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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

ALTOCONHECIMENTO - Realidade vs Verdade.

 
  • Realidade vs Verdade
"A realidade é meramente uma ilusão, ainda que muito persistente"
    — Albert Einstein.

Um dos maiores problemas que encontramos para mudar nossas vidas é a sensação de que não podemos mudar a nossa realidade.

Nascemos com algumas características próprias. Para alguns a culpa é dos genes, enquanto para outros é das estrelas. Se estamos passando por uma época desagradável e temos problemas, então temos a percepção de que não podemos mudar as coisas, apenas aceitá-las. Fomos induzidos a crer que não temos poder sobre nada. É impossível para nós mudar o que já existe. Embora nos filmes e quadrinhos os heróis tenham super poderes capazes de transformar o mundo, somos apenas humanos em um mundo sem graça.
  • Mas quem disse que precisamos mudar o imutável?
Podemos separar a estrutura da existência em duas camadas: a Verdade e a Realidade. Na primeira, as coisas apenas são o que são, independente de um ponto de vista. No mundo da Verdade, dois são dois e oxigênio é oxigênio. A Verdade é infinita, pois independe da nossa consciência e pode se expandir para diversas dimensões imperceptíveis para nós.

Uma pedra será sempre uma pedra no mundo da Verdade, mas suas características são tantas que pessoas diferentes poderiam interpretá-la de formas diferentes. Nossa mente possui uma capacidade de compreensão limitada, assim como nossos sentidos são apenas 5. Esta representação individual do que existe é considerado a Realidade. Embora o nascer do Sol seja imutável pelas nossas mãos, a representação deste evento é única para cada um. A Realidade é um filtro do infinito para o finito, de acordo com nossas concepções atuais.

A primeira ferramenta que colocamos em suas mãos é a capacidade de moldar esta Realidade. Não apenas isto, é importante entender a responsabilidade que este imenso poder lhe traz. Se sua realidade é infeliz, a culpa é totalmente sua. O mundo externo não passa de um reflexo daquilo que temos dentro de nós.

Culpar os outros está fora de cogitação no caminho do Auto Desenvolvimento. Mesmo estando em uma condição desfavorável, como a falta de recursos financeiros, aprender a lidar com isto é a chave para mudar a sua realidade. Reclamar e odiar seu estado atual não irá lhe ajudar em nada. É a partir da consciência de que somos responsáveis por aquilo que temos que geramos o poder para a mudança.

Pode parecer um ensinamento cruel, pois uma pessoa que vive em estado de miséria na África também seria responsável pela sua própria Realidade, mas felizmente não é o caso. Estas pessoas não tiveram a oportunidade de obter este tipo de conhecimento que você está tendo. A responsabilidade pela situação destas pessoas também é nossa! A crueldade do mundo que observamos faz parte da nossa Realidade. É nosso o dever de mudar a Realidade para criar um mundo melhor. Reflita intensamente sobre isto.
  • Profecias autorrealizadas: você vê o que espera ver
    "Se você acha que consegue ou se você acha que não consegue, você está certo."
    – Henry Ford
A sua crença de que algo ou alguém é de uma certa forma muitas vezes é justamente o que acaba fazendo com que aquele algo ou alguém seja daquela forma.

Talvez você já tenha percebido essa dinâmica em ação na sua vida. Saiba que ela tem um nome: self-fulfilling prophecy. Em português, profecia autorrealizada. O termo foi cunhado apenas em 1950, pelo sociólogo Robert Merton, mas a dinâmica já vinha sendo observada e, por consequência, usada em obras de ficção desde muitos séculos atrás.
  • "Tá vendo?!"
Exemplo 1: Colega novo de trabalho. Por algum comentário ou atitude aleatória, começa a ser taxado de cuzão. Alguém comenta: "Nossa, você viu tal coisa que o Fulano fez? Muito cuzão, cara. Muito cuzão." Todos começam a se relacionar com o cara novo a partir dessa perspectiva. A dinâmica foi sutilmente instalada, e a maioria das interações passam a ocorrer num palco em que esse é o personagem que o Fulano representa.

Em algum momento, Fulano faz alguma coisa realmente cuzona – como qualquer pessoa faz às vezes, já que todos temos essa capacidade. "Falei que ele era cuzão! Tá vendo?!"

Exemplo 2: Casal de namorados. Felizes, até que um dia ele encontra uma suposta evidência de que ela possa estar tendo um caso com outro. Dentre as várias atitudes que ele poderia ter, começa a pensar que ela possa mesmo ser uma traidora. Ações dela que antes passavam despercebidas agora, sob essa nova dinâmica, parecem golpes e confirmações da suspeita. Ela percebe que algo está errado. O relacionamento entra em crise. Ela se torna mais aberta a conhecer alguém melhor.

Algum tempo depois, ela termina com o namorado. Diz que conheceu alguém com quem simplesmente se sente melhor. "Falei que ela estava me traindo! Tá vendo?!"
  • You Are Not So Smart (Você não é tão esperto)
O livro  dedica o capítulo 42 inteiro às profecias autorrealizadas. O autor David McRaney explica que as pessoas tendem a agir conforme as "etiquetas" que colocamos nelas. Em um experimento feito em 1978, professores foram informados que alguns de seus alunos possivelmente seriam superdotados, de acordo com resultados de testes de QI que haviam feito. Mentira. Os alunos não fizeram nenhum teste e eram normais. Mas as suas notas começaram a melhorar.

