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quinta-feira, 16 de março de 2023

RELIGIÕES - FÉ sem base educacional leva a loucura

  • Falcão - Quem nasce pra tatu morre cavando
 
  • Falcão - Vote em mim e não se preocupe
  • Pastor coloca fogo em TV e proíbe fieis de assistirem Show da Fé

Todo pastor tem um pouco de piromaníaco… Os cara gosta de queimar cartinha, gosta de queimar hominho, gosta de queimar tazo e tudo aquilo q vem com o satanás dentro….


Mas aí queimar uma TV eu já acho um pouco demais…


NEM O SHOW DA FÉ PODE VER MAIS SR PASTOR?


Não vou lhe referenciar para não aumentar mais os dízimos, que, pelo visto, devem estar sobrando.


BRASIL, aqui reinam, dominam e manipulam o zé povão através da política, religião e mídias escrita, televisadas e escrita.


Sendo assim que assim seja como tu quiseres, e só me resta cantar!


  • Quem Nasce Para Tatu Morre Cavando - Falcão

Já que tudo foi dito amor

só nos resta refletir

se o açúcar é branco

o sal é da mesma cor

sem falar na farinha

que também é muito natural

que a loucura é um dom

de quem se julga normal

pois o que é cachorro não é raposa

o que é rapariga não é esposa

quem nasceu pra rockeffeler

nunca será silva nem souza

o que é cachorro não é raposa

o que é rapariga não é esposa

quem nasceu pra rock e vera

nunca será silva nem souza

pois tava escrito na lousa

uma coisa é uma coisa

e outra coisa é outra coisa

estava escrito na lousa

uma coisa é uma coisa

e outra coisa é outra coisa

já que tudo foi dito amor

só nos resta refletir

se o açúcar é branco

o sal é da mesma cor

sem falar na farinha

que também é muito natural

que a loucura é um dom

de quem se julga normal

pois o que é cachorro não é raposa

o que é rapariga não é esposa

quem nasceu pra rockeffeler

nunca será silva nem souza

o que é cachorro não é raposa

o que é rapariga não é esposa

quem nasceu pra rock e vera

nunca será silva nem souza

pois tava escrito na lousa

uma coisa é uma coisa

e outra coisa é outra coisa

estava escrito na lousa

uma coisa é uma coisa

e outra coisa é outra coisa

estava escrito na lousa

uma coisa é uma coisa

e outra coisa é outra coisa
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Mercedes Bustamante - Os Desatinos de 2020 à 2022 que Não devemos Esquecer

 

- A trajetória parlamentar e a retórica do presidente Jair Bolsonaro, ao longo de décadas de vida pública, eram fortes indicadores do que aguardava o Brasil no início de 2019.

- Mesmo assim, fomos surpreendidos com a velocidade, a eficiência e o zelo na condução do projeto de desmonte de políticas públicas em áreas vitais como educação, ciência, saúde e meio ambiente.

No que se refere aos acontecimentos de 2020 à 2022, teremos a oportunidade de refletir não somente sobre as ações do Executivo federal, mas também sobre o Legislativo, que, ativamente ou de forma inercial, contribuíram para solapar a qualidade de vida e o futuro dos brasileiros.

O calvário e a dor da população brasileira no enfrentamento da pandemia de covid-19 não devem ser esquecidos jamais. 

A condução irresponsável da crise incluiu a disseminação de notícias falsas, a prática de charlatanismo na defesa de medicamentos com ineficácia comprovada, o atraso na aquisição de vacinas e a sabotagem de estratégias eficazes, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a vacinação. 

Pelos milhares de famílias enlutadas, pelas crianças tornadas órfãs, por aqueles que convivem com as sequelas persistentes da doença e por aqueles que padecem com o agravamento da insegurança alimentar e da fome, não devemos esquecer.

As profundas crises da ciência e da educação brasileiras nunca devem ser esquecidas. Os poderes Executivo e Legislativo contribuíram para a redução sem precedentes nas verbas destinadas ao fomento à ciência no Brasil e à manutenção de prestigiadas instituições de ensino e pesquisa. E isso, acompanhado por manifestações claramente contrárias à ciência e pela perseguição a cientistas quando seus resultados ou comunicações de pesquisa desafiaram as fantasias gestadas nas secretarias de comunicação do governo federal.

Na educação, passamos de ministro a ministro com a ilusão efêmera de que o próximo não poderia ser pior do que o anterior. Ledo engano! Assim, paulatinamente, vimos políticas de Estado, construídas ao longo de gestões de governos com diferentes matizes ideológicas, serem destruídas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Os dois órgãos foram entregues a chefias não capacitadas para as funções e viram seus competentes servidores de carreira perseguidos por defenderem o interesse público. Ao desconstruir o Inep e a Capes, fragilizaram a educação pública em todos os níveis. Não são impactos de fácil reversão e, quanto mais tempo persistir o desmonte, mais difícil será a recuperação. 

Pelos jovens talentos excluídos por dificuldades de acesso ao ensino remoto, por aqueles que deixam o país para poder seguir fazendo ciência, por aqueles que permanecem em um ambiente cada vez mais adverso à livre prática acadêmica e científica, não devemos esquecer.

O quadro de horror na gestão e nas políticas ambientais não deve ser esquecido. Desde 2019, o governo do Brasil vem ocupando negativamente as manchetes nacionais e internacionais ao se despir de qualquer resquício de pudor para destruir políticas, leis e instituições de proteção ao meio ambiente e esvaziar a representatividade de seus órgãos colegiados. Os resultados trágicos de tais estratégias estão no avanço dos crimes ambientais e nos ataques aos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.

A famosa "boiada" do Executivo, liderada pelo infame ex-ministro Ricardo Salles, recebeu apoio substancial da "boiada" do Legislativo, com a aprovação de projetos de lei que corroeram princípios basilares da proteção ao meio ambiente. Novamente, os impactos negativos serão de longa duração e agravados pelas mudanças ambientais globais. Pelas extensas áreas desmatadas e degradadas em todos os biomas e ecossistemas brasileiros, pelos prejuízos à nossa biodiversidade, pela redução de qualidade do ar, das águas e dos solos, nunca devemos esquecer.

Temos agora nova oportunidade para lembrar e defender os valores que nos definem como nação digna em um mundo democrático, inclusivo e sustentável.

* - Artigo endossado pela Coalizão Ciência e Sociedade (www.cienciasociedade.org) que reúne cientistas de todas as regiões brasileiras.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Deus e Natureza são Sinônimos ...


Deus e Natureza são Sinônimos, para minha própria convicção e interpretação desta palavra em si, uma vez que, como detetor de vasto conhecimentos científicos, ao ponto de considerar-me um homem de ciências, não poderia eu jamais admiti-lo como tradicionalmente o fazem os seguidores de doutrinas diversas, que o consideram como um mágico, uma divindade espiritual empírica virtualizada, com poderes de ação tal qual um super homem ou coisa que o valha, podendo, inclusive, em desacordo com a própria Natureza e já contrariando suas Leis, estas sim Sagradas, agir em desacordo com as Leis físicas Desta, desobedecendo, inclusive, a de maior ação de força, a Gravidade, que ninguém jamais ousou desrespeitar sem ter sérias frustrações pessoais. Isto para meu entendimento pessoal e próprio, torna-se impreterivelmente inadmissível. 

