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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

TIRIRICA chora e fala de propinas em entrevista exclusiva



  • À velha política, brindemos com FEL:
Tiririca bradou que havia desistido das urnas, disse que a “vida boa” dos políticos causava “uma vergonha muito grande” tanto nele quanto em seus eleitores. Foi ouvido e timidamente aplaudido por uma dúzia de parlamentares, que respiraram aliviados quando o desapontado cearense afirmou que “não falaria mal de ninguém”.

“Cansado dos abusos cometidos nesta Casa”, ele disse que desistiu da política. 


Ao falar sobre a busca por um pai que nunca conheceu, o entrevistado chorou e desabafou sobre sua vontade de encontrar a própria essência.


No Conexão Repórter deste domingo (03-12-17), Roberto Cabrini foi ao encontro de Tiririca para uma entrevista exclusiva e reveladora. Em busca da história do palhaço que chegou a Brasília, o jornalista encontrou Francisco Everardo Oliveira Silva e trouxe de volta suas memórias sobre a infância humilde, a dura vida no circo e a união com Nana Magalhães, mostrando como ele ultrapassou divisas, virou retirante, chegou à metrópole do sul e conquistou o país. 


Como deputado federal, Tiririca tem orgulho de ser o mais assíduo em sete anos como congressista. Prestes a se despedir da política, ele revelou que se sentia inseguro e que apresentou dezenas de projetos de lei relacionados à cultura e ao circo, conseguindo a aprovação de apenas um, que inclui artes e atividades circenses na Lei Rouanet. O deputado revelou ainda, que recebia convites para jantares secretos e falou sobre as propostas de propina em troca de voto.


Pelé sabia melhor que qualquer um quando já dizia em 1970: brasileiro não sabe votar. Vemos melhor este resultado nas eleições dos últimos 15 anos, até os dias atuais. Este tal de - não tem tu, vai tu mesmo, não deveria funcionar em se tratando de política. Brincadeira tem hora e custa muito caro aos bolsos daquela minoria inteligente que nunca terá número suficiente de adeptos para que suas escolhas não sejam, pela maioria dos sem noção, invalidadas com péssimas escolhas, como tem acontecido nestes últimos períodos eleitorais.



quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Talentos Ocultos e Opinião Firme e Sincera

  • Talentos Ocultos
Faça emergir seus dons.
Todos nós possuímos faculdades especiais
às quais denominamos de dons.
Já parou para se analisar e verificar quais são os seus?
O dom é como uma fogueira apagada que aguarda
apenas que seja acendida a chama que a consumirá,
transformando-a em obras maravilhosas
em benefício da humanidade.
Saiba admirar as pessoas que já se conscientizaram
disto e colocam a público suas tendências.
E você, o que está esperando?
Você é capaz como os que já triunfaram.
Saiba usar e aproveitar a força e os dons que possui.
Sua vida se transformará numa alegria sem fim.
  • Opinião firme e sincera
Mantenha a sua opinião.
Procure ter absoluta certeza dos fatos
antes de propagá-los e de dar o seu parecer.
Seja seguro e firme em suas opiniões.
Entretanto, não seja radical.
Se perceber que antes estava errado, reconheça o engano
e mude sua opinião, mas mude consciente
de que mudou acertadamente.
Quem não tem opinião própria comporta-se
como as folhas das árvores, que balançam
de acordo com a direção do vento.
Tendo sua opinião e seu caráter definidos,
você será dono de uma estrutura inabalável
Seja firme e transmita segurança às pessoas que o cercam.
  • Mas, cuidado, pois a grande maioria dos homens adora colher o que nunca semeou...






domingo, 3 de dezembro de 2017

Seca do Nordeste - Descaso dos governantes Estaduais e Federais

  • Indústria da seca, poder político e pobreza.
O cenário da seca, Sertão a dentro, é de descaso, abandono, dor. As gestões municipais desconsideram estudos, previsões, diagnósticos.

