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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Sonhos - Somos do tamanho de nossos sonhos.

 
Nós somos do tamanho de nossos sonhos. 

É isso aí: quem pensa pequeno, sempre vai ser pequeno. Quem pensa que vai dar errado, já fracassou.
    Mas quem já se imagina com a meta atingida, já venceu. Quem faz a sua parte e dá o melhor de si, sem prejudicar os demais, merece sempre chegar lá. Seja aonde for que alcance o seu desejo.

    Dizem que o otimista é aquele que, porque acha que a rosa é mais bonita que o repolho, dará uma sopa muito melhor. Exageros à parte, me coloco ao lado dos que sempre esperam o melhor depois de dar o melhor de si. 

    Frase de Winston Churchil: quem falha em planejar, planeja falhar.
     


    Faça uma reflexão do que realmente quer. Depois coloque num papel três metas: uma profissional, uma pessoal e outra material. Deixe num local onde você possa ler todos os dias quando se levantar e imagine-se na cena com o sonho já realizado. O prazo para a concretização está diretamente relacionado com você fazer a tua parte neste projeto.

    quinta-feira, 4 de abril de 2019

    Criatividade e a doentia Procrastinação Virtual.

    • (Se quiser ter sucesso em algo, é essencial ter fome de sucesso. O conforto afasta o homem de seus objetivos e o deixa preguiçoso. É necessário desejar nossos objetivos como se fossem o ar que respiramos.)
    Uma das primeiras palavras que encontramos ao começar a estudar Coaching é a palavra “procrastinação”. Sem meta, foco e determinação você pode acabar num território perigoso, onde tudo lhe tira do seu caminho. Os maiores vilões são a televisão e as micro tarefas não urgentes, porém prazerosas, que aparecem ao decorrer do dia.

    Na Era Digital, como tudo é potencializado, isso não seria diferente, e o tal "feed de notícias" do Facebook é o rei da distração. Rolar o mouse para baixo e rumo ao infinito. Posts interessantes, outros nem tanto, e pra piorar a novidade é que o vídeo dá o play automático simplesmente hipnotizando você.


    Todas as ferramentas das telinhas podem distrair sua atenção, incluindo o Google, o Youtube, e toda a infinidade de conteúdo disponível na rede.


    Dois fatores são responsáveis por esse comportamento:


    As empresas querem manter você, o máximo de tempo possível, em suas plataformas para assim gerar renda com publicidade;


    É preciso entender que uma ferramenta é apenas um meio. A ferramenta “faca”, por exemplo, pode ser utilizada, tanto para passar manteiga no pão, quanto para matar alguém. O poder de decisão sobre o que fazer com as ferramentas digitais é somente seu.


    Cada ferramenta, incluindo o Facebook, possui diversas funções que podem e devem impulsionar você e seus projetos. Mapear e contatar pessoas, absorver conteúdo interessante, compartilhar conhecimento e interagir com ideias.


    É preciso ter objetivos bem definidos, organização e foco. Se você sabe para onde está indo saberá por onde navegar.


    Não podemos esquecer de colocar na balança qual o alcance e projeção do seu “Eu Digital” em comparação ao seu “Eu Físico". Portanto, dedique alguns minutos por dia na rede, mas cuidado com a procrastinação!


    Programando seu tempo e reservando um tempinho para seu Eu digital, é hora de criar um método. Sempre responda a todos os seus contatos, mas divida os dias da semana e programe atividades como criar conteúdo, mapear contatos ou pesquisar vídeos e textos relacionados aos seus objetivos.


    Saber o que você faz com seu tempo, seja ele físico, ou virtual é o que irá diferenciar seus resultados. Estar atento às ferramentas e como melhor utilizá-las pode tornar o mundo melhor.


    Portanto, esteja sempre planejado, focado e antenado. Cuide do seu bem mais valioso, a única preciosidade que não se pode recuperar, o seu tempo!


    Se quiser ter sucesso em qualquer área,
    você precisa se manter faminto. É necessário estar motivado, a ponto de querer tanto realizar seus sonhos, que você irá desejar isso tanto quanto respirar.


    É necessário acordar sonhando e planejando, já com energia pra agir. É necessário estar focado e compenetrado naquilo que se faz, pois nossa mente é nossa melhor amiga, mas também é a nossa pior inimiga. É fácil se cercar de dúvidas e abraçar o conforto, mas mesmo que estejamos satisfeitos com a comida de hoje, é necessário estar faminto sempre.


    Isto também vale para o conhecimento.
    Nunca devemos estar saciados com o saber. Devemos nos considerar sempre ignorantes, havendo sempre espaço para aprender mais e mais, pois o mundo é infinito e somos apenas um ponto insignificante. Devemos ser humildes a ponto de não nos considerarmos os melhores. Sempre haverá um longo caminho a frente.

    • O Equilíbrio
    A fome representa a ambição, que por sua vez é contrária à humildade. Tudo ao extremo é melhor ser evitado, pois mesmo a fome em excesso pode ser desvantajosa.

    Acima de tudo, também é preciso ser grato por aquilo que temos. Mesmo famintos, é lei que agradeçamos pelo nosso alimento primeiro, pois assim se valoriza de forma metafórica tudo o que já recebemos. É justamente a humildade em equilíbrio com a ambição que permite esta fome perene, chave para a conquista do sucesso. 
    (Henrique Ferrer e Marcelo Capistrano)
     Alto conhecimento

    domingo, 25 de junho de 2017

    Vida a dois – Por que alguns relacionamentos não dão certo

    • O segredo de um bom relacionamento está na motivação de que cada parte tem em sua “parceria” com a outra parte. 
    Muitas vezes um simples gesto pode motivar uma relação que pode estar parada. Os relacionamentos são uma das causas mais importantes, ou a mais importante, para nosso bem estar. Como é bom ter uma pessoa legal ao nosso lado, com quem nos sintamos bem um com o outro e possamos viajar no mundo interior desse relacionamento onde ambos se entendem, se preenchem, se respeitam e se amam.
    • O segredo do relacionamento está em sua origem.
    Como foi que você escolheu seu relacionamento? Alguns relacionamentos não dão certo por uma das duas razões a seguir:
    • 1- Você pode estar com a pessoa certa, mas está amando errado.
    - Você e seu parceiro se comunicam mal.
    - Você não sabe criar uma real intimidade.
    - Você não pede aquilo que quer e acaba guardando ressentimento.
    - Você negligencia o relacionamento.

    • 2- Você está com a pessoa errada.
    - Seu amor ou seu estilo de vida não combina com o amor ou o estilo de vida de seu parceiro.
    - Vocês não compartilham suficientemente valores e compromissos comuns.
    - Seu parceiro é portador de “defeitos fatais” que tornam impossível manter um relacionamento bem-sucedido.
     

