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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

PAZ - Dia Internacional da Paz



  • A paz começa com o amor
E se todos nós distribuirmos um pouquinho de amor
neste Dia Internacional da Paz?
  • Frases e Mensagens sobre a Paz Mundial
  • A paz não se consegue com força, somente através da compreensão ? Albert Einstein
  • Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho ? Mahatma Gandhi
  • Quer fazer algo para promover a paz mundial? Vá para casa e AME a sua família ? Madre Tesesa de Calcutá

O Dia Internacional da Paz é celebrado anualmente a 21 de setembro.

  • Origem da data
Esta iniciativa mundial foi estabelecida pelas Nações Unidas em 1981 e foi comemorada pela primeira vez em setembro de 1982.
Em 2002 a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou oficialmente o dia 21 de setembro como o Dia Internacional da Paz.

  • Objetivos do dia
A comemoração tem como objetivo levar as pessoas a sensibilizaram-se para a necessidade da paz no mundo e para promoverem atos que tenham como resultado o fim dos conflitos entre povos e a consagração da paz mundial. O fim deste dia é que a pessoa faça algo pela paz. Entre outras ideias, pode colocar uma bandeira branca na sua casa, perdoar um amigo, fazer um donativo, juntar-se aos eventos realizados pelo mundo, partilhar a página oficial deste dia ou a música Imagine de John Lennon nas redes sociais ou assinar petições que circulam pela internet pela paz.
  • 21 de Setembro - Dia Mundial da Paz
Dia 21 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Paz. Neste dia, milhões de pessoas ao redor do mundo farão algo para criar a paz. Esta data representa uma oportunidade para as pessoas, organizações e nações realizarem ações práticas em prol da paz mundial. Em 1981, no 20º aniversário da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ONU resolveu declarar que o Dia Internacional da Paz serviria como um lembrete a todos os povos que nossa Organização, com todas as suas limitações, é um instrumento vivo no serviço da paz e deveria servir a todos nos aqui como um constante sino que relembra que estamos permanentemente comprometidos com a PAZ MUNDIAL, sobrepujando qualquer interesse ou diferença".
 

Para comemorar esta importante data o AFS Intercultura Brasil está fazendo uma grande chamada a todos os brasileiros com acesso a internet para assinem virtualmente a Petição da Paz no site  www.exchanges4peace.org.
 

A Petição pela Paz atingiu até agora 83.510 assinaturas de 198 países. O Brasil é o oitavo país em número de assinaturas, vindo atrás de Tailândia, Malasia, México, Perú, Estados Unidos, República Dominicana e Alemanha e seguido por Belgica e Honduras. A idéia do AFS é atingir 1 milhão de assinaturas em um documento que será entregue para a ONU, em outubro de 2007, na cidade de Nova Iorque, onde também será realizado um Fórum pela Paz. Assine e divulgue a petição da paz.
  • Dia Internacional da Paz
No dia 21 de setembro é comemorado o Dia Internacional da Paz, data em que se celebra a paz mundial entre as nações e a não violência.
  • Origem do Dia Internacional da Paz
Em 1981 a Organização das Nações Unidas (ONU), definiu como sendo o Dia Internacional da Paz a data em que ocorre a abertura das sessões da Assembleia Geral da instituição, onde todas as nações participantes são lembradas da importância da paz. Nesta data existe um ato de cessar-fogo e pacto pela não violência sugerido aos países membros.
 

Em 2001 foi oficializada a data de 21 de Setembro, como o Dia Internacional da Paz, sendo valida a partir do ano de 2002, definindo a partir da resolução 55/282, que todas as nações deverão comemorar a paz e garantir que a mesma seja mantida, seja internamente ou entre as relações entre os outros países.
  • Conscientização sobre a Paz
A ONU também estabeleceu que as nações devem estimular atividades educativas e conscientizadoras para estimular a paz e a não violência entre as gerações atuais e futuras, assim como a meta de cessar-fogo e acabar com conflitos que geram violência e mortes. Através de atividades escolares e debates sobre o tema, busca-se ampliar o conhecimento e por consequência diminuir a incidência de violência em vários níveis.
 

A cada ano a ONU define temas que devem ser debatidos dentro da discussão da paz, como por exemplo em 2012, onde o tema foi ?Paz Sustentável para um Futuro Sustentável?, observando que diversos conflitos armados contribuem para um uso em massa de recursos naturais, que deveriam servir a sociedade.
  • Importância da Paz Mundial
Conforme informação da ONU, cerca de 1,5 bilhão de pessoas vivem em situações de conflito, ou com altos índices de violência e criminalidade, significando, portanto que cerca de 20% da população mundial vive sem garantia de paz, assim a luta pela diminuição de conflitos internos ou externos se torna essencial para evitar o agravamento dessa situação, e garantir que as pessoas, principalmente os mais frágeis a esse tipo de situação, como crianças e mulheres, possam viver de forma mais segura e a sociedade possa ter harmonia.
 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

BRASIL INFANTIL - ETERNA ALIANÇA - O Sapo que virou Príncipe


Era uma vez uma bondosa princesa muito bonita, que vivia num reino muito distante.
 

Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. 

Pensando que a bola estivesse perdida, começou a chorar.
 

— Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. — disse um sapo. — Pode fazer isso? – perguntou a princesa. — Claro, mas, só farei em troca de um beijo. A princesa concordou....
 

Então, o sapo apanhou a bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperando o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou: — Princesa, deve cumprir a sua palavra! O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo a sua comida. O rei, vendo sua filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago.
 

Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei: — Ó, Rei, só estou cobrando
uma promessa. — Do que está falando, sapo? Disse o rei, bravo.
 

— A  princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago. O rei, então, mandou chamar a filha. O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, a princesa começou a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo.
 

A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou ao chão. Diante dos olhos de todos, o sapo se transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe. Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela acabaria com o feitiço. 

Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou. Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira. A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.
 

  • 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre o PT e o PSDB
PT e PSDB são os irmãos Karamazov da política nacional. Nas últimas décadas, ambos os partidos travaram duelos apaixonados e transformaram o debate público brasileiro num imenso caldeirão, um Fla-Flu. De um lado os azuis, do outro os vermelhos. De um lado o tucano, do outro a estrela. De um lado o professor, do outro o operário.
 

O que poucas pessoas sabem é que há mais coisas em comum entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira do que julga nossa vã filosofia. PT e PSDB nasceram no mesmo lugar, no coração da esquerda paulistana, com concepções políticas e econômicas muito parecidas, e com duas figuras históricas – Lula e Fernando Henrique Cardoso – que não teriam ascendido sem o outro. E tudo isso nunca foi negado por seus criadores. Pelo contrário.

    “Nós estamos que nem dois jogadores de futebol, somos amigos, somos até irmãos e estamos jogando em times diferentes”, já disse Lula sobre a relação entre os partidos.


    “Nossas diferenças com o PT são muito mais em relação à disputa de poder do que sobre ideologia”, já assumiu Fernando Henrique Cardoso.
De fato, é muito difícil desassociar a história de ambos. O sociólogo francês Alain Touraine, de esquerda, ex-professor e amigo pessoal de Fernando Henrique, chegou a afirmar que o futuro do Brasil seria a união dos partidos. Em 2004, Touraine disse que os governos de FHC e Lula faziam parte de um mesmo projeto. E tal cenário é assumido por seu pupilo. Para FHC, há uma massa política atrasada no país e a polarização entre PT e PSDB serve para tirá-lo desse atraso.


    “Os dois partidos que têm capacidade de liderança para mudar isso são o PT e o PSDB. Em aliança com outros partidos. No fundo, nós disputamos quem é que comanda o atraso”, disse.
Aqui, 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre os dois partidos que mais pediram o seu voto nos últimos tempos.
Foi em 1978.
 

Fernando Henrique Cardoso era o príncipe dos sociólogos, um membro ativo da comunidade acadêmica paulistana que havia deixado a universidade para abraçar a vida pública. Era sua estreia de gala, o candidato de esquerda na corrida ao Senado pelo maior estado do país, a nova aposta do MDB.
 

Lula era o sapo dos operários, um líder do movimento sindical que tinha “ojeriza” à política partidária. Convencido por alguns amigos, abriu uma exceção para a candidatura do sociólogo do Morumbi. Pediu em troca sua adesão às bandeiras econômicas dos sindicatos, prontamente atendidas. Tal qual FH, era sua primeira vez nas corridas eleitorais. E a meta era clara: somar o máximo de votos possíveis para Fernando Henrique Cardoso.
  

Como conta o próprio Lula: “Acontece que em 78, primeiro ano das greves do ABC, o MDB estava lançando sua chapa de senadores. Algumas pessoas, alguns jornalistas cujos nomes não vou dizer, queriam que a gente apoiasse Cláudio Lembo, da Arena. Fui apresentado a Fernando Henrique Cardoso. Aí fomos para a campanha. Fui representar Fernando Henrique Cardoso em vários comícios.”
 

Lula levou FHC às portas de fábrica e rodou com ele pelo interior do estado. 

Era o príncipe e o sapo unidos em torno da criação do mesmo reino – a maior figura daquilo que viria a ser o PSDB com a maior figura daquilo que viria a ser o PT. Num palanque do MDB, com artistas e figuras ilustres da esquerda paulistana, o líder operário irritou-se com a festividade. Virou-se para Ulysses Guimarães e esbravejou: “O trato é que iria pedir votos só para o Fernando Henrique Cardoso. Todo mundo sabe que sou o principal cabo eleitoral do Fernando Henrique Cardoso. Agora querem que eu peça votos também pro Montoro. Eu não vou pedir. Se não me deixarem fazer o que eu quero, eu desço e levo o palanque todo comigo, e vamos fazer o comício em outro lugar.”
 