Resultados de pesquisas científicas com indicadores de ciclos climáticos servem mais para justificar a captação de recursos para elaboração de projetos e programas que não saem do papel, do que para ações reais de prevenção e cuidado com a vida.

As previsões para 2018 é de continuidade da seca no Nordeste. E o povo continua sofrendo as consequências da falta de aplicação de ações para garantir a vida em seus diversos ciclos.

A falta de planejamento fortalece articulações políticas para a liberação de recursos emergenciais alocados em rubricas que deveriam potencializar a riqueza local para a autosustentação comunitária. Mas, em campo, a lógica é perversa. Parece ser calculada para alimentar sistemas que não funcionam, como, Saúde, Educação, Moradia, Segurança.

A miséria é alimentada em períodos longos por meio de programas como Bolsa Família e outros mecanismos de combate à fome. Funcionam no curto prazo e, ao longo dos anos, inibem a pro-atividade e a autosustentação. O plantio diminui, os pastos aumentam, a mata some e o lixo aparece. Além disso, os leitos dos rios ficam cada vez mais invisíveis e o povo, em agonia, faz de conta que vive. 

A informação circula rápido, de boca em boca, para cultuar valores descartáveis, incentivados por um modelo econômico que confunde crescimento com desenvolvimento. É mais fácil comprovar o sacrifício que famílias inteiras fazem para comprar um aparelho de tv de altas polegadas, em prestações à perder de vista, do que ver garantida a feira seminal, com alimentos saudáveis. Nessa sentido, é mais fácil conseguir a instalação de uma quadra de futebol e a manutenção de times, do que equipar uma escola com biblioteca e computadores a serviço da educação.
  • Toma lá, da cá
“Nunca vi tanto dinheiro solto, como nessas eleições! Os caras chegavam com os pacotes de mil reais, para conversar com os contatos das negociações de voto”. Essa foi a frase que ouvi de um senhor, o qual irei preservar aqui, numa conversa informal. Com a cara mais cínica do mundo. Sorriso largo, de quem sabe que não está agindo certo, parecia se justificar com a frase: “Oxe, quem está melhorzinho faz assim, e por que eu ficaria de fora?”.

E quem entra na conversa com discurso ético é logo cotado como besta, ingênuo. O os argumentos populares assentem que não adianta pensar que a postura é errada. A justificativa é que, se um não faz, tem outro esperando a oportunidade pra fazer. Afinal,  a “necessidade é grande e os filhos, aos montes, esperam por comida”.

Entre a publicidade massiva dizendo que faz, e a percepção da realidade, as evidências se expõem em caminhos sujos, degradados, tristes. A falta de acesso à água para sanar problemas de perdas na agricultura, comércio e as cadeias de produção em torno da garantia da vida, é histórica e não basta denunciar, é preciso fechar o ciclo de crimes impunes.

O cidadão, que fortalece o poder político, continua sendo controlado através de contrapartidas eleitoreiras de enganação. E o Sertão é alvo histórico nesse processo. O Bolsa Família e outros sistemas de manutenção da miséria que possuem relação direta com a falta de produção de culturas tradicionais de roças em cidades do Nordeste brasileiro.
  • Degradação e vida
“Faz mais de cinco anos que a gente não consegue mais plantar e colher como antes. Agora temos que comprar tudo na cidade, o feijão, a farinha, o milho e até a mandioca – que a gente sempre fez a tapioca. Agora compramos o polvilho, já refinado”, diz o pequeno agricultor Eroncio Porciono, 54 anos. Pai de dois filhos recebe benefício do governo e usa para comprar a cesta básica na cidade. No entanto, é com muitas dificuldades que sobrevive, inclusive para manter os filhos na escola, já que estudam longe de sua casa.

O Sertão está sedento de cuidados, justiça, atenção e respeito ao seu povo. Na Bahia, por exemplo, dos 417 municípios do estado, mais da metade, cerca de 240 prefeituras, solicitaram o “decreto de estado de emergência”. Usado mais como ato político eleitoreiro, na criminosa compra de votos, do que para aquilo que o povo necessita e tem direito.
  • Perdas em cadeia
Um olhar contextualizado Sertão a dentro, revela que a água é utilizada como moeda forte de troca. No curto tempo, na emergência de socorrer a vida, banaliza-se os meios políticos utilizados para, a longo prazo, aumentar o sofrimento nordestino, registrado em lentes ampliadas.