    • Vocês não podem dar um ao outro aquilo de que precisam.
    Se você estiver amando a pessoa errada, amar da forma certa não fará nenhuma diferença na sua vida. Quem você escolhe para amar é tão importante quanto como você escolhe amar.
    • Por que nos apaixonamos?
    Você já se perguntou por que se apaixonou por tal pessoa? Seria porque a encontrou na aula de ginástica e achou essa pessoa muito bonita e simpática, acabou rolando alguma coisa, ou porque sempre teve a fantasia de um homem alto, cabelos loiros, com uma musculatura forte, condição de vida realmente confortável… enfim, existem muitas maneiras e condições para nos apaixonarmos.
     

    Claro que cada pessoa é única e tem sua forma e razões de escolha. Essas condições podem parecer boas razões para começar um relacionamento, mas não são. E muitas pessoas que tomam essa forma de amar descobrirão, somente daqui a um mês, seis meses, um ano ou mais, que se relacionaram com a pessoa errada.
     

    O amor não é suficiente para fazer um relacionamento dar certo; também são necessários a compatibilidade e o compromisso. A triste verdade é que muito poucos relacionamentos terminam não porque os parceiros não se amam, mas porque eles não combinam um com o outro. Quando está viajando com alguém que não é a pessoa certa para você, a jornada do amor poderá conduzi-lo(a) por muitas trilhas difíceis e oferecer numerosas lições de sofrimento.
     

    Mesmo com todas as grandes explicações sobre o amor, a aventura do amor exige uma grande coragem, vontade e confiança emocional. Ela requer que você se arrisque, que mude, que cresça e, no preciso momento em que pensa que pode parar e descansar um pouco, ela exige que cresça um pouquinho mais. Entretanto, através desse crescimento você é recompensado(a) com a experiência de se sentir pleno(a) e magnificamente vivo(a). Você, a cada vez que experienciar um relacionamento, sentirá mais do que sentiu antes e será mais do que jamais foi.
     

    Quanto mais longe e profundamente avançar em sua aventura de amor, mais claro se tornará que seu verdadeiro destino não se encontra em algum ponto do futuro, mas que está aqui agora e que a meta não é chegar a algum lugar, mas estar plenamente presente onde você já está. Você percebe que o amor não é algo que se faz para obter um resultado. É uma ação que, em si, o(a) enche de alegria e, dessa forma, preenche sua própria finalidade a cada momento.
     

    Quanto tiver encontrado o parceiro(a) certo para acompanhá-lo(a) na viagem que chamamos de vida, sua jornada, ainda que sempre desafiadora, se transformará naquela que lhe proporcionará verdadeiramente a felicidade. E, apenas quando estiver ao lado do parceiro(a) certo conseguirá extrair forças do relacionamento. Não para ficar caído(a) de amor, mas para crescer no amor.
    • Foque sua atenção na escolha do parceiro ideal e se pergunte:
    - Qual é a pessoal ideal para você?
    - Qual a sua intenção em atrair um relacionamento?
    - Está disposto(a) a abrir mão de algumas coisas na sua vida?
    - Está disposto(a) a aprender e a evoluir com essa pessoa?
     

    Enfim, faça diversas perguntas para você mesmo(a) e automaticamente será atraído(a) para a pessoa que você idealizou.
    - Jader Menezesosegredo.com.br

    terça-feira, 14 de março de 2017

    Motivação para a vida - O aprendizado...

    • O aprendizado...
    Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
     

    E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
     

    Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
     

    Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
     

    Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
     

    Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.
     

    Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
     

    Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
     

    Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
     

    Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
     

    Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
     

    Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
     

    Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
    Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
     

    Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
     

    Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
     

    Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
     

    Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte.
    Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. 


    Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
     

    E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
    • Mensagem de William Shakespeare

    sexta-feira, 15 de julho de 2016

    PODER DA ARTE NA EDUCAÇÃO, DOS HOMENS ...


    • O poder da arte
    A arte é uma mentira
    que nos faz perceber a verdade.
     Ela é perigosa; sim,
    e nunca pode ser casta; se é casta,
    não é arte.  (Pablo Picasso)

    Esta é uma série sobre a força, a necessidade, a paixão da Arte. . . o poder da arte.
     
    O apresentador Simon Schama nos apresenta sua escolha de artistas e obras de arte e nos conta porque a arte é tão importante.
     
    O poder da grande arte, é o poder de nos levar à revelação e nos resgatar do nosso modo padrão de ver. Depois de um encontro com tal força, não olhamos para um rosto, uma cor, um céu, um corpo, mais da mesma maneira. Somos ajustados ao novo olhar: Uma visão.
     
    Visões da beleza ou um estremecer de prazer são parte desse processo, mas assim também podem ser o choque, a dor, o desejo, a piedade ou até mesmo a repugnância.
     
    Esse tipo de arte parece revolver os nossos sentidos e passamos a entender o mundo de maneira diferente.

    • Caravaggio   
    a  pintura ganha corpo
    • Bernini  
    o  criador de milagres
    • RemBrandt  
    o  tosco na sala dos ricos
    • David   
    registrando a revolução
    • Turner   
    tempestade como tema
    • Vangogh   
    pintura que vem de dentro
    • Picasso   
    a  arte moderna se torna política
    • Rothko
    a  música do além na cidade do glamour
     
    A grande arte tem péssimos modos. A silenciosa reverência da galeria pode levar você a acreditar, enganosamente, que as obras-primas são delicadas, acalmam, encantam, distraem — mas na verdade elas são truculentas. Impiedosas e astutas, as maiores pinturas lhe aplicam uma chave de cabeça, acabam com sua compostura e, ato contínuo, põem-se a reorganizar seu senso da realidade.
     
    Não foi para isso que você entrou, foi? Ali está você, plantado no museu, domingo à tarde, pronto para receber uma dose exata de beleza — um tempo inocentemente passado com a magia de ilusões bidimensionais. Será que você não poderia simplesmente comer os morangos daquela travessa de prata? Sentir o aroma dos pinheiros naquela dourada encosta provençal? Ouvir o arroto daqueles beberrões holandeses? Tocar aquele chamalote? Afagar o flanco reluzente daquele corcel? Não, você não poderia. Mas seria errado imaginar, regalar-se com tais delícias, entregar-se à fantasia? Você entra na rotina, deixa a cor se aproximar, corre os olhos pelo desenho. Talvez siga as instruções dos fones de ouvido: um passo para o lado, olhar, escutar, andar; um passo para o lado, olhar, escutar, andar, a atenção conduzida pela voz confortantemente autoritária, uma voz de homem num terno caro, as informações enunciadas com certo pedantismo e racionadas com cuidado para você não se cansar tanto que deixe de visitar a loja de suvenires.
     
