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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

VIDA PASSAGEIRA DO EXPRESSO TEMPO

 
  • A VIDA
A vida são deveres, que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida...

Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado..
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o meu amor, que está a muito à minha frente, e diria
EU TE AMO...
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter alguém ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terás será desse tempo que infelizmente... não voltará mais. 


Mario Quintana

domingo, 13 de agosto de 2017

Pais - Dia dos Pais - Mensagens Para o Sogro

  •  Meu querido sogro, Feliz Dia dos Pais!
Ninguém pode traduzir o significado da tua pessoa. Me destes o bem mais precioso de tua vida, tua única filha, isto para mim vale ouro.
 

Hoje, parabenizo-te por esse dia. Que a alegria se faça presente por toda a tua vida. Que o amor e o carisma continuem fazendo parte dela. Você é uma grande pessoa. Diria até que poderia ser meu segundo pai, pois seu exemplo de amor me envolve de uma maneira especial que posso sentir como se fosse um suave perfume.
 

Gostaria de ter palavras ou gestos capazes de traduzir os sentimentos que tenho por você. Posso dizer então que o presente maior nesse dia é ver você como meu amigo, como companheiro e poder tê-lo sempre ao meu lado.
 

Neste dia que é todo teu desejo-te mil felicidades e se cuide bem, sempre. E sigo aquela bela mensagem de Charlie Chaplin,     que costumas repetir:
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante.

  • Dia dos Pais  e sua História
Atualmente, tal como o dia das mães, o dia dos pais é uma das datas mais prestigiadas no mundo como um todo e no Brasil, em especial. Entretanto, pouco se sabe sobre a origem dessa data.
 

No Brasil, ela é comemorada no segundo domingo de agosto, mas já foi comemorada fixamente no dia 16 desse mesmo mês. Nos Estados Unidos e em várias outras nações, a data é comemorada no terceiro domingo de junho; em Portugal e Espanha, em 19 de março; na Rússia, no dia 23 de fevereiro. Mas qual é a razão dessas diferenças?
  •     Origem da comemoração nos Estados Unidos
O dia dos pais passou a ter repercussão mundial a partir do início do século XX, quando a data foi institucionalizada nos Estados Unidos da América. Os Estados Unidos comemoraram pela primeira vez o dia dos pais em 19 de junho de 1910. Tal data foi escolhida a partir da sugestão de uma moça chamada Sonora Louis Dodd, que quis homenagear seu pai, William Jackson Smart.
 

Smart era um veterano da Guerra Civil Americana que, após a morte da esposa, teve que criar sozinho Sonora e os outros filhos. A homenagem de Sonora começou em 1909, em sua cidade, Spokane, no estado de Washington. O dia em questão, 19 de junho, era a data de nascimento de seu pai. O gesto simples da moça acabou por mobilizar muitas pessoas da mesma cidade a fazer o mesmo tipo de homenagem. De Spokane, a prática alastrou-se para outros estados dos EUA.
 

Entretanto, em 1966, houve uma alteração na comemoração da data em decorrência de outros fatores. Do dia 19 de junho, a comemoração passou para o terceiro domingo de junho. Em 1972, o presidente Richard Nixon declarou o terceiro domingo de junho como o dia oficial da comemoração do dia dos pais. Essa data foi adotada como modelo por vários países ocidentais.
  •     Origem da comemoração no Brasil
No Brasil, o dia dos pais só foi comemorado pela primeira vez em 1953, no dia 16 de agosto. Ao contrário do que ocorreu nos EUA, essa data não foi pensada como forma de homenagem local e simples, que se alastrou depois, sem planejamento. Na verdade, ela foi pensada por um publicitário chamado Sylvio Bhering, à época diretor do jornal O Globo e da rádio homônima.
 

O objetivo de Bhering era tanto social quanto comercial. A tentativa inicial foi associar a data ao dia de São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus Cristo, que é comemorado em 16 de agosto, no calendário litúrgico da Igreja Católica, já que a população brasileira era predominantemente constituída de católicos. No entanto, nos anos seguintes, a data também foi deslocada para um domingo, o segundo domingo do mês de agosto – e assim permanece até hoje.
  •    O caso particular de outros países
Há o caso de outros países nos quais o dia dos pais está relacionado com aspectos culturais muito específicos. É caso, por exemplo, de Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras, que o comemoram em 19 de março. Isso ocorre porque tais países, também de tradição católica, associam o dia dos pais ao dia de São José, esposo de Maria.
 

