrir que não é verdade o que fizeram você acreditar sobre quem você é. Em alguns casos mais graves, você precisará perdoar e seguir em frente (e nesses casos poderá precisar de ajuda especializada).

O reencontro com a criança interior diminui o stress, nos oferece coragem, entusiasmo e, principalmente, a CURA de muitas doenças e feridas emocionais.

Você pode cuidar dessa criança com um exercício diário de visualização. 

Imagine-se quando criança (se for difícil pode pegar uma foto e olhar para ela), entre em um ambiente da sua infância e veja uma cena (como em um filme) em que essa criança está lá. Agora coloque na cena você adulto se aproximando dessa criança e acolhendo. Essa criança está triste, pegue-a no colo, abrace-a, dê atenção e carinho. Diga a ela que a partir de agora você cuidará dela, que a visitará com frequência. 

Pergunte a essa criança o que ela sente e como você pode ajudá-la.

Veja com ela modos de fazê-la se sentir melhor, brinque com essa criança. Depois, despeça-se dela, dizendo-lhe que cada vez que ela precisar você irá ajudá-la, compreendendo e dando amor.

Você também pode escrever essas experiências em um diário. Ou escrever para a sua criança sempre que sentir vontade.

6. CUIDAR EMOCIONALMENTE DO SEU FILHO É PRESERVAR A CRIANÇA DELE

O melhor presente que podemos dar para os nossos filhos é a educação emocional. Aprender a como cuidar dessas emoções será, para ele, aprender a cuidar dessa criança em todas as fases da vida.

A consciência nos transforma. Passar pelo processo doloroso de curar as nossas crianças pode ser um aprendizado e tanto, especialmente quando temos filhos.

O melhor presente que podemos dar para os nossos filhos é a educação emocional. Você já deve ter percebido o quanto conhecer sobre si e sobre os sentimentos impede que deixemos para trás questões não resolvidas por medo.

Eu tenho levantado a bandeira com frequência sobre a importância de cuidar as emoções dos filhos.

Aprender a como cuidar dessas emoções será, para o seu filho(a), aprender a cuidar dessa criança em todas as fases da vida.

Estamos sujeitos aos imprevistos, a fracassos, a pessoas querendo nos colocar para baixo. Estamos sujeitos a conflitos familiares, a perdas. O grande aprendizado da vida não é evitar a todo custo situações assim, mas aprender a lidar com eles e com as emoções que provocam.

Os sentimentos não podem mais ser deixados para um segundo plano. 

Decida cuidar da sua criança, de você e do seu filho para que o seu 2016 seja repleto de crianças e adultos felizes.

Programa Pais Parceiros

Ajude seu filho a se tornar um adulto feliz. Promova uma verdadeira organização na sua vida e aprenda a exercer a paternidade e maternidade conscientes, transformando o ambiente familiar em um verdadeiro porto seguro de amor, cumplicidade e muita união. 
Se você quer: 
Aprender a como reinventar a sua vida familiar e a proporcionar um verdadeiro ambiente de amor para o seu filho; 

Deixar de se sentir frustado(a) como mãe ou pai por não saber como equilibrar os diversos papeis que você exerce; 

Ser o pilar de sustentação do seu filho e o grande mestre da jornada dele; Ajudar o seu filho a descobrir os talentos, lidar com as emoções e a fazer escolhas certas que farão a diferença no futuro dele; 

Resolver conflitos familiares, aprender a como enfrentar as crises e a como ter propósitos para a sua família para construir relacionamentos saudáveis; 

Se transformar na sua melhor versão, conciliando o papel de mãe ou pai com os seus desejos pessoais e com as necessidades da família e ser absolutamente feliz.

Você pode ajudar o seu filho a fugir dessas estatísticas:

20% dos estudantes do 2º grau sentem-se profundamente infelizes ou têm algum tipo de problema emocional, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

21% dos jovens entre 14 e 25 anos têm sintomas indicativos de depressão e utilizam algum ansiolítico ou antidepressivo, que pode causar dependências (a venda do popular ansiolítico Rivotril cresceu 25% e a venda de antidepressivos cresceu 7%);

77% dos adultos com depressão tinham histórico de sintomas também na infância ou adolescência;

60% dos nossos calouros de universidade estão na faixa entre 16 e 20 anos. Boa par¬¬te dos estudantes pensa num curso e depois vê que não é bem aquilo que imaginava e ficam infelizes e frustados;

72% das pessoas estão insatisfeitas no trabalho.

