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quinta-feira, 6 de julho de 2023

Aniversário - Carta de um pai para sua única filha...


Feliz Aniversário, minha filha.

Aprendi a te amar, desde quando você ainda nem existia, ou existias apenas no instinto materno de tua mãe. Foi aí, neste momento exato, que aprendi a te amar, quando ainda nem eras nascida, ainda no ventre de tua mãe, saracoteando dentro dela, e fazendo a maior pressão.

Tinhas pressa de nascer... não querias esperar a hora chegar, então tive a certeza de que te amava muito.

Ao vê-la pela primeira vez tão pequenina e tão indefesa, quando te aconcheguei, calorosamente, em meus braços, pude perceber que tu serias a maior razão para que eu vivesse. Venho te amando desde então, a cada dia que nasce, a cada lua que se esconde.

Eu não consigo expressar-me pessoalmente, por tabu, quem sabe? ou talvez assim o faça, para resguardar-te de comigo te acostumares demais, depois sentirás muito mais minha falta, quando da minha partida final, e meus olhos se cerrarem de vez, e minha voz, para sempre, se calar.

Desejo-te, em toda a tua vida, milhões de motivos para que possas sorrir, e que nela tenhas sempre tudo de bom e de melhor.

Confio-te a ti e a grandeza de tua sabedoria e autoestima, a força necessária para viver. Cuide bem de ti, com jeitinho, carinho e determinação, sempre, e que tua mente e coração encontrem juntos a melhor maneira para que vivas feliz, em paz e prosperidade.

Seja, sempre que puderes, alegre, otimista e sorridente.

Feliz Aniversário, querida filha minha.
  • Vida bela. Dançando conforme a música
Aprendamos a dançar com qualquer música que a vida nos ofereça.

Não tentemos mudar o passo e acabar tropeçando no meio do ritmo.
Saber deixar a mente escutar a toada, se adequar e guiar os pés é a melhor forma de conviver com todos os nossos sonoros dias, barulhentos ou não.

Assim, a gente não se estressa, não perde a essência dela e seguimos mais na leveza, tirando melhor proveito do real sentido do nosso ser, da nossa única vida, bela, se assim eu o quiser.

Que na dança da vida a gente possa sorrir e seguir com fé em nós, crendo em nossos sonhos e dançando no compasso que a própria vida quiser.

Sigamos assim, até que cesse o derradeiro e fraco acorde do "diapasão" que ditou todo o nosso ritmo vital, e possamos, sossegados e para sempre, eternamente dormir.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

AMOR de uma mãe por um filho

Hoje lí uma história de autor desconhecido que me deixou muito pensativo.. e eu decidi compartilhar também com vocês.

Eu estava andando em minha rua, quando bem antes de um ponto de ônibus uma mulher me parou e disse: você tá indo para lá? 

- Eu respondi: sim! 

Ela então me disse: moça eu queria te pedir uma coisa! O meu filho tá lá naquele ponto de ônibus, e ele tá vendendo Salgado... (eu já ia falar que tava sem dinheiro pra comprar), mas antes que eu falasse, ela continuou: eu vou te dar um dinheiro, e você pode comprar o Salgado dele por favor? É porque ele ficou 4 anos preso, e hoje é o primeiro dia que ele saiu pra vender Salgado e “tentar uma outra vida”, e eu quero muito incentivar ele. Você pode comer, dar pra alguém.. fazer o que quiser! Mas compra, por favor!

Eu fiquei meio em choque, mas peguei o dinheiro... cheguei no ponto, pedi dois salgados. O rapaz todo animado, pediu mil desculpas pela falta da sacolinha pra que eu pudesse levar o Salgado embora, justificando que “amanhã ele vai trazer sacolinha”. 

Eu busquei a mãe dele com o olhar de longe, pra que ela visse que eu tinha comprado, mas não a vi, já que ela tava meio escondida pra ele não ver o que ela estava fazendo.

Quantas pessoas será que essa mãe parou hoje, só pra incentivar o filho a olhar o mundo com outros olhos?

Achei lindo! Hoje em dia a galera julga demais, e ama de menos! Assim como eu fiquei pensativo, reflitam! 

Se você leu até aqui, a história não é minha mas precisava compartilhar esta linda história.

O AMOR de uma mãe por um filho rompe qualquer barreira. Não existe barreiras para amor de mãe. Simplesmente é o AMOR mais puro que existe.
Vida de mãe pobre

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

VIDA - PAIS QUE CRIAM "BOAS" CRIANÇAS FAZEM ESTAS 5 COISAS

  • Nesta era de tecnologia, descobrimos que a educação dos filhos é um pouco diferente dos tempos antes do iPod, iPhone, computadores, Internet, e todos as outras modernidades incríveis que nos consomem.
As crianças brincavam nas ruas. Jogavam bola nos campos. Brincavam do lado de fora até que as luzes de rua se acendiam e elas sabiam que tinham que ir para dentro de casa. Nós estamos criando crianças muito diferentes agora do que há vinte ou trinta anos atrás. Mas, talvez seja hora de voltar ao básico.
Este é um mundo novo. As crianças nascidas nessa era automaticamente recebem aparelhos para entretê-las. Mas, onde estamos errando? Psicólogos da Universidade de Harvard vêm estudando o que torna uma criança bem criada nestes tempos de mudanças. Eles concluíram que existem vários elementos que ainda são essenciais.