Essa resistência aos efeitos negativos da seca alimenta a injeção gorda de recursos em programas como Água pra Todos, Combate à Pobreza e à Miséria, dentre outros espalhados em Ministérios. Os desvios e desperdícios agem rápido no agravamento das mazelas, capitalizadas pela velha e perversa política coronelista, que só mudou de nome, mas ainda permanece como herança maldita entre gerações para garantia de votos.

As perdas, essas sim, são transversais, e acumulam saldos culturais, pessoais e psicológicas, em cadeias sucessivas. Nesse cenário, mais de dois milhões de pessoas fragilizadas engrossam as filas para se curvar e receber migalhas em forma de cestas básicas, remédios, jogos de camisas de futebol, consultas médicas apressadas – para fazer de conta que cuidam da vida, pendurada em cabides de subemprego.

O grande projeto político é a capitalização dos votos, em sistemas históricos de exploração, herdados do clientelismo, travestido em política inclusiva. Associações, sindicatos, ONGs e coletivos diversos integram um engendrado sistema de captação de recursos construídos em representações de cargos políticos. O intuito é disputar editais forjados, processos seletivos escamoteados, contratação de consultorias técnicas, empregos e cargos arranjados por indicação, num sistema de controle total dos recursos.
  • Água como moeda
O uso da água como moeda de troca é histórico. A capitalização política da miséria nordestina foi exposta por Josué de Castro como “Nordeste inventado”, na obra Geografia da Fome de 1984. Ao inserirmos a discussão sobre o acesso à água e outros direitos básicos não assegurados a Bahia, por exemplo, se destaca entre os menores índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). 

Manifestações populares de peso como a mobilização contra projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, apoiada por diversas representações comunitárias de todo o Brasil em outubro de 2005 chamaram atenção internacional sobre o valor e importância da água nas comunidades historicamente excluídas desse direito.

Mas o paradoxo entre o que se diz e que está sendo feito, como o discurso político empresarial, e a realidade apresentada pela falta da ação concreta, in loco, não interessa detalhar para não se repetir. É nesse cenário, contudo, que o sofrimento do nordestino vira tese de doutorado, roteiro de filme, peça teatral, letra de música. Espaços nos quais a estética mais capitaliza a dor do que contribui para resolução de problemas.

- Liliana Peixinho - jornalista, especialista em  Jornalismo Científico e Tecnológico, com atuação em Mídia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Ativista sócio-ambiental, fundadora dos Movimentos Amigos do Meio Ambiente (AMA) e Rede de Articulação e Mobilização Ambiental (RAMA). - http://www.cienciaecultura.ufba.br/

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Religião sempre foi um negócio muito rentável

 
 Se igrejas pagassem impostos o problema da crise mundial seria resolvido.     
  • Pastores mais ricos do Brasil, pela Forbes:
    "Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil. A revista fez um ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista, está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. 

    Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia, com R$ 300 milhões; R. R. Soares, com R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões juntos. 

    A Forbes também destaca o crescimento dos evangélicos no Brasil – de 15,4% para 22,2% da população na última década –, em detrimento dos católicos. 

    Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42 milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.

    sexta-feira, 23 de setembro de 2016

    Leis deveriam ser obrigatórias de votos pelo povo que vive de ilusões políticas e religiosas

    • Jean Jacques Rousseau
    Filósofo mais popular durante a Revolução Francesa, Jean Jacques Rousseau foi um dos principais influenciadores da formação do pensamento político e educacional moderno.
     