    Mas então, por algum motivo, você sai do rumo, deixa a zona dos fones — e acontece: o estranho momento. Não há algo de incomodamente errado com a fruteira de Cézanne, assim torta sobre a mesa? Aliás, o tampo da mesa parece inclinado, em vez de horizontal, convidando a uma queda vertiginosa — um movimento que nunca se inicia realmente, mas também nunca para realmente. O que é que está havendo? Ou aqueles olhos de Rembrandt, num rosto que lembra um pudim desmoronado, fitando você? É um clichê, uma piada batida, uma projeção sentimental: o observador observado. Mesmo assim, você não consegue parar de olhar, sentindo-se acuado, incriminado, como se a culpa fosse sua. Desculpe, Rembrandt. As pessoas desaparecem. A parede da galeria desaparece. Você está nas mãos de um hipnotizador barato. Você se esforça para se safar, continua andando e dá uma espiada — por que não? — naquele nu de Ticiano, deitado diante de ondulosas colinas, e — epa — alguma coisa começa a acontecer, e não só em seus olhos. Ou então você se detém diante de uma colagem cubista, o tipo de coisa que você nunca entendeu bem e ainda não consegue entender, pelo menos do ponto de vista do prazer — mas o que importa? Você tenta e, sem perceber, uma parte de seu cérebro se põe a dançar ao dedilhado daquela guitarra, e fragmentos de jornal, cachimbos, bordas e planos meio difusos começam a mudar de lugar sem sequer pedir licença, entrando e saindo do foco, e você descobre que gosta disso. Você foi pego de novo, está perplexo. A vida acabou de se ajustar.
     
    O poder da arte é o poder da surpresa perturbadora. Mesmo quando parece imitativa, a arte não reproduz o que há de conhecido no mundo visível, mas o substitui por uma realidade que é toda dela. Além de representar o belo, cabe-lhe destruir o banal. Seu método operacional envolve o processamento da informação pela retina, mas em seguida ela aciona um comando e gera um tipo alternativo de visão: um modo dramatizado de ver. O que nós sabemos ou lembramos a respeito de crepúsculos e girassóis e a forma que eles assumem nos quadros de Turner ou de Van Gogh aparentemente se situam em universos paralelos — e não é fácil dizer qual é o mais vívido, o mais real. É como se nosso aparelho sensorial tivesse passado por uma regulagem. Assim, não surpreende que, às vezes, fiquemos zonzos.
     
    Mas a televisão não gosta de imprevistos. Filmar requer planejamento cuidadoso. Cada programa abordava uma crise na vida e na carreira de um artista, um momento problemático na criação de um quadro ou de uma escultura. Mas, enquanto nos encaminhávamos para esse momento crucial, contemplávamos outras obras, e isso geralmente me desestabilizava por completo. Visto ao vivo, e não numa pálida reprodução impressa ou numa vaga lembrança, um quadro que até então eu considerava um exercício de aquecimento para o grande número de repente ameaçava se tornar a atração principal. Corrigido o erro, eu fazia um escândalo, queria mudar o programa inteiro para encaixar a descoberta. Os diretores me ouviam até o fim e tentavam não torcer o nariz. Às vezes abriam espaço para o intruso; às vezes, não.
     
    Houve o caso, por exemplo, de Raízes e troncos de árvore, que Van Gogh pintou em suas últimas semanas de vida, no verão de 1890 . Focalizados desde a perspectiva de um rato, a vegetação emaranhada, os troncos retorcidos, o verde sufocante criam, visualmente, tamanha sensação de enclausuramento que nos veda qualquer possibilidade de paisagem. Em termos espaciais e psicológicos, não há nenhum respiro, até porque as raízes — algumas semelhantes a garras e esqueléticas, outras metálicas e mecânicas — foram monstruosamente amplificadas, enquanto árvores miniaturizadas estão presas entre elas. Em cima é embaixo e embaixo é em cima; longe é perto e perto é longe. O que realmente vemos é, pois, uma imagem premeditada de desorientação, os gânglios do pintor precipitando-se pelo espaço.
     
    Nunca algo parecido ousara, até então, apresentar-se como pintura. Mas no museu Van Gogh, em Amsterdam, entre as íris e os girassóis de sucesso, ninguém lhe dá muita atenção. O cartão-postal com a reprodução dessa tela tem pouca saída, e só quem pretende estrangular alguém há de querer comprar uma echarpe de seda com essa estampa.
     
    Então, justamente quando eu pensava que tinha visto tudo, surpreendi-me com Turner. Numa tarde nublosa de fins do outono, estávamos gravando na Petworth House, em Sussex, onde vivia o conde de Egremont, um dos mais hospitaleiros clientes de Turner. No último andar da casa, encontra-se a biblioteca (com a porta trancada) que o pintor usava como ateliê. O guarda foi muito generoso em me deixar entrar e contemplar as paredes forradas de livros, tais como Turner as via — ou melhor, não via — enquanto trabalhava, e o cavalete a postos, em seu local predileto. Acompanhava a névoa de novembro o sussurro de seu fantasma, e talvez tenha sido por isso que num pequeno quadro da extensa galeria, no andar de baixo, vi algo mais que a Vista do canal Chichester , título pelo qual os vitorianos o conheciam. Essa é uma das quatro vistas de Petworth e arredores que Turner pintou como painéis decorativos, mas não se trata de mera topografia. Uma claridade feérica ilumina o parque, e cervos, com as galhas enredadas, lutam como uma encarnação mítica de guerreiros enfeitiçados.
     
    A igreja no horizonte nos indica que estamos perto de Chichester ou, talvez, em outro lugar, totalmente distinto — na própria ideia, romanticamente fatalista, que o pintor maduro tinha da viagem da vida, por exemplo? Banha a cena uma luz tão estranha que a suspeita de que o canal seja algo mais que uma eficiente rota de madeira ou pregos se torna irresistível. No pequeno barco está um homenzinho de casaco preto e chapéu surrado, como os que o pintor costumava usar. Assim, talvez esse quadro não seja um Turner, mas o próprio Turner. Em 1827- 8 , quando elaborou essa obra, Turner atingira a meia-idade. Em ângulos retos com relação ao plano do quadro — a janela imaginária pela qual espiamos —, um navio fantasma desce o canal em nossa direção, misteriosamente impulsionado, já que as velas estão recolhidas e não há sinal de remos. Se esse navio é um veleiro comum, o Pequod  do capitão Ahab é uma fábrica de bolhas. Mastros negros refletidos na água, o navio desliza em nossa direção, ominoso e inevitável. Assim, Canal Chichester  se revela um autorretrato alegórico que, disfarçado de paisagem, se introduziu na galeria do cliente mais poderoso de Turner; um gesto atrevido e comovente.
     