Aqui estão 5 segredos para criar uma “boa” criança, de acordo com psicólogos de Harvard:

1 - Passe tempo com seus filhos

Passar o tempo com seus filhos significa deixar tudo de lado por um tempo, ler um livro, chutar uma bola, caminhar com ele, ou apenas jogar um jogo à moda antiga. Em termos mais simples, isso significa que você interage com sua criança. Estas são as coisas das quais elas vão se lembrar. Elas vão se esquecer do que você comprou. Só querem passar mais tempo com seus pais.

2 - Fale com eles em voz alta

De acordo com os pesquisadores de Harvard, “Mesmo que a maioria dos pais diga que o cuidado com seus filhos é uma prioridade de tempo, muitas vezes as crianças não estão ouvindo a mensagem.” Passe tempo com eles para descobrir o que está acontecendo em sua vida. Verifique com professores, treinadores. Descubra se há uma mudança em seu comportamento. Permita que seu filho se sinta confortável para conversar com você. Seu filho precisa saber que é a prioridade em sua vida. As crianças necessitam de confirmação através de palavras. As palavras são importantes. Converse com elas e compartilhe suas histórias sobre a escola, trabalhos de casa, amigos, e assim por diante.

3 - Mostre ao seu filho como resolver problemas sem estressar sobre o resultado

Um dos maiores presentes que você pode dar ao seu filho é a capacidade de analisar e resolver problemas. Deixe seu filho decidir por si mesmo o que ele quer. Você não pode resolver seus problemas o tempo todo. É saudável lhe permitir experimentar a vida através de suas próprias lentes. Conquistas são importantes e, ao lhe permitir determinar o que quer, você o está presenteando com a consciência. Você quer criar um adulto produtivo. Permita que ele venha até você e compartilhe seus problemas e o oriente a fazer as melhores escolhas possíveis. É difícil dar um passo atrás quando vir filho cometer um erro. Mas faz parte da aprendizagem e da evolução da nossa humanidade. Rick Weissbourd, que conduziu o estudo, diz: “Estamos muito focados na felicidade de nossos filhos. Estamos fazendo-os se concentrarem apenas em casos de sucesso?” A pressão para a realização pode ter muitos resultados negativos”, diz Weissbourd, que é codiretor do projeto.

4 - Mostre a sua gratidão a seu filho regularmente

Os pesquisadores dizem que “os estudos mostram que pessoas que praticam o hábito de expressar gratidão são mais propensas a serem úteis, generosas, compassivas, felizes, saudáveis e perdoarem com mais facilidade.” Os pais devem dar tarefas aos seus filhos e, em seguida, expressarem gratidão por suas realizações. É importante que as crianças vejam que a gratidão é um dom notável. Sempre que fizerem algo, honre-as e as reconheça pelo seu desempenho. Como pais, é nosso devem ensinar nossos filhos a serem compreensivos e compassivos para com os outros. As crianças aprendem pelo exemplo. Leve-as a um abrigo. Permita-lhes testemunharem como têm sorte de terem uma casa. Ajudar seus filhos é não apenas dar-lhes uma chance de serem adultos surpreendentes, mas também remover o preconceito da intolerância e diferença. Tudo começa em casa.

5 - Ensine seus filhos a expandirem a sua visão

Isso remonta à mostrar-lhes gratidão. Deixe seu filho experimentar o mundo através de sua compaixão. Os pesquisadores dizem que “quase todas as crianças empatizam e se preocupam com seu pequeno círculo de familiares e amigos.” Ensine seu filho a ser um bom ouvinte, a interagir sem o uso de tecnologia, ser compreensivo com outras pessoas fora de sua família, e não julgar qualquer pessoa com base em sua religião ou nacionalidade. Estamos em tempos cruciais da evolução humana, e esta nova geração tem a capacidade de mudar o nosso mundo. Expor seu filho a diferentes culturas ajuda a desenvolver uma pessoa amorosa, gentil e feliz. Você é responsável por criar almas amorosas. Ajude-as a navegarem neste mundo através da compaixão, amor e bondade.

“Criar uma criança respeitosa, carinhosa e ética sempre pode parecer um trabalho árduo. Mas é algo que todos nós podemos fazer. E nenhum trabalho é mais importante ou mais gratificante.”

  • – Fonte: Power of Positivity - Traduzido pela equipe de O Segredo



domingo, 13 de agosto de 2017

Pais - Dia dos Pais - Mensagens Para o Sogro

  •  Meu querido sogro, Feliz Dia dos Pais!
Ninguém pode traduzir o significado da tua pessoa. Me destes o bem mais precioso de tua vida, tua única filha, isto para mim vale ouro.
 

