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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Sonhos - Somos do tamanho de nossos sonhos.

 
Nós somos do tamanho de nossos sonhos. 

É isso aí: quem pensa pequeno, sempre vai ser pequeno. Quem pensa que vai dar errado, já fracassou.
    Mas quem já se imagina com a meta atingida, já venceu. Quem faz a sua parte e dá o melhor de si, sem prejudicar os demais, merece sempre chegar lá. Seja aonde for que alcance o seu desejo.

    Dizem que o otimista é aquele que, porque acha que a rosa é mais bonita que o repolho, dará uma sopa muito melhor. Exageros à parte, me coloco ao lado dos que sempre esperam o melhor depois de dar o melhor de si. 

    Frase de Winston Churchil: quem falha em planejar, planeja falhar.
     


    Faça uma reflexão do que realmente quer. Depois coloque num papel três metas: uma profissional, uma pessoal e outra material. Deixe num local onde você possa ler todos os dias quando se levantar e imagine-se na cena com o sonho já realizado. O prazo para a concretização está diretamente relacionado com você fazer a tua parte neste projeto.

    quinta-feira, 26 de outubro de 2017

    Vida boa só depende de mim. Que tipo de dia vou ter hoje?

    • Tudo depende de mim
    Hoje, levantei cedo, pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
     
    Posso reclamar por que está chovendo... ou agradecer as águas por lavarem a poluição.
     
    Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
     
    Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.
     
    Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria... ou posso ser grato por ter nascido.
     
    Posso reclamar por ter de ir trabalhar... ou agradecer por ter trabalho.
     
    Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer por ter um teto para morar.
     
    Posso lamentar as decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
     
    Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.  

    O dia está, na minha frente, esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
     
    Tudo depende só de mim.
    • Charles Chaplin

    terça-feira, 12 de setembro de 2017

    Deus e Natureza são Sinônimos ...


    Deus e Natureza são Sinônimos, para minha própria convicção e interpretação desta palavra em si, uma vez que, como detetor de vasto conhecimentos científicos, ao ponto de considerar-me um homem de ciências, não poderia eu jamais admiti-lo como tradicionalmente o fazem os seguidores de doutrinas diversas, que o consideram como um mágico, uma divindade espiritual empírica virtualizada, com poderes de ação tal qual um super homem ou coisa que o valha, podendo, inclusive, em desacordo com a própria Natureza e já contrariando suas Leis, estas sim Sagradas, agir em desacordo com as Leis físicas Desta, desobedecendo, inclusive, a de maior ação de força, a Gravidade, que ninguém jamais ousou desrespeitar sem ter sérias frustrações pessoais. Isto para meu entendimento pessoal e próprio, torna-se impreterivelmente inadmissível. 

    Agora sim, já sem os devidos constrangimentos, poderei, em paz, interpretar os chavões populares que, tal qual o fazem os papagaios, repetem tudo que lhes é em suas mentes incutido, dizer, como o povo: graças a Deus, interpretando como: graças a Natureza, e assim por diante, para não ser tido, pela maioria bitolada em ensinamentos, para mim desnecessários, como alguém desumano e descrente. Creio sim, na Natureza e em tudo que dela possa vir, pois sem as Leis Naturais da Física e da Química, nada e ninguém poderá criar-se ou jamais existir, a não ser num mundo paralelo virtual, fantasmagórico, Televisivo, "Midiúnico Lucrativo". A criação dar-se-á sempre num meio físico corporal, como fomos todos feitos, os animais. O resto, para mim, é coisa bem infundada, desnecessária e incoerente com as devidas necessidades da humanidade, feita de carne e osso, a maioria com bem mais ossos e pobre do que carne. 

    A minoria que segue e preserva os Altos Conhecimentos da já tão evoluída Ciência, este mundo sim, o Científico, presta infindáveis favores a humanidade sem, ao meu ver, ter um vasto reconhecimento e veneração populares, como costumam fazer com suas honoráveis divindades, jogadores e políticos abastados, mantendo-os em sacrossanto altar, como se eles pudessem, de fato, influenciar, benéfica e positivamente,  em suas miseráveis vidas, seja aqui ou no Taiti.

      Milagres e Azar vencem sempre que a sorte obtêm mau resultado.

      • SORTE OU ACASO, QUANDO NÃO ATUAM, SEMPRE PREMIAM O AZAR
      A pressa conquista sempre duas inimigas costumazes, em virtude do mau desempenho de seus estressados executores: a perfeição e a sorte, que deixam de existir, apesar de terem grandes probabilidades de acontecerem. 

      Uma pelo bom desempenho e trabalho bem feito, outra pelo preponderante papel exercido pelas leis infalíveis da natureza, onde imperam a química e a física. Daí surge como vencedor o famigerado azar, que, como muitos preguiçosos, sempre vence pela falta de resultados positivos de seus oponentes, e não por méritos próprios.
      • Correlatos:
      • Obra do acaso

      quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

      Meditação - A sabedoria que buscamos está dentro de nós.


      Meditação para Saúde Mente, Corpo e Alma

      A SABEDORIA QUE PROCURAMOS ESTÁ DENTRO DE NÓS


      Pelo menos uma vez ao dia fique em silêncio e mergulhe para dentro, para se ligar com a sabedoria e o conhecimento que habitam no seu íntimo. Basta um instante e você se contacta com elas. Todas as respostas para todas as perguntas que você possui na sua vida estão em você, esperando que vá procurá-las. Meditar é uma alegria. Apenas sente-se, inspire e expire profundamente, relaxe os músculos e logo encontrará no centro a paz que existe dentro de você. Passados alguns instantes, volte ao momento presente refrescada/o, renovada/o e pronta/0 para retomar a vida. Cada dia é uma vida nova e uma alegre aventura, porque você começa a ouvir a sua própria sabedoria. Ela vem da essência do que existe por trás da estrutura de tempo, espaço e mudança. Quando meditamos, nos conectamos com a nossa parte profunda e imutável, que é energia e luz e desta forma todas as resposta chegam, no momento certo.

      15 minutos diários de meditação, antes de dormir, equivalem a cerca de duas horas de sono profundo!
       A Meditação Previne doenças cardíacas, colesterol, e melhora o controle da mente. 
       
