- ODONTOGERIATRIA E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O envelhecimento da população traz muitos desafios para a sociedade, inclusive para os profissionais de odontologia. Assim o cirurgião dentista deve estar preparado para receber os pacientes idosos no consultório dentário, tomando os cuidados necessários devido às modificações orgânicas relacionadas ao processo de envelhecer e as interações dos medicamentos que estes podem fazer uso diário para controle das doenças crônicas como a diabetes mellitus, a hipertensão arterial, a depressão, a artrite reumatoide e outras patologias com aquelas drogas que podem ser prescritas pelo dentista.
A Dipirona, analgésico tão comumente prescrito na Odontologia, quando interage com clorpromazina, um antipsicótico, causa aumento das reações adversas. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) estão relacionados à atenuação dos efeitos anti-hipertensivos inibidores de ECA, beta-bloqueadores e diuréticos; potencialização dos efeitos adversos do Lítio, efeito anti-agregante plaquetário dos anticoagulantes e efeitos tóxicos do antimetabólicos. Os antimicrobianos prescritos pelo odontólogo em geral aumentam as concentrações sanguíneas por déficit na excreção renal do lítio, digoxina, ansiolíticos, teofilina, anticoagulantes orais e metotrexato.
Conclui-se que os profissionais odontólogos devem ter o conhecimento dos padrões do uso dos medicamentos e das prescrições para os idosos, visto que constitui uma medida importantíssima para se evitar interações medicamentosas na terapêutica farmacológica proposta. Deve-se atentar para fármacos com baixo índice terapêutico ou que requeiram manutenção estrita de concentração sérica (ex.: digitálicos, warfarina, teofilina, lítio, imunossupressores, etc.), pois apresentam pequenas diferenças entre as doses terapêuticas e as doses tóxicas, expondo estes pacientes a um risco maior para desenvolver efeitos tóxicos e comprometendo, assim, a segurança da terapêutica.
- CONCLUSÃO:
A prevenção e abordagem precoce é a melhor estratégia de tratamento. O diagnóstico correto e a modalidade de tratamento adequada podem evitar a necessidade de tratamento em nível hospitalar.
Conhecer a epidemiologia e o perfil dos pacientes de cada centro auxilia na tomada de decisões e na formulação de protocolos de tratamentos eficazes.
- REFERÊNCIAS:
- ANDRADE, E. D. - Terapêutica Medicamentosa em Odontologia - São Paulo.
- Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
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