    Rousseau procurou primeiramente entender e estabelecer uma visão acerca do comportamento humano no chamado estado de natureza, um conceito em filosofia moral e política que denota as condições hipotéticas de como a vida dos humanos pode ter sido antes da existência da sociedade civil organizada. Este tipo de investigação levou seu estudo no sentido de questões como "como o governo emergiu de tal condição?", "como as pessoas viviam antes da existência de uma sociedade civil?" e especialmente "quais são as razões hipotéticas para se estabelecer um estado-nação?".

    Rousseau dedicou-se particularmente a desafiar a posição de Thomas Hobbes acerca do estado de natureza. De acordo com Rousseau, Hobbes simplesmente apropriou-se de pessoas civilizadas e as imaginou em uma situação em que não há sociedade. Para Rousseau, o experimento não é legítimo, uma vez que tais pessoas, sendo educadas na sociedade, carregam consigo os valores, as estruturas e a forma de agir. O autor preferia a ideia de um estado de natureza como um estado de liberdade verdadeira, em que as pessoas não fossem boas ou más, mas vistas como uma folha em branco, o conflito em estado de natureza não é tão acentuado quanto em sociedade. Defendeu ainda que, a sociedade moderna, e especialmente as posses, destroem o estado de natureza de verdadeira liberdade, gerando conflitos que de outra forma, embora possam existir pontualmente, não seriam severos.

    Esta posição naturalmente leva a ideia de um homem pacifico, embora solitário, no estado de natureza. O que condiz com a hipótese de Rousseau de que o homem em estado de natureza possuiria uma moral ainda não corrompida, entendendo a moral como inata, o que fica claro quando afirma que o homem possui uma repugnância inata a ver os outros de sua espécie sofrerem, e atribuindo portanto a corrupção desta moral à sociedade organizada. Esta posição foi atacada pelo empirista britânico David Hume, demonstrando a dificuldade que se tem em demonstrar a importância da justiça como uma virtude, se aceitarmos que toda a responsabilidade pelos conflitos advém da sociedade. Por outro lado a posição de Rousseau é muito popular entre ambientalistas, com ou sem formação filosófica, por justificar a defesa de que o homem viva o mais próximo possível do estado de natureza.

    Rousseau teoriza ainda que, o estado de "selvagem" seria o terceiro estágio do desenvolvimento humano, um estado intermediário entre, de um lado, o estado de animalidade e um estado semelhante ao de macacos e, de outro lado, a sociedade decadente. O estado de selvagem sendo um estado de melhor otimização das qualidades morais, ainda não corrompido, mas suficientemente organizado.

    No entanto, Rousseau não chega a aderir ao conceito de "bom selvagem", o que implicaria na ideia de que seria adequado retornar ao estado de natureza. Arthur Lovejoy esclarece que, a noção de decadência presente na obra de Rousseau é mais próxima daquela apresentada por Hobbes, embora discordem acerca da natureza do homem, concordam que a inteligência difere o homem dos outros animais, de modo que a sociedade é inevitável e mesmo desejável. Ao invés de voltar atrás, o caminho seria reorganizar a sociedade por meio do contrato social.

    O contrato social, na visão de Rousseau, preserva a vida humana e garante a liberdade, por meio da submissão à autoridade da vontade geral. Isto garantiria a liberdade na medida em que a decisão é geral e portanto o indivíduo, fazendo parte da decisão, não está subordinado a vontade de outros, mas sendo parte da autoria coletiva da lei. 

    Saiba mais:
    • A história dos nossos ancestrais: os outros
    https://app.box.com/s/65bosstnafvqp1uw289i5yw1wyfuhvp2

    •  Canal Forense
    • O Blog Canal Forense é uma mídia voltada para a divulgação das leis que todo cidadão brasileiro deveria conhecer
    http://www.canalforense.com.br/

    • Referências bibliográficas:
    http://www.infoescola.com/historia/iluminismo/

    BONAVIDES, Paulo. Democracia e liberdade. In Estudos em homenagem a J.J. Rousseau. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1962.
    ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
    ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
    TOTO, Francesco, « Passione, riconoscimento, diritto nel 'Discorso sulle origini della diseguaglianza'», in Postfilosofie, 2007.