Um caso curioso é o da Rússia, que celebra o dia dos pais em 23 de fevereiro. O motivo é o fato de que esse dia também é reservado à comemoração do Dia do Defensor da Pátria Local – data celebrada desde 1919. As duas datas acabaram por se entrelaçar.
  • - Brasil Escola

domingo, 29 de janeiro de 2017

Infância - Estou com saudades de ti


  • De vez em quando bate uma saudade da infância. 
Aquela saudade que a gente viaja nas lembranças com um sorriso melancólico nos lábios. Sinto saudades das brincadeiras no meio da rua. 

De correr, cair e ficar com os joelhos ralados na brincadeira conhecida como “pega-pega”.
 
Sinto saudade daquela felicidade simples. Às vezes a infância tem disso, possuímos tudo que precisamos para ser feliz, mas ainda não temos maturidade suficiente para perceber e aproveitar tudo.
 

Sinto saudade de esperar o Papai Noel chegar e de como descobri com alegria, não com tristeza, que eram meus pais que colocavam os presentes embaixo da cama.  Crianças são tão cheias de sonhos e isso é tão bom...
 

Sinto saudade de tudo. Mas lamento ter compreendido alguns sentimentos tão tarde. Tarde para aproveitar melhor experiências, momentos e oportunidades, mas ainda cedo, muito cedo para aproveitar tudo o mais que a vida tem para me dar. E eu quero aproveitar o que eu puder, antes que a vida resolva me deletar. Brilhamos forte como uma lâmpada, mas de repente apagaremos. Espero que alguns tenham aproveitado o meu brilho e, nesta claridade, tenham lido e aprendido bastante coisas úteis para sua vida.
 

- Mas o que temos para hoje é saudade...
  • Sinta o porque lendo o texto que segue:
  • "Triste geração que tudo idealiza e nada realiza" - Futuro comprometido?
Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela. Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”. Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem saber porquê. Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz. Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável. Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala para curtir mais a noite. Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior.
 

Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vemos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que têm minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.
 

Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.
 

Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.
 

Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.
 

Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.
 

Somos a geração que se mostra feliz no istagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.
 

Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.
  • Texto de (Marina Melz, revista Pazes)

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Saudades são vagarosas lembranças que não precisam doer

  • Quando estamos de bem com o passado, conseguimos olhar para trás com a sensação de ter vivido intensamente. Só não podemos deixar que ela ocupe todos os espaços do presente
Sibele Oliveira, quando era adolescente, registrava tudo que fazia em um diário. Recheava as folhas com detalhes cotidianos, segredos, confissões, frases bonitas e até guardanapos dos cafés por onde passava. Temia que se algo lhe escapasse, ela não poderia recuperar nunca mais. Mas ali a sua história estava protegida. Assim como estavam bem guardados num baú dourado os souvenirs que trazia de viagens, fotos, cartas e cartões-postais. 

Com o tempo muita coisa se perdeu, mas ela ainda conserva boa parte dessas recordações. Elas permanecem no seu quarto, agora em uma caixa de madeira com estampa floral. Cada vez que ela a abre, seu mundo pretérito se revela em datas, caligrafias, mensagens bem-humoradas, desenhos, paisagens e perfumes. É quando entra em seu recanto particular de saudades. Talvez ninguém consiga falar dessa companheira que nos segue por toda a vida com tanta maestria como os poetas.
 
“De que são feitos os dias? De pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças”, disse Cecília Meireles. Assim é a saudade. Uma ausência presente. Uma ponte que nos oferece acesso livre ao que  há de mais intenso e marcante no nosso passado. Quando ela nos visita, traz consigo abraços, olhares, conversas, carícias, promessas, cenários, cheiros, músicas e sorrisos. Surge como um filme no qual somos protagonistas, com imagens vivas e sons nítidos que nos fazem reviver momentos especiais guardados na memória. O vocábulo saudade vem do latim solitas, que significa solidão. Sofreu variações para soidade, soedade ou suidade até chegar à forma como o conhecemos. Já foi considerado, algum tempo atrás, a sétima palavra mais difícil de se traduzir pela empresa britânica Today Translations, mas exprime um sentimento universal. 