Era o início de tudo. Fernando Henrique acabaria eleito primeiro suplente do senador Franco Montoro e, quatro anos depois, quando Montoro virou governador, assumiu a vaga, dando princípio à carreira política que o levaria ao cume do poder nacional. Sem o apoio de Lula em seus primeiros passos, nada disso seria possível.
 

Na década de setenta, Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa de praia em Picinguaba, Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Em 1976, entre as indas e vindas de sua vida acadêmica dentro e fora do país, deixou o imóvel nas mãos de um amigo de longa data que conhecia desde os tempos de garoto – um sujeito chamado Eduardo Matarazzo Suplicy. “Em 1976, aluguei uma casa em Paraty e fui conhecer Picinguaba. O Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa lá, que acabou me emprestando por seis meses quando ele foi para a França. O filho da caseira me mostrou um terreno, onde acabei construindo minha casa, dois anos depois”, conta Suplicy.
 

Um ano depois, o fundador do PSDB abriria as portas para o fundador do PT e sua esposa – Lula e Marisa – passarem um final de semana no imóvel. Lula ficou extasiado com a paisagem. Só reclamou dos mosquitos.
 

No final da década de 1970, Fernando Henrique e Lula participaram de uma reunião no ABC paulista, com intelectuais e dirigentes sindicais, para discutir o que fazer diante da iminente redemocratização no país. Nesse espaço, discutiram a criação de um partido socialista. Mas a ideia não foi pra frente. Como conta o sociólogo Francisco Weffort, fundador do PT e posteriormente ministro do governo FHC: “Apesar das muitas afinidades, prevaleceu a divergência. Daquele grupo, uns saíram para criar o PT e outros, anos depois, o PSDB.”
Segundo Eduardo Suplicy, que reuniu Lula e Fernando Henrique diversas vezes em sua casa para discutir o futuro do país e a possível criação de uma nova legenda, ela só não nasceu pelo conflito de liderança entre os dois: “Cada um avaliava que seria o líder maior da organização que se formasse. Tinham dificuldade de aceitar a liderança um do outro, e ficava muito difícil para ambos ficar no mesmo partido”, conta.
 

Por muito pouco, PT e PSDB não se tornaram um único partido.
 

A história dos principais caciques tucanos se confunde com a história dos principais caciques petistas. Juntos, ajudaram a construir a esquerda brasileira.
 

Fernando Henrique Cardoso sempre foi um estudioso do marxismo, por influência de Florestan Fernandes. Na década de 50, auxiliava a edição da revista “Fundamentos”, do Partido Comunista Brasileiro. Também integrava um grupo de estudos dedicado à leitura e discussão da obra O Capital, de Marx. Em 1981, ao lado de Eduardo Suplicy, ingressou numa lista da Polícia Federal. Era tratado como comunista pela ditadura.
 

O economista José Serra foi uma das principais lideranças estudantis de seu tempo, presidente da UNE e um dos fundadores da Ação Popular, grupo de esquerda que revelaria os petistas Plínio de Arruda Sampaio e Cristovam Buarque. Serra é amigo pessoal e conviveu por anos no exílio com a economista petista Maria da Conceição Tavares, uma das principais influências intelectuais do Partido dos Trabalhadores e referência particular de Dilma.
 

O tucano Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves na última eleição, foi membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella – era seu motorista e guarda-costa. Aloysio realizou inúmeros assaltos à mão armada em nome da revolução socialista.
 

José Aníbal, uma das figuras mais proeminentes do PSDB paulista, foi amigo de adolescência de Dilma Rousseff, com quem estudava matemática depois das aulas, e seu parceiro na Organização Revolucionária Marxista Política Operária, também conhecida como POLOP. Aníbal foi um dos fundadores do PT, antes de ser presidente do PSDB.
 

Juntos, eles fundariam os dois partidos políticos mais relevantes do país.
O recém formado PSDB, criado por dissidentes de esquerda do MDB, lançou o senador Mario Covas candidato à presidência em 1989. Covas alcançou pouco mais de 7 milhões de votos no primeiro turno e terminou a corrida na quarta colocação. O que pouca gente se lembra é que o PSDB apoiou Lula no segundo turno – o PMDB, de Ulysses Guimarães, tentou seguir o mesmo caminho, mas acabou rejeitado pelo Partido dos Trabalhadores. Os tucanos, por outro lado, foram acolhidos. Em almoço com o prefeito de Belo Horizonte eleito pelo PSDB, Pimenta da Veiga, Lula ouviu do tucano: “Eu tenho também a alegria de saber que, pela primeira vez, aqui se reúnem representantes de todas as forças progressistas do país, nesta tarde, neste almoço. Eu estou certo que isso terá desdobramentos. E acho que deve ser assim, porque o Brasil deseja mudanças em profundidade. E só essas forças progressistas podem fazer essas mudanças.”
 