    E depois, mais inquietante que tudo, a aparição em Valletta, Malta. No fundo de uma sala comprida, o oratório dos Cavaleiros da Ordem de São João, numa catedral onde as paredes parecem se retorcer sob tantos entalhes de madeira e guerreiros barbudos jazem em túmulos revestidos de reluzentes mosaicos de madrepérola, Caravaggio, então um assassino condenado, pintou (como penhor de sua liberdade) a decapitação do já morto são João Batista. As figuras, em tamanho natural, estão retratadas com uma clareza tão assustadora que parecem incontidas em qualquer espécie de moldura. Temos a impressão de que podemos ir a seu encontro, no fundo da sala, e escalar seu espaço, no alto do oratório. A composição do quadro é assimétrica. À esquerda, formando um semicírculo, está um grupo de figuras que, em sua maioria, personificam as virtudes tradicionais da arte: beleza heroica, gravidade, autoridade. Não obstante, estão prestes a participar de uma carniçaria, degolando um cadáver. À direita, apenas uma corda pende na desolada penumbra do pátio e dois presos espicham o pescoço para olhar por entre as grades da janela. Um deles se parece com o pintor criminoso, porém Caravaggio está presente de maneira mais enfática no sangue que escorre do pescoço do mártir e forma sua assinatura; essa é uma das duas únicas obras que ele assinou. Portanto, o quadro perpetua o horror; o artista assina como réu; nós, seus cativos, arriscamos uma espiadela, assustados e, ao mesmo tempo, estupefatos, divididos entre consternação e admiração.
     
    Essas três obras-primas não só registram a presença de seus autores, como se nos convidassem — ou nos desafiassem — a estabelecer uma relação direta com eles, mas também mostram os próprios artistas no interior de um drama criador: Van Gogh, o pintor fascinado com a natureza vicejante, sufocado pelas próprias criações; Turner, o poeta meditativo do vaivém da vida; Caravaggio, o cristão devoto e criminoso, que entende a redenção pelo sangue porque vivenciou seu derramamento. O poder da arte  focaliza oito desses momentos de autodramatização, em que o artista, sob enorme pressão, empreende um trabalho extremamente ambicioso, no qual se incorporam suas crenças mais profundas. Todas essas obras são depoimentos pessoais; todas se propõem ultrapassar em muito o princípio do prazer. São obras que procuram mudar o mundo.
     
    Elas não constituem a norma. Há muitas criações excelentes de artistas que preferiram o recato à heroica autodramatização e estabeleceram objetivos mais modestos para seu trabalho: imitar a natureza, representar o belo, ou ambos ao mesmo tempo. Contudo, a partir do Renascimento os artistas mais ambiciosos queriam ser mais que artesãos-copistas esforçados e engenhosos. A seus próprios olhos, eram fazedores, não imitadores. E ansiavam por se livrar de clientes desdenhosos que os viam como pouco mais que decoradores competentes. “Ele pensa que é o dono do mundo”, disse ao papa a mãe de Gianlorenzo Bernini. E para criadores tão pretensiosos, que julgavam possuir uma centelha de divindade, era importante que se reconhecesse sua arte como nobre; análoga à filosofia, à poesia ou à religião: uma necessidade humana, e não um luxo opcional. Essa apaixonada convicção os levou a afirmar a autoridade e o poder da arte perante a fatuidade dos detentores do poder institucional: papas, aristocratas, burocratas, nobres endinheirados e seus críticos submissos. Assim, a maneira como se desenvolveu o drama de sua vida criadora (escrito por eles mesmos ou por seus biógrafos) foi tipicamente combativa: um conflito com clientes obtusos ou seus lacaios, os críticos covardes e presunçosos. Os atos dessa peça são apresentados como provações que, com sua clarividência, o fazedor de arte, resoluto porém sangrando, podia superar, ainda que ele mesmo soçobrasse.
     
    São esses momentos de alta tensão no drama da criatividade que O poder da arte  pretende captar: obras-primas elaboradas sob forte tensão. E é um tique profissional do historiador da arte descartar esses dramas do momento da criação como um remanejamento trivial das fantasias românticas sobre o artista atormentado; a história mais batida do livro da musa; uma platitude moderna sobre o temperamento artístico que os velhos mestres não reconheceriam. E, naturalmente, é bem verdade que para cada Van Gogh existe um imperturbável Cézanne; para cada Jackson Pollock, um Matisse; para cada pintor impelido pelas fúrias, incontáveis pintores que trabalharam e viveram num estado de disciplinada serenidade. No entanto, a história do artista macambúzio, que desdenha as convenções, tem consciência de seus poderes divinos, é presa da melancolia, ofende-se facilmente, vive às turras com clientes tacanhos ou vaidosos e está cercado de rivais cuja mediocridade só se compara à própria malícia, começa séculos antes dos românticos oitocentistas. Na verdade, começa praticamente com dois textos sobre artistas do Renascimento: a autobiografia do ourives e escultor Benvenuto Cellini e a biografia de Michelangelo escrita por seu contemporâneo Giorgio Vasari.
     
    Com relação aos poderes divinos de seu biografado Vasari não deixa dúvidas. O próprio Deus enviou Michelangelo à terra para exemplificar a perfeição em todas as formas de arte: pintura, escultura, arquitetura. Ao ver um de seus cartões, os operários o proclamam mais divino que humano. Michelangelo discute com papas e duques; realiza trabalhos hercúleos no alto de seu famoso andaime, pintando os afrescos da capela Sistina. E Vasari sugere que ele tinha consciência de seus poderes sobre-humanos, pois durante os meses que passou nas pedreiras de mármore, em Carrara, pensava em emular os antigos, esculpindo nas montanhas uma imagem colossal de si mesmo.
     
    Com efeito, foram a estupenda versatilidade e a proeza excepcional de Michelangelo que incitaram Cellini a escrever sua extravagante autobiografia, Vita  ( 1558- 66 ). Sua obra-prima, o bronze Perseu e a cabeça da Medusa  ( 1545- 54 ), foi criada para um espaço na Loggia dei Lanzi, em Florença, onde a cabeça cortada e gotejante da górgona (uma façanha técnica de tamanha dificuldade, como Cellini se empenha em assinalar, que seus contemporâneos a consideravam irrealizável) deliberadamente confronta o Davi  ( 1504 ) de Michelangelo. Sempre que possível, Cellini invoca o elogio de Michelangelo à própria obra, para que, quando pensasse no maior mestre do Renascimento, a posteridade pensasse também no ourives. A imortalidade se transmitiria.
     
    Há uma diferença, porém. Vasari apresenta Michelangelo como um austero homem-deus em seu andaime, soberbamente distante das falhas das pessoas comuns. Já Cellini apresenta a si mesmo como uma criatura bem humana: uma diabólica encarnação de apetites carnais, o primeiro de uma linhagem de artistas que, por seu dom, se imaginavam além das convenções que governam a maioria dos mortais. Uma de suas primeiras lembranças de si mesmo é de um bebê segurando um escorpião pelas pinças e balançando-o alegremente diante de um avô horrorizado. Nunca saberemos se o fato é verdadeiro ou não, mas desde o início percebemos que Cellini quer ser visto como alguém que ri dos temores dos medíocres e dos pusilânimes. Portanto, não há nada que ele não faça ou não possa fazer. Além de ourives e escultor, é músico, poeta, soldado, espadachim, artilheiro. Dizer que sexo e violência correm à solta em suas páginas é atenuar a verdade. Cellini é um orgiasta impenitente e bizarro, consumindo homens, meninos, mulheres, moças, prostitutas, esposas — praticamente tudo que se move. Com algumas mulheres é brutal, até mesmo sádico. Catarina, uma de suas amantes, comete a temeridade de se casar, e Cellini executa uma tríplice vingança: faz a jovem cornear o marido, obriga-a a posar durante horas numa posição dolorosamente incômoda e a espanca. Quanto a seus homicídios e seus ataques violentos, não se mostra arrependido e até se compraz claramente em relatar suas façanhas com detalhes. Ofende-se facilmente quando acha que sua honra é questionada e não hesita em mandar às favas papas e príncipes quando bem entende.
     