Agora sim, já sem os devidos constrangimentos, poderei, em paz, interpretar os chavões populares que, tal qual o fazem os papagaios, repetem tudo que lhes é em suas mentes incutido, dizer, como o povo: graças a Deus, interpretando como: graças a Natureza, e assim por diante, para não ser tido, pela maioria bitolada em ensinamentos, para mim desnecessários, como alguém desumano e descrente. Creio sim, na Natureza e em tudo que dela possa vir, pois sem as Leis Naturais da Física e da Química, nada e ninguém poderá criar-se ou jamais existir, a não ser num mundo paralelo virtual, fantasmagórico, Televisivo, "Midiúnico Lucrativo". A criação dar-se-á sempre num meio físico corporal, como fomos todos feitos, os animais. O resto, para mim, é coisa bem infundada, desnecessária e incoerente com as devidas necessidades da humanidade, feita de carne e osso, a maioria com bem mais ossos e pobre do que carne. 

A minoria que segue e preserva os Altos Conhecimentos da já tão evoluída Ciência, este mundo sim, o Científico, presta infindáveis favores a humanidade sem, ao meu ver, ter um vasto reconhecimento e veneração populares, como costumam fazer com suas honoráveis divindades, jogadores e políticos abastados, mantendo-os em sacrossanto altar, como se eles pudessem, de fato, influenciar, benéfica e positivamente,  em suas miseráveis vidas, seja aqui ou no Taiti.

    segunda-feira, 28 de agosto de 2017

    Lula inventou uma bizarra luta de classes e secou a fonte CR$Real

    • As elites vermelhas - por Nelson Motta 
    Lula inventou uma bizarra luta de classes, em que não são os pobres que odeiam os ricos por sua opressão, exploração e privilégios, são os ricos que não suportam que os pobres comam, tenham um teto e, suprema afronta, viajem de avião pagando em dez vezes. E não se contentam em explorá-los e desprezá-los, amam odiá-los, logo eles, que vão consumir os bens e serviços que os ricos produzem para ficarem ainda mais ricos. Isso não é coisa de rico, é de burro, e Lula, rico, de burro não tem nada.

    Com o país vivendo uma era de prosperidade desde o Plano Real, os três governos petistas não só tiraram milhões da miséria e alçaram milhões da pobreza à classe média, como criaram uma nova classe de ricos, ocupando milhares de cargos no governo, nas estatais, nos estados e nas prefeituras. É o pleno emprego, partidário.


    Apenas com os altos salários e vantagens, sem falar nas infinitas possibilidades de intermediações, roubos e achaques, são legiões de novos ricos que formam uma “elite vermelha” — que ama os pobres, mas adora o luxo porque ninguém é de ferro, e não xinga presidentes, a não ser Sarney, Collor e FH. Nos anos 60, havia a “esquerda festiva”, mas hoje a esquerda é profissional. É o povo no poder… rsrs.


     Pior do que ser pobre, que pode ficar rico, é ser burro, que não vira inteligente, ou fanático, para acreditar nisso. Mesmo rico e inteligente, Lula não está percebendo que velhos truques não estão mais funcionando — e está difícil criar novos bordões e bravatas. Essa de odiar os pobres não colou, porque os ricos agora “é nóis”. Como um Felipão atordoado, Lula volta ao velho “nós contra eles”, que o derrotou três vezes e o obrigou a fazer a “Carta aos brasileiros” para ganhar a eleição.


    Doze anos de governos de um partido, até de bons governos, de qualquer partido, produzem profundo e inevitável desgaste e provocam desejos de mudança no eleitorado que progrediu nesse tempo, que está mais informado e exigente, e quer mais e melhor. Mas quando um governo é mal avaliado, com crescimento baixo e inflação alta, vítima de seus próprios erros…


    É o eles contra eles.

    terça-feira, 23 de maio de 2017

    Inveja é uma Merda...



    • A inveja é definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. Sentimento inferior que não faz sentido para quem valoriza as pessoas e coisas que lhe cercam.
    Quem tem amor à própria vida e às próprias conquistas, por menores que lhe pareçam, não sente inveja frequentemente e, se sente, é como a vontade, dá e passa.

    Devemos comemorar nossas vitórias e ter orgulho delas. Seja uma pequenina glória no dia a dia como vencer o cansaço, um medo que pode parecer idiota para os outros mas, que te assombra, o modo como você desperta alegria em alguém que estava triste, o fato de ter aprendido algo, mesmo que tenha sido uma nova receita, falar em público ou mexer no seu computador.

    Seus sucessos profissionais, pessoais, não importa o tamanho que tenham na visão alheia, são importantes. Você se esforçou, se superou. Alegre-se!
    As pessoas que sorriem para si mesmas não costumam sofrer com este mal.

    Esta chaga da humanidade que nos faz monstros angustiados ao olhar ao redor, pois sempre tem alguém melhor em tudo. Se esta pessoa é melhor, porque não aprender com ela e assim desenvolver ainda mais qualidades?
    Mas não, os zoiudos de plantão se corroem, fazem bico, pirraça, boicotam, são desagradáveis e ainda acham que isso tudo passa desapercebido.

    Não seus bobos! Qualquer pessoa é capaz de notar que você está mordido, tirando as calças pela cabeça de ódio e frustração.

    Da próxima vez que quiser fazer mal a alguém pelo simples fato de que esta pessoa te irrita por ser tão melhor do que você, controle-se. É patético vê-lo(a) neste estado. Tenha dignidade.

    Ame sua vida, cuide bem dela e se esforce para torná-la melhor. Garanto que você vai ficar tão ocupado(a) que, quando se deparar com alguém que te supera, vai querer saber o que está sendo feito, tomar como exemplo e continuar seu caminho feliz, alegrando-se também com o sucesso alheio.

    Nunca será tarde para mudar, boa sorte.

    sábado, 7 de janeiro de 2017

    BANDIDO HERÓI E os Direitos Humanos atuais.

    • Direitos Humanos - Plano Nacional de Direitos Humanos - PNDH
    - 20 motivos para ser contra o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)
    • O que é essa PNDH-3?
    Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH é um programa do Governo Federal contendo diagnóstico da situação desses direitos no País e medidas para a sua defesa e promoção, na forma do Anexo deste Decreto. Resumindo, o governo usa a bandeira dos “direitos humanos” para avançar a sua agenda radical. Já existem três versões do PNDH. As versões I e II foram publicadas durante o governo FHC, e a última, ou PNDH III, foi publicada no final de 2009, no governo Lula.

    As propostas, ou temas de debate, sugeridos pelos Planos Nacionais de Direitos Humanos não têm valor de Lei; para ser aplicadas suas propostas precisam antes ser discutidas no Congresso Nacional. Se eventualmente forem aprovadas pelo Congresso Nacional, então sim poderão vir a se tornar Leis.

    1- Estimular a democracia direta:
    Na realidade, isso representa o fim da democracia representativa, substituindo-a por plebiscitos manipulados por minorias organizadas ligadas ao governo, como ocorre na Venezuela;

    2- Controle social dos meios de comunicação:
    Um claro eufemismo para censura e controle de imprensa, como faziam os conselhos na falida União Soviética, matando de vez a liberdade de expressão e o direito de escolha dos consumidores;

    3- Criação da Comissão da Verdade:
    No fundo, trata-se de uma tentativa escancarada de reescrever a história brasileira, transformando terroristas que lutavam pela ditadura comunista em heróis que lutavam pela democracia;

    4- Expansão do Bolsa-Família:
    Mais impostos sobre a classe média para financiar o maior programa de compra de votos já visto neste país, que cria dependência em vez de dar dignidade através do trabalho;

    5- Avançar a “reforma agrária”:
    Sabemos que os assentamentos do MST viraram verdadeiras favelas rurais, cada vez mais dependentes de verbas públicas para sobreviver;

    6- Atualizar o índice de eficiência na exploração agrária:
    Se o agricultor não atingir metas de produtividade arbitrariamente definidas pelo governo, ele poderá perder suas terras, um claro desrespeito ao direito de propriedade privada;

    7- Políticas públicas de economia solidária:
    Na prática, mais intervenção econômica, com o governo decidindo arbitrariamente quem ganha, em vez dos próprios consumidores fazerem isso por meio de trocas voluntárias;

    8- Criar um imposto sobre grandes fortunas:
    O efeito prático desta medida populista seria afugentar o capital do país, reduzindo a quantidade de novos empregos criados. Um caso clássico de bitributação. (Eixo orientador 2, diretriz 5)

    9- Estimular e aumentar programas de distribuição de renda:
    Quando o governo concentra poder para distribuir renda, o resultado concreto é uma maior concentração de renda também, como se pode verificar em Brasília, que tem de longe a maior renda per capita do país, produzindo basicamente leis e corrupção;

    10- Fomentar ações afirmativas para negros e índios:
    As cotas raciais acabarão segregando o país em “raças”, o que estimula o próprio racismo e desrespeita a Constituição, que claramente prega a igualdade perante as leis.

