- De vez em quando bate uma saudade da infância.
De correr, cair e ficar com os joelhos ralados na brincadeira conhecida como “pega-pega”.
Sinto saudade daquela felicidade simples. Às vezes a infância tem disso, possuímos tudo que precisamos para ser feliz, mas ainda não temos maturidade suficiente para perceber e aproveitar tudo.
Sinto saudade de esperar o Papai Noel chegar e de como descobri com alegria, não com tristeza, que eram meus pais que colocavam os presentes embaixo da cama. Crianças são tão cheias de sonhos e isso é tão bom...
Sinto saudade de tudo. Mas lamento ter compreendido alguns sentimentos tão tarde. Tarde para aproveitar melhor experiências, momentos e oportunidades, mas ainda cedo, muito cedo para aproveitar tudo o mais que a vida tem para me dar. E eu quero aproveitar o que eu puder, antes que a vida resolva me deletar. Brilhamos forte como uma lâmpada, mas de repente apagaremos. Espero que alguns tenham aproveitado o meu brilho e, nesta claridade, tenham lido e aprendido bastante coisas úteis para sua vida.
- Mas o que temos para hoje é saudade...
Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vemos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que têm minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.
Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.
Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.
Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.
Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.
Somos a geração que se mostra feliz no istagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.
Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.
Sinto saudade de esperar o Papai Noel chegar e de como descobri com alegria, não com tristeza, que eram meus pais que colocavam os presentes embaixo da cama. Crianças são tão cheias de sonhos e isso é tão bom...
Sinto saudade de tudo. Mas lamento ter compreendido alguns sentimentos tão tarde. Tarde para aproveitar melhor experiências, momentos e oportunidades, mas ainda cedo, muito cedo para aproveitar tudo o mais que a vida tem para me dar. E eu quero aproveitar o que eu puder, antes que a vida resolva me deletar. Brilhamos forte como uma lâmpada, mas de repente apagaremos. Espero que alguns tenham aproveitado o meu brilho e, nesta claridade, tenham lido e aprendido bastante coisas úteis para sua vida.
- Mas o que temos para hoje é saudade...
- Sinta o porque lendo o texto que segue:
- "Triste geração que tudo idealiza e nada realiza" - Futuro comprometido?
Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vemos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que têm minhoca na receita de uns. E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.
Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir. Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.
Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.
Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.
Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.
Somos a geração que se mostra feliz no istagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada. Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.
Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar. Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.
- Texto de (Marina Melz, revista Pazes)