A solução está na Família

69% dos brasileiros atribuem a felicidade ao tempo com a família e não ao dinheiro. A felicidade está na convivência familiar, portanto seja aquela mãe ou aquele pai que apoiará o filho e o ensinará a ser um adulto mais feliz. Experimente a incrível sensação de dever cumprido, sabendo que criou filhos que serão também pais/mães espetaculares e que você deixou o seu legado positivo na vida deles. Transforme-se junto ao processo e daqui a alguns anos você perceberá que se tornou também uma pessoa mais feliz e realizada! Transformando seu filho feliz:

Você criará um ambiente familiar capaz de ser a sustentação do seu filho;

Ele crescerá cercado de bons ensinamentos, cheio de vida e energia;

Ele estará cercado por pais que saberão identificar e potencializar os talentos dele;

Você o ajudará a crescer com confiança e ser uma pessoa segura;

Ele terá a capacidade de fazer escolhas que ajudarão no seu futuro.

Transforme-se através dos seus filhos.

Eu também me transformei profunda e completamente.

Eu sei que todo o processo funciona porque eu me transformei com a maternidade. Eu era workaholic assumida, trabalha dia e noite e tinha uma vida profissional estável. Até que eu resolvi engravidar e acabei sofrendo um aborto espontâneo. Ali, naquele momento, quando o médico disse que não ouvia mais o coração do bebê, meu mundo perfeito desabou. Eu percebi que dinheiro nenhum no mundo conseguia suprir o vazio que eu sentia na alma.

Eu comecei a me questionar sobre o que realmente importava na minha vida, quais tinham sido as minhas prioridades e como eu estava colocando o trabalho no centro de tudo, quando o centro deveria ser a família. Nesse período de reflexões eu engravidei novamente e tive a minha filha, que hoje está com 07 anos.

Foi assim, procurando um processo sério, transformador, mas com base cientificas, que eu conheci o coaching.

Depois de fazer um MBA em Coaching, que durou 1 ano e meio de pura transformação, eu me senti preparada para dar a guinada na minha vida.

E o momento do nascimento da minha filha foi aquele que me impulsionou a querer ser a melhor versão de mim. E o meu processo da maternidade passou por momentos de muito medo (desde um novo aborto, até histórias mirabolantes que escutamos quando estamos grávidas) até o medo de não ser uma boa mãe, de não ter características que uma boa mãe teria que ter, de não ter tempo, de não conseguir dar conta.

O mais importante que o processo me trouxe, foi o de perceber que eu não tinha as respostas para tudo. E mais: Que dentro de mim estava todas as respostas que eu precisava, bastou apenas alguém me ajudar a acessar.

Hoje a minha maior alegria é ouvir a minha filha falar: - Que vida maravilhosa mamãe; - Nossa, como eu sou feliz;

E ouvir as pessoas elogiarem como a minha família é estruturada e harmoniosa.

E sim, ela é. E se tornou desde que eu tomei as rédeas, assumi a responsabilidade e decidi que eu quero criar a minha filha para ser uma adulta feliz e conectava com o propósito de vida dela e que eu também quero ser feliz e conectada com a minha família e o meu propósito.
  • Você pode ser uma mãe ou um pai maravilhoso, sendo exatamente quem você é.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Adolescentes e relacionamentos familiares

4 Formas de Lidar com sua Filha Adolescente
  • Método 1
- Conversando com sua filha

    1 - Converse de verdade.


    Perguntar como foi o dia na escola é uma porta de entrada, mas não é o suficiente; é necessário ter um papo real para conhecê-la e entendê-la.


        Comece a conversa com perguntas abertas simples, como “Fale sobre seu dia”. Caso ela não responda imediatamente, deixe claro que estará à disposição quando ela quiser falar.


        Quando iniciar com perguntas amplas, complemente-as com questões específicas. Tente algo assim: “Como foi seu dia? E aquela prova de química, você acha que foi bem? Por quê?”


        Tenha cuidado para não parecer um interrogatório; ela pode se retrair.


        Sempre deixe claro que ela pode falar sobre o que quiser, sem ser julgada ou criticada.