    11- Maioridade Penal
    Nesse ponto o PNDH-3 indica a promoção de uma campanha contra a redução da maioridade penal. Um claro absurdo frente a impunidade e a vontade de 90% da população. (Eixo orientador 3, diretriz 8)

    12- Legalizar o aborto
    Nesse ponto o governo quer legalizar o assassinato de seres humanos, o que violaria a Constituição já que todos temos direito à vida. Por isso eles lutam tanto para tratar os fetos como coisas e não como humanos. O argumento usado por eles é a mentira de que o feto faz parte do corpo da mulher. Isso é tão falso que até o tipo sanguíneo do feto é diferente do materno. Como pode uma pessoa ter dois tipos sanguíneos?(Eixo orientador 3, diretriz 9)

    13- Permitir que o aborto seja feito no SUS e seja custeado com dinheiro público
    É isso mesmo. Não basta legalizar o genocídio, eles querem ainda usar o dinheiro dos nossos impostos para financiar essa matança. (Eixo orientador 3, diretriz 17)

    14- Legalização da prostituição

    Se alguém defende os direitos humanos, o correto seria dar alternativas as prostitutas, não regulamentar uma profissão tão degradante. A prostituição degrada a mulher, muitas delas são humilhadas, tem seus corpos agredidos, correm risco de se contaminarem com DST´s. Por isso tantas prostitutas acabam recorrendo as drogas. A PNDH-3 não almeja somente regulamentar essa profissão tão cruel mas também conceder benefícios para as profissionais. (Eixo orientador 3, diretriz 7)

    15- Fazer campanhas educativas para desconstruir os esteriótipos contra a prostituição

    Hahaha. Agora eles também vão querer doutrinar as crianças dizendo que a prostituição é uma profissão como outra qualquer. É óbvio que isso vai acabar influenciando crianças carentes a recorrer a esse ofício. Não preciso nem falar que isso pode gerar prostituição infantil e pedofilia. (Eixo orientador 3, diretriz 9)

    16- Realizar campanha para desconstruir esteriótipos relacionados a indentidade e orientação sexual

    Em outras palavras, nossas crianças vão aprender desde criança no ensino público que ser homossexual é tão bom quanto ser hétero. Vejam bem, criança não tem orientação sexual. Promover a sexualização das crianças é um prato cheio para a pedofilia. Se querem combater a homofobia, que façam de forma responsável e com adolescentes que tenha tino para digerir tais informações.(Eixo orientador 3)

    17- Reconhecer e incluir nos sistemas do serviço público todas as modalidades familiares constituidas por LGBT´s, com base na DESCONSTRUÇÃO DA HETERONORMATIVIDADE

    Confesso que não me surpreenderia se quisessem incluir a homonormatividade. Não que eu acredite que a homossexualidade seja normal (posso até achar que pode ser natural, se fosse normal não haveria perpetuação da espécie), mas isso combinaria mais com o resto da agenda defendida pelo PNDH-3. Não basta dizer que a homossexualidade é normal, eles querem reforçar a noção que a heterossexualidade não pode ser considerada o padrão da sexualidade humana. (Eixo orientador 3)

    18- Impedir a ostentação de símbolos religiosos

    A intolerância contra a religião é algo novo e só tende a aumentar. Não sou católico, porém reconheço que meu país foi fundado por católicos, e que muitos deles chegaram a morrer para desbravar essa nação. Nenhuma outra instituição construiu mais orfanatos, asilos e hospitais que a igreja católica. Portanto, qualquer pessoa que tem o mínimo de consciência histórica sabe muito bem o porquê que existem símbolos religiosos nos hospitais e tribunais. O valor desses símbolos não é religioso e sim cultural. A perseguição é clara contra o cristianismo. Nas notas de real esses intolerantes sempre reclamam da citação “deus seja louvado”, no entanto, eles ficam caladinhos sobre a imagem da deusa grega Artêmis que estampa as nossas notas.(Eixo orientador 3, diretriz 10)

    19- Perda do direito à propriedade: institucionalizar a mediação dos conflitos urbanos e rurais, priorizando a realização de uma audiência coletiva com os envolvidos

    HAHAHA! Pelo que o PNDH-3 diz, se alguém invadir a minha propriedade, não poderei ir ao judiciário, mas terei que recorrer primeiro a uma audiência coletiva pela sociedade civil organizada. (Eixo orientador 4, diretriz 17)

    20- Não considerar mais as policias militares como forças auxiliares do exército
    (Eixo orientador 4)

    21- Institucionalizar ações PERMANENTES COM O INTUITO DE DESARMAR
    A POPULAÇÃO

    Imagine um fazendeiro que tem a sua casa invadida por marginais. Logo ele resolve chamar a polícia, que deve chegar dentro de algumas horas, depois que os marginais matarem sua família, roubarem tudo aquilo que ele tem e estuprarem seus filhos. Fica evidente que se o poder público não pode proteger o cidadão, este deve ter o direito de defender a si, a sua propriedade e aos seus familiares. (Eixo orientador 4, diretriz 17)

    22- Instituir a censura com o Marco Regulatório da Imprensa, que determinará multas, cassações, advertências e até o fim da concessão para quem não cumprir suas diretrizes
    Sem imprensa livre não há democracia. Quem seriam os profissionais que delimitariam as diretrizes desse Marco? Acólitos do governo? (Eixo orientador 5, diretriz 22)

    23- Doutrinação política da população usando como escudo os direitos humanos

    Professores serão treinados para repassar a seus alunos as ideias deturpadas de direitos humanos que estão contidas na PNDH-3. Mas isso é só o começo. Também está contida na lei a fomentação de parcerias para que os “defensores dos direitos humanos” possam gozar da defesa jurídica das defensorias públicas em caso de qualquer processo contra eles. A lei também institui a divulgação da atuação desses defensores dos defeitos humanos para que seus papéis na sociedade seja mais valorizado. (Eixo orientador 5)

    24- Incentivar a criação de vídeos e peças publicitárias para difundir as ideias de direitos humanos do PNDH-3, reconstruindo a história recente de autoritarismo do Brasil

    Essa parte é engraçada. Assim como Hitler fez, vão massificar suas ideias com propaganda custeada com dinheiro público. Porém o mais engraçado é quererem reconstruir a história para mostrarem os terroristas do PT como heróis que lutaram contra a ditadura. Por mais que a ditadura tenha sido longa e com excessos imperdoáveis, é inegável que a alternativa era bem pior, posto que os comunistas queriam instalar uma ditadura do proletariado nas nossas terras tupiniquins. (Eixo orientador 5)
    • Por Vinicius Knuth - acidblacknerd.wordpress.com
    • BANDIDO HERÓI

    quinta-feira, 8 de setembro de 2016

    Temer por que? talvez a gente precise de Temer !