Apenas por acreditarem que os alunos poderiam ser superdotados, os professores passaram a agir com eles dentro de um outro prisma, esperando o melhor e acreditando nos seus resultados. Por sua vez, isso motivou os alunos.
  • Levando essa lógica para o lado negativo:
Pessoas zoadas na escola podem passar a acreditar que são "dignas" daquele tratamento.
Caras que sofrem dois ou três fracassos em conquistar mulheres podem passar a acreditar que não são capazes de conquistar ninguém, parando de tentar.

Mulheres que sofrem duas ou três traições podem passar a acreditar que nenhum homem presta e agir com ciúmes e possessividade em qualquer relacionamento, efetivamente ajudando a causando suas próprias futuras traições.

Um aluno de música com dificuldades em afinar o seu instrumento "de ouvido" pode começar a achar que, se não consegue nem isso, muito menos será capaz de aprender teoria musical ou composição.

Um solteiro que tenta fazer um arroz básico queima a comida pode se convencer de que é "um desastre" na cozinha e acabar nunca tentando um prato mais elaborado.
  • Um último exemplo, dessa vez autobiográfico.
Há alguns meses, em uma atitude que não consigo descrever com outro termo a não ser “burrada”, dei o pontapé inicial em uma dívida que cresceu relativamente rápido e me tirou o sono por muito tempo. Arrasado por dentro por ter me permitido chegar a tal ponto graças ao que eu entendia como pura burrice, eu me convenci de que não sabia lidar com finanças. Parecia real para mim. E assim foi.

Meses depois, busquei ajuda de algumas pessoas, e algo fascinante aconteceu: elas me trataram não como o idiota que havia se permitido entrar em dívidas por um motivo facilmente evitável, mas sim como uma pessoa inteligente que cometeu um erro mas tinha total capacidade de sair dessa situação tão fácil como havia entrado. Parecia real para elas. E assim foi.
  • As respostas que recebemos dependem das perguntas que fazemos
A realidade é menos definitiva do que parece. É plástica, moldável e diferente para cada um de nós. As coisas que você vê ao seu redor só estão aí, do jeito que estão, porque você está aí para percebê-las do jeito particular que você as percebe.

O aqui e o agora que você tem são frutos do seu olhar específico, que poderia ser outro, das suas crenças, que poderiam ser outras, do seu estado mental, que poderia ser outro. A vida pode ser inteiramente diferente para duas pessoas que estão exatamente no mesmo lugar, ao mesmo tempo, vendo e ouvindo e sentindo e cheirando e tocando as mesmas coisas.

O processo de construção da realidade é como se estivéssemos em uma caixa completamente preta, sem nenhuma luz, sem enxergar nada, e para saber como são as coisas, precisamos perguntar. "De que cor?" "É azul!" "Está frio?" "Não!" "Eu sou amado?" "Sim!" E assim você vai construindo o seu mundo, de acordo com as perguntas que faz.

E quem responde essas perguntas quando elas são feitas pelas pessoas próximas? Nós mesmos. Nós temos meios de influenciar alterações na realidade dos outros – assim como eles têm de fazer isso na nossa. A mágica é estar ciente desse processo.
  • O valor de um elogio
    "É impossível não acabar sendo do jeito que os outros acreditam que você é."
    – Gabriel García Márquez.

Somos atraídos por amantes, cartomantes e qualquer um que tenha uma visão positiva sobre nós. Não apenas por vaidade, mas (principalmente?) porque deles recebemos influências firmes, e geralmente positivas. Gostamos de ouvir que somos lindos, que temos talento, que somos dedicados, que somos carinhosos, que fodemos bem, porque assim nos achamos mais lindos, desenvolvemos nossos talentos, nos dedicamos mais, agimos mais vezes com carinho e fodemos melhor.

Sendo assim, é importante ter em mente que nós também ajudamos, da mesma forma e o tempo todo, a moldar os outros a partir da nossa percepção deles.

Um amigo meu insiste que "mina de balada não vira namorada". O que ele ainda não se deu conta é que a mulher que está ali, se permitindo rebolar até o chão e dar gritinhos histéricos "cazamiga", enchendo a cara de tequila, é a mesma menina de bem que é, já foi ou ainda vai ser o grande amor da vida de algum cara igual a mim e você e ao meu amigo. Ela só é uma "mina de balada" (tradução na realidade dele: descartável depois dos primeiros beijos) se assim for construída.

A realidade do outro é tão plástica quanto a nossa, e podemos nos relacionar diretamente com o que há de melhor nele. Assim, realçamos e trazemos à tona essas qualidades, à frente de qualquer outra coisa.

Eu sinceramente não me enxergava capaz de escrever este texto, que é sobre um tema bem mais amplo do que os que eu costumo abordar. Mas os meus colegas do PdH botaram fé. Se eles enxergaram o potencial em mim, eu não tive como continuar negando a existência desse potencial. Nesse sentido, estas próprias palavras que você lê agora são resultado de uma profecia autorrealizada.
  • AUTOCONHECIMENTO É A BASE DA SABEDORIA

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Sonhos - Somos do tamanho de nossos sonhos.

 
Nós somos do tamanho de nossos sonhos. 

É isso aí: quem pensa pequeno, sempre vai ser pequeno. Quem pensa que vai dar errado, já fracassou.
    Mas quem já se imagina com a meta atingida, já venceu. Quem faz a sua parte e dá o melhor de si, sem prejudicar os demais, merece sempre chegar lá. Seja aonde for que alcance o seu desejo.

    Dizem que o otimista é aquele que, porque acha que a rosa é mais bonita que o repolho, dará uma sopa muito melhor. Exageros à parte, me coloco ao lado dos que sempre esperam o melhor depois de dar o melhor de si. 

    Frase de Winston Churchil: quem falha em planejar, planeja falhar.
     