        Aproveite o tempo que tiverem juntos no carro. Nessas horas nenhum dos dois terá tantas distrações, além de ser um momento propício para achar inspiração para um bate papo.


        Faça a mesma coisa quando estiverem vendo TV. Usem a hora do comercial para trocar uma ideia.


    2 - Saiba do que sua filha gosta.


    Conhecê-la é uma das melhores partes de ser mãe/pai e você ficará abismado com a evolução dos interesses dela desde que era uma criança. Saber como conversar sobre as coisas que a empolgam desenvolverá um laço bem mais forte entre vocês.


        Por exemplo, se você perceber que ela curte música, pergunte quais são as bandas ou cantores que mais gosta, peça para escutar as músicas favoritas dela. Aprenda a letra para cantarem juntos, mesmo que você ache o som ruim. Não diga que as músicas são horríveis, encoraje-a.


        Caso o interesse dela seja moda, peça para ela mostrar as lojas online que mais gosta. Passe seu tempo descobrindo as peças favoritas dela. Vocês poderiam fazer compras juntos, se for o caso.


        Caso ela seja apaixonada por informática, converse sobre isso também. Se quiser fazer um esforço a mais, conheça um pouco sobre as mágicas da informática para vocês debaterem juntos.


        Se ela gostar de videogames, pergunte sobre seus jogos favoritos e discutem sobre eles. Façam uma boa conversa sobre os níveis e se os gráficos são bons.


        A intenção em conhecer sua filha é saber o que a estimula e o que a faz feliz, ou seja, saber quais são seus desejos, objetivos e o que os inspira. Fique por dentro de quem ela admira, pode ser o irmão mais velho, uma celebridade ou um amigo.


    3 - Converse honestamente sobre redes sociais.


    Jovens gostam de passar o tempo todo na internet, falando com os amigos, ouvindo música, etc. Descubra qual é a rede que ela usa, como funciona e faça parte disso. Tenham um diálogo que mostre qual é o papel que essa rede deve cumprir, para que sua filha saiba priorizar essa atividade de acordo.


        Quando começarem a conversar sobre os sites que ela gosta, tente não parecer um delegado fazendo perguntas a um suspeito. Ela provavelmente conhece páginas que você nunca ouviu falar.


        Em sites que nunca viu, peça para ela ensiná-lo a usar. Pergunte sobre as principais funções e suas características positivas.


        Conversem sobre experiências desagradáveis que já tiveram na internet, a questão de se preservar de atenção indesejada e sobre como manter a privacidade.


        Um assunto comumente ignorado é a educação no ambiente virtual. Fale sobre o tipo de linguagem que ela deveria usar, o que é bullying virtual e como se proteger disso. Assédio moral virtual também é crime.


    4 - Tenha aquela conversa sobre álcool e drogas.


    Não se esqueça de mencionar os riscos de dirigir embriagada, mas sem dar sermão. Além disso, por lei menores de idade não devem ter acesso a bebidas e outras substâncias.


        Ela está passando por aquela fase em que o cérebro não é muito bom em calcular riscos. Ajude-a a entender algumas das consequências negativas causadas pelo álcool.


        Você pode até contar algumas coisas que você mesmo passou quando era mais novo, para ela ficar mais à vontade para se abrir.


        Frise que ela não deve beber. No entanto, fale também que você está à disposição para buscá-la em qualquer lugar se ela não estiver em condições de voltar para casa.


        Repita à exaustão que ela não pode entrar no carro de um motorista embriagado e, se isso acontecer, ela está encrencada para sempre.

  • Método 2
- Validando seus sentimentos

    1 - Mostre que os sentimentos dela importam.


    Seja por vergonha, medo ou frustração, diga que o que ela sente também é importante. 


        Não faça cara de tédio e não fale que ela está exagerando. Prefira algo mais compreensivo, como “Você parece bem chateada com os seus amigos e isso é uma droga.”


        Quando estiverem conversando, debatendo e até brigando, dê espaço para ela falar. Não ignore o que ela diz, faça contato visual, mostre que está prestando atenção e escute de verdade.


        Repita o que foi dito, para ela perceber que o que sente tem valor e é levado a sério.


    2 - Responda com um abraço.


    Um dos gestos mais importantes para ela se sentir respeitada e amparada é um abraço. Há momentos em que ela não quer conversar, mas precisa do seu amor e atenção.