    • Precisamos de Temer, não porque ele nos represente, mas porque ele representa o que não queremos mais na política brasileira.
    Veja você, eu não fui a rua pra pedir o Impeachment. Eu achei aquilo tudo muito confuso, e a cada matéria que lia, ou relia, mais confusas as informações ficavam. Eu também não pedi pra Dilma ficar. Porque sabe, sei lá, tava tudo tão estranho e eu nem achava isso ou aquilo dela. E na moral, ela também não me representa.
     

    A coisa tava toda tão bagunçada, e as redes cheias de opiniões tortas, que qualquer pessoa em sã consciência haveria de esperar pra bradar qualquer tipo de bandeira ou grito de guerra. Mas aí vieram as imagens das ruas tomadas de pensamentos no mínimo, curiosos. Vieram as notícias do jornal, as fotos, Lava Jato voando, gente sendo presa, uma falsa ilusão de resolução.
     

    O dólar caindo a cada possibilidade de que a Dilma caísse, aquela cena da votação no Senado que se não te deu vergonha, deu nojo!O povo bradando nomes de juízes, de militares, de pessoas de boa índole, de má índole. E talvez eu esteja assistindo a muitos filmes, mas tudo aquilo continuou me parecendo muito, muito estranho.
     

    Veja, tá difícil acreditar em um país melhor, com as vozes do preconceito ecoando a cada esquina. Tá difícil acreditar em uma melhora significativa na política, porque esse ou aquele representante foi afastado. Porque parece pra nós, que a luta contra a corrupção é contra Hidras gigantes, onde a cada cabeça cortada, aparecem mais duas.
     

    E a conclusão a que chego, é que precisamos de Temer. Precisamos sim, da sua cara de tacho, das suas decisões econômicas "afiadas", dos seus cortes nos benefícios dos trabalhadores, de retrocessos nas leis, de cancelamento de benefício.
     

    Precisamos de Temer, pra começar a temer o que está por vir. Pra começar a entender que as nossas decisões equivocadas, descompassadas, solitárias, não vão nos levar a uma solução, e sim a mais Dilmas, mais Aécios, mais Temers.
     

    Não acho que o Brasil vá se unir numa voz só e cantar em coro o nome do novo presidente. Essa pessoa, nem existe. Acho também que a divergência é boa, e que trás boas discussões, ainda que acaloradas e inflamadas. Ela é boa, porque é boa. Boa pra democracia, boa pra vida em sociedade.
     

    Mas precisamos de Temer pra sentir a alfinetada do que não estamos vendo. O conluio de pessoas que não sabemos o nome, de gente que entra e sai da política sem que façamos ideia. Precisamos ouvir o sussurro desses gabinetes apinhados de gente maluca e despreparada. São eles, que articulam e falam por nós.
     

    Temer, Cunha, Dilma, Lula.. são só a superfície de um mar profundo e cheio de predadores. O que me preocupa é que enquanto nos digladiamos em apontar os erros e as incoerências dos outros, possamos estar perdendo a oportunidade de mergulhar de submarino nessa fauna corrupta que se aglomera nos anais da política brasileira.

    LUCIANA LANDIM - obviousmag.org

    quinta-feira, 14 de julho de 2016

    Sonho Impossível neste Mundo de Ilusões

    •  Mundo de Ilusões

     [[[ Sonhar mais um sonho impossível
    Lutar quando é fácil ceder
    Vencer o inimigo invencível
    Negar quando a regra é vender
    Sofrer a tortura implacável
    Romper a incabível prisão
    Voar num limite provável
    Tocar o inacessível chão
    É minha lei, é minha questão
    Virar este mundo, cravar este chão
    Não me importa saber
    Se é terrível demais
    Quantas guerras terei que vencer
    Por um pouco de paz
    E amanhã se este chão que eu beijei
    For meu leito e perdão
    Vou saber que valeu
    Delirar e morrer de paixão
    E assim, seja lá como for
    Vai ter fim a infinita aflição
    E o mundo vai ver uma flor
    Brotar do impossível chão
    (Poema de Fernando Pessoa) ]]]
    • Mundo de Ilusões

    Sofrer a tortura implacável
    Romper a incabível prisão
    Voar num limite improvável...
    Nesse mundo de ilusões onde passamos nossos dias
    Não posso ser quem eu sou
    Minha vida se confunde meio a cenas vazias
    De ódio e de amor
    Onde se convence o povo a comprar o que não precisa
    Meu, aonde é que eu estou?
    Se você passar lá em casa por favor, meu bem, avisa
    Quero esconder o meu mundo

    Posso sofrer, posso chorar e até cair
    Mas essa noite amor, eu vou morrer de rir
    Posso sofrer, posso chorar e até cair
    Mas certos dias eu me encontro assim
    Pois sem amor, vejo que estou

    Num mundo de ilusões
    Escondo as emoções atrás de um computador
    Trancado no banheiro, já com os olhos vermelhos
    Eu tento esconder minha dor
    Meu bem, o que eu queria era estar na Bahia
    Com você, não existe um final
    Sem luz, sem energia, sem carro, sem correria
    Colhendo frutas no meu quintal

    Posso sofrer, posso chorar e até cair
    Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
    Quero viver, fazer um som, me distrair
    Mas certos dias, eu me encontro assim
    Pois sem amor vejo que estou assim

    Procurando encontrar uma direção nesse mundo de ilusão.
    Só espero que não caminhe rente à multidão
    Surda e muda, sem visão, fingem não prestar atenção
    Quanto estão amordaçados pela manipulação
    E por mais que eu tente é sempre
    Diferente o que a alma sente o que a mente entende
    Pouco a gente entende, pouca gente entende
    O que é relevante ultimamente, tão distante
    Mais descrente do que antes fez-se o povo ignorante

    Nesse instante pessoas brilhantes crescem nas favelas
    Em um instante ideias brilhantes morrem atrás de telas
    Nas novelas em um anúncio de TV
    Monitores que amenizam dores, falsos amenizadores
    Procuro me dar mais um tempo, pensar no futuro
    Esfriar minha cabeça, respirar fundo, quem sabe
    Além do mundo, eu mesmo me iludo, finjo que esqueço de tudo
    No momento eu só penso em fazer um som pra viver
    Fecho os olhos pra não ver, permito não perceber
    A frieza urbana, fraqueza humana, modo que voa a semana
    Tempo que engana cidade, que esgana sistema
    Que explana sua forma tirana enquanto

    Se eu me desligasse até podia enxergar nós na Bahia, eu e você
    Sendo abençoados por um novo dia
    Parece até ironia hoje ser só nostalgia
    Que preenche um espaço no meu peito em lacunas vazias

    Dias de agonia, distância judia
    A mente cria na melancolia mil filosofias, me alivia
    Mesmo que por pouco tempo, a dor beneficia
    Hoje o sofrimento virou poesia

    Posso sofrer, posso chorar e até cair
    Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
    Quero viver, fazer um som, me distrair
    Mas certos dias eu me encontro assim
    Pois sem amor vejo que estou assim


    •  A utopia socialista sobrevive
    http://cleofas.com.br/a-utopia-socialista-sobrevive/
    • Férias de políticos
    https://aventar.eu/tag/ferias-de-politicos/
    • Candidato à presidência da Câmara discursa contra o fim do bombom Serenata de Amor
    http://www.revistaforum.com.br/segundatela/2016/07/13/candidato-a-presidencia-da-camara-discursa-contra-o-fim-do-bombom-serenata-de-amor/

    domingo, 29 de maio de 2016

    BRASIL - FOME ENTOCADA - Fome no Brasil AUMENTOU...