A saudade nos encanta porque funciona como uma máquina do tempo. Ela nos leva ao encontro de pessoas, mesmo que não possamos mais revê-las, nos transporta a lugares e épocas distantes.
 
No livro A Filosofia da Saudade (editora QuidNovi), o autor António Braz Teixeira reuniu diferentes filósofos que pesquisaram o sentimento a fundo. Um dos que exploraram essa característica atemporal da saudade foi o português Eduardo Lourenço, que a definiu como uma sensação-sentimento que o homem experimenta de arder no tempo sem se consumir. Para o filósofo, a saudade tem um relógio próprio, que não obedece qualquer cronologia. É isso o que causa a impressão de que ela é eterna e a faz brilhar no coração de todas as ausências. Não é por acaso que gostamos de sentir saudade, mesmo que ela nos deixe tristes, com uma ponta de solidão. “Existe uma tendência humana de repetir vivências prazerosas. Quando isso acontece, reativamos experiências infantis muito primitivas de completude, satisfação e felicidade”, explica a psicanalista e filósofa Maria Vilela Nakasu. 

Apesar de nos permitir reviver tempos felizes, é importante não nos deixarmos envolver demais por esse sentimento, pois, dependendo da intensidade, ele pode fechar nossos olhos para o presente. O poeta Almeida Garrett alertou para esse risco: “Saudade é um suave fumo do fogo do amor que qualquer breve ausência basta para alimentar”.  
  • Deixe o rio levar
Juliana Talala foi para São Paulo em 2010 para visitar um amigo, mas acabou encontrando um trabalho. Uma proposta irrecusável, já que a jornalista sempre foi atraída pela cultura, conhecimentos e experiências que a cidade oferecia. Deixou Uberaba (MG), sua terra natal, sem pensar duas vezes. No começo, tudo era novidade e a companhia de três amigos facilitou sua adaptação. Mas logo a saudade da família bateu. “Era um vazio desmedido. Mas a tecnologia chegou para encurtar a distância, trazer o aconchego, mesmo que na tela do celular.”
 
O tempo passou e agora Juliana está novamente de mudança, pois surgiu a oportunidade de um novo emprego em Uberlândia (MG). E ela já está sentindo saudades antecipadas das amizades que fez e de momentos inesquecíveis que viveu na cidade, como um show da cantora Norah Jones que assistiu sentada na grama do Parque da Independência, ou das vezes que perdeu a noção do tempo folheando livros nas prateleiras de uma livraria. “Como todo final, esse traz um novo começo, repleto de desafios, expectativas e planos. Tão grandes como os que carregava quando cheguei a São Paulo.” Nossa vida é repleta de chegadas e partidas, como as de Juliana. O ano começa e termina, amores vêm e vão, amigos surgem e desaparecem, cursos se iniciam e acabam, festas e viagens têm começo e fim. Deixamos e carregamos algo de nós em tudo o que vivemos, em cada ciclo que fechamos. Há pessoas que preferem parar em algum ou alguns desses ciclos, achando que jamais irão viver algo com o mesmo sabor. 

O que está por trás da atitude de querer morar no passado muitas vezes é um grande vazio existencial.
 
Como a imperfeição do presente é desconfortável, preferem a zona de conforto do que já se foi, valorizando o que aconteceu de bom e jogando no lixo o que foi ruim. Assim criam sua própria receita para suportar os aborrecimentos do dia a dia. É exatamente isso o que acontece com os nostálgicos. De origem grega, a palavra nostalgia deriva de álgos (dor) e nóstos (retorno) e expressa uma tristeza profunda causada pelo afastamento da pátria. Essas pessoas se sentem desse jeito. Fora do seu lugar. “Na nostalgia, a pessoa revive o passado acentuando os aspectos positivos dele, com a ideia de que perdeu algo que não pode recuperar. 