    Domina esse relato estarrecedor sua convicção de que seus apetites e impulsos são inseparáveis. O Benvenuto que esfaqueia pessoas e arrasta garotos para a cama é o mesmo Benvenuto que tem o necessário para fazer coisas inimagináveis em bronze. Ou pelo menos quer que acreditemos nisso. Afinal, gaba-se de que preferiria matar seus inimigos pela arte a matar pela espada — porém o instinto de aniquilar os que duvidam e os que zombam era o mesmo. Assim, sua vida se desenrola como uma série de luvas atiradas que ele apanha e joga na cara dos rivais com demoníaca energia. E aqueles triunfos hercúleos, obtidos em circunstâncias impossíveis, começam com a façanha de escrever sua autobiografia em prisão domiciliar, à qual, já cinquentão, foi condenado por atos de sodomia. Como lhe negam material de escrita, utiliza, segundo nos diz, o que tem à mão: transforma pó de tijolo em tinta e lascas da porta em penas. Assim, pode se iniciar a história do herói sanguinário, extremamente confiante nos próprios poderes e supinamente indiferente aos mortais tacanhos que cruzam seu caminho.
     
    O famoso clímax do relato ocorre quando o escultor está prestes a fundir a estátua de Perseu e adoece tão gravemente que se julga moribundo. Acredita, porém, que pelo menos sua obra sobreviverá e será reconhecida como equivalente ao Davi  de Michelangelo. No entanto, algo dá errado: o bronze liquefeito “talha”, a base da liga coagula. Um homem curvado como um “S” se apresenta ao mestre febril em seu leito de enfermo e anuncia a ruína de seu grande projeto. Cellini reage à diabólica aparição, levantando-se da cama para salvar do desastre o trabalho de nove anos. A cena se torna operística. Uma fornalha explode; uma tempestade desaba sobre a oficina. Duzentos pratos de estanho e panelas são jogados no fogo para que o metal derretido adquira a consistência adequada. Em meio a essa loucura, o superartista se mantém calmo e, naturalmente, Perseu  é salvo, perfeito — a Vita  garante que quem viu nunca esquecerá o modo sobre-humano como foi criado.
     
    Nem todas as histórias que se seguem apresentam um grau tão elevado de megalomania. Mas todas se inserem numa tradição de artistas — de Caravaggio a Mark Rothko — que deliberadamente se posicionaram como heroicos paladinos do poder conversivo da arte. Cada história focaliza uma obra elaborada sob forte tensão — exercida por clientes (Rembrandt), decorrente da conjuntura política (David, Turner, Picasso), provocada por uma necessidade de reabilitação (Caravaggio, Bernini) e resultante de uma rigorosa concepção do que a arte deve ser e fazer (Van Gogh, Rothko). Cada um desses momentos pôs à prova a capacidade do artista de não só cumprir os termos da encomenda como de transcendê-la.
     
    Ao dar conta do recado, cada um desses homens acabou virando uma nova página na história da arte para produzir algo sem precedentes. Alguns, como Rembrandt, Turner e Picasso, criaram momentosas pinturas históricas que constituem uma resposta tão completa aos desafios do momento que nem eles mesmos (e muito menos seus imitadores) conseguiriam repeti-las.
     
    Assim, os dramas que formam O poder da arte  são histórias pessoais e também histórias da arte (às vezes eu não percebia a diferença). O sucesso ou o fracasso de seus protagonistas envolvia elementos cruciais de nossa existência individual e coletiva: salvação, liberdade, mortalidade, transgressão, o mundo, nossas almas. Em seus vários e incomensuráveis aspectos, todas as obras aqui focalizadas são incrivelmente belas e nada têm de vergonhoso ou trivial. No entanto, a busca do efeito estético não foi o que fundamentalmente norteou sua criação — inclusive, ou sobretudo, no caso do abstrato Rothko. Picasso (que não era alérgico ao belo) expressou isso de modo mais incisivo quando afirmou que “os quadros não são feitos para decorar apartamentos; são armas de guerra”. O fato de grande parte de sua carreira, depois de Guernica, resumir-se em criações que funcionam perfeitamente bem como decoração interior indica que são atípicos esses dramáticos episódios de consumada vocação pública. Mas, quando ocorrem, em momentos iluminados, resultam em obras que nos dizem alguma coisa sobre o mundo, sobre estar na própria pele, que não encontramos em nenhuma fonte mais prosaica de sabedoria. E com isso respondem, de maneira irrefutável e majestosa, à persistente pergunta de todo relutante recruta da arte (tenha ele nove ou 59  anos) que, arrastado museu adentro, suspira profundamente, louco para saber os resultados do futebol ou para aproveitar uma liquidação de roupas: “Tudo bem, mas para que serve a arte realmente?”.
    •  O PODER DA ARTE (1-8) - Caravaggio (Partes)
    1 - O Poder da Arte - Caravaggio
    https://app.box.com/s/1hjy3o3imdmbx8wdcox6rptisc8ii4yk
    2 -
    O Poder da Arte - Caravaggio
     https://app.box.com/s/16m2xqqrwipjoxvnnds1my1c56u5k88x
    3 -
    O Poder da Arte - Caravaggio 

    quarta-feira, 25 de maio de 2016

    BRASIL - POLITICA NÃO É FUTEBOL, POIS HÁ MUITO EM JOGO!

    • Respeito é muito bom. Não precisa concordar, basta respeitar !
    Respeito a diferentes opiniões é essencial para fortalecer nossa democracia, basta de tanto sofrimento e corrupção! O fato de não concordar com práticas e atitudes de alguém, não é preconceito, mas direito de opinião.
     

    Hoje tudo é rotulado como conceito prévio, mas quero lembrar que impor limite à opinião de alguém também é preconceito de fato e não de direito.(Érico Teixeira)
     

    Uma coisa é não concordar, outra é se opor sem sequer compreender.(Rodrigo Quito)
     

    Não concordar com o que eu penso e digo é um direito seu, expressar o que me vai no coração é um direito meu, vivamos em paz, eu e você!(Isa Martins)


    Programa do Jô 24/05/2016 – Deputada Mara Gabrilli 
      • Jô Soares entrevista a deputada Mara Gabrilli
        • Mara Gabrilli conversa com o apresentador Jô Soares
        • Mara Gabrilli responde as perguntas da plateia do ‘Programa do Jô’

        RESPEITO É BOM E É DISTO QUE EU GOSTO E PRECISAMOS ... 
        BRASIL - PONTE PARA O FUTURO - Plano do governo TEMER 
        Campanha defende respeito à liberdade de opinião dos brasileiros  

        domingo, 15 de maio de 2016

        Vida - PENSE nestes momentos, a sós...