    • Garapa - Documentário Completo HD 

    Segundo a ONU, mais de 920 milhões de pessoas sofrem de fome crônica no mundo. O significado desses números depende da nossa compreensão do que significa passar fome. Geralmente, os meios de comunicação discutem a fome a partir de uma perspectiva macroscópica. Nos fornecem números e debates sobre as suas causas ambientais, geográficas, econômicas e políticas. No entanto, nos deixam sem saber como vivem as pessoas que passam fome. Para que se possa compreender o real significado da fome, é necessário conviver com as pessoas que lutam contra a própria fome por algum tempo. É necessário acompanhar o seu dia a dia.

    Brasileiros coitados, em sua maioria, vivem de ilusão e são marionetes nas mãos dos ilusionistas mor: políticos e religiosos em geral.
     
    A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas. No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem1 bilhão de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável; 1 bilhão de pessoas passando fome; 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida.
    • Causas da fome
    No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional. As causas naturais para justificar a fome são: clima; seca; inundações; terremotos; ss pragas de insetos e as enfermidades das plantas.
    E ainda podemos contar com as causas humanas como a instabilidade política; ineficácia e má administração dos recursos naturais; a guerra; os conflitos civis; o difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-terra ou pela população em geral; as invasões.
     
    O deficiente planejamento agrícola; a injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos; o contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido; a influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações de Terceiro Mundo; a utilização da “diplomacia dos alimentos” como arma nas relações entre os países.
    • http://www.coladaweb.com/sociologia/fome-no-brasil

    quarta-feira, 25 de maio de 2016

    BRASIL - POLITICA NÃO É FUTEBOL, POIS HÁ MUITO EM JOGO!

    • Respeito é muito bom. Não precisa concordar, basta respeitar !
    Respeito a diferentes opiniões é essencial para fortalecer nossa democracia, basta de tanto sofrimento e corrupção! O fato de não concordar com práticas e atitudes de alguém, não é preconceito, mas direito de opinião.
     

    Hoje tudo é rotulado como conceito prévio, mas quero lembrar que impor limite à opinião de alguém também é preconceito de fato e não de direito.(Érico Teixeira)
     

    Uma coisa é não concordar, outra é se opor sem sequer compreender.(Rodrigo Quito)
     

    Não concordar com o que eu penso e digo é um direito seu, expressar o que me vai no coração é um direito meu, vivamos em paz, eu e você!(Isa Martins)


    Programa do Jô 24/05/2016 – Deputada Mara Gabrilli 
      • Jô Soares entrevista a deputada Mara Gabrilli
        • Mara Gabrilli conversa com o apresentador Jô Soares
        • Mara Gabrilli responde as perguntas da plateia do ‘Programa do Jô’

        RESPEITO É BOM E É DISTO QUE EU GOSTO E PRECISAMOS ... 
        BRASIL - PONTE PARA O FUTURO - Plano do governo TEMER 
        Campanha defende respeito à liberdade de opinião dos brasileiros  

        domingo, 17 de abril de 2016

        Brasileiros sofrem e estão cansados de política

        • Scooby Doo e Os Lobisomens – dublado 


        'Troquei o telejornal por Scooby-Doo': cansados de política, brasileiros criam estratégias para fugir do debate.
         

        Você pode substituir o noticiário político pelo desenho animado Scooby-Doo, por exemplo. Essa é a sugestão da gerente de concessionária Jadna Andrade, de 40 anos, que diz estar cansada de ler, ouvir e falar tanto de impeachment, votações, Congresso, governo.
         

        Às vezes, no lugar do jornal, também vê episódios da Turma da Mônica. 

        "Assisto a desenho porque limpa minha mente e a esvazia dos problemas diários. É uma historinha bobinha, infantil. Um ritual para dormir."
         

        Jadna faz parte de um grupo de brasileiros que, cansados da quantidade de informações sobre os rumos da política, está criando estratégias para se afastar do tema.
         

        A BBC Brasil conversou com alguns deles para saber o que estão fazendo para fugir da crise política e também com psicólogos, para discutir qual é o ponto de equilíbrio entre a alienação e a superexposição.
         

        Jadna também parou de ouvir rádio no caminho para o trabalho e agora só escuta música clássica: Mozart está entre seus favoritos.
         

        "Ouvia o jornal todo dia, na ida e na volta. Estava ficando mal humorada e nervosa, e não sabia o porquê. Ficava me perguntando: será que são as noticías? Com a música clássica deixei de ficar assim."
         

        Outra medida é apagar as montagens e textões sobre corrupção recebidos pelo WhatAspp: "nem olho e deleto."
         

        "Não posso deixar de participar, porque é o destino do meu país, mas também não posso ficar focada só nisso. Não quero adoecer mentalmente e emocionalmente."
         

        O mais comum, no entanto, é que a blindagem à discussão política inclua também os protestos. Morador de Brasília – onde são esperados grandes atos no domingo, por causa de votação do impeachment na Câmara –, o engenheiro aposentado Luiz Lovato, de 76 anos, tem outros planos.
         

        Depois do almoço, vai assistir filmes de faroeste estrelados pelo americano John Wayne. À noite, jogará paciência no computador. Sua filha e sua mulher vão para as manifestações, mas ele está muito decepcionado e cansado para se juntar a elas, explica.
         

        Com "receio de que alguma notícia vá prejudicar sua saúde", o gaúcho passou a colocar erva cidreira no chimarrão e desistiu de assistir aos telejornais. Outro dia, no horário no jornal, viu o filme Bonequinha de Luxo, clássico dos anos 1960 com Audrey Hepburn: "pelo menos é um bom filme".
        • No meio do mato
        Há também quem prefira se isolar das notícias fora de casa – onde não pega sinal de celular.
         

        Nem se quisesse, o contador carioca Alexandre Godoy, de 35 anos, conseguiria saber o resultado da votação do domingo. Ele estará na metade de uma travessia de 31 km por florestas e montanhas entre as cidades de Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro.
         

        "Faço atividades físicas regularmente e não será o impeachment que vai me impedir neste fim de semana. Depois vejo as repercussões."
        Mesmo se não fizesse a travessia, diz, iria ao cinema para não estar em casa. Ele também se nega a participar dos protestos. "Manifestação para quê? Lugar de protestar é na urna."
         

        A analista de sistemas Juliana Pereira também evita os protestos, que considera carregados de "energias negativas". O mesmo vale para as discussões online.
         

        "Tenho muita sensibilidade energética. Quando você começa a ver posts, memes e se envolve nessa coisa toda que está rolando no Facebook, acaba entrando numa energia de raiva, injustiça."
        Nos portais, passa batido das manchetes políticas em busca de "notícias melhores". "Não fico mais abrindo as reportagens, lendo tudo, procuro coisas boas."

        • Alienação x superexposição
        Mas até que ponto participar da discussão política e acompanhar de perto o noticiário é ruim?
         

        Psicólogos ouvidos pela BBC Brasil deram dicas para identificar se o consumo de informações e o envolvimento nos debates está passando dos limites.
         

        Uma delas, diz o professor de psicologia da PUC-SP Antonio Carlos Amador Pereira, é perceber o quanto esse tema já interferiu na vida pessoal. Brigar com a família ou amigos por causa de posições políticas e deixar de fazer alguma atividade para ficar ligado na televisão não são bons sinais.
         

        Segundo Pereira, é notável que há um esgotamento dos brasileiros ante a situação política do país. Ele diz que muitos se sentem traídos pelos líderes nos quais confiaram e a quem atribuíam "poderes messiânicos".
         

        A frustração viria de forma apaixonada e impediria uma análise racional. Portanto, distanciar-se um pouco do turbilhão é bom, pondera o psicólogo.
         

        "Tem que ter um certo afastamento, até para enxergar melhor as coisas. Se você começa a acompanhar como uma novela, cria a expectativa do final que você deseja e que não vai acontecer amanhã. Domingo vai ter a votação, mas o processo vai se alongar por meses. As pessoas ficam esgotadas."
         