Hoje, parabenizo-te por esse dia. Que a alegria se faça presente por toda a tua vida. Que o amor e o carisma continuem fazendo parte dela. Você é uma grande pessoa. Diria até que poderia ser meu segundo pai, pois seu exemplo de amor me envolve de uma maneira especial que posso sentir como se fosse um suave perfume.
 

Gostaria de ter palavras ou gestos capazes de traduzir os sentimentos que tenho por você. Posso dizer então que o presente maior nesse dia é ver você como meu amigo, como companheiro e poder tê-lo sempre ao meu lado.
 

Neste dia que é todo teu desejo-te mil felicidades e se cuide bem, sempre. E sigo aquela bela mensagem de Charlie Chaplin,     que costumas repetir:
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante.

  • Dia dos Pais  e sua História
Atualmente, tal como o dia das mães, o dia dos pais é uma das datas mais prestigiadas no mundo como um todo e no Brasil, em especial. Entretanto, pouco se sabe sobre a origem dessa data.
 

No Brasil, ela é comemorada no segundo domingo de agosto, mas já foi comemorada fixamente no dia 16 desse mesmo mês. Nos Estados Unidos e em várias outras nações, a data é comemorada no terceiro domingo de junho; em Portugal e Espanha, em 19 de março; na Rússia, no dia 23 de fevereiro. Mas qual é a razão dessas diferenças?
  •     Origem da comemoração nos Estados Unidos
O dia dos pais passou a ter repercussão mundial a partir do início do século XX, quando a data foi institucionalizada nos Estados Unidos da América. Os Estados Unidos comemoraram pela primeira vez o dia dos pais em 19 de junho de 1910. Tal data foi escolhida a partir da sugestão de uma moça chamada Sonora Louis Dodd, que quis homenagear seu pai, William Jackson Smart.
 

Smart era um veterano da Guerra Civil Americana que, após a morte da esposa, teve que criar sozinho Sonora e os outros filhos. A homenagem de Sonora começou em 1909, em sua cidade, Spokane, no estado de Washington. O dia em questão, 19 de junho, era a data de nascimento de seu pai. O gesto simples da moça acabou por mobilizar muitas pessoas da mesma cidade a fazer o mesmo tipo de homenagem. De Spokane, a prática alastrou-se para outros estados dos EUA.
 

Entretanto, em 1966, houve uma alteração na comemoração da data em decorrência de outros fatores. Do dia 19 de junho, a comemoração passou para o terceiro domingo de junho. Em 1972, o presidente Richard Nixon declarou o terceiro domingo de junho como o dia oficial da comemoração do dia dos pais. Essa data foi adotada como modelo por vários países ocidentais.
  •     Origem da comemoração no Brasil
No Brasil, o dia dos pais só foi comemorado pela primeira vez em 1953, no dia 16 de agosto. Ao contrário do que ocorreu nos EUA, essa data não foi pensada como forma de homenagem local e simples, que se alastrou depois, sem planejamento. Na verdade, ela foi pensada por um publicitário chamado Sylvio Bhering, à época diretor do jornal O Globo e da rádio homônima.
 

O objetivo de Bhering era tanto social quanto comercial. A tentativa inicial foi associar a data ao dia de São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus Cristo, que é comemorado em 16 de agosto, no calendário litúrgico da Igreja Católica, já que a população brasileira era predominantemente constituída de católicos. No entanto, nos anos seguintes, a data também foi deslocada para um domingo, o segundo domingo do mês de agosto – e assim permanece até hoje.
  •    O caso particular de outros países
Há o caso de outros países nos quais o dia dos pais está relacionado com aspectos culturais muito específicos. É caso, por exemplo, de Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras, que o comemoram em 19 de março. Isso ocorre porque tais países, também de tradição católica, associam o dia dos pais ao dia de São José, esposo de Maria.
 

Um caso curioso é o da Rússia, que celebra o dia dos pais em 23 de fevereiro. O motivo é o fato de que esse dia também é reservado à comemoração do Dia do Defensor da Pátria Local – data celebrada desde 1919. As duas datas acabaram por se entrelaçar.
  • - Brasil Escola

sábado, 12 de agosto de 2017

PAI - Lembranças de meu Pai ...


Pai que aos olhos da criança é herói
Pai que aos olhos do jovem é vilão
Pai que aos olhos do adulto é um amigo
Pai que aos olhos do velho é saudade

Quando eu te via como herói
Não sabia quase nada da vida
Sentia-me seguro ao seu lado
Eu só queria ser seu filho

Quando eu te vi como vilão
Pensava que já sabia tudo sobre a vida
Não queria proteção
Eu só queria ser herói

Quando eu te vi como amigo
Pude me dar conta dos erros cometidos
Foi quando realmente te conheci
Que entendi o sentido da vida

Quando me dei conta de sua falta
A idade já havia me alcançado
Você já não era mais herói, nem vilão
Nem amigo e nem solidão

Você virou soma de tudo aquilo que foi
De tudo aquilo que eu pensei que fosse
A síntese da vida que hoje eu vivo
A minha definição da palavra PAI!

sábado, 7 de maio de 2016

Mãe é Família - Amor de família: Mãe ... Pai e filhos ...