      • Meditar pra sonhar 
      Ansiedade, stress, insônia, hiperatividade, depressão. Males do mundo moderno que podem ser resolvidos com uma técnica milenar: a meditação.
      A descoberta, resultado de diversos estudos sobre o tema, nos Estados Unidos, tem alterado o caminho de muita gente, chegando em alguns casos a substituir os medicamentos.
      Problemas de concentração nas crianças, doenças de fundo emocional e até a insônia, que aflige 45% dos brasileiros, estão ganhando um novo reforço no tratamento, diminuindo a ansiedade, a angústia existencial, o nível de produção de cortisol no organismo.
      A princípio qualquer um pode iniciar a meditação. De forma simplista, basta se concentrar num único pensamento e relaxar o corpo. Com isso, é possível esvaziar a mente e sentir-se revigorado após o processo.
      • Veja exatamente como fazer:
       - Sente-se confortavelmente, de preferência em um local tranquilo;
      -Feche os olhos, respire profundamente várias vezes e deixe sua mente se acalmar;
      - Depois de um tempinho nesse estado, alguns pensamentos começarão a chegar e isso é normal. 
      Retome a respiração e imagine que você está num local bonito e cheio de calma.

      sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

      Autoconhecimento e Meditação são essenciais para o seu bem estar pessoal



      • Precisamos buscar conhecer não apenas nossas qualidades, como também nossos defeitos.
      Os tempos modernos trouxeram alguns termos para a ordem do dia, como qualidade de vida, sustentabilidade e autoconhecimento. Esta última palavrinha reflete a intenção do homem de buscar, no seu interior, respostas e entendimentos para várias questões de si mesmo e da vida – e, dessa forma, evoluir.
       

      O processo é mais do que válido, na opinião de médicos e terapeutas. "Quem conhece a si mesmo tende a valorizar mais a própria vida e fortalecer sua autoestima. Consequentemente, fica mais confiante e estável emocionalmente", acredita Juliana Bento, psicóloga da Clínica de Especialidades Integrada, em São Paulo. O crescimento pessoal permite, ainda, que se tenha mais consciência em relação às vivências e, nesse aspecto, a pessoa se frustra menos e se torna pouco vulnerável e sujeita a manipulações.
       

      Mas, atenção: é preciso buscar conhecer não apenas nossas qualidades, para que possamos valorizá-las e desenvolvê-las, como também nossos defeitos. Assim, será possível avaliar o que incomoda e precisa ser alterado ou transformado.
       

      "É essencial encarar limitações, medos, inseguranças. Saber a respeito de si mesmo ajuda a superar dificuldades. E, mais que isso, favorece a tomada de decisões, sejam afetivas, profissionais ou até de questões simples como planejar uma viagem, decidir o que fazer no fim de semana, que livro ler", salienta Cynthia Boscovich, psicóloga clínica e psicanalista.
       

      O mundo de hoje, ela explica, requer que façamos escolhas o tempo todo e muito rapidamente. A própria globalização e a forma como as mudanças ocorrem leva a isso. "Quem não está preparado, sofre com ansiedade, angústia e até depressão."
       

      É fato: se você se conhece, tem maior controle sobre suas ações e emoções. O resultado disso é mais equilíbrio e tranquilidade no cotidiano, o que traz benefícios em todos os sentidos – na vida pessoal e profissional, no convívio em sociedade. Mas investir no autoconhecimento exige disponibilidade para enfrentar tal processo, o que nem sempre é fácil.
       

      "Às vezes, é penoso descobrir suas fraquezas, superar seus medos, desvendar seus defeitos. Aceitar o que é mais íntimo e, propositalmente, está ali esquecido, escondido", reflete Marcella de Carvalho Almeida, com especialização em psicologia clínica e hospitalar, que atende profissionais de saúde do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital do Servidor Público, também em São Paulo.
       

      "O caminho para a busca interior tem seu início no estudo da experiência humana e na ânsia por conhecimento. Essa 'pesquisa', no entanto, deve ser feita sem preconceitos ou limitações. É preciso abrir os olhos para se enxergar, reconhecer o que gosta e não gosta, e o que pretende mudar ou desenvolver em si próprio." Veja, agora, dicas para chegar lá.
       

      O autoconhecimento exige uma autoavaliação. Você precisa se voltar para si mesmo e perceber suas qualidades, seus defeitos, seus limites; o que o perturba, o que liga seu sinal de alerta, o que o deixa inseguro. Enfim, abrir as portas para fazer todas as perguntas possíveis e encarar todas as respostas.
       

      Caso sinta necessidade, vale recorrer a uma psicoterapia individual ou em grupo. "O processo analítico auxilia muito, pois permite perceber muito a respeito de si mesmo – o que talvez fosse mais demorado ou até impossível em uma tentativa solitária. A psicoterapia possibilita discutir as diversas situações da vida e relacioná-las à história pregressa de cada um, assim como planejar o futuro", diz Cynthia Boscovich.
       

      Há diversos livros que facilitam abrir esse universo interno. Conversar com pessoas que, você acredita, estão no caminho certo, pode ser ótimo para obter dicas variadas, inclusive de que leituras priorizar.
       

      É possível fazer alguns exercícios para se 'explorar' melhor. "Pontuar suas características positivas, procurando desenvolvê-las, e também as negativas, para modificá-las, pode ser um bom começo", sugere Juliana Bento.
       

      Integrar grupos de estudo focados no assunto também pode ser de grande valia. "Idem para iniciativas como meditação, ioga. Afinal, o autoconhecimento é fruto da introspecção", considera Marcella de Carvalho Almeida.
       

      Qualquer experiência vivida pode ser enriquecedora e promover a autoanálise. Mas, para isso, é preciso estar com as antenas ligadas e receptivas. "Não importa o que a pessoa esteja fazendo: lendo um livro, praticando uma atividade física, encarando uma aventura radical: em toda situação, é possível crescer. Nas viagens, na paternidade e na maternidade, nos relacionamentos amorosos, frente a doenças, dores, angústias. Em resumo, em tudo que tiver relação com a vida", atesta Cynthia Boscovich.
       

      Vale, ainda, se observar com verdade no dia a dia. Perceber sua atuação e seus sentimentos nas pequenas coisas, fuçando dentro de si mesmo e perscrutando cada detalhe de sua personalidade.
       

      Não importa o que uma pessoa faça: ler um livro, praticar uma atividade física, encarar uma aventura radical; em toda situação é possível crescer.
      • O que o autoconhecimento traz
      Controle sobre as emoções. A pessoa entende o que está sentindo, por que teve aquela reação, o que tal comportamento lhe trará de resultados
      Segurança. "A partir do momento em que compreendo a mim mesmo, sinto-me mais seguro diante de qualquer situação", diz Juliana Bento.
       