        Para psicólogos, um certo afastamento pode ser bom para enxergar melhor a realidade
         

        Pereira ressalta que ter estar atento ao que acontece não exige tensão ou violência. Segundo ele, é possível ter posturas firmes com serenidade, ao exemplo de Gandhi: "conseguiu a independência de um país sem pegar uma arma".
         

        "Nesse sentido, se está cansado, dê um tempo. É final de semana, não deixe de se divertir porque tem uma votação. Se você ficar na frente da TV, o mundo não vai deixar de mudar. Não é alienação, é busca de saúde."
         

        A psicóloga e professora do Instituto de Psicologia da USP Leila Tardivo diz que, essa busca também passa por separar a vida coletiva da privada. Apesar de problemas do país, como a crise econômica, estarem afetando as famílias, é importante manter as esferas em perspectivas diferentes.
         

        "A gente tem sentido um sofrimento mais intenso. O desemprego traz a angústia, o medo do futuro; mas é o momento de tocar a vida, de proteger o privado e as nossas relações significativas."
         

        E, segundo ela, de não idealizar saídas mágicas para a melhora do país. "Na segunda, trabalhamos do mesmo jeito. (A votação) não vai resolver magicamente nada. Podemos sair desse momento amadurecidos, pensando em possibilidades de desenvolvimento, de harmonizar pensamentos distintos." - BBC Brasil

        sexta-feira, 15 de abril de 2016

        BRASIL INFANTIL - ETERNA ALIANÇA - O Sapo que virou Príncipe


        Era uma vez uma bondosa princesa muito bonita, que vivia num reino muito distante.
         

        Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. 

        Pensando que a bola estivesse perdida, começou a chorar.
         

        — Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. — disse um sapo. — Pode fazer isso? – perguntou a princesa. — Claro, mas, só farei em troca de um beijo. A princesa concordou....
         

        Então, o sapo apanhou a bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperando o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou: — Princesa, deve cumprir a sua palavra! O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo a sua comida. O rei, vendo sua filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago.
         

        Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei: — Ó, Rei, só estou cobrando
        uma promessa. — Do que está falando, sapo? Disse o rei, bravo.
         

        — A  princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago. O rei, então, mandou chamar a filha. O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, a princesa começou a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo.
         

        A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou ao chão. Diante dos olhos de todos, o sapo se transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe. Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela acabaria com o feitiço. 

        Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou. Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira. A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.
         

        • 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre o PT e o PSDB
        PT e PSDB são os irmãos Karamazov da política nacional. Nas últimas décadas, ambos os partidos travaram duelos apaixonados e transformaram o debate público brasileiro num imenso caldeirão, um Fla-Flu. De um lado os azuis, do outro os vermelhos. De um lado o tucano, do outro a estrela. De um lado o professor, do outro o operário.
         

        O que poucas pessoas sabem é que há mais coisas em comum entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira do que julga nossa vã filosofia. PT e PSDB nasceram no mesmo lugar, no coração da esquerda paulistana, com concepções políticas e econômicas muito parecidas, e com duas figuras históricas – Lula e Fernando Henrique Cardoso – que não teriam ascendido sem o outro. E tudo isso nunca foi negado por seus criadores. Pelo contrário.

            “Nós estamos que nem dois jogadores de futebol, somos amigos, somos até irmãos e estamos jogando em times diferentes”, já disse Lula sobre a relação entre os partidos.


            “Nossas diferenças com o PT são muito mais em relação à disputa de poder do que sobre ideologia”, já assumiu Fernando Henrique Cardoso.
        De fato, é muito difícil desassociar a história de ambos. O sociólogo francês Alain Touraine, de esquerda, ex-professor e amigo pessoal de Fernando Henrique, chegou a afirmar que o futuro do Brasil seria a união dos partidos. Em 2004, Touraine disse que os governos de FHC e Lula faziam parte de um mesmo projeto. E tal cenário é assumido por seu pupilo. Para FHC, há uma massa política atrasada no país e a polarização entre PT e PSDB serve para tirá-lo desse atraso.


            “Os dois partidos que têm capacidade de liderança para mudar isso são o PT e o PSDB. Em aliança com outros partidos. No fundo, nós disputamos quem é que comanda o atraso”, disse.
        Aqui, 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre os dois partidos que mais pediram o seu voto nos últimos tempos.
        Foi em 1978.
         

        Fernando Henrique Cardoso era o príncipe dos sociólogos, um membro ativo da comunidade acadêmica paulistana que havia deixado a universidade para abraçar a vida pública. Era sua estreia de gala, o candidato de esquerda na corrida ao Senado pelo maior estado do país, a nova aposta do MDB.
         

        Lula era o sapo dos operários, um líder do movimento sindical que tinha “ojeriza” à política partidária. Convencido por alguns amigos, abriu uma exceção para a candidatura do sociólogo do Morumbi. Pediu em troca sua adesão às bandeiras econômicas dos sindicatos, prontamente atendidas. Tal qual FH, era sua primeira vez nas corridas eleitorais. E a meta era clara: somar o máximo de votos possíveis para Fernando Henrique Cardoso.
          

        Como conta o próprio Lula: “Acontece que em 78, primeiro ano das greves do ABC, o MDB estava lançando sua chapa de senadores. Algumas pessoas, alguns jornalistas cujos nomes não vou dizer, queriam que a gente apoiasse Cláudio Lembo, da Arena. Fui apresentado a Fernando Henrique Cardoso. Aí fomos para a campanha. Fui representar Fernando Henrique Cardoso em vários comícios.”
         

        Lula levou FHC às portas de fábrica e rodou com ele pelo interior do estado. 

        Era o príncipe e o sapo unidos em torno da criação do mesmo reino – a maior figura daquilo que viria a ser o PSDB com a maior figura daquilo que viria a ser o PT. Num palanque do MDB, com artistas e figuras ilustres da esquerda paulistana, o líder operário irritou-se com a festividade. Virou-se para Ulysses Guimarães e esbravejou: “O trato é que iria pedir votos só para o Fernando Henrique Cardoso. Todo mundo sabe que sou o principal cabo eleitoral do Fernando Henrique Cardoso. Agora querem que eu peça votos também pro Montoro. Eu não vou pedir. Se não me deixarem fazer o que eu quero, eu desço e levo o palanque todo comigo, e vamos fazer o comício em outro lugar.”
         

        Era o início de tudo. Fernando Henrique acabaria eleito primeiro suplente do senador Franco Montoro e, quatro anos depois, quando Montoro virou governador, assumiu a vaga, dando princípio à carreira política que o levaria ao cume do poder nacional. Sem o apoio de Lula em seus primeiros passos, nada disso seria possível.
         

        Na década de setenta, Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa de praia em Picinguaba, Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Em 1976, entre as indas e vindas de sua vida acadêmica dentro e fora do país, deixou o imóvel nas mãos de um amigo de longa data que conhecia desde os tempos de garoto – um sujeito chamado Eduardo Matarazzo Suplicy. “Em 1976, aluguei uma casa em Paraty e fui conhecer Picinguaba. O Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa lá, que acabou me emprestando por seis meses quando ele foi para a França. O filho da caseira me mostrou um terreno, onde acabei construindo minha casa, dois anos depois”, conta Suplicy.
         

        Um ano depois, o fundador do PSDB abriria as portas para o fundador do PT e sua esposa – Lula e Marisa – passarem um final de semana no imóvel. Lula ficou extasiado com a paisagem. Só reclamou dos mosquitos.
         