    Faça uma reflexão do que realmente quer. Depois coloque num papel três metas: uma profissional, uma pessoal e outra material. Deixe num local onde você possa ler todos os dias quando se levantar e imagine-se na cena com o sonho já realizado. O prazo para a concretização está diretamente relacionado com você fazer a tua parte neste projeto.

    domingo, 30 de junho de 2019

    Vida é algo que começa quando descobrimos que estamos vivos.

    Não basta apenas existir neste mundo, também é necessário viver. 

    O homem que vive está no presente, este descobre a verdade da vida e passa a existir e viver. O homem do passado está morto em um tempo que passou, apenas existe no tempo presente. O homem do futuro não vive, ele existe como um fantasma a espera de viver o tempo futuro. Há muitas pessoas que existem e nunca vivem, elas morrem sem viver e descobrir a vida. É fundamental para o homem descobrir a verdade da vida, assim, ele existirá e viverá o presente, tendo uma existência muito melhor após compreender e aprender a viver. Como sabemos, de coração, todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem ou a mulher que tem uma intensa sede de viver. É bem melhor ser rico de espírito do que em bens materiais.
    • Será que precisamos de uma filosofia de vida?
    Imagine-se chegando a nossa galáxia, a Via Láctea. Durante milhares de anos você voa sem rumo entre as estrelas e os sistemas solares. De vez em quando, gira em torno de um planeta — sem enxergar o menor sinal de vida. Você já está prestes a ir embora da Via Láctea quando, de repente, avista um planeta transbordando de vida no meio de uma das múltiplas espirais da galáxia. Nesse exato momento você acorda. A viagem foi um sonho! Mas você percebe que o planeta que descobriu em seu sonho é o planeta onde você vive. 

    Você talvez seja jovem. É bem possível que tenha uma longa vida pela frente. Mas você também sabe que a vida não dura para sempre. De que maneira decidirá viver sua primeira e única viagem ao planeta Terra? Que perguntas fará e que respostas dará? Durante o café da manhã, o estranho sonho não lhe sai da cabeça. 

    Você se dá conta de que viver na Terra é uma oportunidade fantástica. Então você abre o jornal. Talvez, em meio a seu maravilhamento e a sua alegria pela vida, lhe ocorram pensamentos sombrios. Você começa a pensar no que está lendo: florestas derrubadas, poluição, buracos na camada de ozônio, armas nucleares, radiação no meio ambiente, AIDS. 

    Até que ponto você considera o futuro deste raro planeta responsabilidade sua. Muitas perguntas, mesmo as mais rotineiras, que lhe passam pela cabeça quando você vai para a escola ou para o trabalho nascem em seu íntimo. O amor e o sexo, as relações com os amigos e a família, as notas nas provas e os estudos: tudo está conectado com sua perspectiva, sua visão da vida. A caminho de casa, você pode ir conversando sobre um jogo de futebol, sobre sua próxima viagem nas férias de verão, sobre a chegada do final do ano letivo. Mas até mesmo esses fatos estão relacionados com sua perspectiva de vida. 

    De que forma você decide passar seu tempo livre? Entrará numa organização não-governamental? Ou vai trabalhar nos momentos de folga para conseguir algum dinheiro extra? Mas, antes de tudo, há uma montanha de lição de casa para fazer. No entanto, para que serve tudo isso? O que você vai ser quando terminar a escola? A noite, você se encontra com os amigos. Um deles conta que mandou fazer seu mapa astral; acredita firmemente na astrologia. O que será que lhe dá tanta certeza? Outro diz que tinha acabado de pensar numa velha amiga quando ela lhe telefonou. Seria telepatia? Afinal, a chamada percepção extrassensorial é fato ou ficção? A conversa avança para questões sobre a vida e a morte. Existe vida após a morte? 

    E nesse ponto que você conta o sonho para eles. Você estava fazendo uma longa viagem pelo espaço sideral. Cansado de tanto gelo, das rochas e do calor escaldante, já ia se afastando da Via Láctea quando, de repente, vislumbrou à distância um planeta azul e branco. E foi nesse planeta que você acordou. Você pergunta: "O que esse sonho significa?". Será que nossos sonhos podem nos dizer algo sobre nós mesmos? Quem sou? De onde venho? Para onde vou? As crianças logo se tornam curiosas. Uma criança de três anos pode fazer perguntas que os adultos não conseguem responder. Uma de cinco anos pode refletir sobre os mesmos enigmas que um idoso. 

    A necessidade de se orientar na vida é fundamental para os seres humanos. Não precisamos apenas de comida e bebida, de calor, compreensão e contatos físicos; precisamos também descobrir por que estamos vivos. Nós perguntamos: Quem sou eu? Como foi que o mundo passou a existir? Que forças governam a história? O que acontece conosco quando morremos? 

    Essas são as chamadas questões existenciais, pois dizem respeito a nossa própria existência. Muitas questões existenciais são bastante gerais e surgem em todas as culturas. Embora nem sempre sejam expressas de maneira tão sucinta, elas formam a base de todas as religiões. Não existe nenhuma raça ou tribo de que haja registro que não tenha tido algum tipo de religião. Em certos períodos da história, houve gente que colocou questões existenciais numa base puramente humana, não religiosa. Mas foi só há pouco tempo que grandes grupos de pessoas pararam de pertencer a qualquer religião reconhecida. Isso não implica necessariamente que tenham perdido o interesse pelas relevantes questões existenciais. 