      Independência. O indivíduo que reconhece suas habilidades e fraquezas sabe se defender melhor. E, em algumas situações, fica imune à opinião alheia e não se deixa manipular. "Como consequência, frustra-se menos e não depende da aprovação do outro para tomar decisões", reforça Bento.
       

      Insegurança, perfeccionismo e competitividade, na opinião da psicóloga, estão relacionados à distância de si mesmo. "Quem tem dificuldade para identificar suas qualidades, vacila antes de escolher que caminho trilhar, não se acha capaz de realizar tarefas complexas e prioriza a aprovação das pessoas em tudo o que faz".
       

      Possibilidade de fazer boas escolhas. Quem se conhece profundamente e controla seus sentimentos e suas atitudes, tem competência para realizar grandes conquistas.
       

      Autoestima. Da mesma forma que admite seus pontos negativos, quem investe no autoconhecimento também se conscientiza do que carrega de positivo.
       

      Tolerância e consideração às diferenças. A autoanálise leva à compreensão da diversidade e pluralidade humana – e, dessa forma, o indivíduo se torna mais condescendente em relação a amigos, familiares, colegas de trabalho. "Certamente, a pessoa adquire uma visão mais abrangente e generosa do mundo", diz Marcella de Carvalho Almeida.
       

      Respeito aos próprios limites. Fica mais fácil saber até onde ir, acreditando em sua capacidade sem ultrapassar o que lhe é inaceitável em um relacionamento, por exemplo. "O sujeito se sente menos frágil e mais forte para lidar com suas particularidades", diz Almeida.
       

      Postura positiva e otimismo. Sem dúvida, a autoconfiança vem a reboque do autoconhecimento. E, se a pessoa está bem consigo mesma, demonstra isso para os outros e o mundo por meio de suas atitudes positivas, sua satisfação própria, seu bem-estar geral. "Há mais paz, serenidade e alegria", diz Almeida.
       

      Predisposição para mudar e evoluir. Quem está disposto a se encarar com verdade tem mais chance de não desculpar os próprios erros, e sim aprender com eles. A partir daí, busca as razões do tropeço, tenta decifrar os sentimentos que estavam por trás dele, deixa que a dor ensine.
       

      Qualidade de vida. "Saber trabalhar defeitos e qualidades é uma vantagem, pois criamos uma barreira que nos afasta do que não nos faz bem. E, assim, conseguimos levar a vida com mais leveza e felicidade", finaliza a psicóloga do Instituto do Coração.
      • Monja Coen

      sábado, 10 de setembro de 2016

      Amor a Vida - História de superação - Nobre Diferença


      • Conheça o homem que juntou dinheiro por 10 anos para comprar ambulância e salvar animais abandonados.
      Balu e sua esposa passam o dia levando cães e gatos de rua para serem tratados em veterinários.
       

      Muitas pessoas passam anos economizando para realizar aquele sonho de criança e comprar um carro. O indiano Balu teve uma história bem semelhante, mas com uma nobre diferença: no lugar de um possante para passear por aí, ele juntou moeda por moeda para adquirir uma van e transformá-la em ambulância de animais.
       

      Desde então, ele se dedica a melhorar a vida dos bichinhos abandonados: o rapaz e sua esposa passam o dia recolhendo cães e gatos e os entregando para veterinários.
       

      Para bancar as viagens, ele cobra 16 rúpias, o equivalente a 94 centavos de real, por quilômetro rodado. Quem paga essa quantia é o tutor: a pessoa que entra em contato para indicar um animal que precisa de ajuda.
       

      Quando não há vagas em ONG's ou clínicas, nada de devolvê-los para a rua. Balu os acolhe em casa - também pedindo uma colaboração financeira, de 300 rúpias ou R$17,64 por dia. Por lá, ele trata de ferimentos, dá comida e remédios.
       

      Segundo o cuidador, em entrevista ao Open Road India, alguns vizinhos se incomodam. Já ele, não liga para as críticas. "Essa é minha vida agora e não posso deixá-los para trás. Vou continuar fazendo isso para sempre", finaliza.

      segunda-feira, 8 de agosto de 2016

      Autocrítica - Tchau solidão. Só, estou muito bem acompanhado


      • Em geral, nosso pior inimigo é a gente mesmo. 
      Somos incrivelmente duros e críticos conosco e ficamos o tempo todo nos cobrando por melhores resultados. Você sempre poderia ter se esforçado, estudado ou se exercitado mais. Para ter uma vida plena, leve e feliz, no entanto, é preciso ser mais acolhedor, terno e compassivo com você
       
      Estávamos trabalhando havia dois meses, Daniel (nome fictício) e eu. Suas emoções o desafiavam a ponto de pedir ajuda. Começamos a nos ver em sessões semanais de psicoterapia. E foi assim, em uma das conversas, que disse: “Sempre penso que nunca está suficientemente bom o que faço, estou sempre me criticando por meu desempenho mediano. Até com você, me esforço para fazer boas análises, mas sempre saio sentindo que não está bom. O que eu faço não está bom”.
       
      Ser duro consigo mesmo é algo familiar para muitos de nós. Temos uma tendência a nos distanciar de  emoções como a raiva, o medo e a vulnerabilidade cobrindo-as com autojulgamento. E é assim que alimentamos um pequeno (ou grande) tirano que vive dentro de nós. Ele aparece exatamente quando estamos em sofrimento. Naquele exato momento em que mais merecemos acolhimento, e não crítica. E foi em um desses nossos encontros que sentamos, Daniel e eu, para conhecer mais sobre seu pequeno tirano interno. Visitamos momentos em que ele é realmente duro e frio. Percorremos exemplos de sua vida dos quais, ainda criança, lembrou de ter sido muito duro consigo mesmo, principalmente com as notas da escola. E foi em um desses dias que ele, carinhosamente, apelidou seu pequeno tirano de “Zé”. E se despediu de nosso encontro dizendo: “Vou levar o Zé para dar uma volta”. Nesse dia, Daniel começou a aceitar a existência de uma parte de si. E viu que poderia fazer, a partir dali, uma escolha: amá-lo ou odiá-lo. Daniel passou a ter consciência de quando está julgando a si mesmo e aos outros: “Olha o Zé aí de novo!”.
      Um novo relacionamento 

      É assim que podemos começar um novo relacionamento com nós mesmos. Levar aceitação e compaixão para nosso tirano interno pode ser o caminho de início para uma nova relação conosco. Conhecendo aquela parte de que não gostamos, de que nos sentimos envergonhados ou raivosos em nós. Certamente nossos “Zés” aparecerão. E aí passaremos a conhecê-los, aprenderemos sobre seus hábitos e costumes. 