        Quando ela estiver realmente arrasada por algo, diga “Você está passando por um momento realmente difícil. Posso abraçar você?”


        Um abraço também tem o poder de acabar com uma briga. Pare de brigar por um momento e esfrie a cabeça. Volte a falar resumindo o que ela disse por último e peça um abraço, para mostrar que a ama e apoia.


    3 - Entenda a gravidade dos distúrbios mentais.


    Embora adolescentes sejam dramáticos por natureza e pareçam muito jovens para passar por isso, problemas como anorexia e depressão acontecem. Aja imediatamente se ela disser que está deprimida ou se você perceber que ela se mutila e tem pensamentos suicidas.


        Segundo a OMS, 20% dos adolescentes do mundo todo sofrem de depressão, portanto fique atento a isso.


        Ter momentos de tristeza repentina e alterações de humor são coisas típicas da adolescência e é justamente por isso que você tem que conhecer sua filha. Perceba se ela está se afastando de familiares e amigos, ou se perdeu interesse por algo que realmente gostava de fazer.


        Seja presente, mostre que ela tem seu total apoio e amor incondicional. Seja qual for o problema pelo qual está passando, diga que seu tempo é dela.


        Fale que está preocupado com tudo que ela vem dizendo e por isso agendou uma consulta com um terapeuta. Frise que ela não é obrigada a ir se não quiser e, se a resposta for positiva, pergunte se pode ir à consulta. Tire dúvidas e faça perguntas quanto ao que deve ser feito a seguir.

  • Método 3
- Respeitando sua necessidade por autonomia

    1 - Compreenda que adolescentes testam os adultos para manifestar sua independência.


    Há dias que ela só quer colocar você em cheque e isso é completamente normal. Isso é sinal de que sua menina está virando uma pessoa adulta. 


        Não é somente o corpo passando por grandes mudanças nessa fase, mentalmente ela está um turbilhão. É agora que ela está formando o ponto de vista dela sobre o mundo e ele pode ser contrário ao seu em mais de uma ocasião.


        Escolha algumas coisas que não faria mal deixar por conta dela, abra mão de controlar tudo. Um exemplo é a escolha das roupas; deixe-a decidir o que vestir. É claro que existem certos limites de acordo com a idade, mas deixe-a escolher o que quer usar.


    2 - Dê espaço para ela ficar sozinha.


    Privacidade é um aspecto muito importante na vida de uma adolescente. Respeite o fato de ela precisar ficar sozinha por um tempo de vez em quando.


        Bata na porta antes de entrar no quarto e peça licença.


        Enquanto ela estiver sozinha, confie que ela não está fazendo nada errado. Não ache que ela quer ficar sozinha para fazer o que não deve.


        No entanto, converse sobre o que está acontecendo se perceber que ela fica demais no quarto e não quer passar tempo com mais ninguém. Podem existir problemas mais sérios por trás desse comportamento, como uma depressão.


        Converse com ela de antemão se achar que algumas restrições são necessárias. Por exemplo, ela pode ficar sozinha com um amigo ou amiga no quarto, mas com a porta aberta.


    3 - Conceda mais liberdade de acordo com a idade dela.


    Deixe-a sair com os amigos e participar de eventos. Procure o equilíbrio entre abrir mão de certas regras e protegê-la.


        Mesmo quando ela for mais velha, os limites serão necessários. Ir a encontros por exemplo; ela pode ir, mas deve ter horário para voltar e lugares específicos que ela pode ir.


        Deixe-a ir passar a noite na casa de amigas sem ligar a cada cinco minutos.


    4 - Permita que ela tome decisões também.


    Os pais estão sempre decidindo tudo, mas é importante deixar que ela participe do processo de decisões, como a hora de ir dormir e de voltar para casa. Faça com que ela mostre que é responsável.


        À medida em que ela for se tornando uma adulta, a vida exigirá que ela tome cada vez mais decisões por si mesma. Ajude-a a expressar a própria individualidade decorando o quarto e escolhendo o corte de cabelo.


        É recomendável que ela possa participar nas decisões familiares também, como a próxima viagem de férias.


        Cada adolescente é uma pessoa diferente e se desenvolve de maneiras distintas. Comece pelas decisões mais básicas e veja como ela evolui a partir daí.