    Alguém já disse que viver é escolher. Muitas pessoas fazem escolhas sem pensar com seriedade se estas são congruentes, ou se existe alguma coerência em sua atitude com relação à vida. Outras sentem necessidade de moldar a atitude delas de maneira mais abrangente e estável. Cada um de nós tem uma visão da vida. A questão é: até que ponto fomos nós mesmos que a escolhemos, até que ponto ela é nossa própria visão? Até que ponto estamos conscientes de nossa visão?
    • Face a face com a morte
    Duas histórias reais demonstram como a vida cotidiana pode estar interligada a profundas questões existenciais. A primeira se passou durante a Segunda Guerra Mundial; a outra, na América Central de nossos dias. Quando Kim Malthe Bruun tinha dezessete anos, a guerra estourou e ele testemunhou a profanação de importantes valores humanos por parte de uma potência estrangeira invasora. Após um ano, em 1941, Kim foi ser marinheiro, mas no outono de 1944 desembarcou na Dinamarca e entrou no movimento ilegal de resistência. Alguns meses depois acabou preso pelos alemães, e em abril de 1945 foi condenado à morte e fuzilado. Não era raro os jovens assumirem a luta contra a ditadura nazista. Se ela acontecesse hoje, talvez você e seus amigos também se envolvessem nessa luta. 

    Como você acha que reagiria se fosse condenado a morte? O que escreveria quando os guardas da prisão lhe dessem lápis e papel para que você deixasse uma última carta a seus parentes mais próximos? O que Kim escreveu, nós sabemos. A última carta para sua mãe contém a seguinte passagem: Hoje Jörgen, Niels, Ludvig e eu nos apresentamos diante de um tribunal militar. 

    Fomos condenados à morte. Sei que você é uma mulher forte e conseguirá suportar tudo isso, mas quero que compreenda. Eu sou apenas uma coisa insignificante, e como pessoa logo serei esquecido; mas a ideia, a vida, a inspiração de que estou imbuído continuarão a viver. Você as verá em todo lugar — nas árvores na primavera, nas pessoas que encontrar, num sorriso carinhoso. 

    Em março de 1983, Marianella Garcia Villas foi assassinada pelos militares na república centro-americana de El Salvador. Fazia vários anos que as forças do governo e os guerrilheiros rebeldes travavam uma feroz guerra civil. Durante essa guerra, uma facção do Exército, juntamente com extremistas, havia raptado e assassinado milhares de pessoas. A jovem advogada Marianella formou um comitê de direitos humanos para investigar casos de desaparecimento e tortura. Em decorrência, acabou indo para a "lista negra" dos terroristas. Ela sabia que sua vida corria perigo. Como você teria reagido a uma ameaça desse tipo? A reação de Marianella foi continuar a luta. No início de 1983, ela visitou uma das zonas de guerra, numa missão do Comitê de Direitos Humanos. Ela nunca mais voltou. 

    Porém, uma carta que escreveu em 1980 nos conta qual era o impulso que a movia: Eu luto pela vida: um trabalho real, que vale a pena. Não tenho nenhum desejo de morrer, mas já vivi tão perto da morte e de suas consequências que a vejo agora como algo natural. Todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem ou a mulher que tem uma intensa sede de viver. Cada minuto que passa tem um significado, uma profundidade maior do que qualquer outra coisa, mesmo que pareça comum e rotineiro. Cada rajada de vento, cada canto da cigarra, cada revoada de pombos é como um poema. Sei que os que trabalham pela justiça sempre terão o direito a seu lado e receberão ajuda; estes irão prevalecer, e a verdade resplandecerá. É melhor ser rico de espírito do que em bens materiais. 

    Alegria de viver Marianella e Kim lutaram por ideias e valores em que acreditavam. Chegaram até a sacrificar a vida pelo que consideravam certo. Contudo, uma filosofia de vida não se manifesta somente em guerras e situações de tensão. Não se associa apenas a feitos heróicos e a grandes ideias. Nossa visão da vida também trata de coisas íntimas — como nossa atitude para com a família e os amigos, para com o trabalho e o lazer. Nossa perspectiva está ligada ao próprio modo como desfrutamos a vida. "Cada revoada de pombos é como um poema", escreveu Marianella em sua carta. E Kim, sentado em sua cela à espera da morte, escreveu sobre as árvores na primavera e um sorriso carinhoso. Se esses dois defensores da liberdade tinham alguma coisa em comum, era a experiência de que a vida é algo infinitamente precioso. As cartas de Kim e Marianella irradiam a experiência de valores fundamentais que para nós, na nossa vida diária, podem por vezes passar despercebidos. 

    Será que precisamos enfrentar a morte cara a cara antes de podermos experimentar a vida? Será que precisamos ver nossas ideias e nossos ideais ameaçados e pisoteados para que possamos compreendê-los? 

    "Os que nunca vivem o momento presente são os que não vivem nunca — e o que dizer de você?", escreve o poeta dinamarquês Piet Hein, num de seus poemas. O pintor e escritor finlandês Henrik Tikkanen expressa uma ideia semelhante na seguinte máxima, ou aforismo, que nos dá o que pensar: "A vida começa quando descobrimos que estamos vivos".

    terça-feira, 23 de abril de 2019

    Direitos humanos - Homem e Mulher


    Como surgiu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão?

    A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi anunciada ao público em 26 de agosto de 1789, na França. "Ela está intimamente relacionada com a Revolução Francesa. Para ter uma ideia da importância que os revolucionários atribuíam ao tema dos direitos, basta constatar que os deputados passaram cerca de 10 dias reunidos na Assembléia Nacional francesa debatendo os artigos que compõem o texto da declaração. Isso com o país ainda a ferro e a fogo após a tomada da Bastilha em 14 de julho do mesmo ano".