      Reconheceremos neles, além da crítica e do julgamento, um instinto protetor. De alguém dentro de nós que não quer que a gente se sinta triste por nossas falhas, que se preocupa em ser melhor, em se desenvolver. Esse tirano salvou nossa pele em muitos momentos. Nos fez estudar para as provas, pois senão perderíamos o ano. Nos livrou de algumas broncas e castigos. Nosso desejo por amor, atenção, aprovação e aceitação está na base do que gostaríamos de vivenciar. 

      Muitas vezes conseguimos isso através dos outros: um pai, uma mãe, um irmão, um grande amigo ou um cuidador. Mas muitos de nós temos feridas desse desejo não correspondido. Sedentos desse amor não recebido, sentimos mágoa, tristeza e raiva, pois não fomos compreendidos, amados e aceitos como somos. É assim que, através do auto- amor, reavaliamos nossas cobranças para que os outros nos amem, compreendam e aceitem. E esse “outro”, na maioria das vezes, está confuso e atarefado tentando resolver suas questões sobre a falta de amor e de aceitação que também não recebeu.
       
      Amar a nós mesmos envolve completo perdão, aceitação e respeito por quem somos, sobre as partes bonitas que nos habitam e também as sombrias. Quando há autoamor, cuidamos de nós mesmos, honramos nossas limitações, estamos atentos às nossas necessidades. Desenvolvemos o mesmo carinho e cuidado que temos com um amigo querido. Como exemplo desse autoamor, podemos suavizar a nossa autocrítica quando erramos, cuidar da nossa alimentação, evitar ações que nos fazem mal ou prejudicam nossa saúde, ir àquela consulta médica que temos postergado, nos afastar de relacionamentos tóxicos ou evitar nos sabotar com ações inconsistentes com nossos valores.
       
      Substituiremos o velho e conhecido “eu não sou bom o suficiente”, “tenho que ser mais magro ou mais forte”, “preciso ser mais assim como ele”. As frases geralmente começam com: “tenho que”, “devo”, “é melhor que”. No entanto, a partir de agora, uma voz mais terna e amorosa toma lugar da antiga autocrítica. E é nessa hora que a compreensão de nossas limitações começa a emergir. Um entendimento sobre o quanto somos falhos e o quanto merecemos amor mesmo assim. A descoberta desse amor por si pode vir das maneiras mais improváveis: de uma busca incessante por um relacionamento, a partir do medo da rejeição, pelo medo de ser (novamente) abandonado. Ou de ser bonzinho para que o outro nos aceite. Percebemos essa busca desenfreada pelo outro e não percebemos que nos tornamos mendigos de amor, aceitação e compreensão.
      • Despertar do amor
       Através do autoamor nos tornamos responsáveis por dar, a nós mesmos, todo amor, cuidado e apoio que buscamos no outro sem sucesso. Oferecemos aquele colo e aconchego que almejamos. Desenvolvemos cuidado e atenção por nós. E esse amor sempre esteve dentro de nós, esperando para despertar.
       
      Pesquisadores americanos estão em campanha para que as escolas substituam os programas de desenvolvimento de autoestima por programas de autocompaixão.
       
      Quando trabalham com a autoestima, eles observam um aumento da autocrítica e da competição. No programa de autocompaixão, o objetivo é suavizar a autocrítica e trabalhar com a cooperação do grupo. Quando estamos aprendendo sobre o auto-amor, geralmente confundimos com autopiedade ou pena. É comum ouvirmos: “Mas se eu for doce e gentil comigo mesmo eu vou me acomodar”. Essa é uma dúvida comum. Apesar do auto-amor, não deixamos de buscar melhorar e nos desenvolver. O que vai mudar é a forma de agir e de se auto desenvolver. As ações serão as mesmas, mas a voz interna é de encorajamento, de persistência carinhosa diante dos desafios.
       
      E foi parte desse processo de despertar que Daniel dividiu comigo em uma carta escrita para si mesmo. Ela dizia: “Você é a pessoa que acorda todos os dias comigo. Aquele que respira, anda e também com quem converso ou canto. Aquele que está comigo todo santo dia. É com você que adoeço, choro e divido as situações de raiva e as de alegria. Você é aquele que vai morrer comigo, aquele que me acolhe quando algo não sai como eu gostaria. Você é meu companheiro constante, minha casa e minha razão. Eu escrevo isso para você pois agora temos um ao outro. Você nunca mais estará só”
      • http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar

      sexta-feira, 15 de abril de 2016

      BRASIL INFANTIL - ETERNA ALIANÇA - O Sapo que virou Príncipe


      Era uma vez uma bondosa princesa muito bonita, que vivia num reino muito distante.
       

      Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. 

      Pensando que a bola estivesse perdida, começou a chorar.
       

      — Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. — disse um sapo. — Pode fazer isso? – perguntou a princesa. — Claro, mas, só farei em troca de um beijo. A princesa concordou....
       

      Então, o sapo apanhou a bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperando o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou: — Princesa, deve cumprir a sua palavra! O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo a sua comida. O rei, vendo sua filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago.
       

      Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei: — Ó, Rei, só estou cobrando
      uma promessa. — Do que está falando, sapo? Disse o rei, bravo.
       

      — A  princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago. O rei, então, mandou chamar a filha. O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, a princesa começou a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo.
       

      A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou ao chão. Diante dos olhos de todos, o sapo se transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe. Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela acabaria com o feitiço. 

      Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou. Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira. A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.
       

      • 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre o PT e o PSDB
      PT e PSDB são os irmãos Karamazov da política nacional. Nas últimas décadas, ambos os partidos travaram duelos apaixonados e transformaram o debate público brasileiro num imenso caldeirão, um Fla-Flu. De um lado os azuis, do outro os vermelhos. De um lado o tucano, do outro a estrela. De um lado o professor, do outro o operário.
       

      O que poucas pessoas sabem é que há mais coisas em comum entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira do que julga nossa vã filosofia. PT e PSDB nasceram no mesmo lugar, no coração da esquerda paulistana, com concepções políticas e econômicas muito parecidas, e com duas figuras históricas – Lula e Fernando Henrique Cardoso – que não teriam ascendido sem o outro. E tudo isso nunca foi negado por seus criadores. Pelo contrário.