Lula perderia a eleição para Collor em poucas semanas.
 

Em 1993, o Brasil passou por um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do país. De um lado, o PT articulava a formação de uma Frente Presidencialista. De outro, o PSDB defendia a implementação do parlamentarismo. Numa conversa informal, Lula e FHC chegaram a conversar sobre um plano em que o operário se tornaria presidente e o sociólogo primeiro-ministro.
 

Em 1998, como revela numa conversa com o ex-senador petista Cristovam Buarque, FHC recebeu Lula no Palácio do Alvorada e arriscou uma nova previsão. “Cristovam Buarque: Em novembro de 1998, acompanhei o Lula para visitá-lo. Quando o senhor abriu a porta do apartamento residencial no Alvorada, disse: “Lula, venha conhecer a casa onde você um dia vai morar”. Foi generosidade ou previsão? 

Fernando Henrique Cardoso: Não creio que tenha sido uma previsão, mas sempre achei uma possibilidade. E também um gesto de simpatia. Eu disse ao Lula naquele dia: “Temos uma relação de amizade há tantos anos, não tem cabimento que o chefe do governo não possa falar com o chefe da oposição”. Era uma época muito difícil para o Brasil. Eu disse lá, não sei se você se lembra: “Algum dia nós podemos ter de estar juntos”. Eu pensava numa crise. E disse ao Lula: “Não quero nada de você. Só conversar. É para você ter realmente essa noção de que num país, você não pode alienar uma força”. Lula conversou comigo no dia da posse. E foi bonita aquela posse… Na hora de ir embora, o Lula levou a mim e a Ruth até o elevador. E aí ele grudou o rosto em mim, chorando. E disse: “Você deixa aqui um amigo”. Foi sincero, não é?”
 

Em 1999, Fernando Henrique relatou o quanto respeitava Lula. Numa conversa com Eduardo Suplicy, revelou que quando Lula aparecia na televisão falando mal dele, simplesmente desligava o aparelho. “Fico triste, perco até o humor. Para vocês terem uma ideia do quanto eu gosto e admiro o Lula. Você sabe, Eduardo, o que eu fiz com Lula quando ele esteve comigo no Alvorada, mostrei a ele o meu quarto e disse: “Um dia isso aqui vai ser os seus aposentos”. A gente faz isso com adversário, nem com todos os amigos a gente faz isso. Pois eu mostrei a Lula as dependências da residência oficial em que moro. Mostrei o meu quarto.”
 

Em três anos, Lula viraria presidente. A profecia tucana se cumpriu.
 

Nas eleições de 2002, FHC retaliou José Serra, candidato pelo PSDB à sucessão presidencial, por ataques feitos a Lula durante a campanha. Fernando Henrique disse também, em conversas reservadas, que foi um erro o ataque direto ao presidente do PT, o então deputado federal José Dirceu. Dirceu era o petista mais próximo de seu governo e a ordem era que se suspendesse imediatamente as críticas a ele. Seu puxão de orelha foi transmitido ao comando do marketing da campanha de Serra.
 

Com Lula eleito, FHC iniciou uma campanha secreta em sua defesa. A história é narrada no livro ”18 Dias — Quando Lula e FHC se uniram para conquistar o apoio de Bush”, escrito por Matias Spektor, doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford e colunista da Folha de São Paulo. Como conta Spektor: “Lula despachou José Dirceu [que viria a ser o chefe de sua Casa Civil] para os Estados Unidos e acionou grupos de mídia e banqueiros brasileiros que tinham negócios com a família Bush. Disciplinou as mensagens de sua tropa e abriu um canal reservado com a embaixada americana em Brasília. Lula não fez isso sozinho. Operando junto a ele estava o presidente brasileiro em função – Fernando Henrique Cardoso. FHC enviou seu ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em missão à Casa Branca para avalizar o futuro governo petista. O presidente também instruiu seu ministro da Fazenda, Pedro Malan, a construir uma mensagem comum junto ao homem forte de Lula, Antonio Palocci.

Eles fizeram uma dobradinha para dialogar com o Tesouro dos Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional e Wall Street. Fernando Henrique ainda orientou Rubens Barbosa, seu embaixador nos Estados Unidos, a prestar todo o apoio a Lula.”
 

Sem esse apoio, Lula certamente não conseguira a estabilidade internacional que teve. Não fosse FHC, sua história teria tomado outros rumos. E a do Brasil também.
 

No início dos anos 2000, Henrique Meirelles deixou de lado uma vida bem sucedida como executivo do setor financeiro para candidatar-se a deputado federal por Goiás. Recebeu 183 mil votos e se tornou o deputado mais votado do estado. Seu partido era o PSDB. Com o sucesso eleitoral e o respeito do mercado financeiro, foi convidado por Lula para ser o primeiro presidente do Banco Central de seu governo, cargo que ocuparia por longos 7 anos. Meirelles ainda receberia as bençãos de FHC, antes de se desfiliar do PSDB e deixar o cargo que havia sido eleito. Lula telefonou para Fernando Henrique para avisar a escolha.
 