  • Método 4
- Entendendo o cérebro adolescente

    1 - Saiba que o cérebro dela está passando por várias mudanças.


    Antes de mais nada, é fundamental saber que, assim como o corpo de sua filha está passando por mudanças intensas, o cérebro também está em plena formação.


        As partes do cérebro se desenvolvem em momentos diferentes da vida de uma pessoa. Os pedaços relacionados à impulsividade, recompensa e motivação amadurecem bem antes de partes associadas à comparação de prós e contras, entre outras atividades.


        Com isso em mente, é importante lembrar que sua filha não vê as consequências dos próprios atos do mesmo jeito que você. Por isso é tão importante discutir os riscos relativos às atitudes que ela toma.


    2 - O sono também pode ser afetado pelas alterações cerebrais.


    Por mais incrível que pareça, os novos hábitos noturnos de sua filha têm a ver com essas alterações. 


        Embora isso seja parte do desenvolvimento, a privação de sono causa baixo rendimento escolar, irritabilidade e depressão.


        Mesmo que isso seja natural, você deve regular as horas de sono e mostrar a ela por que é importante dormir a noite inteira.


    3 - Entenda que as emoções de sua filha são impactadas por mudanças físicas nos circuitos neurais.


    Isso não é uma bobagem qualquer, as emoções de uma adolescente ficam a todo o vapor durante a puberdade. Além dos padrões de pensamento, a intensidade com a qual ela sente as coisas também é diferente de você; lembre-se disso quando estiverem discutindo.


        Quando perceber que ela está exagerando, dê um tempo para ela se acalmar. Talvez as reações sejam estrondosas, mas lembre-se de que o cérebro dela está mudando estruturalmente e isso tem um grande papel em como ela se comporta.

  • Dicas
    Tenha equilíbrio; não a prenda, mas não a deixe livre para fazer o que quiser.

    Passem tempo juntos fazendo coisas que ela goste.


    Aprenda um pouco sobre as coisas que ela gosta, para vocês poderem debater sobre isso.

  • Avisos
    Antes de deixá-la tomar decisões, tenha certeza de que ela já é capaz de assumi-las. Não a force a fazer nada.

    Sempre leve em conta a maturidade e a idade dela antes de encarregá-la de algo.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

JOVENS - ID Jovem 2018 - Identidade Jovem - Faça sua Inscrição

  • ID Jovem 2018 
 Conheça a Identidade Jovem, o documento que possibilita acesso aos benefícios de meia-entrada e Vagas Gratuitas a Eventos diversos. 

ID Jovem 2018 – Conheça o Identidade Jovem, Documento que possibilita acesso aos benefícios de meia-entrada e também vagas gratuitas em Eventos, confira!


ID Jovem 2018 – O Identidade Jovem (ID Jovem) é um documento que poderá trazer muitos benefícios! Saiba como fazer o seu e aproveitar todas as vantagens!


Você já sabe o que é o ID Jovem 2018? A Identidade Jovem é um documento que deverá garantir benefícios de meia-entrada em diversos tipos de eventos para milhões de brasileiros em todo o país. 


Eventos artístico-culturais e esportivos são alguns dos destaque que poderão fazer parte da lista de descontos para jovens entre 15 e 29 anos que terão esses direitos respeitados de acordo com o Estatuto da Juventude. 


Selecionamos algumas das principais informações sobre o documento para quem pretende garantir sua Identidade Jovem 2018. Confira!

  • Como fazer ID Jovem 2018
Mas afinal: como fazer ID Jovem 2018? Todos os interessados em novas oportunidades para lazer e cultura poderão fazer o documento de maneira fácil, segura e rápida. Uma das vantagens é que o cartão ID Jovem é virtual!

Isto é, no momento de apresenta-lo você pode usar a tela do seu próprio smartphone ou a impressão da página da internet. É necessário, porém, ter idade entre 15 e 29 anos de idade e seguir um dos dois passos a seguir:     


1. Emitir ID Jovem pela internet: os interessados devem usar o seu Número de Identificação Social (NIS) e acessar o site (anexo no fim do texto). É necessário preencher todos os dados solicitados e gerar o documento. Para usá-lo é só imprimir a imagem do cartão e apresentá-lo com um documento oficial com foto.


