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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

TRABALHO - Currículo cego - Tendência mundial

  • “Currículo cego”, pra que todo mundo tenha o mesmo valor
Você já ficou sabendo de alguma história onde uma pessoa foi eliminada de um processo seletivo por ser discriminada? Pode até ser daquelas histórias contadas sobre o Fulano, amigo do Ciclano e vizinho do Beltrano, por exemplo. Se você puxar bem pela memória, temos certeza que você se lembra. Afinal, não é segredo nenhum que a discriminação, seja por gênero, idade, raça e vários outros motivos, ainda está presente no mercado de trabalho.

Mas, e se existisse um método que evita que o preconceito elimine candidatos a uma vaga de emprego? Parece bom demais pra ser verdade, não é mesmo? Acontece que é verdade, ou, no mínimo, está se tornando real.


Sem nome, idade, gênero e endereço. Essa é a proposta do “currículo cego”, uma prática que está se tornando cada vez mais comum em países como França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Holanda para impedir que, consciente ou inconscientemente, os recrutadores discriminem os candidatos por características pessoais e avaliem somente suas qualificações e vivências profissionais.


A ideia de excluir os dados pessoais do currículo pode ser, entre tantas as medidas necessárias, uma força a mais para promover a diversidade no mercado de trabalho. Para sintetizar porquê iniciativas como essa são tão importantes.

  • Veja os dados atualizados daqui do Brasil:
    - 54% da população é negra, mas menos de 5% dos cargos de gestão são ocupados por negros;
    - A taxa de desemprego também é maior para essa parcela da população;
    - O salário? Sim, a média para negros é menor;
    - Entre os mais velhos, apenas 1 a cada 5 estão empregados, contra 2 entre os que têm menos de 49 anos;
    - As mulheres, que também são a maioria da população (51%), ocupam apenas 13% das posições de liderança nas empresas;
    - Além disso, elas também ganham menos. Na média, 24% a menos do que a média masculina;
    - Nos cargos de gestão e liderança, 32% a menos.
 

Deu pra sentir um cheiro de como a desigualdade é real no mercado? Pois é! E estes são pouquíssimos dados, mas que nos permitem entender que, por menor que seja, toda forma de promover a inclusão daqueles que sofrem discriminação é válida e essencial.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

AUTOESTIMA em baixa - Dependência emocional

  • Dependência emocional
Este é o tipo de dependência mais prejudicial a um ser humano, porque ela acontece de forma velada. Mesmo que alguém consiga perceber que tem alguma dependência emocional com os pais, por ex., ainda assim essa dependência é muito mais grave e mais profunda do que a pessoa possa imaginar.

Muitas pessoas são dinâmicas, ativas e “vão para a vida” acreditando que são totalmente independentes, justamente porque acreditam que não sentem medo da vida, afinal, estão vivendo a vida, estão enfrentando os desafios diários de estarem no mundo, interagindo com o mundo de variadas formas.

Mas o que estas pessoas, dependentes emocionalmente, não sabem é que para estarem no mundo, enfrentando seus medos ocultos com relação à vida como um todo, com relação a “estar no mundo”, levam consigo, como uma extensão de sua energia, a energia de alguém ou de algumas pessoas. Seria o mesmo que dizer que uma pessoa, seja jovem ou mais madura, vai para a vida e leva consigo um manto invisível, um manto protetor de um dos pais ou dos dois, e/ou de outras pessoas com quem criam laços de dependência emocional. Sempre de forma inconsciente.

As pessoas que são frágeis emocionalmente e percebem seus medos em geral, são mais fáceis de diagnosticar com este tipo de dependência e mais fácil de tratar, justamente porque são conscientes de suas incapacidades emocionais de lidar com a vida, com o “estar na vida”. Tudo o que é explícito é sempre mais fácil de ser tratado.

A abordagem deste texto é mais especificamente a respeito das pessoas que são extremamente dependentes emocionalmente e não sabem disso. São pessoas que “se acham poderosas” e capazes, mas na verdade, são as mais incapazes e frágeis e só conseguem viver o que estão vivendo, porque “alguém” está lhes oferecendo um manto energético de proteção, força e poder.

Seria o mesmo que dizer que enquanto essa pessoa está na vida, estudando, namorando, vivendo socialmente e trabalhando, outro alguém está “meio ausente em sua própria vida”, para estar projetado na vida dessa pessoa. Num exemplo, seria o caso de uma pessoa ter essa fragilidade emocional, ter um medo profundo e velado de estar na vida, mas mesmo assim, ela vai para o mundo e vive o que precisa viver, porém, para que consiga fazer isso, neste exemplo, “pega a energia de força e poder” da mãe, pega a capacidade emocional que sua mãe carrega de estar na vida, e leva consigo. Essa pessoa então está vivendo tudo o que precisa viver, está alegre e enfrentando desafios da vida, mesmo com seus medos, porque “sua mãe está ali”, envolvendo-a, protegendo-a e dando para ela todas as forças e poderes necessários para que ela possa enfrentar seu “pânico” de estar na vida.

