- Rede social brasileira - Você pode saber o que disse,
- mas nunca o que o outro escutou
Uma das frustrações de blogueiros e produtores de conteúdo para internet é a remuneração. Apesar de as companhias de tecnologia estarem entre as maiores do mundo, o dinheiro não é repartido com o usuário, que abastece os portais com informações. Pensando nisso, o brasileiro Claudio Gandelman, ex-CEO do Match.com para a América Latina, criou o Teckler, rede social que paga para quem publica.
O sistema é simples. O usuário cria uma conta, publica seus textos e recebe via PayPal. O Teckler repassa 70% do valor pago pelos anunciantes para o usuário e retém 30%. Cada mil visualizações rendem entre US$ 0,40 e US$ 15, dependendo do anúncio exibido. O dinheiro pode ser retirado quando a conta somar US$ 5.
— Na internet 2.0, as empresas começaram a ganhar dinheiro com o conteúdo gerado pelos usuários. Essa é a internet 3.0, que paga ao internauta que cria informação — diz Gandelman, que agora ocupa o cargo de presidente do Teckler.
O Teckler foi lançado no dia 15 de maio e em apenas cinco dias, cinco mil usuários se cadastraram e 10 mil “tecs“ — como as postagens são chamadas — foram publicados. O site aceita textos, imagens e vídeos, mas o conteúdo é moderado. Pornografia, pedofilia e incitação ao ódio são proibidos.
— Superou nossa expectativa. A meta era ter cem usuários no primeiro mês — conta Gandelman.
O Teckler foi desenvolvido em apenas seis meses e consumiu investimento de R$ 1,5 milhão. O nome remete ao som “tec” emitido pelo teclado.
— Foi difícil encontrar uma marca. Ela tinha que estar ligada ao produto e ter o endereço disponível na internet — conta Ana Araújo, única mulher entre os oito sócios da empresa, criadora do nome do site.
O site já está no ar, mas em constante atualização. O próximo passo é avançar para as plataformas móveis. Gandelman promete que nos próximos dois meses serão lançados aplicativos para iOS, Android e Windows Phone.
Apesar de ter sido idealizado e desenvolvido por brasileiros, o Teckler tem ambições globais. O lançamento oficial foi feito em Nova York, nos EUA. O site está disponível em 164 países e 13 idiomas diferentes.
- http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/rede-social-brasileira-paga-quem-postar-conteudo-8535488