        • "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
        • Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente,
        antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."


        •  Ao deparar-se no espelho com as rugas vincando-lhe o rosto
         não é apenas a velhice
        dizendo que está para chegar. 


        Algo sublime, belo e paradoxalmente novo diz-lhe que é hora de
        mudar, crescer e amadurecer.
         

        O tempo é nosso maior aliado no acúmulo de experiências.
        A vivência provém dos nossos acertos e,
        principalmente, dos nossos erros do passado.
         

        A experiência aliada aos erros do passado
        servirá para orientá-lo no caminho da sabedoria, que enfoca a
        velhice como a oportunidade de aprimoramento
        e purificação interior.

        sexta-feira, 4 de março de 2016

        Mente Sã, Pensamento Favorável e Trabalho - Segredos para o Sucesso


        • Geraldo Rufino: o catador de sonhos
        Ele já quebrou seis vezes e saiu de todas elas mais sábio e mais rico.

        É comum que as pessoas se abalem com mais facilidade quando enfrentam os revezes da vida, e, ainda pior, quando enfrentam uma crise muitas vezes desistem sem sequer tentar virar o jogo.  De onde vem tanto desânimo, tanta falta de fé?

        Geraldo Rufino é o exemplo de que basta mudar o modo de pensar e todos os caminhos podem se abrir. Não sem trabalhar muito, é claro. 

        Trabalhar muito com o espírito e a mente é a formula do sucesso que Rufino conseguiu desenvolver. O homem que começou a vida como catador de lixo reciclável nunca perdeu o sucesso de vista, e hoje é presidente da JR Diesel, cujo faturamento é superior a 50 milhões de reais por ano.

        Empreendedor visionário, trabalhador incansável, otimista incorrigível, Geraldo Rufino ensina como transformar sua vida e seu negócio para nunca mais se sentir vencido. 
        • Comece hoje a:
        Enxergar oportunidades em cenários diversificados.
        Não se deixar abalar pelas cri$es.
        Manter a credibilidade em momentos críticos.
        Gerir uma equipe que tatua o nome da empresa na alma
        Fazer do seu sucesso uma fonte de sucesso para a sua família.
        Pense grande. Imagine-se vencedor. Visualize-se em situações de absoluto sucesso pessoal. Repita palavras construtivas para condicionar seu subconsciente a trabalhar nessa direção. Esteja sempre entusiasmado, positivo e confiante EM SÍ,  que o universo vai corresponder."
        • Quem está fora da lei morre no caminho
        Se você não trabalhar na legalidade por honestidade, faça por inteligência.

        Já comentei por aqui que sempre achei conveniente copiar e se espelhar em exemplos positivos que já existem no mercado. Positivos sempre, principalmente quando sabemos que algumas pessoas se apropriam justamente da parte ruim do negócio, a clandestinidade e a ilegalidade.
        Sei que no início de um negócio, é tentador optar por um caminho mais curto e mais rápido, mas essa é uma ilusão, é preciso pensar grande. Foi o que fizemos quando iniciamos com a JR Diesel.
        • Ter fé e fazer o bem
        Para mim, o empreendedorismo também precisa ser construído com um tanto de fé. Eu também a chamo de energia positiva e você pode chamá-la como quiser, basta acreditar. A sorte está aí para todo mundo, precisamos saber aproveitá-la da melhor forma. O primeiro passo é levantar cedo, sair de casa sempre determinado e acreditar com todas as forças no que você faz, estando sempre focado. O sucesso certamente será uma consequência bem-vinda.
        • Copiando e melhorando
        Temos muita sorte em viver em um universo vasto de coisas fantásticas que podemos nos inspirar. Eu prefiro não ficar quebrando a cabeça para inventar alguma coisa que já existe por aí, melhor para mim é aproveitar o que já tem pronto e colocar meu DNA, meu jeito, e aperfeiçoar ao meu modo.
        • Errando e assumindo
        Quando assumimos que somos os causadores de determinado problema, logo conseguiremos encontrar a solução. Assumir uma culpa não é fácil, mas é a melhor maneira de sair do sufoco, de tirar o pé da lama para pisar em algo melhor.

        As pessoas têm mania de complicar as coisas, apontar culpados e se fazerem de vítima. Elas se esquecem que as coisas acontecem porque elas mesmas permitiram. Seja por um erro ou por uma omissão, mas a responsabilidade é toda delas.

        Quando um problema surge, não adianta ficar parado olhando pra ele esperando que ele se resolva sozinho. Essa atitude só vai fortalecê-lo a ponto de virar um monstro. E, acredite, os problemas vão te atormentar dia e noite enquanto você não fizer nada a respeito.
        • Dar confiança e ser confiado
        Na minha trajetória profissional, passei por seis quedas financeiras que me quebraram vigorosamente. Porém, minha credibilidade permanecia intacta uma vez que a minha palavra e o meu comprometimento continuavam tendo o mesmo valor.

        Se você se mostrou correto e responsável a todo o momento, as pessoas vão te enxergar como um exemplo a ser seguido, pois você vai influenciar e passar confianças àqueles que estiverem ao seu redor. São esses tipos de líderes que se destacam no mercado.

        E, na hora do sufoco, o empreendedor não pode pensar “problema do banco”. É problema seu!!! O banco deu crédito porque um gerente confiou na sua credibilidade. Você jamais poderá deixá-lo numa situação difícil em virtude de um problema que você criou. Isso me tiraria o sono.
        Sem chance de brigar

        Quantas vezes ouvimos falar de sucessores brigando? Sua autoridade vai valer muito mais se tratar seus filhos com carinho, em vez de criticá-los e atiçá-los a disputar poder. E isso naturalmente favorece a disciplina, porque um aprende a não invadir o limite do outro e há empatia. Você se dá ao respeito pelo exemplo e posicionamento claro; e, assim, consegue liderar.

        Você acha que sou privilegiado? E como fazer para essa “sorte” continuar? Basta dar manutenção de pai e de empreendedor mais experiente 24 horas por dia. Estar próximo e presente é fundamental, não dá pra terceirizar; além de me fazer muito feliz.