Ela afirma que o passado foi e continua sendo melhor que o presente, como um momento perfeito ao qual nunca poderá retornar a não ser por lampejos de lembrança. Há um brilho ligado a uma experiência única, intensa. Algo relacionado à plenitude, ao sublime, ao divino”, afirma a psicanalista Maria Vilela.
 
Mas felizmente há remédio para a nostalgia, que é parente próxima da saudade. Aceitar a transitoriedade da vida é o segredo para sentir uma saudade boa, aquela que por um instante causa palpitação, uma sensação de vácuo que nos faz suspirar e entrar em transe, mas que quando passa nos deixa com um sorriso no rosto.
 
“Há um lado nefasto da saudade que se aproxima da melancolia. Ela é vivida como algo dilacerante, que desestabiliza e consome a pessoa por inteiro. É um sofrimento quase insuportável. É preciso fazer um trabalho de luto para que ela fique mais leve. E entender que a vida se transforma a cada momento.
 
É importante desapegar, deixar ir embora, não reter o que se perdeu. Rupturas acontecem diariamente à nossa revelia, e vão continuar acontecendo. Quanto melhor lidamos com a ideia da impermanência das experiências, mais facilidade temos de viver uma saudade gostosa”, lembra.
  •  Retocando o quadro das memórias
Maria Bethânia e Lenine cantam a saudade como um eterno filme em cartaz, na música que leva o nome do sentimento. O que a faz tão forte, até mesmo permanente, é a mistura de ingredientes da qual é feita: amor, ausência, desejo e pesar. Segundo o filósofo português Manuel Cândido Pimentel, a saudade é capaz de perpetuar os vínculos amorosos no infinito. Ela também é um elo entre nós e parte importante da nossa história, formado por uma trama única e intransferível, crucial para a manutenção da identidade. “A saudade é tecida de fios complexos e emaranhados, repetitivos e variações de um mesmo bordado. Quando se puxa um, se percebe sua intrincada relação com os muitos outros”, analisa a filósofa Ivone Gebara, autora do livro O Que É Saudade (Brasiliense).
 
Usamos uma dose de imaginação quando fazemos da saudade um instrumento de reconstrução das memórias, pois nem sempre elas estão intactas nos arquivos da mente. Corrigimos imperfeições, aplicamos tintas mais vibrantes, acrescentamos um toque de sonho, usamos a lente com a qual enxergamos o mundo hoje. Assim, as remontamos como uma colcha de retalhos. Mesmo quando não há nada para realçar, a saudade teima em aparecer. O poeta Manoel de Barros descreveu isso muito bem. “Tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. 

Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância.” Mas é preciso tomar cuidado para não acharmos que se não alcançamos a plenitude em tudo, o quadro da nossa vida é preto e branco. 

Cada fase tem sua cor e beleza, mesmo em tons pastel.
  •  O presente de viver o presente
Há momentos em que o melhor a fazer é deixar a saudade doer. No filme italiano Cinema Paradiso (1988), o bem-sucedido cineasta Salvatore Di Vita retorna à cidadezinha em que viveu na infância para o sepultamento do amigo projecionista que nunca mais viu. Seu passado todo vem à tona envolto em uma saudade densa. Surgem imagens dele como coroinha, na época em que era conhecido na cidade como Totó, escapando da igreja para ir ao cinema, manipulando a filmadora e seus rolos de filme e namorando a filha do banqueiro, um romance que terminou em desilusão. 

Muitos anos depois ele aparece dentro do cinema imerso em pó, examinando pedaços de rolo de filme no chão, pouco antes de o prédio ser demolido para dar lugar a um estacionamento. De volta a Roma, Salvatore assiste a uma fita em preto e branco que trouxe da viagem, que foi censurada pelo padre quando ele ainda era criança. Nela, beijos de vários casais apaixonados. Ele não consegue mais segurar as lágrimas.
 
Quantas pessoas não se identificam com a emoção dele? Quando a saudade é vestida de angústia e cola na alma como uma ferida que não cicatriza, vale a pena investir num encontro íntimo com esse sentimento. 