          “Nós estamos que nem dois jogadores de futebol, somos amigos, somos até irmãos e estamos jogando em times diferentes”, já disse Lula sobre a relação entre os partidos.


          “Nossas diferenças com o PT são muito mais em relação à disputa de poder do que sobre ideologia”, já assumiu Fernando Henrique Cardoso.
      De fato, é muito difícil desassociar a história de ambos. O sociólogo francês Alain Touraine, de esquerda, ex-professor e amigo pessoal de Fernando Henrique, chegou a afirmar que o futuro do Brasil seria a união dos partidos. Em 2004, Touraine disse que os governos de FHC e Lula faziam parte de um mesmo projeto. E tal cenário é assumido por seu pupilo. Para FHC, há uma massa política atrasada no país e a polarização entre PT e PSDB serve para tirá-lo desse atraso.


          “Os dois partidos que têm capacidade de liderança para mudar isso são o PT e o PSDB. Em aliança com outros partidos. No fundo, nós disputamos quem é que comanda o atraso”, disse.
      Aqui, 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre os dois partidos que mais pediram o seu voto nos últimos tempos.
      Foi em 1978.
       

      Fernando Henrique Cardoso era o príncipe dos sociólogos, um membro ativo da comunidade acadêmica paulistana que havia deixado a universidade para abraçar a vida pública. Era sua estreia de gala, o candidato de esquerda na corrida ao Senado pelo maior estado do país, a nova aposta do MDB.
       

      Lula era o sapo dos operários, um líder do movimento sindical que tinha “ojeriza” à política partidária. Convencido por alguns amigos, abriu uma exceção para a candidatura do sociólogo do Morumbi. Pediu em troca sua adesão às bandeiras econômicas dos sindicatos, prontamente atendidas. Tal qual FH, era sua primeira vez nas corridas eleitorais. E a meta era clara: somar o máximo de votos possíveis para Fernando Henrique Cardoso.
        

      Como conta o próprio Lula: “Acontece que em 78, primeiro ano das greves do ABC, o MDB estava lançando sua chapa de senadores. Algumas pessoas, alguns jornalistas cujos nomes não vou dizer, queriam que a gente apoiasse Cláudio Lembo, da Arena. Fui apresentado a Fernando Henrique Cardoso. Aí fomos para a campanha. Fui representar Fernando Henrique Cardoso em vários comícios.”
       

      Lula levou FHC às portas de fábrica e rodou com ele pelo interior do estado. 

      Era o príncipe e o sapo unidos em torno da criação do mesmo reino – a maior figura daquilo que viria a ser o PSDB com a maior figura daquilo que viria a ser o PT. Num palanque do MDB, com artistas e figuras ilustres da esquerda paulistana, o líder operário irritou-se com a festividade. Virou-se para Ulysses Guimarães e esbravejou: “O trato é que iria pedir votos só para o Fernando Henrique Cardoso. Todo mundo sabe que sou o principal cabo eleitoral do Fernando Henrique Cardoso. Agora querem que eu peça votos também pro Montoro. Eu não vou pedir. Se não me deixarem fazer o que eu quero, eu desço e levo o palanque todo comigo, e vamos fazer o comício em outro lugar.”
       

      Era o início de tudo. Fernando Henrique acabaria eleito primeiro suplente do senador Franco Montoro e, quatro anos depois, quando Montoro virou governador, assumiu a vaga, dando princípio à carreira política que o levaria ao cume do poder nacional. Sem o apoio de Lula em seus primeiros passos, nada disso seria possível.
       

      Na década de setenta, Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa de praia em Picinguaba, Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Em 1976, entre as indas e vindas de sua vida acadêmica dentro e fora do país, deixou o imóvel nas mãos de um amigo de longa data que conhecia desde os tempos de garoto – um sujeito chamado Eduardo Matarazzo Suplicy. “Em 1976, aluguei uma casa em Paraty e fui conhecer Picinguaba. O Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa lá, que acabou me emprestando por seis meses quando ele foi para a França. O filho da caseira me mostrou um terreno, onde acabei construindo minha casa, dois anos depois”, conta Suplicy.
       

      Um ano depois, o fundador do PSDB abriria as portas para o fundador do PT e sua esposa – Lula e Marisa – passarem um final de semana no imóvel. Lula ficou extasiado com a paisagem. Só reclamou dos mosquitos.
       

      No final da década de 1970, Fernando Henrique e Lula participaram de uma reunião no ABC paulista, com intelectuais e dirigentes sindicais, para discutir o que fazer diante da iminente redemocratização no país. Nesse espaço, discutiram a criação de um partido socialista. Mas a ideia não foi pra frente. Como conta o sociólogo Francisco Weffort, fundador do PT e posteriormente ministro do governo FHC: “Apesar das muitas afinidades, prevaleceu a divergência. Daquele grupo, uns saíram para criar o PT e outros, anos depois, o PSDB.”
      Segundo Eduardo Suplicy, que reuniu Lula e Fernando Henrique diversas vezes em sua casa para discutir o futuro do país e a possível criação de uma nova legenda, ela só não nasceu pelo conflito de liderança entre os dois: “Cada um avaliava que seria o líder maior da organização que se formasse. Tinham dificuldade de aceitar a liderança um do outro, e ficava muito difícil para ambos ficar no mesmo partido”, conta.
       

      Por muito pouco, PT e PSDB não se tornaram um único partido.
       

      A história dos principais caciques tucanos se confunde com a história dos principais caciques petistas. Juntos, ajudaram a construir a esquerda brasileira.
       

      Fernando Henrique Cardoso sempre foi um estudioso do marxismo, por influência de Florestan Fernandes. Na década de 50, auxiliava a edição da revista “Fundamentos”, do Partido Comunista Brasileiro. Também integrava um grupo de estudos dedicado à leitura e discussão da obra O Capital, de Marx. Em 1981, ao lado de Eduardo Suplicy, ingressou numa lista da Polícia Federal. Era tratado como comunista pela ditadura.
       

      O economista José Serra foi uma das principais lideranças estudantis de seu tempo, presidente da UNE e um dos fundadores da Ação Popular, grupo de esquerda que revelaria os petistas Plínio de Arruda Sampaio e Cristovam Buarque. Serra é amigo pessoal e conviveu por anos no exílio com a economista petista Maria da Conceição Tavares, uma das principais influências intelectuais do Partido dos Trabalhadores e referência particular de Dilma.
       

      O tucano Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves na última eleição, foi membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella – era seu motorista e guarda-costa. Aloysio realizou inúmeros assaltos à mão armada em nome da revolução socialista.
       