    Havia urgência em divulgar a declaração para legitimar o governo que se iniciava com o afastamento do rei Luís XVI, que seria decapitado quatro anos depois, em 21 de janeiro de 1793. "Era preciso fundamentar o exercício do poder, não mais na suposta ligação dos monarcas com Deus, mas em princípios que justificassem e guiassem legisladores e governantes". 

    A importância desse documento nos dias de hoje é ter sido a primeira declaração de direitos e fonte de inspiração para outras que vieram posteriormente, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1948. Prova disso é a comparação dos primeiros artigos de ambas:

    O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, diz: "Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum".

    O Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: "Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 

    São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".

    Atenção sobre os direitos sociais não mencionados explicitamente no texto do documento. "Ela se concentra mais nos direitos civis, que garantem a liberdade individual - os direitos do homem - e nos direitos políticos, relativos à igualdade de participação política, de acordo com a defesa dos revolucionários do sufrágio universal, o que corresponde aos direitos do cidadão".

    Foi também na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que o lema da República Francesa se inspirou: "liberdade, igualdade, fraternidade". Dos três, a igualdade era o mais importante para os revolucionários. "No turbulento período que se seguiu à revolução, sempre que foi necessário optar, sacrificou-se a liberdade em defesa da igualdade. É o que explica a centralização do poder e o regime do terror".


    domingo, 24 de março de 2019

    Liberdade e Otimismo - Vitória do Big Bem.



    Não cobre atitudes das outras pessoas.
    Cada cabeça, uma sentença ...
    Ninguém pensa como ninguém.
    Não tente moldar as pessoas a seu gosto e maneira de ser.
    Você deve respeitar o ser humano como ele é.
    Se houver cobrança de sua parte, os amigos inevitavelmente se aborrecerão e se afastarão.
    Cada ser tem uma consciência que lhe é particular.
    Analise todos dentro de um prisma coerente.
    Deixe as pessoas serem como elas são.
    Agindo assim, você estará livre para ser você mesmo.
    Sendo você, seja otimista.
    Creia sempre na realização de seus anseios.
    Afirme que seus problemas serão resolvidos.
    O pensamento negativo embota seu cérebro e o deixa incapaz de lutar.
    Cultivando o otimismo, você sentirá brotar dentro de si uma força magnânima capaz de resolver todos os seus problemas.
    Procure repassar e distribuir seu otimismo para os outros.
    Se  perceber que alguém próximo adotou o pessimismo, incentive-o a lutar com coragem.
    Dê o exemplo para as outras pessoas.
    O otimismo é o grande segredo dos que conseguem vencer qualquer obstáculo ou situação, por mais difícil que seja.

    • O futuro já nos deixa ver alguns raios do big bem.
    Sou da crença de que, um dia, a verdade vencerá. Os falsos profetas cairão, assim como os egoístas, os imbecis e os maus políticos darão lugar a uma nova ordem global, quando o bem será algo por demais favorável e comum a todos.
     

    Mas eu também sou otimista em relação ao caminho entre o destino final e onde estamos.  O Big Brother está à espreita, escondido nos arbustos estatais ao longo desse caminho.
     

    Quando uma manada de leões está pacientemente escondida atrás do matagal, pronta para atacar as zebras, algumas zebras serão devoradas.  Quando pensamos em burocratas, devemos pensar em leões.  E nós somos as zebras.

    O futuro está aí na sua frente, brilhando.
     

    Haverá várias perdas.  Mas o fato é que os leões estão ficando velhos.  Eles já não correm tão rapidamente nos dias de hoje.  As zebras do bem estão se multiplicando. 

    Semeando o big bem  em nossas práticas e exemplos diários isto se disseminará a todos os ventos, que portarão o novo paradigma do otimismo, trabalho árduo e paz.

    • Nossa ordem do dia sempre será esta. 
     "Quem não vive para servir não serve para viver".

    sábado, 23 de fevereiro de 2019

    Mente maravilhosa - Amor sem amarras nem segredos


    Ame sem cobranças desnecessárias, pois ninguém gosta de ser cobrado. 

    Um relacionamento repleto de cobranças está caminhando rumo ao fracasso. E se te cobram muito alguma coisa qualquer, ou mesmo um trabalho, fazê-lo será penoso, mesmo que você goste por demais dele.

    A felicidade necessita de vontade, e a vontade sai correndo quando enxerga, de longe, a cobrança.

    Obedecer cobranças de outrem ou mesmo de si próprio, as vezes, pode até ser suportável por um curto período, mas não sem algum ressentimento. Toda cobrança nos aprisiona, e as piores de todas elas são as que fazemos a nós próprios, pois, uma vez que temos que nos prestar contas, tornamo-nos nossos próprios carrascos, mesmo sem um cadafalso.

    Como gostaríamos que as pessoas e nós mesmos fôssemos nossos amigos de verdade: amigos não cobram jamais, sempre inspiram. E isto com toda certeza, é uma grande parte daquilo que necessitamos para sermos felizes.

    O amor não deve ser algo forçado, exigido nem cobrado. Não devemos colocar ninguém contra a parede e pedir para que nos ame.

    Depositar expectativas de amor em quem não tem a intenção de nos amar, é perder o brilho da espontaneidade, é se deixar massacrar pelos sentimentos. Viver na dependência emocional, na aba do amor do outro, nos torna seres miseráveis.

    É preciso aprender a ter amor-próprio, valorizar-se para provar e receber do amor do próximo. Este deve ser sempre um complemento do que já existe e nunca uma necessidade para as próprias faltas.

    O ser humano é amor em essência, por isso encontre este amor em si.