  • Feliz Dia Das Mães 
  •  Poema "Dia das Mães" recitado por Rolando Boldrin
  • Mãe é Família
Mãe, a ti agradeço
Por toda a dedicação
Pai, a ti ofereço
Todo o meu coração
Por meus pais serem
E por sempre me amarem
Por me defenderem
E também por me ralharem
Quero agradecer-vos
Tudo o que me dão
Por fim quero dizer-vos
Amo-vos do fundo do coração



 

  • Feliz Dia Das Mães
Vixe, o cabra pode escolher muita coisa nessa vida... ser artilheiro ou goleiro... pedalar ou correr...  até o sabor das coisas a gente pode escolher...  mas a coisa mais joiada, mais preciosa ... mais arretada da vida da gente... simplesmente não se escolhe... a mãe! .. ela que é um pedacim de Deus no mêi do mundo...  um tantão assim de bravura... outro tantão assim de ternura... mãe é doce feito mel de rapadura...  macia feito algodão... cheirosa feito milho na fogueira... numa noite de São João... mãe é pura perfeição... não tem pra que escolher ...e mesmo assim... se eu tivesse a graça desse poder... de todas as mãe dos mundo... teria escolhido você."
  • Bráulio Bessa faz cordel em homenagem ao Dia das Mães
  • Miguel Falabella homenageia as mães
  • Dia das Mães - Como Será?
Hoje é dia de mães: Mãe solteira
  •  Dia das Mães: teste a criatividade ao lado do seu filho
  • Dia das Mães: presentes criativos para fazer em casa
  • Dia das Mães
  • Receitas fáceis para o Dia das Mães
  • Almoço de Dia das Mães
  • Receitas fáceis para o almoço
  • Receitas fáceis
  • 17 receitas de sobremesas para o Dia das Mães

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Tv e a cultura de massa - Influências da década de 1980


A década de 1980 é um divisor histórico contemporâneo. Essa época é marcada como a transição da Guerra Fria para uma nova ordem mundial, com os primeiros ensaios para uma economia neoliberal mais abrangente (vide o Consenso de Washington) e o término entre as tensões do mundo bilateral.
 

Um dos principais pontos sobre a compreensão desse período está na exacerbação midiática que veio se construindo (e se desconstruiu e reinventou após o boom da internet e da informatização). Desde a década de 1950 começou a se formar uma cultura de massa mais consolidada, quando surgiu a TV e a música passou a se tornar mais e mais globalizada. Kennedy foi eleito presidente com apoio da força da TV e nomes como Elvis Presley e Beatles extrapolaram as barreiras culturais ainda existentes e começaram a dar início a um processo verdadeiro de aglutinação cultural.
 

A própria cultura de massa já permitiu criar uma definição histórica e social desse período, como na moda, no cinema e em demais mídias. 

Porém, a década de 1980 contou com uma expansão nas relações de interação entre pessoas e mídia que levaram esse aspecto a um patamar um pouco mais elevado. E, obviamente, quando se fala em cultura de massa se fala majoritariamente de cultura dos Estados Unidos.
 

Entre as inovações tecnológicas que surgiram podemos destacar o videocassete, o computador pessoal e o vídeo game. Em uma questão estética, temos a elevação do videoclipe a um nível mais artístico e teatralizado e a cultura urbana, ou cultura de rua, entrando para os padrões de cultura de massa e até de uma cultura mais elitizada (caso de Basquiat).
 

Essas alterações de nível tecnológico e estético interagiram com questões políticas, econômicas e sociais. O processo de abertura política da União Soviética, a Revolução Islâmica, o novo mapa da geopolítica se desenhando ao se apontar o fim da Guerra Fria, a contraposição aos movimentos de afirmação das duas décadas anteriores (configurada na figura do yuppie a substituir o hippie), o fim das utopias e o predomínio do capitalismo e do consumismo são algumas das características desse período.
 

Um ponto interessante de se notar é a violência. A década de 1970 começou a registrar índices mais assustadores de violência e essa se tornou uma das características principais da pauta atual de políticas públicas (casos das FARCs, do tráfico no Brasil e a política de Tolerância Zero implantada por Rudolph Giuliani em Nova York). Seu impacto no dia a dia esteve presente nas mais variadas mídias.
 

A indústria de cinema e de TV tornou esse um de seus principais filões do período. Seriados de policiais pegando bandidos ganharam mais popularidade, com uma diferença, que é a perda da inocência. A figura do assaltante de banco ou do contrabandista cedeu espaço para um novo vilão, o traficante de drogas. O crime se tornou organizado, os bandidos tiveram acesso a armas mais pesadas e a figura do bom moço com valores nobres deu lugar a heróis cheios de falhas e dúvidas, que muitas vezes atropelam a bondade em prol de eliminar o mal. São alguns casos a série  Desejo de Matar, Robocop, As Cores da Violência, entre muitos outros.
 