        No final da década de 1970, Fernando Henrique e Lula participaram de uma reunião no ABC paulista, com intelectuais e dirigentes sindicais, para discutir o que fazer diante da iminente redemocratização no país. Nesse espaço, discutiram a criação de um partido socialista. Mas a ideia não foi pra frente. Como conta o sociólogo Francisco Weffort, fundador do PT e posteriormente ministro do governo FHC: “Apesar das muitas afinidades, prevaleceu a divergência. Daquele grupo, uns saíram para criar o PT e outros, anos depois, o PSDB.”
        Segundo Eduardo Suplicy, que reuniu Lula e Fernando Henrique diversas vezes em sua casa para discutir o futuro do país e a possível criação de uma nova legenda, ela só não nasceu pelo conflito de liderança entre os dois: “Cada um avaliava que seria o líder maior da organização que se formasse. Tinham dificuldade de aceitar a liderança um do outro, e ficava muito difícil para ambos ficar no mesmo partido”, conta.
         

        Por muito pouco, PT e PSDB não se tornaram um único partido.
         

        A história dos principais caciques tucanos se confunde com a história dos principais caciques petistas. Juntos, ajudaram a construir a esquerda brasileira.
         

        Fernando Henrique Cardoso sempre foi um estudioso do marxismo, por influência de Florestan Fernandes. Na década de 50, auxiliava a edição da revista “Fundamentos”, do Partido Comunista Brasileiro. Também integrava um grupo de estudos dedicado à leitura e discussão da obra O Capital, de Marx. Em 1981, ao lado de Eduardo Suplicy, ingressou numa lista da Polícia Federal. Era tratado como comunista pela ditadura.
         

        O economista José Serra foi uma das principais lideranças estudantis de seu tempo, presidente da UNE e um dos fundadores da Ação Popular, grupo de esquerda que revelaria os petistas Plínio de Arruda Sampaio e Cristovam Buarque. Serra é amigo pessoal e conviveu por anos no exílio com a economista petista Maria da Conceição Tavares, uma das principais influências intelectuais do Partido dos Trabalhadores e referência particular de Dilma.
         

        O tucano Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves na última eleição, foi membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella – era seu motorista e guarda-costa. Aloysio realizou inúmeros assaltos à mão armada em nome da revolução socialista.
         

        José Aníbal, uma das figuras mais proeminentes do PSDB paulista, foi amigo de adolescência de Dilma Rousseff, com quem estudava matemática depois das aulas, e seu parceiro na Organização Revolucionária Marxista Política Operária, também conhecida como POLOP. Aníbal foi um dos fundadores do PT, antes de ser presidente do PSDB.
         

        Juntos, eles fundariam os dois partidos políticos mais relevantes do país.
        O recém formado PSDB, criado por dissidentes de esquerda do MDB, lançou o senador Mario Covas candidato à presidência em 1989. Covas alcançou pouco mais de 7 milhões de votos no primeiro turno e terminou a corrida na quarta colocação. O que pouca gente se lembra é que o PSDB apoiou Lula no segundo turno – o PMDB, de Ulysses Guimarães, tentou seguir o mesmo caminho, mas acabou rejeitado pelo Partido dos Trabalhadores. Os tucanos, por outro lado, foram acolhidos. Em almoço com o prefeito de Belo Horizonte eleito pelo PSDB, Pimenta da Veiga, Lula ouviu do tucano: “Eu tenho também a alegria de saber que, pela primeira vez, aqui se reúnem representantes de todas as forças progressistas do país, nesta tarde, neste almoço. Eu estou certo que isso terá desdobramentos. E acho que deve ser assim, porque o Brasil deseja mudanças em profundidade. E só essas forças progressistas podem fazer essas mudanças.”
         

        Lula perderia a eleição para Collor em poucas semanas.
         

        Em 1993, o Brasil passou por um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do país. De um lado, o PT articulava a formação de uma Frente Presidencialista. De outro, o PSDB defendia a implementação do parlamentarismo. Numa conversa informal, Lula e FHC chegaram a conversar sobre um plano em que o operário se tornaria presidente e o sociólogo primeiro-ministro.
         

        Em 1998, como revela numa conversa com o ex-senador petista Cristovam Buarque, FHC recebeu Lula no Palácio do Alvorada e arriscou uma nova previsão. “Cristovam Buarque: Em novembro de 1998, acompanhei o Lula para visitá-lo. Quando o senhor abriu a porta do apartamento residencial no Alvorada, disse: “Lula, venha conhecer a casa onde você um dia vai morar”. Foi generosidade ou previsão? 

        Fernando Henrique Cardoso: Não creio que tenha sido uma previsão, mas sempre achei uma possibilidade. E também um gesto de simpatia. Eu disse ao Lula naquele dia: “Temos uma relação de amizade há tantos anos, não tem cabimento que o chefe do governo não possa falar com o chefe da oposição”. Era uma época muito difícil para o Brasil. Eu disse lá, não sei se você se lembra: “Algum dia nós podemos ter de estar juntos”. Eu pensava numa crise. E disse ao Lula: “Não quero nada de você. Só conversar. É para você ter realmente essa noção de que num país, você não pode alienar uma força”. Lula conversou comigo no dia da posse. E foi bonita aquela posse… Na hora de ir embora, o Lula levou a mim e a Ruth até o elevador. E aí ele grudou o rosto em mim, chorando. E disse: “Você deixa aqui um amigo”. Foi sincero, não é?”
         

        Em 1999, Fernando Henrique relatou o quanto respeitava Lula. Numa conversa com Eduardo Suplicy, revelou que quando Lula aparecia na televisão falando mal dele, simplesmente desligava o aparelho. “Fico triste, perco até o humor. Para vocês terem uma ideia do quanto eu gosto e admiro o Lula. Você sabe, Eduardo, o que eu fiz com Lula quando ele esteve comigo no Alvorada, mostrei a ele o meu quarto e disse: “Um dia isso aqui vai ser os seus aposentos”. A gente faz isso com adversário, nem com todos os amigos a gente faz isso. Pois eu mostrei a Lula as dependências da residência oficial em que moro. Mostrei o meu quarto.”
         

        Em três anos, Lula viraria presidente. A profecia tucana se cumpriu.
         

        Nas eleições de 2002, FHC retaliou José Serra, candidato pelo PSDB à sucessão presidencial, por ataques feitos a Lula durante a campanha. Fernando Henrique disse também, em conversas reservadas, que foi um erro o ataque direto ao presidente do PT, o então deputado federal José Dirceu. Dirceu era o petista mais próximo de seu governo e a ordem era que se suspendesse imediatamente as críticas a ele. Seu puxão de orelha foi transmitido ao comando do marketing da campanha de Serra.
         

        Com Lula eleito, FHC iniciou uma campanha secreta em sua defesa. A história é narrada no livro ”18 Dias — Quando Lula e FHC se uniram para conquistar o apoio de Bush”, escrito por Matias Spektor, doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford e colunista da Folha de São Paulo. Como conta Spektor: “Lula despachou José Dirceu [que viria a ser o chefe de sua Casa Civil] para os Estados Unidos e acionou grupos de mídia e banqueiros brasileiros que tinham negócios com a família Bush. Disciplinou as mensagens de sua tropa e abriu um canal reservado com a embaixada americana em Brasília. Lula não fez isso sozinho. Operando junto a ele estava o presidente brasileiro em função – Fernando Henrique Cardoso. FHC enviou seu ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em missão à Casa Branca para avalizar o futuro governo petista. O presidente também instruiu seu ministro da Fazenda, Pedro Malan, a construir uma mensagem comum junto ao homem forte de Lula, Antonio Palocci.

        Eles fizeram uma dobradinha para dialogar com o Tesouro dos Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional e Wall Street. Fernando Henrique ainda orientou Rubens Barbosa, seu embaixador nos Estados Unidos, a prestar todo o apoio a Lula.”
         