    Mais vale um amor conquistado do que um forçado, e ninguém gosta de fazer nada obrigado. Na verdade, o amor não nasce na obrigação, nasce no cuidado, na entrega, na admiração e respeito.

    A medida que acessamos o nosso amor interno, permitimos que ele floresça e perfume o nosso ser. Despertamos auto estima e permitimos que os outros nos amem, de forma natural e despretensiosa.

    Será como emitir um aroma do amor que será atraído por um coração disposto a amar.

    Não devemos querer que o outro nos ame a qualquer custo, nem nos colocar como servos das necessidades do outro acreditando que isto seja amor. Ser digno de amor é valorizar este sentimento que é mais profundo que satisfações fulgazes.

    Se houver reciprocidade, gratidão, se não, use este amor para coisas bonitas em sua vida e não o torne destrutivo.

    Pessoas que amamos muito são as que mais nos geram dor, pois quanto maior o amor, mais sentidos ficamos em relação à dor que nos foi causada.

    Nossos inimigos jamais terão esta capacidade. Eles não ocupam espaços em nossos corações – ” Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair “- Henry de Montherlant .

    E enquanto a nossa saga for do amor, fatalmente seremos machucados, já que não estamos livres das mágoas e decepções diante das expectativas criadas. E que esta dor sirva também como lição para as relações futuras, para os nossos aprendizados, evolução pessoal, entendimento das nossas carências e reconstrução de nós mesmos.

    Nada como a dor para um belo renascimento.

    O “Amar” estará sempre em nós. Será uma necessidade, como respirar. E desta forma, que seja possível doar mais do que apenas querer receber.

    O ego pede amor, a essência dá. Sejamos amor em essência! O mundo precisa de mais pessoas boas de amor e menos egoístas na forma de amar, pois dessa forma despretensiosa, o amor volta como um bumerangue numa avalanche de recompensa e merecimento. Essa é a lei natural, e não há como escapar.

    Seja amor na integridade e na sua liberdade de existir. Enfim, o amor deve ser leve, solto, livre…sem juras, promessas e deveres.

    sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

    Egoismo distorce a realidade do outro e ativa falsos julgamentos

    Os falsos pensamentos que nos levam a julgar os outros são uma forma de orgulho perigoso. 

    Sabe-se lá quantas vezes você deixou de tentar realizar algo importante por medo que os outros julgassem você, caso você não conseguisse? Tenho certeza que você teria logrado êxito, nem que fosse em sua última tentativa.

    Alguns julgam o livro pela capa... Outros abrem, olham as figuras e logo é deixado de lado sem dar muita importância... Enquanto alguns, abrem, leem e sem palavras para descrever o que sentiram e aprenderam, guardam tudo na mente, onde um simples fechar de olhos, fazem de um amontoado de palavras, uma bela recordação...

    O medo do homem quase sempre termina com o julgamento sobre os outros, porque nós começamos a supor que conhecemos as motivações, pensamentos, caráter e intenções da outra pessoa, tipo: 

    - Alguém esquece de responder um e-mail, então você presume que não é uma prioridade e que a pessoa é egoísta. Acontece que ela estava de férias. 

    - Você passa por alguém no corredor, e a pessoa não acena, então você deduz que ela não gosta de você ou é mal-educada. Acontece que a pessoa não a viu. 

    - Você convida alguém para fazer alguma coisa, e ela gentilmente recusa, então você presume que ela está decepcionada com você. Ocorre que ela apenas não quer participar ou está doente ou ocupada. 

    - Não importa, na verdade, o que a outra pessoa pensa ou faz, porém a nossa obsessão com a preocupação relacionada ao que as outras pessoas pensam sobre nós nos leva a julgar os outros de uma maneira errônea e maliciosa.

    A preocupação com o que os outros pensam é orgulho. Talvez, você anseie ser respeitado. Talvez, você odeie a ideia de ser mal-entendida. Seja o que for, trata-se de puro orgulho.

    Eu gostaria de poder dizer que a luta contra o medo do homem e contra a tentação de julgar as outras pessoas é fácil, mas não é.

    Tento levar a vida com um grau elevado de ceticismo a respeito de coisas do senso comum. Existem alguns pensamentos popularescos que me absorvem atenção especial. Um deles tenho visto sendo repetido reiteradas vezes nas redes sociais. Trata-se da ideia que pode ser resumida pela seguinte frase: "não me importo com o que os outros pensam".

    Em condições normais, vejo essa concepção de realidade ser sustentada especialmente por adolescentes e, com esses, pouco me preocupo. Creio que a vida se encarregará de fazer as devidas correções, dentro do seu devido tempo. Estando o adolescente diante de todas as verdades do mundo, seguro de suas certezas, por que ele estaria preocupado com a opinião alheia a respeito do seu cabelo, sua roupa, seu comportamento, não é mesmo?

    O caso passou a me chamar atenção quando observei um número substancial de adultos embarcando nessa conversa ou, simplesmente, ao não desembarcando dela. É muito possível que se trate da chamada adolescência prolongada, da qual muitos falam. Mas não sou psicólogo; então, também não tenho interesse nas patologias do comportamento humano individual. A natureza humana é muito mais divertida quando analisada no geral. 

    Nossos sentimentos de interesse pelos outros estão ancorados na utilidade daquelas virtudes consideradas socialmente interessantes para o bem-estar das nossas comunidades, benevolência e justiça, por exemplo. Quando o assunto é nossa ganância e nosso egoísmo, eu e você somos de tipos diferentes de gananciosos e egoístas, com objetivos diferentes, interesses que não se cruzam etc. Contudo, a respeito dos nossos sentimentos morais de justiça, amor ao próximo e compaixão somos apenas diferentes em grau, não em espécie, e nem um nem outro é integralmente alheio às considerações valiosas expressas em virtudes socialmente tão valiosas. 