2. ID Jovem pelo Aplicativo: neste caso é necessário fazer o download do app ID Jovem, preencher o primeiro campo com o NIS e depois cadastrar-se com os dados exigidos – gerando o cartão. Neste caso não é necessário impressão, apenas apresente a imagem do cartão na própria tela do smartphone com documento oficial com foto.
  • Benefícios ID Jovem 2018
Entre os benefícios ID Jovem 2018 alguns estão em destaque. O pagamento de meia-entrada (50% do valor para público geral) em eventos esportivos e artístico-culturais em diversas regiões do país. 

Outra opção interessante é a possibilidade de viajar de graça com ID Jovem. São reservadas, por viagem, duas vagas gratuitas em cada veículo (ou meio de transporte) interestadual de passageiros. Os deslocamentos com passagem gratuita não valem para viagens intermunicipais, apenas para viagens interestaduais (para ônibus, trem e embarcação). 


Todos os interessados em saber mais sobre a Identidade Jovem e conhecer mais sobre os benefícios e como usar o documento, podem acessar o Link do ID Jovem! - http://pronatec.pro.br/identidade-jovem-id-jovem/

 

terça-feira, 27 de junho de 2017

Drogas - combate às drogas: prevenção começa em casa

  • Rafa acaba de completar 14 anos. Menina que até poucos meses atrás nem gostava de sair de casa. 


Seu prazer era brincar de cantar com a mãe e a irmã menor no videoquê instalado na TV da sala. Uma jovem sardenta e alegre, sempre de bem com a vida. No fim de semana encontrei  a mãe dela, que conheço há muito tempo. Perguntei pela Rafa, como faço sempre. A mãe ficou com os olhos cheios d¿água, me puxou para o canto e disse: ¿Não reconheço mais minha filha. Está distante, simplesmente me ignora, se tranca no quarto e fica falando com não sei com quem no celular. Será que tudo que é adolescente é assim? Você acha que minha filha pode estar usando drogas?

  • Islândia - exemplo de sucesso:
O segredo da Islândia para fazer com que seus jovens deixassem de beber e fumar.

 Na Islândia, não é moda entre adolescentes consumir bebidas alcoólicas. E encontrar um jovem que fume tabaco ou maconha é até difícil.


Os dados sobre o uso de substâncias que causam dependência expõem um cenário em que apenas 5% dos jovens entre 14 e 16 anos dizem ter consumido álcool no mês anterior.



Além disso, apenas 3% dizem fumar tabaco diariamente e 7% consumiram maconha ao menos uma vez nos últimos 30 dias.



Enquanto isso, a média europeia é de 47%, 13% e 7%, respectivamente. Na América Latina, 35% dos jovens entre 13 e 15 anos dizem ter consumido álcool no último mês e 17% fumam diariamente, segundo dados da Unicef.


Mas a Islândia nem sempre foi um modelo a se seguir: no final dos anos 90, era um dos países europeus com maior incidência de consumo de álcool e tabaco entre jovens.

Como foi possível transformar, em menos de duas décadas, os hábitos de adolescentes no território de pouco mais de 300 mil habitantes?

  • Pesquisa de comportamento
As razões do êxito islandês estão no programa Youth in Iceland (Juventude na Islândia), iniciado em 1998, cujo pilar está na pesquisa contínua dos hábitos e preocupações dos adolescentes.


“Se você fosse o diretor de uma empresa farmacêutica, você não lançaria um novo analgésico no mercado sem fazer uma pesquisa prévia”, disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Jón Sígfusson, diretor do Centro Islandês para a Pesquisa e Análise Social, responsável pelo Youth in Iceland.


“É o mesmo com qualquer setor, desde a agricultura à infraestrutura. Por que não seria assim quando se trata de jovens?”, pergunta, retoricamente.

“Muitas vezes se atua em função apenas de impressões. E isso é muito perigoso. É preciso ter informações que sejam confiáveis e, a partir disso, podem ser tomadas decisões”, explica Sígfusson.

Ele explica que o programa mapeia, por meio de questionários aplicados a cada dois anos, adolescentes de todas as escolas do país.

Entre outras variáveis, são coletados dados sobre padrões de consumo, características das famílias, evasão escolar e problemas emocionais dos jovens.

Com esses elementos, são elaborados informes específicos para cada distrito e escola.

