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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Idosos - As pessoas idosas realmente necessitam de banho diário?

  • Tomar banho todos os dias representa mais um hábito cultural que uma necessidade. 
Esse é um hábito tão comum entre nós que qualquer sugestão em contrário é vista com certo rechaço.

Embora o banho seja muito importante, a rotina de seu uso diário não pode ser legitimamente defendida. Se um banho por dia já é difícil de defender, que dirá dois. No entanto, essa é a rotina de alguns hospitais, instituições, cuidadores domiciliares etc.

Em relação aos idosos, a frequência do banho vai depender de suas necessidades. Em algumas circunstâncias, ele pode ser dado apenas, por exemplo, duas vezes por semana. É o caso das pessoas idosas com importante ressecamento de pele, das muito enfraquecidas ou das que, por problemas de saúde, cansam-se muito facilmente.

Isso não significa que seja desnecessário manter os outros cuidados com a higiene pessoal; na verdade, alguns deles devem ser reforçados.

A ajuda no banho costuma ser uma das principais atividades desenvolvidas pelos cuidadores.

Ela é necessária quando o idoso não consegue banhar-se sozinho, por apresentar alguma dificuldade temporária, permanente ou progressiva em consequência de:

• Sequelas incapacitantes de doenças existentes.
• Diminuição de força e energia.
• Presença de dor ou desconforto.
• Incapacidade de acessar determinadas partes do corpo (ex.: pés, pernas, costas).
• Medo de cair.
• Confusão mental, dificuldade de compreensão, esquecimento do que deve ser realizado e como.

Durante o banho, o cuidador deve estimular a pessoa idosa a realizar o que conseguir fazer, pois os princípios de autonomia e independência têm de ser sempre preservados.

A pele é o maior órgão de nosso corpo, protegendo-nos contra microorganismos e substâncias estranhas. Conforme envelhecemos, ela vai ficando mais fina, menos elástica e mais ressecada. Por essa razão, o primeiro objetivo ao cuidar da pele da pessoa idosa é mantê-la hidratada, pois isso aumenta sua resistência a lesões e, quando elas acontecem, permite uma recuperação mais rápida.

Na superfície de nossa pele existe um tipo de estrutura que é capaz de absorver grande quantidade de água. É por essa razão que, quando ficamos muito tempo em contato com a água, parecemos uma “ameixa seca”. Portanto, o momento ideal para hidratar a pele é logo após o banho. A aplicação de cremes, emolientes e loções ajudam a “segurar” a água na pele, aumentando a umidade da camada mais superficial e, consequentemente, sua proteção. Pensando no mesmo princípio, os óleos de banho não devem ser adicionados à água antes de 15-20 minutos de imersão.

Qualquer produto que diminua a umidade da pele (os que contêm álcool) tem de ser evitado. Talco e maisena não são recomendados, o primeiro porque absorve o óleo e pode ser inalado e o segundo porque forma um “meio de cultura”, facilitando a ocorrência de infecções.

O cuidador deve aproveitar a hora do banho para examinar a pele da pessoa idosa, identificando lesões, rachaduras, descamação, mudanças na cor (descorada, avermelhada, azulada), presença de regiões quentes ao toque, edemas, hematomas e/ou tumorações. Qualquer anormalidade precisa ser comunicada à família, para tomada de providências.
http://www.cuidarebemestar.com.br/
  • Idosos - A difícil decisão de trazê-los para morar na sua casa


IDOSOS - INFECÇÕES
  • Cuidadores de idosos - Secretaria de Desenvolvimento Social