    O que nos faz ter interesse sobre a opinião que os outros formam a nosso respeito é algo diretamente ligado à opinião que temos em torno de nós mesmos e do comportamento que, por sua vez, julgamos adequado para ser socialmente reproduzido. O apreço por si mesmo é a única coisa que une o tolo e o sábio. Nesse sentido tão elementar, somos vaidosos, e isso não é uma característica boa ou má. Nossa vaidade, por mais equilibrada que possa ser, nos mantém conectados com os valores socialmente instituídos e esses valores são necessariamente louváveis ou censuráveis, quando analisados do ponto da utilidade pública. 

    Quando nossa honra está em jogo, uma das melhores formas de tentar defendê-la é atacando ou menosprezando o adversário. - Aprendemos isso na faculdade de direito: - "Pouco me importo com o quê você pensa a meu respeito" é uma tentativa de menosprezar, mas não se surpreenda se o autor da frase estiver disposto a ataques aleatórios. 

    Quem estaria mais preparado para encontrar inimigos do que aquele que os inventa? Imagine isso em um ambiente onde, não uma, mas várias pessoas estão inventando seus inimigos: seria estranho que se encontrassem e se digladiassem entre si? 

    Curiosamente, é muito difícil encontrar um raciocínio mais vaidoso do que aquele que diz ignorar o quê os outros pensam a seu respeito. - Mas é justamente dentro desse sentimento que está minha declaração: muito me importa, sim, tudo aquilo que os outros pensam ao meu respeito!

    Toda vaidade do mundo está contida dentro dessa emoção de desprezo pelos outros. É justamente essa condição pueril que atesta a eficiência e vivacidade da nossa vaidade e estabelece uma ponte indestrutível entre o egoísmo e nossa intenção de sermos agradáveis a todos os demais. Não fosse o autor de tão esquizofrênico raciocínio uma pessoa diretamente preocupada com o quê os outros pensam a seu respeito, ele não seria capaz sequer de pensar no assunto.

    Tendo em vista os parâmetros de profundo desprezo que ele tenta (em vão!) empregar, dizer não se importar com aquilo que os demais pensam a seu respeito é apenas hipocrisia, ou um simples problema de “ego”. 

    Uma pessoa com problema de “ego” costuma ser desagradável, egoísta, maliciosa, destrutiva e tende a julgar de maneira negativa os demais.

    O ego precisa mostrar continuamente uma boa imagem para a sociedade, afinal, ele não é nada humilde. É como uma ilusão, uma fantasia que coloca a pessoa acima dos demais. A opinião que tem sobre si mesmo é distorcida, o verdadeiro “eu” se afasta e conhecer a si mesmo se torna complicado.

    As pessoas que vivem enganadas pelo ego acreditam ser superiores e não veem a realidade. É um erro de pensamento, que tenta fazer uma apresentação de como você gostaria de ser ao invés de se apresentar como realmente é. É uma máscara social, um papel que nos afasta cada vez mais do que somos na realidade.

    Essa máscara precisa de bajulação, da aprovação dos demais, precisa ter o controle das situações e das pessoas, quer ter o poder porque no fundo, sente medo e precisa mostrar ser superior para dissimular seu verdadeiro sentimento de inferioridade. O ego é como um personagem que se cria e se afasta da simplicidade. É caracterizado pela complicação, por uma falsa autoestima que precisa se projetar para que ninguém veja a enorme insegurança que se esconde no interior.

    - E se o ego me dominar, o que acontece?

    Você não irá arriscar muito por medo de fracassar, ficará na zona de conforto e na rotina, que alimenta seu falso “eu” com bajulações e aceitação alheia. O terreno conhecido será seu habitat, só viverá onde te aceitarem. Não vai querer arriscar situações desconhecidas por medo de ser desaprovado ou criticado. Uma pessoa que tem uma autoestima verdadeira não tem medo de explorar o desconhecido. Isso porque as desaprovações dos demais são aceitas e não a incomodam. São oportunidades para aprender sem diminuir seu valor pessoal.

    - E o que acontece se não alimentarmos o ego?

    Quando o ego não é alimentado pelos outros, a pessoa se sente mal e pode ter que lidar com uma infinidade de emoções negativas, como timidez, raiva, pena de si e medo. Então, perceberemos que tudo se tratava de uma falsa segurança disfarçada.

    Quando a pessoa não aceita receber críticas e não reconhece a si mesma, a máscara cai, e podemos perceber que não somos quem pensávamos ser. Segundo o ego, sua identidade depende do que as pessoas pensam sobre você, por isso é tão importante não deixar que o ego domine sua vida. Caso isso aconteça, você será como uma folha que se move com a força do vento, baseado no que recebe da sociedade.

    - Como podemos dominar o ego e deixar nossa essência verdadeira aparecer?

    O ego se desenvolve em forma de proteção. Normalmente nos deixamos dominar por ele porque, dessa forma, nos sentimos mais seguros contra qualquer ataque. A voz do ego nos confunde e nos afasta do nosso verdadeiro ser, impede que sintamos as coisas de coração e as mais puras das emoções. É importante que seja capaz de entender que todas as necessidades de aceitação exterior não passam de ilusões e fantasias criados pelo seu ego.