Um clássico dessa época foi The Warriors — Os Selvagens da Noite. A premissa desse filme é uma gangue na cidade de Nova York sendo perseguida ao longo de uma noite, mostrando um aspecto do mundo pós-moderno, que é a identificação juvenil por determinados grupos sociais, com comportamento, gostos e vestimentas similares (vide nos tempos adiantes o hip hop, o surfista, o hipster e as identidade própria de cada estilo). Nesse filme, existe uma figura clássica em narrativas, que é a do excluído enquanto herói, a figura deslocada e perseguida, mas ainda assim com força e alguma nobreza, uma reminiscência de Jean Valjean.
 

No videoclipe, Michael Jackson levou essa configuração da violência a peças como Bad e Beat It. Mais uma vez, a figura do criminoso com uma vestimenta heroica em meio aos conflitos por território e identidades marcadas por cada grupo. O videogame, mídia que dava seus passos iniciais e se afirmava majoritariamente entre os jovens, sempre teve a violência como um de seus pilares. Alguns jogos de destaque foram Double Dragon, Vigilante e também Streets of Regae de maneira tardia (esse último é de 1990, mas toda sua roupagem é anos 80). Nesses três casos há uma mesma premissa, lutadores marciais em combate com gangues de rua que tomam conta da cidade, uma associação com a influência de Bruce Lee, no qual o herói usa apenas das próprias mãos para derrotar o vilão. E nessas obras se vê o visual urbano decadente, o beco, o ferro-velho, as calçadas com suas fachadas de lojas pichadas e tomadas pelos criminosos.
 

Nos quadrinhos, a exacerbação da violência foi um fator notável. Histórias como Demolidor e Watchmen começaram a mostrar o crime com maior crueza. O ambiente escuro, a figura do assassino em série, do traficante, tornaram-se chavões em suas narrativas. Sai aquele mero embate entre bem e mal e criam-se relações mais complexas de poder.
 

Em todos esses casos citados, a mídia retrata a relação entre espaços públicos tomados por bandidos organizados, guiados por uma figura de liderança a ser derrotada ao final. A falência do poder público em combater a violência também costuma abrir espaço a outra figura, a do justiceiro, a da pessoa que precisa recorrer aos próprios recursos para lidar com o crime, seja em um senso de heroísmo individual, seja para se livrar de uma ameaça contra si mesmo.
 

Em questões políticas, a cultura midiática da época foi um palco para o que estava em voga. Isso não é nenhuma novidade, pois em todos os tempos essa correlação existiu. Um dos pontos notórios foi a exacerbação do poderio militar dos Estados Unidos no cinema, em contrapartida com a geração anterior.
 

Durante os tempos da Guerra do Vietnã, boa parte da cultura de massa se posicionou de maneira contrária à ação militar e o escândalo de Watergate chegou a render o filme Todos os Homens do Presidente. Já na década de 1980, houve uma produção cinematográfica menos crítica e voltada mais ao entretenimento, tendo como enredo um militarismo favorável à política externa dos Estados Unidos.
 

Obras como Rambo, Braddock, Comando Delta e Top Gun são alguns dos exemplos mais óbvios. Nesses casos, é nítida a participação do poderio militar dos Estados Unidos em vários continentes, como América Latina, Oriente Média e Sudeste Asiático. O choque de alteridade novamente se percebe, como a figura do civilizado portador de valores a confrontar o vilão em um país bárbaro, normalmente libertando um povo sofrido e atrasado.
 

Na música da época a política não se fez tão presente, pelo menos não de maneira tão escancarada, exceto por uma ou outra voz. Esse é um contraponto interessante, pela alta participação da música ao abordar esse assunto nas décadas anteriores. Os videoclipes seguem a mesma lógica: é uma era de consumo, em que o individualismo se torna um valor mais importante. Apenas um movimento vai na direção contrária, que é o funk e a cultura do hip hop (apesar de igualmente influenciado pela ótica do consumo, expressa nos cordões, tênis e demais objetos).
 

Os videogames fizeram bom uso das questões políticas, principalmente no que diz respeito a guerras e a intervenções militares. São os ambientes típicos da terra do inimigo, como o deserto e a floresta tropical que aparecem em muitos desses jogos, atacados por soldados a pé, helicópteros e aviões, muitas vezes identificando a nação do herói como os Estados Unidos.
 

Os quadrinhos sempre mantiveram seu pé na política. Homem de Ferro teve sua participação na Guerra Fria, Super-Homem e Capitão América envergam as cores dos Estados Unidos em seus uniformes. Na década de 1980 a política foi tônica nessas histórias. No X-Men se acirrou a questão da perseguição aos mutantes com direito a um futuro distópico, Justiceiro enfrentou terroristas islâmicos, intervenções militares foram temas de várias histórias.
 

A política teve um papel complexo nessa época. A politização se tornou menor, mas a disputa de poder continua ocorrendo. Então a indústria de entretenimento se tornou mais próxima aos muitos interesses, se valendo de uma posição menos crítica por parte do público. Portanto exacerbou-se a relação entre diversão com algum grau de politização, geralmente alienada e tendenciosa.
 

Outro aspecto interessante está na maior relevância que grupos minoritários obtiveram após os conturbados anos 1960 e 1970. Tendo por destaque grupos negros e femininos, essas duas figuras tiveram uma dimensão bastante diferenciada nessa década.
 