Em 2003, Marcos Lisboa, outro homem forte da economia do primeiro governo Lula, declarou que a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso merecia uma “estátua em praça pública” por ter promovido os acordos com os governos estaduais e municipais na negociação da dívida e também por ter criado a Lei de Responsabilidade Fiscal.
 

Anos mais tarde, Fernando Henrique revelou comemorar as conquistas do governo Lula. “Eu também comemoro a melhoria na distribuição de renda. A política dele é a minha”, disse.
 

Durante todo governo Lula, duas figuras construíram uma ponte entre o presidente operário e o ex-presidente sociólogo: os então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Os encontros foram confirmados por ambos – Palocci confirmou que esteve pessoalmente com FHC “pelo menos cinco vezes”; Bastos disse ter conversado pessoalmente com o ex-presidente apenas uma vez, em junho de 2005, mas confirmou que os contatos por telefone eram muito frequentes. Lula sempre soube das conversas e, mais de uma vez, em momentos difíceis, sugeria a Palocci: “Vai conversar com Fernando Henrique”.
 

Em 2005, no auge do escândalo do Mensalão e com a pressão por impeachment, Lula orientou seus dois homens fortes para pedirem a FHC que aplacasse os ânimos da oposição. O tucano aceitou de prontidão. Na conversa com Thomaz Bastos, FHC concordou que um impeachment de Lula, à época uma ameaça real, “tornaria o país ingovernável”. Fernando Henrique dizia que não queria criar “uma cisão no Brasil”. Os tucanos acataram a ordem e a história do impeachment perdeu força.
 

PT e PSDB são tratados como antagonista no cenário político nacional, mas a verdade é que em pelo menos 999 cidades (o correspondente a 18% das 5.569 cidades brasileiras), os partidos fizeram parte da mesma coligação nas últimas eleições municipais. Só no estado de São Paulo, esse número foi de 54 municípios.
 

Em Schroeder, Santa Catarina, por exemplo, o prefeito eleito foi o tucano Osvaldo Jurck; seu vice foi o petista Moacir Zamboni. Em 149 casos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as chapas que contaram com o PT foram encabeçadas por candidatos a prefeito pelo PSDB.
 

Tudo como se fossem feitos um para o outro.
  • EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Este texto deve, por certo, desagradar algumas pessoas, mas como não me importa agradar e sim alertar, vou correr esse risco.
Assusta-me ver pessoas marchando pelas ruas empunhando cartazes pedindo uma intervenção militar, a maioria agindo inocentemente, convencida de que a ditadura em nosso país foi um período maravilhoso e que era necessária para salvar-nos da eterna “ameaça comunista”.  Vejo algumas pessoas mais maduras seguirem esse mesmo embalo, talvez porque fizessem parte daquela minoria bem nascida que nunca teve problemas para comprar o que bem quisesse, ou talvez porque foram formados nas escolas infestadas da bactéria do militarismo e não se preocuparam em conhecer a história quando a ditadura enfim acabou.
 
Os mais jovens por certo não viveram esse período, no qual tive a oportunidade de passar minha infância adolescência e até mesmo o início de minha vida adulta. Nunca estive envolvido com a luta armada e nem tinha uma visão política da realidade, como boa parte dos brasileiros que procurava sobreviver e levar sua vida.  Na verdade éramos uma sociedade submetida a uma verdadeira lavagem cerebral, obrigados a saber na ponta da língua todos os hinos marciais, com a desculpa de aprendermos música, e a idolatrar todos os heróis militares que nos pudessem empurra goela abaixo.
 
A imprensa era impedida de noticiar qualquer coisa negativa sobre o regime (bem diferente de hoje em dia) e os “inocentes” álbuns de figurinhas eram cheios de palavras de ordem e propaganda militarista. Foi a época áurea de Don e Ravel, que só fizeram sucesso nessa época, cantando loas ufanistas ao Brasil. Foi também a época áurea da EXPOEX- Exposição do Exército que pretendia incutir nos jovens o desejo de tornar-se soldado. As escolas montavam excursões para ir até elas.
 
A ditadura foi combatida em várias frentes, desde a luta armada até à resistência pacífica e cultural, bem como por vários exilados políticos que a combatiam de fora do país.
 
É claro que me causa horror ver alguns “artistas” de hoje, conscientemente ou não, reproduzirem o discurso do medo que ecoou nos idos dos anos 60. Claro que me causa espanto ver pessoas anônimas de bem, caírem no conto da ditadura branda.
 
Pior do que isso me causa náuseas, ver pessoas usarem de uma liberdade de expressão para justamente dizerem que não temos liberdade de expressão. É muita ignorância ou preguiça de pensar. Afinal, se estivéssemos impedidos de nos expressarmos, em qualquer grau de censura, essas mesmas pessoas já estariam presas há muito tempo. Queria ver essas pessoas, que tem horror à democracia, falarem um centésimo do que dizem sobre o governo atual, se fosse algum general que lá estivesse. 