    Você não precisa de nada disso para ser feliz, a única coisa que precisa é que esteja submergido na simplicidade e humildade. Não queira ser mais do que é, nem acredite ser menos, porque no fim das contas, somos todos iguais. Nossa essência interior não é tão complicada assim, trate de eliminar a culpa, as exigências, o perfeccionismo, a necessidade de ganhar ou de ter razão e a avareza de sua vida. Aproveite as pequenas coisas, aprecie a beleza da vida, se satisfaça com vontades pessoais (diversão ao praticar hobbies, cuidados pessoais, amor a si mesmo, compras de pequenos caprichos).

    Ao final, nos damos conta de que o ser humano não é tão complicado, que se deixarmos de lado os pensamentos, somos seres simples que só desejam aproveitar a existência de uma boa companhia. Deixe que o amor flua naturalmente, aceite-se como você realmente é e se divirta muito. Escute sua essência interior relaxando. Temos dentro de nós uma pessoa que vale muito a pena, não deixe que o ego te engane e mostre o pior de você.

    quarta-feira, 7 de novembro de 2018

    E-BOOKS - Alguns motivos para ler mais para o seu filho

    Não é preciso esperar que os pequenos cresçam para montar sua biblioteca e começar a ler. 

    Na verdade, não é recomendável, inclusive. A Sociedade Brasileira de Pediatria já receita livros para crianças desde o nascimento, e alerta para uma porção de benefícios que a leitura traz nos primeiros anos de vida, sem contra-indicações e livre de efeitos colaterais.

    A leitura deve ser estimulada desde cedo e que esse hábito em família é a melhor forma de estímulo. 

    - Ler aumenta o vínculo entre pais e filhos.

    O simples ato de ler em voz alta já é tranquilizante e atua no desenvolvimento cerebral, ajudando os mais bebezinhos a identificar a voz e tê-la como porto seguro. Um estudo canadense reuniu 116 famílias em situações estressantes e comprovou que ler para as crianças tem efeito tranquilizador e traz a sensação de intimidade, controle e normalidade.

    - Pequenos leitores tendem a se tornar adultos mais articulados e inteligentes.

    Aspectos cognitivos, em especial o desenvolvimento da linguagem, estão no topo dos benefícios lembrados pelas pessoas quando o assunto é o incentivo. A leitura atua na construção do papel de cidadão que, aliada com saúde do corpo, vai significar também na qualidade de vida dos pequenos. No caso dos bebês que nascem com alguma deficiência, inclusive, o cérebro pode criar novas conexões para suprir habilidades perdidas, com o estímulo de contar histórias.

    - É a melhor maneira de explicar assuntos complexos e ajudar a interpretar sentimentos.

    Este momento não pode se tornar uma atividade mecânica de ler somente por ler. Esta é a oportunidade que você cria para que os pequenos possam refletir, analisar e conversar sobre a história. Muitos dos conflitos vividos pelos personagens podem, em diferentes situações, ser os mesmos vividos pelos pequenos. E identificar-se é um passo muito importante no autoconhecimento e na verbalização dos seus sentimentos.

    - Ler aumenta o repertório cultural.

    Quem nunca se surpreendeu com a oratória de um pequeno sobre algo que nem mesmo um adulto diria com a mesma sabedoria? As crianças surpreendem o tempo todo, se mostrando mais inteligentes do que a gente imagina. Mas de onde elas tiram esse conhecimento todo? Do seu repertório cultural! Das coisas que elas veem, escutam, experimentam, descobrem, leem. Das viagens que elas fazem no mundo das histórias, do conteúdo que consomem e das referências que elas têm em casa, na escola e com os amigos. Por isso é importante que você envolva seu filho no que de melhor a leitura compartilhada tem a oferecer a vocês dois.

    - O que leva uma criança a ler é o exemplo.

    Essas palavras são da grande escritora Ana Maria Machado. E ela tem toda razão! Ler não é talento, é hábito. Por isso é bem menos provável que um pequeno se torne leitor espontaneamente ou somente por influência externa. Então leia também! Ensine ao seu filho o prazer de ler. A leitura é importante e benéfica demais para que você deixe somente com a escola o papel de apresentá-la ao seu filho.

    - Calibre te ajudará a organizar a sua coleção de ebooks:

    terça-feira, 7 de agosto de 2018

    Desabafo para com os humanos não semelhantes

    Eu não posso ser parte de um mundo 

    Onde os homens vestem suas esposas como objetos, mostrando tudo o que deve ser apreciado. 

    Onde não há conceito de honra e dignidade, e só se pode confiar neles quando eles dizem “eu prometo”. 

    Onde as mulheres não querem filhos, e os homens não querem uma família. 

    Onde os idiotas acreditam ser bem sucedidos atrás da roda dos carros dos seus pais, e um pai que tem um pouco de poder está tentando provar-lhe que você é um ninguém. 

    Onde as pessoas declaram falsamente que acreditam em Deus com uma dose de álcool em suas mãos, e a falta de qualquer entendimento sobre sua religião. 

    Onde o conceito de ciúme é considerado vergonhoso, e modéstia é uma desvantagem. 

    Onde as pessoas se esqueceram do amor, mas estão procurando o melhor parceiro. 

    Onde as pessoas reparam todo o ruído de seus carros, sem poupar dinheiro ou tempo, e parecem tão pobres que só um carro caro pode escondê-las. 

    Onde os meninos desperdiçam o dinheiro de seus pais em casas noturnas, sob os sons primitivos, e as meninas se apaixonam por eles. 

    Onde homens e mulheres já não são identificáveis e onde tudo isso é chamado de liberdade de escolha, mas aqueles que escolhem um caminho diferente – são marcados como déspotas. 

    Eu escolho o meu caminho, mas é uma pena não ter encontrado uma compreensão semelhante nas pessoas entre as quais eu desejava encontrá-la acima de tudo … Keanu Reeves