No cinema, a presença dos dois grupos são um tanto quanto dúbias. Douglas Kellner, em seu livro A Cultura da Mídia, retrata que nessa década o cinema andou na contramão das conquistas existentes nas duas décadas anteriores. A figura da mulher se tornou reduzida diante da masculina, sendo limitada à mocinha salva pelo herói. Um destaque destoante é a figura adolescente nos filmes de John Hughes, que mostra suas personagens imersas em tantos dilemas como a questão da aparência, os estudos e a descoberta sexual.
 

A figura do negro no cinema segue a mesma ótica feminina. Alguns figuras de destaque surgiram, como Richard Pryor e Eddie Murphy, mas ainda assim foi uma presença limitada. Nos filmes de dupla policial, a relevância do policial negro fica aquém do branco. Outro destaque nessa época veio com Spike Lee, que iniciou uma quebra de paradigmas significativa quando lançou Faça a Coisa Certa.
 

Já na música a presença de mulheres e negros foi preponderante. Ícones como Madonna, Cyndi Lauper, Public Enemy e Run-D.M.C conseguiram ter uma presença própria, influenciando no comportamento geral. O impacto da cultura negra foi significativo e sua presença se nota até hoje. Mais do que meramente uma questão musical, a era do videoclipe influenciou também no comportamento.
 

Nessa inicial era de videogames a presença feminina se viu em algumas séries, como no caso de Metroid. Nesse caso, há a correlação com o cinema. No filme Alien — O oitavo Passageiro, Sigourney Weaver interpreta Ripley, uma militar em uma nave especial (há quem considere esse o primeiro filme feminista, por colocar uma mulher em um papel de liderança e em posição de superioridade aos homens). A personagem da série Metroid recebe daí alguma influência. Por outro lado, boa parte do enredo de jogos eletrônicos tinham a premissa do herói correndo para salvar a mocinha do vilão. Apenas na década seguinte surgiria uma gama mais vasta de mulheres em ação.
 

A figura do negro é igualmente escassa, apesar de existente. Uma aparição mais constante é como inimigo em jogos em que tenha a perspectiva de luta de rua, configurado como membro da gangue. Com papel de herói, pode-se citar Adam Hunter, em Street of Rage.
 

Já os quadrinhos viveram um terreno bem mais fértil. Na década de 1980 começaram a surgir vários personagens negros e femininos de destaque, muitos deles quebrando esteriótipos correntes. Sua presença já existia anteriormente e nesse período se tornou ainda maior.
 

Nesse aspecto, a questão midiática foi dúbia. Houve maior presença de negros e mulheres, em alguns aspectos atrelados a esteriótipos, em outros de maneira mais autorrepresentativa. Foi um primeiro passo para uma geração diferenciada, funcionando como meio termo. No caso do cinema a situação foi de maior retrocesso, não correspondendo a um padrão de mudanças que vinha se desenhando.
 

Por último, pensar também na questão de cultura urbana e moda. Talvez esses sejam aspectos que se tornam mais emblemáticos através da cultura de massa, influenciando no jeito de vestir e de se comportar. E a década de 1980 contou com alguns fatores que influenciaram muito os anos seguintes, como o hip hop, os ícones femininos, Basquiat.
 

O cinema dos anos 1980 possivelmente foi o que mais mostrou a diversidade cultural de seus tempos nas telonas. O adolescente revoltado, o nerd, o yuppie, o rapper, foram figuras bastante comuns (a Sessão da Tarde deixou isso muito marcado na mente dos brasileiros). E sua repercussão massiva foi bastante influente sobre a população, principalmente na juventude.
 

A mesma lógica se aplica aos videoclipes. Neles se estampam a nova cultura, mais moderna e urbana, até em contraponto ao desapego que o movimento hippie procurou promover. A música Girls Just Want To Have Fun mostrou bastante disso, desde a revolta juvenil e o empoderamento feminino até um hedonismo que deixava de lado a politização. Nos quadrinhos e nos jogos eletrônicos, a estética urbana se fez cada vez mais presente. Os traços retratam uma nova estética, um novo modo de se vestir e de se portar.
 

O impacto desse período foi muito extenso. Ele simbolizou uma reviravolta completa na geopolítica e essa relação se refletiu nas sociedades, juntamente à ascensão de grupos populares e sua inserção na grande mídia com um senso de alienação política e foco no consumo. Foi uma mudança de paradigma, do fim da utopia e do afastamento das questões públicas, ponto fundamente da construção do mundo atual. Os anos seguintes vieram como um reflexo seu: o nível de participação política não sofreu mudanças para melhor e as expressões agora contam com as redes sociais e a a grande mídia cada vez mais se influencia pelo baixo clero. A mesma dualidade se mantém, em um mundo ainda pautado pelo consumo, dessa vez mais assoberbado através das ferramentas de web 2.0.
  • Fonte - Guilherme Carvalhal - http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=4157&titulo=Influencias_da_decada_de_1980
Saiba mais um pouco:
 
  • Educação, TV e Hegemonia

domingo, 27 de dezembro de 2015

Pais dos nossos pais - não estamos preparados para tal


Nascemos filhos. E esperamos ser filhos para sempre. Mimados, educados, amados. Que nossos pais invistam doses cavalares de amor em todo nosso caminho pela vida. Que, quando a vida doer, haja um colo materno. Que quando a vida angustiar, encontremos neles um conselho sábio. E, quando isso nos falta, há sempre uma lacuna, um sentimento estranho de sermos exceção.
 