  • Manual dos formadores de cuidadores de pessoas idosas

  • Manual_codigo_etica_2015






terça-feira, 20 de junho de 2017

IDOSOS - INFECÇÕES GERAIS

  • ODONTOGERIATRIA E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Infecções odontogênicas complexas são aquelas, que se disseminam para espaços faciais subjacentes, podendo provocar complicações graves, como a Angina de Ludwig. Seu diagnóstico precoce e uma avaliação precisa das complicações são extremamente importantes para o sucesso do tratamento. O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil epidemiológico de 50 pacientes internados com infecção odontogênica complexa em um hospital público de Belo Horizonte-MG, no intervalo de um ano. Dentre eles, 26 eram mulheres e 24 homens, com a média de idade A idade variou de 30 a 62 anos, com média de 31,04 anos. O período de internação foi, em média, de 6,9 dias, e o intervalo entre o início da infecção e a internação foi de 4,80 dias em média. Apenas 6% eram portadores de Diabetes Mellitus. Em 56%, os dentes causadores foram segundos e terceiros molares inferiores. Um total de 54% possuía baixa renda, mas apenas 4% eram analfabetos. Dentre os pacientes, 47 fizeram uso de algum tipo de medicamento prévio ao momento da internação hospitalar e 32,0% relataram-se automedicado. Concluiu-se que a infecção odontogênica pode atingir indivíduos de variadas faixas etárias, independente do sexo, classe econômica ou nível de instrução. A prevenção e a abordagem precoce dos casos são a melhor estratégia de tratamento.

O envelhecimento da população traz muitos desafios para a sociedade, inclusive para os profissionais de odontologia. Assim o cirurgião dentista deve estar  preparado  para  receber  os  pacientes  idosos  no consultório dentário, tomando os cuidados necessários devido às modificações orgânicas relacionadas  ao  processo  de  envelhecer  e  as  interações dos  medicamentos que estes podem fazer uso diário para controle das doenças crônicas como a diabetes  mellitus,  a  hipertensão  arterial,  a  depressão, a  artrite  reumatoide  e outras patologias com aquelas drogas que podem ser prescritas pelo dentista.

A Dipirona, analgésico tão comumente prescrito na Odontologia, quando interage  com  clorpromazina,  um  antipsicótico,  causa  aumento  das reações adversas.   O   uso   de   anti-inflamatórios   não   esteroidais  (AINES)   estão relacionados  à  atenuação  dos  efeitos  anti-hipertensivos  inibidores  de  ECA, beta-bloqueadores  e  diuréticos; potencialização  dos  efeitos  adversos  do  Lítio, efeito   anti-agregante  plaquetário  dos  anticoagulantes   e   efeitos   tóxicos   do antimetabólicos.   Os   antimicrobianos   prescritos   pelo   odontólogo em geral aumentam as concentrações sanguíneas por déficit na excreção renal do lítio, digoxina, ansiolíticos, teofilina, anticoagulantes orais e metotrexato.

Conclui-se  que  os  profissionais  odontólogos  devem  ter  o conhecimento dos padrões do uso dos medicamentos e das prescrições para os idosos, visto que   constitui   uma   medida   importantíssima para se   evitar   interações medicamentosas na  terapêutica farmacológica proposta.  Deve-se  atentar  para fármacos com baixo índice terapêutico ou que requeiram manutenção estrita de concentração sérica (ex.: digitálicos, warfarina, teofilina, lítio, imunossupressores,  etc.), pois apresentam  pequenas  diferenças  entre  as doses  terapêuticas  e  as doses  tóxicas, expondo  estes  pacientes  a  um  risco maior para desenvolver  efeitos  tóxicos  e  comprometendo, assim, a  segurança da terapêutica.
  • CONCLUSÃO:
A infecção odontogênica é um problema de saúde pública, que pode atingir indivíduos de variadas faixas etárias, independente do sexo, classe econômica ou nível de instrução. Pacientes de baixa remuneração parecem sofrer mais com problemas dentários e infecção odontogênica.

A prevenção e abordagem precoce é a melhor estratégia de tratamento. O diagnóstico correto e a modalidade de tratamento adequada podem evitar a necessidade de tratamento em nível hospitalar.


Conhecer a epidemiologia e o perfil dos pacientes de cada centro auxilia na tomada de decisões e na formulação de protocolos de tratamentos eficazes.


  •  REFERÊNCIAS:


 - ANDRADE,  E.  D. - Terapêutica  Medicamentosa  em  Odontologia - São  Paulo.
  • Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
  • IDOSOS - INFECÇÕES