      José Aníbal, uma das figuras mais proeminentes do PSDB paulista, foi amigo de adolescência de Dilma Rousseff, com quem estudava matemática depois das aulas, e seu parceiro na Organização Revolucionária Marxista Política Operária, também conhecida como POLOP. Aníbal foi um dos fundadores do PT, antes de ser presidente do PSDB.
       

      Juntos, eles fundariam os dois partidos políticos mais relevantes do país.
      O recém formado PSDB, criado por dissidentes de esquerda do MDB, lançou o senador Mario Covas candidato à presidência em 1989. Covas alcançou pouco mais de 7 milhões de votos no primeiro turno e terminou a corrida na quarta colocação. O que pouca gente se lembra é que o PSDB apoiou Lula no segundo turno – o PMDB, de Ulysses Guimarães, tentou seguir o mesmo caminho, mas acabou rejeitado pelo Partido dos Trabalhadores. Os tucanos, por outro lado, foram acolhidos. Em almoço com o prefeito de Belo Horizonte eleito pelo PSDB, Pimenta da Veiga, Lula ouviu do tucano: “Eu tenho também a alegria de saber que, pela primeira vez, aqui se reúnem representantes de todas as forças progressistas do país, nesta tarde, neste almoço. Eu estou certo que isso terá desdobramentos. E acho que deve ser assim, porque o Brasil deseja mudanças em profundidade. E só essas forças progressistas podem fazer essas mudanças.”
       

      Lula perderia a eleição para Collor em poucas semanas.
       

      Em 1993, o Brasil passou por um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do país. De um lado, o PT articulava a formação de uma Frente Presidencialista. De outro, o PSDB defendia a implementação do parlamentarismo. Numa conversa informal, Lula e FHC chegaram a conversar sobre um plano em que o operário se tornaria presidente e o sociólogo primeiro-ministro.
       

      Em 1998, como revela numa conversa com o ex-senador petista Cristovam Buarque, FHC recebeu Lula no Palácio do Alvorada e arriscou uma nova previsão. “Cristovam Buarque: Em novembro de 1998, acompanhei o Lula para visitá-lo. Quando o senhor abriu a porta do apartamento residencial no Alvorada, disse: “Lula, venha conhecer a casa onde você um dia vai morar”. Foi generosidade ou previsão? 

      Fernando Henrique Cardoso: Não creio que tenha sido uma previsão, mas sempre achei uma possibilidade. E também um gesto de simpatia. Eu disse ao Lula naquele dia: “Temos uma relação de amizade há tantos anos, não tem cabimento que o chefe do governo não possa falar com o chefe da oposição”. Era uma época muito difícil para o Brasil. Eu disse lá, não sei se você se lembra: “Algum dia nós podemos ter de estar juntos”. Eu pensava numa crise. E disse ao Lula: “Não quero nada de você. Só conversar. É para você ter realmente essa noção de que num país, você não pode alienar uma força”. Lula conversou comigo no dia da posse. E foi bonita aquela posse… Na hora de ir embora, o Lula levou a mim e a Ruth até o elevador. E aí ele grudou o rosto em mim, chorando. E disse: “Você deixa aqui um amigo”. Foi sincero, não é?”
       

      Em 1999, Fernando Henrique relatou o quanto respeitava Lula. Numa conversa com Eduardo Suplicy, revelou que quando Lula aparecia na televisão falando mal dele, simplesmente desligava o aparelho. “Fico triste, perco até o humor. Para vocês terem uma ideia do quanto eu gosto e admiro o Lula. Você sabe, Eduardo, o que eu fiz com Lula quando ele esteve comigo no Alvorada, mostrei a ele o meu quarto e disse: “Um dia isso aqui vai ser os seus aposentos”. A gente faz isso com adversário, nem com todos os amigos a gente faz isso. Pois eu mostrei a Lula as dependências da residência oficial em que moro. Mostrei o meu quarto.”
       

      Em três anos, Lula viraria presidente. A profecia tucana se cumpriu.
       

      Nas eleições de 2002, FHC retaliou José Serra, candidato pelo PSDB à sucessão presidencial, por ataques feitos a Lula durante a campanha. Fernando Henrique disse também, em conversas reservadas, que foi um erro o ataque direto ao presidente do PT, o então deputado federal José Dirceu. Dirceu era o petista mais próximo de seu governo e a ordem era que se suspendesse imediatamente as críticas a ele. Seu puxão de orelha foi transmitido ao comando do marketing da campanha de Serra.
       

      Com Lula eleito, FHC iniciou uma campanha secreta em sua defesa. A história é narrada no livro ”18 Dias — Quando Lula e FHC se uniram para conquistar o apoio de Bush”, escrito por Matias Spektor, doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford e colunista da Folha de São Paulo. Como conta Spektor: “Lula despachou José Dirceu [que viria a ser o chefe de sua Casa Civil] para os Estados Unidos e acionou grupos de mídia e banqueiros brasileiros que tinham negócios com a família Bush. Disciplinou as mensagens de sua tropa e abriu um canal reservado com a embaixada americana em Brasília. Lula não fez isso sozinho. Operando junto a ele estava o presidente brasileiro em função – Fernando Henrique Cardoso. FHC enviou seu ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em missão à Casa Branca para avalizar o futuro governo petista. O presidente também instruiu seu ministro da Fazenda, Pedro Malan, a construir uma mensagem comum junto ao homem forte de Lula, Antonio Palocci.

      Eles fizeram uma dobradinha para dialogar com o Tesouro dos Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional e Wall Street. Fernando Henrique ainda orientou Rubens Barbosa, seu embaixador nos Estados Unidos, a prestar todo o apoio a Lula.”
       

      Sem esse apoio, Lula certamente não conseguira a estabilidade internacional que teve. Não fosse FHC, sua história teria tomado outros rumos. E a do Brasil também.
       

      No início dos anos 2000, Henrique Meirelles deixou de lado uma vida bem sucedida como executivo do setor financeiro para candidatar-se a deputado federal por Goiás. Recebeu 183 mil votos e se tornou o deputado mais votado do estado. Seu partido era o PSDB. Com o sucesso eleitoral e o respeito do mercado financeiro, foi convidado por Lula para ser o primeiro presidente do Banco Central de seu governo, cargo que ocuparia por longos 7 anos. Meirelles ainda receberia as bençãos de FHC, antes de se desfiliar do PSDB e deixar o cargo que havia sido eleito. Lula telefonou para Fernando Henrique para avisar a escolha.
       