Até mesmo o simples fato de essa pessoa ir para a escola, mesmo para a faculdade, é assustador para ela, é sempre um grande desafio ter que enfrentar o mundo com todos os perigos que ele contém. Essa pessoa gosta de estar no mundo, gosta de estar com pessoas, mas ela não tem capacidade emocional para lidar com tudo o que implica viver experiências nas interações com as pessoas.

Sempre, para qualquer pessoa, é difícil ter que lidar com a interação com os outros, existem sempre as disputas de poder, as manipulações, invejas, cobiças, “roubos de energia” e tudo isso ocorre de forma velada, sempre, em qualquer relação, estas condições humanas ocorrem. Alguns lidam mais facilmente porque tem um “corpo emocional” mais forte para a vida – mas com certeza terão um corpo mental com fragilidades para enfrentar a vida. Tem que ser assim, pois todos os seres humanos têm a tendência de se tornarem “perigosos” para os outros quando se sentem muito poderosos em todos os seus corpos, por isso, as almas sempre escolhem em que corpo ou corpos trará fragilidades. Pode ser que uma pessoa tenha fragilidades no corpo emocional e em algum corpo mais sutil, justamente para poder encontrar o equilíbrio necessário para desenvolver seus dons e potencialidades sagradas, de forma a não fazer “mal para os outros” ao assumir seus poderes. Sempre um pouco de medo, como consequência das fragilidades nos corpos, é necessário, para poder dar um pouco de humildade e discernimento para aquele que se desenvolve em força e poder. Todos carregam um ego e este é sempre perigoso quando tem o poder em suas mãos.

Uma pessoa que vem com potencialidades sagradas para, por ex., ser líder de grupos, precisa ser ajustada para ser um líder saudável e adequado, que respeita os outros, antes de assumir suas potencialidades. Então, apesar de esta pessoa ser forte, ser capaz de enfrentar as dificuldades de lidar com um grupo de pessoas - em que cada uma terá suas intenções ocultas em manipular e extrair o melhor do líder para si -, ela precisa ser ajustada no sentido de ser e ter essa força sagrada, mas sem que isso represente tirania, autoritarismo e despotismo. Se ela tem grande força e grande poder para lidar com as pessoas – reforço que todos os seres humanos sempre carregam condições internas negativas, que são muito prejudiciais para qualquer líder, caso este não seja realmente capacitado para isso -, ela precisa usar esses poderes de forma sábia e isto não é a partir da força “bruta” ou da força mental dominadora, mas sim de um poder natural, que impõe uma autoridade saudável, esta pessoa tem uma aura que vibra a força da autoridade sagrada, mas antes que ela consiga se equalizar a este tipo de autoridade sagrada, ela passará pelos estágios de prepotência e arrogância de seu ego e, para que possa se ajustar adequadamente, precisa ter medos inconscientes, ser emocionalmente frágil, como forma de não abusar do seu poder antes que este seja devidamente equilibrado e utilizado com sabedoria.

Por isso a alma desse tipo de pessoa escolhe que ela terá muitos medos inconscientes sobre a vida, que ela sempre se sentirá fraca, vulnerável e frágil para lidar com as pessoas. Lembre-se que na verdade ela tem muita capacidade, força e poder para isso, mas é preciso um desenvolvimento adequado, assim, ao mesmo tempo em que ela adora estar na vida e interagir com as pessoas, dentro dela, em um lugar muito profundo em seu inconsciente, existe uma “parte dela”, que entra em pânico cada vez que ela precisa ir para o mundo viver experiências corriqueiras ou mais complexas.

Ela precisa não somente dosar suas forças e poderes de liderança - ou mesmo que nunca venha a ser uma líder, possa ser uma pessoa que se expõe e lida sempre com muitas pessoas ao mesmo tempo -, como também precisa saber o que um ser humano “normal” sente de medos da vida, apesar de ter capacidades de estar na vida. Antes de ser alguém poderoso para estar no mundo, precisa ser alguém humilde que sabe compreender os medos dos outros, justamente porque viveu, mesmo que inconscientemente, os horrores de travar de pânico diante do mundo.