Por certo a sua valentia acabaria em segundos.
 
Pior do que isso é ver as mesmas forças “de direita” usarem os mesmos argumentos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio, para tentar nos enfiar goela abaixo uma nova ditadura.
 
Pior ainda é ver partidos políticos, emitirem notinhas sem sentido, fingindo não concordar com o caos que se está instalando, simplesmente porque pretendem levar vantagem com isso.
 
Mas, um partido político que abriga em seu cerne, descendentes de ministros da ditadura e de famílias tradicionais, acostumados a mandar e desmandar sem serem contrariados, só pode mesmo fingir-se de inocente neste momento.
 
Para alguns desses senhores um golpe militar apenas serviria para garantir seus direitos de propriedade e riqueza, não conquistados pela meritocracia que tanto apregoam, mas por herança.
 
Não, não estou pregando nenhuma guerra de classes, esse é outro discurso batido e sem sentido, estou apenas dizendo que para “meia dúzia” de políticos fracassados, um novo golpe militar seria uma redenção, uma volta às capitanias hereditárias das quais não querem abrir mão.
 
As pessoas vivem repetindo frases do tipo: Mostre-me um país onde o comunismo de certo!
 
Pois bem, eu faço outra pergunta: Em que país um regime militar deu certo?
 
O mais incrível é que, em tempos de internet, onde se pode facilmente tomar conhecimento do que ocorreu na ditadura militar, as pessoas se neguem o direito de pesquisar e conhecer a história deste país.  Parece-me inconcebível que educadores não procurem conhecer a história de Paulo Freire e Anísio Teixeira. Que estudantes de jornalismo não se importem em conhecer sobre a morte de Vladimir Herzog...
 
Enfim: Um povo que não conhece sua história está fadado a repetir os mesmos erros do passado. - Jorge Linhaça

  • REFERÊNCIAS:

  • Patriotismo ou Ilusionismo?

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Bajulação é a moeda falsa que circula graças a nossa vaidade!

  • Cuidado ao julgar. 
  • Talvez alguém que te elogia possa acreditar no teu talento mais do que você mesmo!

  •  Puxa-saco, popularmente conhecido como Adulador ou Bajulador, significa a pessoa que vive elogiando pessoas que ocupam posição de poder, com o intuito de obter algum benefício ou privilégio, seja um elogio, um minuto de fama, uma promoção, aumento de salário, a garantia de seu emprego e, até mesmo, uma simples “auto publicidade” para sustentar um falso status e, assim, atingir seus objetivos.
    •  Os Puxa-Sacos.
    É o ato de bajular, palavra que vem do latim bajulare, que significa adular servilmente. Não é difícil encontrar quem é, foi ou conhece alguém que pratica a bajulação, essas pessoas são denominadas de puxa-sacos.

    O puxa-saco sai até na radiografia do chefe

    O melhor exemplo de bajulador é o funcionário de alguma empresa que, na tentativa de ganhar a confiança, crescer na empresa e/ou obter um aumento no salário, concorda com tudo que o chefe diz e é o primeiro a rir da piada contada pelo chefe.

    Há bajuladores conscientes, pois sabem que realmente são puxa-sacos. Praticamente 6 entre 10 empresas contam com o famoso puxa-saco, há quem diga que os chefes gostam deles, caso contrário não haveria bajuladores.