      Em 2003, Marcos Lisboa, outro homem forte da economia do primeiro governo Lula, declarou que a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso merecia uma “estátua em praça pública” por ter promovido os acordos com os governos estaduais e municipais na negociação da dívida e também por ter criado a Lei de Responsabilidade Fiscal.
       

      Anos mais tarde, Fernando Henrique revelou comemorar as conquistas do governo Lula. “Eu também comemoro a melhoria na distribuição de renda. A política dele é a minha”, disse.
       

      Durante todo governo Lula, duas figuras construíram uma ponte entre o presidente operário e o ex-presidente sociólogo: os então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Os encontros foram confirmados por ambos – Palocci confirmou que esteve pessoalmente com FHC “pelo menos cinco vezes”; Bastos disse ter conversado pessoalmente com o ex-presidente apenas uma vez, em junho de 2005, mas confirmou que os contatos por telefone eram muito frequentes. Lula sempre soube das conversas e, mais de uma vez, em momentos difíceis, sugeria a Palocci: “Vai conversar com Fernando Henrique”.
       

      Em 2005, no auge do escândalo do Mensalão e com a pressão por impeachment, Lula orientou seus dois homens fortes para pedirem a FHC que aplacasse os ânimos da oposição. O tucano aceitou de prontidão. Na conversa com Thomaz Bastos, FHC concordou que um impeachment de Lula, à época uma ameaça real, “tornaria o país ingovernável”. Fernando Henrique dizia que não queria criar “uma cisão no Brasil”. Os tucanos acataram a ordem e a história do impeachment perdeu força.
       

      PT e PSDB são tratados como antagonista no cenário político nacional, mas a verdade é que em pelo menos 999 cidades (o correspondente a 18% das 5.569 cidades brasileiras), os partidos fizeram parte da mesma coligação nas últimas eleições municipais. Só no estado de São Paulo, esse número foi de 54 municípios.
       

      Em Schroeder, Santa Catarina, por exemplo, o prefeito eleito foi o tucano Osvaldo Jurck; seu vice foi o petista Moacir Zamboni. Em 149 casos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as chapas que contaram com o PT foram encabeçadas por candidatos a prefeito pelo PSDB.
       

      Tudo como se fossem feitos um para o outro.
      • EM DEFESA DA DEMOCRACIA
      Este texto deve, por certo, desagradar algumas pessoas, mas como não me importa agradar e sim alertar, vou correr esse risco.
      Assusta-me ver pessoas marchando pelas ruas empunhando cartazes pedindo uma intervenção militar, a maioria agindo inocentemente, convencida de que a ditadura em nosso país foi um período maravilhoso e que era necessária para salvar-nos da eterna “ameaça comunista”.  Vejo algumas pessoas mais maduras seguirem esse mesmo embalo, talvez porque fizessem parte daquela minoria bem nascida que nunca teve problemas para comprar o que bem quisesse, ou talvez porque foram formados nas escolas infestadas da bactéria do militarismo e não se preocuparam em conhecer a história quando a ditadura enfim acabou.
       
      Os mais jovens por certo não viveram esse período, no qual tive a oportunidade de passar minha infância adolescência e até mesmo o início de minha vida adulta. Nunca estive envolvido com a luta armada e nem tinha uma visão política da realidade, como boa parte dos brasileiros que procurava sobreviver e levar sua vida.  Na verdade éramos uma sociedade submetida a uma verdadeira lavagem cerebral, obrigados a saber na ponta da língua todos os hinos marciais, com a desculpa de aprendermos música, e a idolatrar todos os heróis militares que nos pudessem empurra goela abaixo.
       
      A imprensa era impedida de noticiar qualquer coisa negativa sobre o regime (bem diferente de hoje em dia) e os “inocentes” álbuns de figurinhas eram cheios de palavras de ordem e propaganda militarista. Foi a época áurea de Don e Ravel, que só fizeram sucesso nessa época, cantando loas ufanistas ao Brasil. Foi também a época áurea da EXPOEX- Exposição do Exército que pretendia incutir nos jovens o desejo de tornar-se soldado. As escolas montavam excursões para ir até elas.
       
      A ditadura foi combatida em várias frentes, desde a luta armada até à resistência pacífica e cultural, bem como por vários exilados políticos que a combatiam de fora do país.
       
      É claro que me causa horror ver alguns “artistas” de hoje, conscientemente ou não, reproduzirem o discurso do medo que ecoou nos idos dos anos 60. Claro que me causa espanto ver pessoas anônimas de bem, caírem no conto da ditadura branda.
       
      Pior do que isso me causa náuseas, ver pessoas usarem de uma liberdade de expressão para justamente dizerem que não temos liberdade de expressão. É muita ignorância ou preguiça de pensar. Afinal, se estivéssemos impedidos de nos expressarmos, em qualquer grau de censura, essas mesmas pessoas já estariam presas há muito tempo. Queria ver essas pessoas, que tem horror à democracia, falarem um centésimo do que dizem sobre o governo atual, se fosse algum general que lá estivesse. 

      Por certo a sua valentia acabaria em segundos.
       
      Pior do que isso é ver as mesmas forças “de direita” usarem os mesmos argumentos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio, para tentar nos enfiar goela abaixo uma nova ditadura.
       
      Pior ainda é ver partidos políticos, emitirem notinhas sem sentido, fingindo não concordar com o caos que se está instalando, simplesmente porque pretendem levar vantagem com isso.
       
      Mas, um partido político que abriga em seu cerne, descendentes de ministros da ditadura e de famílias tradicionais, acostumados a mandar e desmandar sem serem contrariados, só pode mesmo fingir-se de inocente neste momento.
       
      Para alguns desses senhores um golpe militar apenas serviria para garantir seus direitos de propriedade e riqueza, não conquistados pela meritocracia que tanto apregoam, mas por herança.
       
      Não, não estou pregando nenhuma guerra de classes, esse é outro discurso batido e sem sentido, estou apenas dizendo que para “meia dúzia” de políticos fracassados, um novo golpe militar seria uma redenção, uma volta às capitanias hereditárias das quais não querem abrir mão.
       
      As pessoas vivem repetindo frases do tipo: Mostre-me um país onde o comunismo de certo!
       
      Pois bem, eu faço outra pergunta: Em que país um regime militar deu certo?
       