Na verdade, esta pessoa não tem verdadeiramente em si, os medos gerais, mas ela carrega as frequências do medo, como ferramenta de ajuste. Isto significa que ela não terá muito trabalho para lidar com seus medos, que deverão vir à sua consciência para que se perceba com medo, para então poder curar seus medos, justamente porque estes medos “não são reais” dentro dela, são cargas energéticas que ela carrega, mas não estão de verdade ancorados em suas células e em seu ser como um todo.

Mas ainda assim, são medos da vida, não importa que essa pessoa não carregue verdadeiramente medos dentro de si, mesmo sendo apenas uma carga que carrega, ela sente medo.

Como estes medos são inconscientes, ela normalmente nega que sente medo diante da vida e isto favorece a experiência de dependência emocional que cria com todos aqueles a quem ela se liga emocionalmente, sejam os pais, irmãos, companheiros ou amigos. Sem perceber, ela sempre vai para o mundo levando consigo o manto de força e coragem daqueles com quem cria esses laços de dependência emocional.

Se alguém abordar essa pessoa e lhe disser que ela sente muito medo de estar na vida, para qualquer tipo de experiência de vida, até mesmo as mais corriqueiras, essa pessoa negará veementemente essa verdade, dirá que não sente medo de nada. Claro que não sente. Primeiro porque nega e mantém este medo bem oculto em seu inconsciente, segundo porque ela está envolvida com a energia de alguém ou de várias pessoas, para poder estar no mundo e essas energias alheias a fortalecem, fazendo com que não perceba que, no fundo, está em pânico de viver qualquer experiência de vida.

Se ela sente medo inconsciente de ir a um Shopping, por ex., apesar de ir sempre sozinha, ela jamais perceberá que entra em pânico de estar num lugar tão amplo e cheio de pessoas, não perceberá o quanto se sente vulnerável e em perigo, porque se habituou, desde nova, a levar a energia da mãe sempre consigo (normalmente esse tipo de relação de dependência se estabelece mais facilmente com a mãe, ou com a figura materna com a qual a pessoa estabelece essa ligação). Se uma simples ida a um Shopping a deixa em pânico, imaginem o pânico que experimenta quando tem que estar no mundo vivendo uma experiência mais complexa, como a experiência profissional, por ex.

Se esta pessoa não trabalha e “jura” que está tentando encontrar emprego, ela dificilmente conseguirá se empregar justamente porque sofre muito só de “se imaginar trabalhando”, envolvida com as responsabilidades do trabalho, tendo que interagir com pessoas e oferecer seu potenciais profissionais, sabendo que terão expectativas com relação a ela profissionalmente e até mesmo pelo fato de ter medo de falhar e ser criticada ou demitida, ela já entra em pânico e paralisa. Ela poderá enviar “mil currículos”, mas não conseguirá se empregar porque dentro dela tudo está paralisado no que diz respeito a enfrentar o mundo profissional. Mesmo que essa pessoa se esforce e então se abra para que seja empregada, ela irá enfrentar o desafio de ir trabalhar em pânico interno (não perceberá conscientemente), e para poder “sobreviver a isso”, levará consigo as energias de todos aqueles com quem estabeleceu um vínculo de dependência emocional.

Enquanto ela estiver trabalhando, usando a energia daqueles que leva consigo, estas pessoas, de quem ela tira a energia, estarão vivendo suas vidas normalmente, mas não estarão verdadeiramente inteiras e presentes em suas experiências. Estas pessoas poderão se sentir alheias, “estranhas” ou quase ausentes mesmo (algumas relatam que se sentem totalmente ‘mortas’) e isto se deve ao fato de que estão projetadas na pessoa insegura (que se acha segura), que grande parte de sua energia está direcionada “ao seu protegido”.

Estas pessoas que “se perdem de si para estarem para o outro”, normalmente fazem isso – inconscientemente, claro – de bom grado, elas tem vantagens nesse tipo de relação em que o outro é dependente emocionalmente delas. As vantagens não são verdadeiras, mas no ex. de uma mãe, que vive mais projetada energética, mental e espiritualmente em seu filho, envolvendo-o e protegendo-o o tempo todo, o seu falso ganho é no sentido de “ter seu filho eternamente para si”. Se esta mãe alimenta a fragilidade emocional do filho, dando a ele tudo o que ele precisa para sobreviver às experiências assustadoras de vida, este filho sempre será dependente dela e, consequentemente, sempre se manterá próximo a ela. No caso da mãe, ela obviamente não quer perder a ligação profunda com o filho, ela acaba se tornando “dependente da dependência dele” enquanto seu filho for dependente emocionalmente dela, sempre vai querer estar com ela “por perto”, eles criam um laço, na verdade um vínculo profundo, estabelecendo uma relação profundamente simbiótica e extremamente prejudicial a ambos. Quero ressaltar que isto não ocorre somente quando um filho vive com a mãe, morando na mesma casa, mas ocorre até mesmo se este filho estiver morando no exterior, bem longe fisicamente da mãe, ou poderá já estar casado e com filhos. Neste caso, a própria distância entre ambos, poderá ser o fator que determinará um vínculo ainda mais profundo entre ambos, porque suas mentes entendem a distância física como algo perigoso.