        Meus filhos são meus parceiros. Hoje, cuidam da empresa, e eu cuido deles.
        • O catador de sonhos
        O empresário visionário que começou como catador de latinhas ensina tudo o que você precisa saber sobre otimismo, superação e determinação.
        • Geraldo Rufino - Conheça a história de um empreendedor de sucesso
          Ele deixou a favela e hoje é protagonista num mercado emergente

        Leda Nagle comanda o Sem CensuraLeda Nagle comanda o Sem CensuraO Sem Censura desta terça-feira (22/09) recebe o empresário Geraldo Rufino para falar sobre o livro "O Caçador de sonhos", que conta a história inspiradora do empreendedor. Ele saiu da favela para se tornar protagonista de um mercado emergente no país.

        sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

        Tv e a cultura de massa - Influências da década de 1980


        A década de 1980 é um divisor histórico contemporâneo. Essa época é marcada como a transição da Guerra Fria para uma nova ordem mundial, com os primeiros ensaios para uma economia neoliberal mais abrangente (vide o Consenso de Washington) e o término entre as tensões do mundo bilateral.
         

        Um dos principais pontos sobre a compreensão desse período está na exacerbação midiática que veio se construindo (e se desconstruiu e reinventou após o boom da internet e da informatização). Desde a década de 1950 começou a se formar uma cultura de massa mais consolidada, quando surgiu a TV e a música passou a se tornar mais e mais globalizada. Kennedy foi eleito presidente com apoio da força da TV e nomes como Elvis Presley e Beatles extrapolaram as barreiras culturais ainda existentes e começaram a dar início a um processo verdadeiro de aglutinação cultural.
         

        A própria cultura de massa já permitiu criar uma definição histórica e social desse período, como na moda, no cinema e em demais mídias. 

        Porém, a década de 1980 contou com uma expansão nas relações de interação entre pessoas e mídia que levaram esse aspecto a um patamar um pouco mais elevado. E, obviamente, quando se fala em cultura de massa se fala majoritariamente de cultura dos Estados Unidos.
         

        Entre as inovações tecnológicas que surgiram podemos destacar o videocassete, o computador pessoal e o vídeo game. Em uma questão estética, temos a elevação do videoclipe a um nível mais artístico e teatralizado e a cultura urbana, ou cultura de rua, entrando para os padrões de cultura de massa e até de uma cultura mais elitizada (caso de Basquiat).
         

        Essas alterações de nível tecnológico e estético interagiram com questões políticas, econômicas e sociais. O processo de abertura política da União Soviética, a Revolução Islâmica, o novo mapa da geopolítica se desenhando ao se apontar o fim da Guerra Fria, a contraposição aos movimentos de afirmação das duas décadas anteriores (configurada na figura do yuppie a substituir o hippie), o fim das utopias e o predomínio do capitalismo e do consumismo são algumas das características desse período.
         

        Um ponto interessante de se notar é a violência. A década de 1970 começou a registrar índices mais assustadores de violência e essa se tornou uma das características principais da pauta atual de políticas públicas (casos das FARCs, do tráfico no Brasil e a política de Tolerância Zero implantada por Rudolph Giuliani em Nova York). Seu impacto no dia a dia esteve presente nas mais variadas mídias.
         

        A indústria de cinema e de TV tornou esse um de seus principais filões do período. Seriados de policiais pegando bandidos ganharam mais popularidade, com uma diferença, que é a perda da inocência. A figura do assaltante de banco ou do contrabandista cedeu espaço para um novo vilão, o traficante de drogas. O crime se tornou organizado, os bandidos tiveram acesso a armas mais pesadas e a figura do bom moço com valores nobres deu lugar a heróis cheios de falhas e dúvidas, que muitas vezes atropelam a bondade em prol de eliminar o mal. São alguns casos a série  Desejo de Matar, Robocop, As Cores da Violência, entre muitos outros.
         

        Um clássico dessa época foi The Warriors — Os Selvagens da Noite. A premissa desse filme é uma gangue na cidade de Nova York sendo perseguida ao longo de uma noite, mostrando um aspecto do mundo pós-moderno, que é a identificação juvenil por determinados grupos sociais, com comportamento, gostos e vestimentas similares (vide nos tempos adiantes o hip hop, o surfista, o hipster e as identidade própria de cada estilo). Nesse filme, existe uma figura clássica em narrativas, que é a do excluído enquanto herói, a figura deslocada e perseguida, mas ainda assim com força e alguma nobreza, uma reminiscência de Jean Valjean.
         

        No videoclipe, Michael Jackson levou essa configuração da violência a peças como Bad e Beat It. Mais uma vez, a figura do criminoso com uma vestimenta heroica em meio aos conflitos por território e identidades marcadas por cada grupo. O videogame, mídia que dava seus passos iniciais e se afirmava majoritariamente entre os jovens, sempre teve a violência como um de seus pilares. Alguns jogos de destaque foram Double Dragon, Vigilante e também Streets of Regae de maneira tardia (esse último é de 1990, mas toda sua roupagem é anos 80). Nesses três casos há uma mesma premissa, lutadores marciais em combate com gangues de rua que tomam conta da cidade, uma associação com a influência de Bruce Lee, no qual o herói usa apenas das próprias mãos para derrotar o vilão. E nessas obras se vê o visual urbano decadente, o beco, o ferro-velho, as calçadas com suas fachadas de lojas pichadas e tomadas pelos criminosos.
         

        Nos quadrinhos, a exacerbação da violência foi um fator notável. Histórias como Demolidor e Watchmen começaram a mostrar o crime com maior crueza. O ambiente escuro, a figura do assassino em série, do traficante, tornaram-se chavões em suas narrativas. Sai aquele mero embate entre bem e mal e criam-se relações mais complexas de poder.
         

        Em todos esses casos citados, a mídia retrata a relação entre espaços públicos tomados por bandidos organizados, guiados por uma figura de liderança a ser derrotada ao final. A falência do poder público em combater a violência também costuma abrir espaço a outra figura, a do justiceiro, a da pessoa que precisa recorrer aos próprios recursos para lidar com o crime, seja em um senso de heroísmo individual, seja para se livrar de uma ameaça contra si mesmo.
         

        Em questões políticas, a cultura midiática da época foi um palco para o que estava em voga. Isso não é nenhuma novidade, pois em todos os tempos essa correlação existiu. Um dos pontos notórios foi a exacerbação do poderio militar dos Estados Unidos no cinema, em contrapartida com a geração anterior.
         

        Durante os tempos da Guerra do Vietnã, boa parte da cultura de massa se posicionou de maneira contrária à ação militar e o escândalo de Watergate chegou a render o filme Todos os Homens do Presidente. Já na década de 1980, houve uma produção cinematográfica menos crítica e voltada mais ao entretenimento, tendo como enredo um militarismo favorável à política externa dos Estados Unidos.
         

        Obras como Rambo, Braddock, Comando Delta e Top Gun são alguns dos exemplos mais óbvios. Nesses casos, é nítida a participação do poderio militar dos Estados Unidos em vários continentes, como América Latina, Oriente Média e Sudeste Asiático. O choque de alteridade novamente se percebe, como a figura do civilizado portador de valores a confrontar o vilão em um país bárbaro, normalmente libertando um povo sofrido e atrasado.
         