Mesmo adultos, esperamos reconhecer nossa meninice nos olhos dos nossos pais. Desejamos, intimamente, atenções miúdas, como a comida favorita no dia do aniversário ou a camiseta do time de futebol se estamos na casa deles.
  • Não estamos prontos para trocar de lugar nesta relação.
É difícil aceitar que nossos pais envelheçam. Entender que as pequenas limitações que começam a apresentar não é preguiça nem desdém. Que não é porque se esqueceram de dar o recado que não se importam com a nossa urgência. Que pedem para repetirmos a mesma frase porque não escutam mais tão bem – e às vezes, não está surdo o ouvido mas distraído o cérebro. Demora até aceitarmos que não são mais os mesmos – que dirá “super-heróis”? Não podemos dividir toda a nossa angústia e todos os nossos problemas porque, para eles, as proporções são ainda maiores e aí tudo se desregula: o ritmo cardíaco, a pressão, a taxa glicêmica, o equilíbrio emocional.
 

Vamos ficando um pouco cerimoniosos por amor. Tentando poupar-lhes do que é evitável. Então, sem querer, começamos a inverter os papéis de proteção. Passamos a tentar resguardar nossos pais dos abalos do mundo.
 

Dizemos que estamos bem, apesar da crise. Amenizamos o diagnóstico do pediatra para a infecção do neto parecer mais branda. Escondemos as incompreensões do casamento para parecer que construímos uma família eterna. Filtramos a angústia que pode ser passageira ao invés de dividir qualquer problema. Não precisam preocupar-se: estaremos bem no final do dia e no final das nossas vidas.
 

Mas, enquanto mudamos esses pequenos detalhes na nossa relação, ficamos um pouco órfãos. Mantemos os olhos abertos nas noites insones sem poder correr chorando para a cama dos pais. Escondemos deles o medo de perder o emprego, o cônjuge ou a casa para que não sofram sem necessidade e, aí, estamos sós nessa espera; não há colo nem bala nem cafuné para consolar-nos.
 

Quanto mais eles perdem memória, vigor, audição, mais sozinhos nos sentimos, sem compreender por que o inevitável aconteceu. Pode até surgir alguma revolta interior por esperar deles que reagissem ao envelhecimento do corpo, que lutassem mais a favor de si, sem percebermos, na nossa própria desorientação, que eles não têm a mesma consciência que nós, não têm como impedir a passagem do tempo ou que possuem, simplesmente, o direito de sentirem-se cansados.
 

Então pode chegar o dia em que nossos pais se transformem, de fato, em nossos filhos. Que precisemos lembrá-los de comer, de tomar o remédio ou de pagar uma conta. Que seja necessário conduzi-los nas ruas ou dar-lhes as mãos para que não caiam nas escadas. Que tenhamos que prepará-los e colocá-los na cama. Talvez até alimentá-los, levando o talher a sua boca.
 

E eles serão filhos piores porque lembrarão que são seus pais. Reagirão as suas primeiras investidas porque sabem que, no fundo, você acha que lhes deve obediência. Enfraquecerão seus primeiros argumentos e tentarão provar que ainda podem ser independentes, mesmo quando esse momento tiver passado, porque é difícil imaginarem-se sem o controle total das próprias rotinas. Mas cederão paulatinamente, quando a força física ou mental reduzir-se e puderem encontrar no seu amor por eles o equilíbrio para todas as mudanças que os assustam.
 

Não será fácil para você. Não é a lógica da vida. Mesmo que você seja pai, ninguém o preparou para ser pai dos seus pais. E se você não o é, terá que aprender as nuances desse papel para proteger aqueles que ama.
 

Mas, se puder, sorria diante dos comentários senis ou cante enquanto estiverem comendo juntos. Ouça aquela história contada tantas vezes como se fosse a primeira e faça perguntas como se tudo fosse inédito. E beije-os na testa com toda a ternura possível, como quando se coloca uma criança na cama, prometendo-lhe que, ao abrir os olhos na manhã seguinte, o mundo ainda estará lá, como antes, intocável, para ela brincar.
 