        Sem esse apoio, Lula certamente não conseguira a estabilidade internacional que teve. Não fosse FHC, sua história teria tomado outros rumos. E a do Brasil também.
         

        No início dos anos 2000, Henrique Meirelles deixou de lado uma vida bem sucedida como executivo do setor financeiro para candidatar-se a deputado federal por Goiás. Recebeu 183 mil votos e se tornou o deputado mais votado do estado. Seu partido era o PSDB. Com o sucesso eleitoral e o respeito do mercado financeiro, foi convidado por Lula para ser o primeiro presidente do Banco Central de seu governo, cargo que ocuparia por longos 7 anos. Meirelles ainda receberia as bençãos de FHC, antes de se desfiliar do PSDB e deixar o cargo que havia sido eleito. Lula telefonou para Fernando Henrique para avisar a escolha.
         

        Em 2003, Marcos Lisboa, outro homem forte da economia do primeiro governo Lula, declarou que a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso merecia uma “estátua em praça pública” por ter promovido os acordos com os governos estaduais e municipais na negociação da dívida e também por ter criado a Lei de Responsabilidade Fiscal.
         

        Anos mais tarde, Fernando Henrique revelou comemorar as conquistas do governo Lula. “Eu também comemoro a melhoria na distribuição de renda. A política dele é a minha”, disse.
         

        Durante todo governo Lula, duas figuras construíram uma ponte entre o presidente operário e o ex-presidente sociólogo: os então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Os encontros foram confirmados por ambos – Palocci confirmou que esteve pessoalmente com FHC “pelo menos cinco vezes”; Bastos disse ter conversado pessoalmente com o ex-presidente apenas uma vez, em junho de 2005, mas confirmou que os contatos por telefone eram muito frequentes. Lula sempre soube das conversas e, mais de uma vez, em momentos difíceis, sugeria a Palocci: “Vai conversar com Fernando Henrique”.
         

        Em 2005, no auge do escândalo do Mensalão e com a pressão por impeachment, Lula orientou seus dois homens fortes para pedirem a FHC que aplacasse os ânimos da oposição. O tucano aceitou de prontidão. Na conversa com Thomaz Bastos, FHC concordou que um impeachment de Lula, à época uma ameaça real, “tornaria o país ingovernável”. Fernando Henrique dizia que não queria criar “uma cisão no Brasil”. Os tucanos acataram a ordem e a história do impeachment perdeu força.
         

        PT e PSDB são tratados como antagonista no cenário político nacional, mas a verdade é que em pelo menos 999 cidades (o correspondente a 18% das 5.569 cidades brasileiras), os partidos fizeram parte da mesma coligação nas últimas eleições municipais. Só no estado de São Paulo, esse número foi de 54 municípios.
         

        Em Schroeder, Santa Catarina, por exemplo, o prefeito eleito foi o tucano Osvaldo Jurck; seu vice foi o petista Moacir Zamboni. Em 149 casos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as chapas que contaram com o PT foram encabeçadas por candidatos a prefeito pelo PSDB.
         

        Tudo como se fossem feitos um para o outro.
        • EM DEFESA DA DEMOCRACIA
        Este texto deve, por certo, desagradar algumas pessoas, mas como não me importa agradar e sim alertar, vou correr esse risco.
        Assusta-me ver pessoas marchando pelas ruas empunhando cartazes pedindo uma intervenção militar, a maioria agindo inocentemente, convencida de que a ditadura em nosso país foi um período maravilhoso e que era necessária para salvar-nos da eterna “ameaça comunista”.  Vejo algumas pessoas mais maduras seguirem esse mesmo embalo, talvez porque fizessem parte daquela minoria bem nascida que nunca teve problemas para comprar o que bem quisesse, ou talvez porque foram formados nas escolas infestadas da bactéria do militarismo e não se preocuparam em conhecer a história quando a ditadura enfim acabou.
         
        Os mais jovens por certo não viveram esse período, no qual tive a oportunidade de passar minha infância adolescência e até mesmo o início de minha vida adulta. Nunca estive envolvido com a luta armada e nem tinha uma visão política da realidade, como boa parte dos brasileiros que procurava sobreviver e levar sua vida.  Na verdade éramos uma sociedade submetida a uma verdadeira lavagem cerebral, obrigados a saber na ponta da língua todos os hinos marciais, com a desculpa de aprendermos música, e a idolatrar todos os heróis militares que nos pudessem empurra goela abaixo.
         
        A imprensa era impedida de noticiar qualquer coisa negativa sobre o regime (bem diferente de hoje em dia) e os “inocentes” álbuns de figurinhas eram cheios de palavras de ordem e propaganda militarista. Foi a época áurea de Don e Ravel, que só fizeram sucesso nessa época, cantando loas ufanistas ao Brasil. Foi também a época áurea da EXPOEX- Exposição do Exército que pretendia incutir nos jovens o desejo de tornar-se soldado. As escolas montavam excursões para ir até elas.
         
        A ditadura foi combatida em várias frentes, desde a luta armada até à resistência pacífica e cultural, bem como por vários exilados políticos que a combatiam de fora do país.
         
        É claro que me causa horror ver alguns “artistas” de hoje, conscientemente ou não, reproduzirem o discurso do medo que ecoou nos idos dos anos 60. Claro que me causa espanto ver pessoas anônimas de bem, caírem no conto da ditadura branda.
         
        Pior do que isso me causa náuseas, ver pessoas usarem de uma liberdade de expressão para justamente dizerem que não temos liberdade de expressão. É muita ignorância ou preguiça de pensar. Afinal, se estivéssemos impedidos de nos expressarmos, em qualquer grau de censura, essas mesmas pessoas já estariam presas há muito tempo. Queria ver essas pessoas, que tem horror à democracia, falarem um centésimo do que dizem sobre o governo atual, se fosse algum general que lá estivesse. 

        Por certo a sua valentia acabaria em segundos.
         
        Pior do que isso é ver as mesmas forças “de direita” usarem os mesmos argumentos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio, para tentar nos enfiar goela abaixo uma nova ditadura.
         
        Pior ainda é ver partidos políticos, emitirem notinhas sem sentido, fingindo não concordar com o caos que se está instalando, simplesmente porque pretendem levar vantagem com isso.
         
        Mas, um partido político que abriga em seu cerne, descendentes de ministros da ditadura e de famílias tradicionais, acostumados a mandar e desmandar sem serem contrariados, só pode mesmo fingir-se de inocente neste momento.
         
        Para alguns desses senhores um golpe militar apenas serviria para garantir seus direitos de propriedade e riqueza, não conquistados pela meritocracia que tanto apregoam, mas por herança.
         
        Não, não estou pregando nenhuma guerra de classes, esse é outro discurso batido e sem sentido, estou apenas dizendo que para “meia dúzia” de políticos fracassados, um novo golpe militar seria uma redenção, uma volta às capitanias hereditárias das quais não querem abrir mão.
         
        As pessoas vivem repetindo frases do tipo: Mostre-me um país onde o comunismo de certo!
         
        Pois bem, eu faço outra pergunta: Em que país um regime militar deu certo?
         
        O mais incrível é que, em tempos de internet, onde se pode facilmente tomar conhecimento do que ocorreu na ditadura militar, as pessoas se neguem o direito de pesquisar e conhecer a história deste país.  Parece-me inconcebível que educadores não procurem conhecer a história de Paulo Freire e Anísio Teixeira. Que estudantes de jornalismo não se importem em conhecer sobre a morte de Vladimir Herzog...
         
        Enfim: Um povo que não conhece sua história está fadado a repetir os mesmos erros do passado. - Jorge Linhaça

        • REFERÊNCIAS:

        • Patriotismo ou Ilusionismo?