        Na música da época a política não se fez tão presente, pelo menos não de maneira tão escancarada, exceto por uma ou outra voz. Esse é um contraponto interessante, pela alta participação da música ao abordar esse assunto nas décadas anteriores. Os videoclipes seguem a mesma lógica: é uma era de consumo, em que o individualismo se torna um valor mais importante. Apenas um movimento vai na direção contrária, que é o funk e a cultura do hip hop (apesar de igualmente influenciado pela ótica do consumo, expressa nos cordões, tênis e demais objetos).
         

        Os videogames fizeram bom uso das questões políticas, principalmente no que diz respeito a guerras e a intervenções militares. São os ambientes típicos da terra do inimigo, como o deserto e a floresta tropical que aparecem em muitos desses jogos, atacados por soldados a pé, helicópteros e aviões, muitas vezes identificando a nação do herói como os Estados Unidos.
         

        Os quadrinhos sempre mantiveram seu pé na política. Homem de Ferro teve sua participação na Guerra Fria, Super-Homem e Capitão América envergam as cores dos Estados Unidos em seus uniformes. Na década de 1980 a política foi tônica nessas histórias. No X-Men se acirrou a questão da perseguição aos mutantes com direito a um futuro distópico, Justiceiro enfrentou terroristas islâmicos, intervenções militares foram temas de várias histórias.
         

        A política teve um papel complexo nessa época. A politização se tornou menor, mas a disputa de poder continua ocorrendo. Então a indústria de entretenimento se tornou mais próxima aos muitos interesses, se valendo de uma posição menos crítica por parte do público. Portanto exacerbou-se a relação entre diversão com algum grau de politização, geralmente alienada e tendenciosa.
         

        Outro aspecto interessante está na maior relevância que grupos minoritários obtiveram após os conturbados anos 1960 e 1970. Tendo por destaque grupos negros e femininos, essas duas figuras tiveram uma dimensão bastante diferenciada nessa década.
         

        No cinema, a presença dos dois grupos são um tanto quanto dúbias. Douglas Kellner, em seu livro A Cultura da Mídia, retrata que nessa década o cinema andou na contramão das conquistas existentes nas duas décadas anteriores. A figura da mulher se tornou reduzida diante da masculina, sendo limitada à mocinha salva pelo herói. Um destaque destoante é a figura adolescente nos filmes de John Hughes, que mostra suas personagens imersas em tantos dilemas como a questão da aparência, os estudos e a descoberta sexual.
         

        A figura do negro no cinema segue a mesma ótica feminina. Alguns figuras de destaque surgiram, como Richard Pryor e Eddie Murphy, mas ainda assim foi uma presença limitada. Nos filmes de dupla policial, a relevância do policial negro fica aquém do branco. Outro destaque nessa época veio com Spike Lee, que iniciou uma quebra de paradigmas significativa quando lançou Faça a Coisa Certa.
         

        Já na música a presença de mulheres e negros foi preponderante. Ícones como Madonna, Cyndi Lauper, Public Enemy e Run-D.M.C conseguiram ter uma presença própria, influenciando no comportamento geral. O impacto da cultura negra foi significativo e sua presença se nota até hoje. Mais do que meramente uma questão musical, a era do videoclipe influenciou também no comportamento.
         

        Nessa inicial era de videogames a presença feminina se viu em algumas séries, como no caso de Metroid. Nesse caso, há a correlação com o cinema. No filme Alien — O oitavo Passageiro, Sigourney Weaver interpreta Ripley, uma militar em uma nave especial (há quem considere esse o primeiro filme feminista, por colocar uma mulher em um papel de liderança e em posição de superioridade aos homens). A personagem da série Metroid recebe daí alguma influência. Por outro lado, boa parte do enredo de jogos eletrônicos tinham a premissa do herói correndo para salvar a mocinha do vilão. Apenas na década seguinte surgiria uma gama mais vasta de mulheres em ação.
         

        A figura do negro é igualmente escassa, apesar de existente. Uma aparição mais constante é como inimigo em jogos em que tenha a perspectiva de luta de rua, configurado como membro da gangue. Com papel de herói, pode-se citar Adam Hunter, em Street of Rage.
         

        Já os quadrinhos viveram um terreno bem mais fértil. Na década de 1980 começaram a surgir vários personagens negros e femininos de destaque, muitos deles quebrando esteriótipos correntes. Sua presença já existia anteriormente e nesse período se tornou ainda maior.
         

        Nesse aspecto, a questão midiática foi dúbia. Houve maior presença de negros e mulheres, em alguns aspectos atrelados a esteriótipos, em outros de maneira mais autorrepresentativa. Foi um primeiro passo para uma geração diferenciada, funcionando como meio termo. No caso do cinema a situação foi de maior retrocesso, não correspondendo a um padrão de mudanças que vinha se desenhando.
         

        Por último, pensar também na questão de cultura urbana e moda. Talvez esses sejam aspectos que se tornam mais emblemáticos através da cultura de massa, influenciando no jeito de vestir e de se comportar. E a década de 1980 contou com alguns fatores que influenciaram muito os anos seguintes, como o hip hop, os ícones femininos, Basquiat.
         

        O cinema dos anos 1980 possivelmente foi o que mais mostrou a diversidade cultural de seus tempos nas telonas. O adolescente revoltado, o nerd, o yuppie, o rapper, foram figuras bastante comuns (a Sessão da Tarde deixou isso muito marcado na mente dos brasileiros). E sua repercussão massiva foi bastante influente sobre a população, principalmente na juventude.
         

        A mesma lógica se aplica aos videoclipes. Neles se estampam a nova cultura, mais moderna e urbana, até em contraponto ao desapego que o movimento hippie procurou promover. A música Girls Just Want To Have Fun mostrou bastante disso, desde a revolta juvenil e o empoderamento feminino até um hedonismo que deixava de lado a politização. Nos quadrinhos e nos jogos eletrônicos, a estética urbana se fez cada vez mais presente. Os traços retratam uma nova estética, um novo modo de se vestir e de se portar.
         

        O impacto desse período foi muito extenso. Ele simbolizou uma reviravolta completa na geopolítica e essa relação se refletiu nas sociedades, juntamente à ascensão de grupos populares e sua inserção na grande mídia com um senso de alienação política e foco no consumo. Foi uma mudança de paradigma, do fim da utopia e do afastamento das questões públicas, ponto fundamente da construção do mundo atual. Os anos seguintes vieram como um reflexo seu: o nível de participação política não sofreu mudanças para melhor e as expressões agora contam com as redes sociais e a a grande mídia cada vez mais se influencia pelo baixo clero. A mesma dualidade se mantém, em um mundo ainda pautado pelo consumo, dessa vez mais assoberbado através das ferramentas de web 2.0.
        • Fonte - Guilherme Carvalhal - http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=4157&titulo=Influencias_da_decada_de_1980
        Saiba mais um pouco:
         
        • Educação, TV e Hegemonia