    Para uns o ato de bajular é uma arte, algo que requer bastante empenho para ser realizado com sucesso. Por existir muitos puxa-sacos foi criada até uma data comemorativa para os mesmos, no dia 13 de Setembro se comemora o dia do bajulador.
    • Assim como existe os 10 mandamentos na religião, há os dez mandamentos do puxa-saco:
    01. Quando o chefe chegar seja o primeiro a dar bom-dia, com um grande sorriso nos lábios.
    02. Toda vez que seu chefe espirrar diga “saúde”, não importa a quantidade de espirro.
    03. Morra de rir das piadas que seu chefe conta, mesmo que seja a mais sem graça do mundo.
    04. Cole um adesivo no carro com a seguinte frase: “Eu Amo Meu Chefe”.
    05. Tente se parecer ao máximo com seu chefe.
    06. Nunca saia do escritório antes dele.
    07. Demonstre sempre muita eficiência.
    08. Quando te passar uma tarefa, faça-a o mais rápido possível.
    09. Se o chefe por acaso soltar um pum finja que não ouviu e nem sentiu nada.
    10. Seja sempre muito atencioso com seu chefe, demonstrando sempre muito carinho por sua pessoa.
    • a palavra bajular vem do latim "bajulare" que significa adular servilmente e, infelizmente, quase todo o ser humano torna-se vulnerável diante de um elogio que mesmo sendo mentiroso afeta mais do que qualquer outra palavra.
    O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica — Norman Vincent
    Todos nós conhecemos e convivemos com os puxa-sacos, seja nas empresas, nas escolas, nas igrejas, nos hospitais, nas entidades comunitárias, nos supermercados, enfim, onde existe uma posição de autoridade, lá estará o puxa-saco para se autopromover.
    Existiu e até hoje existe em todas as classes sociais — não importando se é homem ou mulher, jovem ou idoso — e todos sem exceção podem assumir o "papel" de adulador servil.
    Os aduladores são como as plantas parasitas que abraçam o tronco e ramos de uma árvore para melhor aproveitar e consumir - Marques de Maricá
    Geralmente, o puxa-saco, é uma pessoa sem ética e, provavelmente, incompetente para subir na vida ou ganhar poder através dos próprios méritos, necessitando portanto usar certos artifícios para atingir seus objetivos.
    São pessoas que elogiam gratuitamente e supervalorizam, a toda hora, as atividades das pessoas que ocupam cargos de autoridade.
    Dão presentes sem data comemorativa, cruzam com o adulado dezenas de vezes ao dia, fazem perguntas — mesmo sem necessidade — fazem fofocas e intrigas, informam tudo o que ocorre e também o que muitas vezes só acontece em sua imaginação, e, sempre têm na ponta da língua um discurso de apoio, de esperteza, de malandragem, para que possam se fazer presente no dia a dia do “chefe”.
    Aprendei que todo o adulador vive a custa de quem o escuta. La Fontaine
    Convém ressaltar que para que exista “o bajulador” tem que existir “o que gosta de ser bajulado”, assim, pode-se dizer que esta relação é uma “relação de afeto mútuo” e cada um deles sabe como amaciar o ego um do outro.
    Bajulados e puxa-sacos se completam e vivem num mundo de mentiras onde o puxa-saco se apoia unicamente em seus interesses e, o bajulado, mesmo sabendo que o outro está mentindo, continua dando-lhe crédito para alimentar sua própria vaidade — portanto, um é digno do outro.
    Uma verdade inegável é que o puxa-saco apenas encontra abrigo certo, quando seu alvo possui um dos pecados capitais: a vaidade.
    A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da vaidade humana — François La Rochefoucauld.
    O bajulador é um predador voraz constantemente em busca de sua presa que geralmente é o indivíduo que possui elevado amor-próprio, cuja benevolência consigo mesmo dá ensejo à bajulação. Ao estimular o amor-próprio da vítima e alimentar sua vaidade, o bajulador abre caminho para seus objetivos interesseiros na busca incessante por privilégios.
    O puxa-saco é um ser que não tem estima nem por si e nem pelos outros e geralmente seu tempo é tomado por tudo, menos pela dedicação ao trabalho, ao aprendizado e ao aperfeiçoamento da própria função.
    Costuma estar sempre de plantão para não perder nenhum detalhe do qual possa tirar alguma vantagem, sem contar aqueles que têm o hábito de fazer plantão na frente do computador à espera que seu “bajulado” apareça para um breve papo, e, é claro, mais uma oportunidade para por em prática sua adulação.
    Apanham-se mais moscas com uma colher de mel do que com 20 tonéis de vinagre — Henrique IV, Rei da França
    Tenta mostrar a todo o momento que não precisa do resto da equipe para trabalhar e se acha auto suficiente, mas na realidade, vive com dúvidas e disfarçadamente, às escondidas, pergunta tudo e depois assume a autoria.
    O “puxa-saco” nada mais é do que aquele que geralmente tem muitas dificuldades para executar as tarefas que necessitam de habilidades mínimas e básicas e, como tal, seu trabalho consiste em adormecer a inteligência do bajulado, para depois manipulá-lo e atingir assim seus objetivos.
    Nesse jogo, o puxa-saco passa a viver as emoções do “bajulado” e todos os seus sentimentos pertencem a este, portanto, esquece o que aprendeu, esquece o que sabe, esquece seus gostos, enfim, segue apenas seu dono — o bajulado — e passa a desfrutar do que seu dono gosta e tem em mente o que será melhor para seu dono e costuma concentrar-se somente no que seu dono gosta.
    Engolimos de um sorvo a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga — Denis Diderot