“Fazemos a coleta de dados e, dois meses depois, as escolas recebem os resultados novos”, destaca o responsável pelo programa.

  • Responsabilidade dos adultos
O passo seguinte é analisar esses dados num trabalho conjunto entre escolas, comunidades e municípios, que identificam os principais fatores de risco e proteção contra o consumo de álcool e drogas.

A partir daí, pensa-se em como fortalecer os segundos e enfraquecer os primeiros.

“Nada aconteceu de um dia para o outro. Mas foi possível atuar porque os dados nos ensinavam, por exemplo, a grande importância do fator parental”, indica Sígfusson.

“Isso mostrou a necessidade de informar os pais e lhes explicar que eles são o principal fator preventivo para seus filhos: passar tempo com eles, apoiá-los, controlá-los, vigiá-los”, explica.

Segundo o diretor do Youth in Iceland, antes de começar o programa, uma das principais medidas preventivas que era ensinar às crianças os efeitos negativos do uso de drogas.

Porém, essa ação sozinha não funcionava. Foi então que o enfoque sofreu uma drástica mudança.

“Os responsáveis não são as crianças, e sim nós, adultos. Devemos criar um entorno onde eles fiquem bem e tenham a opção de preencher seu tempo com atividades positivas. Isso diminui a probabilidade de eles consumirem substâncias maléficas”, afirma.

Os estudos mostraram que a maior participação em atividades extracurriculares e o aumento do tempo passado com os pais diminuem o risco de se consumir álcool e outras substâncias.

Por isso, a Islândia aumentou os recursos destinados à oferta de atividades para adolescentes, como esportes, música, teatro e dança.

E desde 2002 foi proibido que, salvo exceções, as crianças menores de 12 anos e adolescentes de 13 a 16 anos andem sozinhos na rua depois das 20h e das 22h, respectivamente.

  • Projeto internacional
Os resultados obtidos pela Islândia levaram à criação, em 2006, do programa Youth in Europe (Juventude na Europa), cujo objetivo é expandir a metodologia do país nórdico a outras localidades do continente.

  • Em apenas dez anos, mais de 30 municípios europeus adotaram o projeto.
“Nunca trabalhamos com países inteiros porque, por um lado, é muito difícil ter o apoio do governo nacional. E, sobretudo, porque este é um trabalho que deve ser desenvolvido a nível local”, afirma Sígfussen, que também dirige o projeto europeu.

Todas as cidades participantes conduzem os mesmos questionários. Assim elas têm uma ideia dos hábitos dos adolescentes e dos fatores de risco e proteção em cada lugar.

“Essa metodologia é participativa, comunitária e se faz de baixo para cima, baseada em evidências científicas. É o que nós tentamos imitar do modelo da Islândia”, aponta Patricia Ros, diretora do Serviço de Prevenção de Vício da Prefeitura de Terragona, que participa desde 2015 do Youth in Europe.

Foram coletados dados de 2,5 mil jovens de escolas do município espanhol.

“São coisas tão óbvias que todo mundo”, diz Ros. “O esporte, por exemplo. Qualquer criança de 5 anos entende que quem pratica esporte se droga menos. Mas o que não entendem é que quando a criança passa para ensino secundário (entre 12 e 16 anos), pelo menos em Terragona, não há mais atividades extracurriculares”, afirma.

“Então, claro que é o esporte. Mas temos que colocá-lo ao alcance da maioria desses adolescentes que, quando acabam as aulas, não têm muitas alternativas ao ócio”, acrescenta.

Como no caso islandês, as medidas tomadas após a análise dos dados dependerão de cada momento e de cada bairro.

A exemplo do que acontece na cidade espanhola, cada município participante adota a metodologia islandesa para buscar suas próprias respostas.

“Claro que as culturas são diferentes. Não podemos dizer que o que funciona na Islândia vai funcionar em outros lugares”, diz Sigfusson.
 


“Mas se estivermos num município, digamos, da América Latina, e trabalharmos com gente de lá que conhece como funciona seu sistema, o primeiro passo seria a realização de uma mapeamento para ver como é a situação. E partir daí, localizaríamos os fatores preventivos para se avançar”, explica.
 


“Alguns me dizem que é um enfoque quase ingênuo, porque é muito lógico. Mas é assim mesmo”, conclui.

  • Fonte: BBC