Pensar, escrever, falar, refletir, fazer uma oração e, se necessário, chorar, podem ser o caminho para matá-la, para encontrar a saída dessa prisão. E aceitar que na nossa jornada nem tudo é perfeito.
 
“A vida tem lacunas. Mas nem por isso devemos escapar do presente. O presente é real, é faltante, é conflito. Olhamos para ele com muita concretude, vemos as falhas. Só que há coisas boas no presente, que nos alimentam, motivam e conduzem a um sentimento de esperança em relação ao futuro”, resume a psicanalista Maria Vilela. Não podemos perder tempo desperdiçando o aqui e agora, pois, como a filósofa Ivone Gebara bem observa, “marcas e rastros estão sendo deixados como novas heranças saudosas.
 
Tecemos, hoje, as futuras saudades”. Sempre fecho a minha caixa de recordações sentindo gratidão por tudo o que vivi. E saio do meu mundo de saudades deixando a minha vida livre, para que ela escreva novas histórias.
 
SIBELE OLIVEIRA já está com saudade do ano que está acabando, mas sabe que vem muita coisa boa pela frente para tecer novas lembranças.
  • http://vidasimples.uol.com.br/

quinta-feira, 9 de junho de 2016

TEMPO É O MAIOR INIMIGO DAS BOAS OPORTUNIDADES.

  •  "Se eu tivesse uma nova vida pra viver, eu tentaria cometer mais erros. 
  • Relaxaria. Iria a mais lugares. Subiria mais montanhas e nadaria em mais rios. Tomaria mais sorvete. Brincaria mais no carrossel.
  •  
  • Eu dançaria mais. Andaria descalço no começo da primavera e assim ficaria até o fim do outono. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. 
  •  
  • Com os mestres, aprendi a colher margaridas mesmo nos caminhos mais cinzentos da vida",  Don Herold
"Se eu pudesse viver minha vida novamente, eu iria falar menos e ouvir mais.Eu teria acendido a vela cor-de-rosa, em forma de rosa, antes dela se desmanchar. Eu teria me sentado no chão com meus filhos, sem me preocupar em me sujar. Quando os meus filhos me beijassem compulsivamente, eu jamais diria,“Mais tarde.  Agora vamos lavar as mãos para jantar”. Haveria mais “Te amo”…mais “Me desculpe”. Mas, mais do que tudo, se eu pudesse viver minha vida novamente, eu aproveitaria cada minuto… Olharia para ela e realmente a veria.  A viveria e nunca a abandonaria."
 
Se não vai haver mais outra, com certeza, por que viver ensaiando e representando, fingindo e roubando? Apenas viva e deixe viver, esta é a única chance que a mãe natureza, que lhe fez, aleatoriamente, lhe ofereceu. Então pare de esquentar esta mufinha e apenas viva, driblando tudo que possa atrapalhar sua felicidade, até o tchau final quando feliz dirás, fui, valeu!
 
VIVA INTENSAMENTE E COM HONESTIDADE, CADA MINUTO DE SEU TEMPO. Quanto aos sorvetes industrializados, evite-os, caso queiras ter uma vida mais saudável.

sábado, 24 de outubro de 2015

Rede social brasileira - Você pode saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou

  • Rede social brasileira - Você pode saber o que disse, 
  • mas nunca o que o outro escutou