    Assim se seu dono gosta de elogios, usa seu poder de puxa-saquismo para suportar o ego imenso dele; se seu dono tem sede de poder faz coisas que o ajudem a conquistar mais prestígio, enfim, vive numa competição olímpica atuando sempre com rapidez seja nas horas de alegria, de tristeza, na saúde e na doença, até que a morte, a demissão ou a conquista de um novo puxa-saco os separe.
    A fábula "O Corvo e a Raposa", de La Fontaine, descreve muito bem a artimanha do bajulador e a vulnerabilidade do adulado.
    Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa.
    Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo.
    Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
    » Que pássaro magnífico avisto nessa árvore!
    » Que beleza estonteante!
    » Que cores maravilhosas!
    » Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza?
    Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado "O Rei dos Pássaros!"
    Ouvindo esses elogios, o Corvo quase estourou de satisfação. E querendo mostrar que nem mesmo uma bela voz lhe faltava, abriu o bico para cantar.
    O queijo caiu e mais que depressa a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
    » Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem, mas o que não tem é inteligência!
    Aprenda que todo bajulador vive à custa de quem o escuta, portanto, acho que esta lição vale bem um pedaço de queijo!
    • Curiosidades sobre a expressão “Puxa-saco”
    A expressão puxa-saco começou a ser usada na gíria militar. Os oficiais não colocavam suas roupas em malas, mas em sacos durante as viagens. Mas quem carregava, obedientemente, a bagagem para cima e para baixo eram os soldados. Puxar esses sacos virou sinônimo de subserviência. E o puxa-saco passou a definir todos que bajulavam superiores ou qualquer outra pessoa.
    Os puxa-sacos vivem adulando. Esta palavra vem do Latim adulare, “lisonjear, afagar”. Primeiro parece que este verbo se aplicava aos afagos feitos num cão, depois aos que este fazia no dono, abanando o rabo e se mostrando contente mesmo quando não fosse bem tratado.
    A bajulação, na gíria do Brasil colonial chamava-se “engrossamento”. Depois, na República Velha, passou a ser “chaleirismo” ou “chaleiramento”. O termo parece ter vindo dos aduladores do senador gaúcho Pinheiro Machado, figura política mais influente da sua época, que disputavam a tapa o privilégio de carregar-lhe a chaleira, e repor a água do seu chimarrão.
    Só a partir dos anos 30 do século XX, foi que se popularizou o termo “puxa-saco”. O humorista Nestor de Holanda, que escreveu um tratado sobre o assunto — “O Puxa-saquismo ao alcance de todos” — afirma que a origem do termo não é tão escabrosa como pode parecer à primeira vista.
    Segundo ele, a expressão vem dos tempos em que era moda o casaco folgado, solto, não cintado, conhecido como paletó-saco. Os homens importantes adotaram a moda. Seus bajuladores viviam atrás deles, como que a puxar a ponta do paletó saco.
    Trechos do mestre incontestável em revelar a ridicularia dos outros, o admirável Nestor de Holanda, autor de "O Puxa-saquismo ao Alcance de Todos".
    Existem vários tipos de puxa-sacos. Os periódicos, que atuam em homenagem aos chefes, quando se oferecem para fazer as compras da mulher do referido, quando se acabam os cigarros do superior hierárquico. Como se vê, puxem o saco em determinadas oportunidades.
    Os puxa-sacos fanáticos funcionam por toda parte. Puxam por vício. Chegam a estados mórbidos.
    O puxa ex-officio bajula por obrigação. Muitas profissões exigem bajulador oficial, como os relações públicas, áulicos dos mais competentes. Outros representantes são os capangas, as secretárias, as enfermeiras, as cafetinas, os porteiros, vendedores de livros, os mordomos, os colunistas sociais, e estes dão mas duas ou quatro puxadas por linha tipográfica. Quando escolhem os mais e as mais elegantes a puxação dá excelentes lucros.
    Conta ainda Nestor de Holanda que o governador João Pinheiro, de minas, ao assumir o cargo, foi avisado por Lauro Muller sobre os puxadores de saco, sempre perigosos. Tempos depois Lauro perguntou ao governante sobre os bajuladores. E João Pinheiro segredou-lhe: "É uma gente intolerável, mas, seu Lauro, é bom como diabo uma puxada".
    No Livro Getúlio me Disse, Armando Pacheco conta que Getúlio achava que os bajuladores não o deixavam em paz. Certa vez o poeta Olegário Mariano procurou convencer o presidente a candidatar-se à Academia Brasileira de Letras. O saudoso Vargas achou impossível a proposta, embora o puxador procurasse convencê-lo de haver escrito livros admiráveis. A eleição seria uma honra para a Academia.
    Getúlio explicou que na época não havia uma só vaga. E Olegário insistiu: "O senhor entra no meu lugar, presidente. Eu me suicidarei e Vossa Excelência se candidatará à minha vaga..."
    Tipo do puxa-saco fanático. Mas foi nomeado embaixador do Brasil em Portugal. A puxada foi segura. Puxação de mestre consumado no assunto.
    Para Sebastião Nery o Brasil, ontem e hoje, possui três mulheres: Anita Garibaldi, Ana Nery e Zélia Cardoso de Melo. Puxa-saquismo ex-ofício. Acabou abocanhando a embaixada do Brasil em Paris. Ganhando em dólares.
    De qualquer forma, a expressão deu origem a um ditado de extrema sabedoria: “O saco do chefe é o corrimão do sucesso”.
    • Fontes: Internet, Superinteressante e Desciclopedia.