Porque se você chegou até aqui ao lado dos seus pais, com a porta aberta para interferir em suas vidas, foi porque tiveram um longo percurso de companheirismo. E propor-se a viver esse momento com toda a intensidade só demonstrará o quanto é grande a sua capacidade de amar e de retribuir o amor que a vida lhe ofereceu.
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“Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer.” ― Epicuro   
“Valorize seus amigos, pois quando perderes tudo nesta vida (emprego, amores, saúde) eles te ajudam a erguer-se e continuar a viver. Contudo se perdê-los, estarás te privando de sabedoria prática.” ― Virgílio
“Se a pessoa não consegue produzir, coitada, vai ser professor. Então é aquela angústia para saber se o pesquisador vai ter um nome na praça ou se vai dar aula a vida inteira e repetir o que os outros fazem.”  Fernando Henrique Cardoso

  •  A crônica acima foi originalmente publicada na Obvious Magazine, em 12.12.2015, e está também no link:
    http://obviousmag.org/puro_achismo/2015/nao-estamos-preparados-a-sermos-pais-dos-nossos-pais.html

domingo, 13 de dezembro de 2015

Marido e pai perfeito. Continuem nas buscas


  • Nem uma coisa nem outra. Tem que cuidar, sim.
“No dia que percebi que fazia tudo para nossa filha e ele continuava com a vidinha igual, crescendo na carreira e saindo pra jogar bola com os amigos, enquanto eu não conseguia nem ter tempo pra fazer a unha, decidi que já que estava sozinha na criação da nossa filha, sozinha eu ia ficar”

  • (depoimento vindo de uma leitora que não quis se identificar)
Retrata uma realidade que não podemos ignorar. Não é só trabalhar e cuidar dos filhos que deixa a mulher sem tempo para fazer algo em benefício próprio. Quando o marido não ajuda, não tem santo que resolva a situação.
Identificamos alguns tipos de pais a partir dos depoimentos. Veja se o seu marido se enquadra em algum.
  • O pai ogro
É aquele que fica feliz com a gravidez, compra charuto com a chegada do filho e quando chega em casa reclama do choro da criança, acha que a mulher precisa fazer o bebê ficar quieto (compra todas as parafernálias possíveis para isso, desde que ele não seja incomodado). Se ausenta de casa por tempo indeterminado para não voltar e ter que fazer o bebê dormir, reclama que a mulher está com mau humor, pergunta o que ela fez o dia inteiro (durante a licença maternidade) enquanto estava em casa, já que continua de pijama, e não se dá ao trabalho de tentar aprender como dá banho na criança, trocar a fralda de cocô, ou qualquer outra atividade da qual ele deva fazer parte, mas acha que é exclusivamente da mãe. Ele não ajuda na casa, porque acredita que não é seu papel, continua trabalhando como se não tivesse filhos, fazendo happy hour com os amigos, indo jogar bola e agindo como se fosse um homem solteiro. Quando a mulher volta a trabalhar, ela acaba acumulando todas as funções e percebe que existe alguma coisa errada nessa divisão. Com o tempo, tende a piorar. E esse é o tipo clássico que acaba ficando de escanteio quando a mulher percebe que comprou gato por lebre.
  • O pai que se esforça, mas não é uma brastemp
Muitas mulheres relataram casos de maridos que sim, são carinhosos com os filhos, trocam a fralda, dão banho, fazem dormir, mas quando é hora de executar qualquer tarefa doméstica, eles se limitam a lavar a louça. Ou não abrem mão do trabalho por nada, mesmo que a criança esteja ardendo de febre e a mulher não consiga sair do trabalho pela nonagésima vez para buscá-la na escola. É aquele pai que se esforça, mas não sai da zona de conforto. Não percebe que são duas pessoas responsáveis por uma criança, e que tudo que diz respeito ao filho deve ser discutido e ponderado por ambos.
  • O pai que acha que bancar tudo é o remédio
Ele trabalha, ela fica em casa. Ele paga tudo na casa e acha que isso dá a ele o direito de sentar em frente a televisão e tomar uma cerveja quando chega em casa e precisa relaxar – mesmo que os filhos precisem de atenção, cuidados, e a casa esteja um caos. Algumas mulheres toleram esse tipo por um tempo. Outras acabam se tornando reféns da situação por tempo indeterminado.
  • O pai que acha que é filho
Aquele que cresceu mas ainda precisa de cuidados. Exige que a mulher cuide dos filhos, mas quer ser cuidado também. Multiplica as funções maternas ao invés de alivia-las. E sente certo ciúme da dedicação da esposa para os filhos.
  • O pai? Que pai?
“Nos separamos quando voltei a trabalhar. E foi justamente quando percebi que só brigávamos porque eu era a chata que pedia as coisas para nosso filho. Eu tinha que fazer ele perceber todo dia que se chegasse às nove da noite do trabalho, eu que acumulava funções com as duas crianças. Era cômodo chegar em casa e vê-las jantadas, de banho tomado e dormindo”., para *Helena, que largou a carreira de gerente de marketing de uma empresa depois que teve o segundo filho para conseguir algo que fosse compatível com a vida de mãe, a ficha demorou pra cair “Eu achava que haviam muitas tarefas, mas percebi que era surreal. Tinha alguma coisa errada. Quando percebi que o problema não era eu, e sim ele que me ajudava muito pouco, preferi passar por isso sozinha”, desabafou. Helena passou a trabalhar como revendedora de uma confecção infantil em sua cidade. “Eu estou tranquila com a minha decisão, embora eu ache que se eu tivesse tido ajuda real desde o começo, poderia conseguir conciliar minha carreira com os filhos”, conta. Onde está o pai perfeito? Continuamos as buscas.