Uma das frustrações de blogueiros e produtores de conteúdo para internet é a remuneração. Apesar de as companhias de tecnologia estarem entre as maiores do mundo, o dinheiro não é repartido com o usuário, que abastece os portais com informações. Pensando nisso, o brasileiro Claudio Gandelman, ex-CEO do Match.com para a América Latina, criou o Teckler, rede social que paga para quem publica.
O sistema é simples. O usuário cria uma conta, publica seus textos e recebe via PayPal. O Teckler repassa 70% do valor pago pelos anunciantes para o usuário e retém 30%. Cada mil visualizações rendem entre US$ 0,40 e US$ 15, dependendo do anúncio exibido. O dinheiro pode ser retirado quando a conta somar US$ 5.
— Na internet 2.0, as empresas começaram a ganhar dinheiro com o conteúdo gerado pelos usuários. Essa é a internet 3.0, que paga ao internauta que cria informação — diz Gandelman, que agora ocupa o cargo de presidente do Teckler.
O Teckler foi lançado no dia 15 de maio e em apenas cinco dias, cinco mil usuários se cadastraram e 10 mil “tecs“ — como as postagens são chamadas — foram publicados. O site aceita textos, imagens e vídeos, mas o conteúdo é moderado. Pornografia, pedofilia e incitação ao ódio são proibidos.
— Superou nossa expectativa. A meta era ter cem usuários no primeiro mês — conta Gandelman.
O Teckler foi desenvolvido em apenas seis meses e consumiu investimento de R$ 1,5 milhão. O nome remete ao som “tec” emitido pelo teclado.
— Foi difícil encontrar uma marca. Ela tinha que estar ligada ao produto e ter o endereço disponível na internet — conta Ana Araújo, única mulher entre os oito sócios da empresa, criadora do nome do site.
O site já está no ar, mas em constante atualização. O próximo passo é avançar para as plataformas móveis. Gandelman promete que nos próximos dois meses serão lançados aplicativos para iOS, Android e Windows Phone.
Apesar de ter sido idealizado e desenvolvido por brasileiros, o Teckler tem ambições globais. O lançamento oficial foi feito em Nova York, nos EUA. O site está disponível em 164 países e 13 idiomas diferentes.
  • http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/rede-social-brasileira-paga-quem-postar-conteudo-8535488

domingo, 27 de setembro de 2015

ABANDONO DE LAR - Não Me Abandone SÓ !

  • AGORA TÁ DIFÍCIL E SINTO FALTA DE VOCÊ !
  •  Não Me Abandone

Não me abandone, é preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer que já ficou pra trás.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas que às vezes mata a golpes de por quês,
o coração de felicidade.
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone

Eu te oferecerei pérolas de chuva vindas de países
Onde nunca chove;
Eu escavarei a terra mesmo depois da morte,
Para cobrir teu corpo com ouro e luzes.
Criarei um país onde o amor será rei,
Onde o amor será lei e você será a rainha.
Não me abandone,
Não me abandone,

Não me abandone, eu te Inventarei
Palavras absurdas que você compreenderá
Te falarei daqueles amantes
Que viram de novo seus corações excitados
Eu te contarei a história daquele rei,
Que morreu porque não pôde te conhecer.
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,

Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale de terras queimadas a produzir mais trigo na melhor primavera
É quando a tarde cai, para que o céu se inflame
o vermelho e o negro não se misturam
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandones, eu não vou mais chorar
Não vou mais falar, Me esconderei aqui
Só para te ver dançar e sorrir,
Para te ouvir cantar e rir.
Deixa-me ser a sombra da tua sombra?
A sombra da tua mão? A sombra do teu cão?
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone.
Não me abandone.

terça-feira, 17 de março de 2015

Militares no poder e Diretas já. Lula no poder e o que deu ?

  • Militares no poder e Diretas já ...
  •  Não temos mais tempo para desperdiçar !
 Perdemos 15 anos com lula e sua secretária exterminando, além de nossas economias, o controle da inflação, com a desvalorização do $Real inteligentemente criado por aqueles que os petistas mentem dizendo serem melhores, ou equivalentes. 
Se formos perder mais 20 anos vocês poderão comemorar mais de meio século de tentativas inúteis na escolha de um bom e honesto presidente.
Acontece que dois bons já foram substituídos por esta dupla dinâmica, incompetente e facilitadora de falcatruas mil, levando nosso país ao seu lugar de partida, o décimo mundo.
Talvez daqui há mais um século exista mais coesão entre o povo que será mais responsável, não votando como se fosse uma brincadeira de circo. 
Afinal, para o que servem os anos a não ser para serem contados ?

segunda-feira, 2 de março de 2015

Lembranças - As Primaveras - Casimiro de Abreu

  • Meus oito anos
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !

Como são belos os dias
Do despontar da existência !
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !

Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !

  • Lisboa — 1857 - Casimiro de Abreu
http://www.adrive.com/public/vqSwhp/Casimiro%20de%20Abreu%20-%20As%20Primaveras.pdf