      O mais incrível é que, em tempos de internet, onde se pode facilmente tomar conhecimento do que ocorreu na ditadura militar, as pessoas se neguem o direito de pesquisar e conhecer a história deste país.  Parece-me inconcebível que educadores não procurem conhecer a história de Paulo Freire e Anísio Teixeira. Que estudantes de jornalismo não se importem em conhecer sobre a morte de Vladimir Herzog...
       
      Enfim: Um povo que não conhece sua história está fadado a repetir os mesmos erros do passado. - Jorge Linhaça

      • REFERÊNCIAS:

      • Patriotismo ou Ilusionismo?

      terça-feira, 12 de janeiro de 2016

      Meditação - como meditar - domar e controlar o asno ...

      • PARIS - Les Yeux Ouverts

      Beautiful South - Les Yeux Ouverts from Pietro Carvalho on Vimeo.

      • Durma ou relaxe suavemente
      • Nesta lição aprenderemos de uma forma bem simples e objetiva o que é a meditação, como fazer a meditação e quais os enormes benefícios que podemos ter praticando-a regularmente.
      Na lição anterior (13) vimos algo sobre o que é o despertar da consciência, e as grandes diferenças que existem entre ter a consciência desperta e adormecida.
       
      Vimos também que os meios efetivos para o despertar da consciência são a prática da morte psicológica e da meditação.
       
      Aqui está então o principal objetivo de praticarmos a meditação: despertar nossa consciência, o que por si só nos faz pessoas totalmente diferentes do que somos, com diferentes capacidades, objetivos e percepções.
       
      A prática da meditação remonta a tempos antiquíssimos e está representada em todas as grandes religiões do mundo como o budismo, hinduísmo, cristianismo, sufismo, judaísmo, taoísmo, etc.
      • Como praticar a meditação.
      Primeiramente devemos escolher um local silencioso, arejado e limpo. O quarto de dormir é o ideal.
       
      Depois devemos nos acomodar em uma posição confortável, na qual seja possível permanecer por um bom tempo sem se mover.
       
      Pode-se se sentar com as pernas cruzadas ao estilo oriental ou deitar-se com a barriga para cima, as pernas esticadas e os pés unidos.
       
      Após isso se deve fazer o relaxamento de todo o corpo, e para isso usaremos a técnica que já vimos nas primeiras lições deste curso.
       
      Feito isso, iremos utilizar o método descrito abaixo e passar a fazer a meditação propriamente dita.
       
      Ao praticar a meditação entenda que seu único objetivo deve ser silenciar a mente, parar com sua agitação e com a sucessão de pensamentos que normalmente ocorre.
       
      Quando se consegue alcançar o silêncio absoluto da mente, ou seja, a ausência total de pensamentos, é que experimentamos o Vazio Iluminador, o êxtase místico, a liberdade da alma.
       
      Quanto mais se pratica a meditação mais a mente vai se aquietando, e mais perto estaremos de alcançar o Vazio Iluminador.
       
      Não se preocupe em saber como deve ser o Vazio Iluminador ou qualquer coisa do tipo. Concentre-se apenas na técnica de meditação que você estiver fazendo.
       
      Seu objetivo deve ser apenas silenciar a mente, nada mais. O demais virá por acréscimo.
       
      A mente é como um animal selvagem que precisa ser domado para obedecer.
       
      Inclusive isto é simbolizado na passagem bíblica na qual o grande mestre Jesus entra em Jerusalém montado sobre o asno, o burrico.
       
      Se quisermos entrar na Jerusalém celestial, nas dimensões superiores da natureza, devemos montar, domar e controlar o asno, ou seja, a mente.
      • Os Koans.
      Um koan é uma frase enigmática que tem como objetivo propor um problema à mente que ela não consegue resolver.
       
      Dessa forma fazemos com que a mente se canse procurando uma resposta que ela não pode encontrar, uma vez que a resposta para um koan está além da mente, em um nível superior.
       
      Conforme a mente vai se cansando ela vai também se aquietando até ficar em completo silêncio.
       
      Esse é o objetivo do koan: silenciar a mente e ao mesmo tempo atrair levemente o sono.
       
      Quando adormecemos, mesmo que por um breve instante, com a mente em silêncio, é que vivemos a experiência mística.
       
      • Pode-se escolher um dos seguintes koans para praticar a meditação:
      "Quem é aquele que está só no meio de dez mil coisas?"

      "Se tudo se reduz à unidade, a que se reduz a unidade?"
       
      Também podemos usar um outro koan para fazer a meditação, nos concentrando e imaginado a seguinte situação:
       
      Existe um profundo abismo e na beira deste uma grande árvore está plantada. Essa árvore possui um longo galho que cresceu de tal forma que sua ponta se projetou vários metros sobre o abismo.
       
      Agora imaginamos que na ponta deste galho está amarrada uma corda e na outra ponta da corda está você, com as mãos e pés firmemente amarrados de forma que é impossível soltá-los, e apenas se segurando à corda com os dentes.
      • Então pergunte à mente:
      "Como faço para sair vivo desta situação sem nenhuma ajuda?"
       
      Então o que fazemos é lançar qualquer uma dessas perguntas à mente e ordenar que responda.
       
      Depois de lançar o koan para a mente responder deve-se concentrar esperando a sua resposta, como se estivesse olhando dentro da mente à espera da resposta que ela está obrigada a trazer.
       
      Dessa forma, mantemos a mente “pressionada” a trazer a resposta até ela ir se cansando e ficando em silêncio.
       
      A mente é claro, tenderá a não obedecer, a trazer respostas erradas (pois ela não conhece a resposta para um koan) ou desviar para outros pensamentos.
       
      Por isso deve-se insistir para que ela obedeça e traga a resposta para o koan.
       
      Se a mente insiste em desviar para outros pensamentos seja imperativo com ela dizendo mentalmente: Fora! Não é isso que estou procurando!
       
      Em seguida volta a se concentrar esperando a resposta.
      Lembre-se: qualquer resposta trazida pela mente estará errada, pois ela jamais pode conhecer algo que está além dos afetos e da mente.
       
      Cada pessoa deve fazer a meditação (ou qualquer outra prática) respeitando seus limites, ou seja, começar praticando por pouco tempo e, gradativamente, ir aumentando o tempo da prática.
       
      Se forçar a concentração por longo tempo logo de início, pode ser que ocorram dores de cabeça ou mesmo tontura.
       
      É importante que se pratique essas técnicas de meditação com continuidade, preferencialmente todos os dias, pois é dessa forma que se obtêm resultados.
      • 14 - A Meditação - como meditar
      •  
      • Primeiras lições
      http://www.divinaciencia.com/course/s/c/indice-das-licoes