Esta relação de dependência emocional poderá se manter com a mãe e/ou com o pai para o resto de sua vida. Esta pessoa também, ao ir para o mundo estabelecendo outras relações, poderá criar esta mesma condição simbiótica e de grave dependência emocional, com seu parceiro(a). Neste caso, o parceiro acabará favorecendo este tipo de relação de dependência emocional, porque ele é inseguro e, se a pessoa precisa desta segurança energética que o parceiro oferece, ele favorece porque assim poderá dominar a pessoa, “tendo-a para si”. A pessoa que é dependente emocionalmente, acaba “pertencendo aos outros” porque nos acordos velados que faz com as pessoas que lhe oferecerão apoio energético e espiritual para enfrentar a vida, o que fica estabelecido é que enquanto esse alguém lhe oferece a energia de força e poder de que precisa para enfrentar a vida, a pessoa dependente tem que “dar sua vida para o outro” como forma de troca.

Além de ser dependente emocionalmente, ela deixar de pertencer a si mesma. Isto acaba deformando sua vida no sentido de que somente poderá viver aquilo que seus “protetores” suportarem. No ex. da mãe, se esta mãe é tão ligada ao seu filho, a ponto de sentir tudo o que o filho está sentindo (em seu interior, coisas que nem o próprio filho percebe dentro de si), ela sentirá todo o pânico do filho em cada situação de vida que ele estiver vivendo. Reforço que este filho não sentirá claramente este pânico, ele estará vivendo uma experiência qualquer e se achando “normal” e forte para tal, mas dentro dele estará acontecendo uma catástrofe emocional, sem que ele saiba. Mas sua mãe saberá e sentirá, afinal, ela criou uma ligação com um sensor que faz com que capte toda e qualquer mínima frequência de medo do seu filho, para que sempre saiba, intuitiva e inconscientemente, quando tem que socorrê-lo e com que quantidade de energia de força e poder deverá envolve-lo. Se por ex., seu filho estiver vivendo uma experiência simples de estar entre amigos, este filho está sempre com medo do mal que os outros poderão lhe fazer, mesmo que seja inconsciente disto. Assim, o filho está se divertindo com os amigos, enquanto sua mãe está em pânico por saber e sentir que seu filho está “em perigo” e em pânico. Ela poderá estar focada em seu trabalho, mas assim que seu filho encontra os amigos, ela “sai de si”, fica mais ausente e desfocada em seu trabalho, porque já partiu para envolver o filho para que ele se sinta forte e corajoso, enquanto ela poderá se sentir em pânico, porque também absorve a energia de pânico do filho, para que ele fique livre das consequências de fragilidade que o pânico lhe traz, enquanto ela estará imediatamente em pânico. Ela então estava forte e segura em seu trabalho e, “do nada”, se sente alheia, ausente e em pânico e até mesmo se sente fraca e em depressão. Tudo proveniente dos conteúdos internos do filho e do fato de dar sua energia ao filho, ficando com pouca energia para si.

Tudo pertence ao filho, mas quando ela se ausenta de sua própria vida para socorrer o filho e quando absorve os males dele para deixa-lo forte para a vida, ela arca com o grave enfraquecimento que a acomete porque não está presente para si mesma e porque absorveu todas as fraquezas do filho.

Além desse filho, se continuar com esta relação de dependência emocional, nunca se desenvolver e nunca conseguir ter uma vida real e plena, esta mãe também, à medida que este filho se desenvolve e se torna adulto, tendo que estar na vida, esta mãe terá que dar cada vez mais energia para este filho, ficando com cada vez menos de si para si mesma, ficando cada vez com menos de sua força e poder.

Quando isto começa a ocorrer, inconscientemente esta mãe sabe que quanto mais seu filho for para a vida, se desenvolvendo para enfrentar desafios mais complexos e mais difíceis de enfrentar, mais “trabalho” e sofrimento ela terá, por isso, ela acaba sabotando a vida do filho. Se é ela quem sofre as consequências dessa grave dependência mútua – em que ela se torna dependente da dependência dele -, obviamente que ela tentará fazer com que o filho não viva tudo o que precisa viver. Se num simples encontro com amigos o filho entra em pânico e ela enfraquece – com o tempo, de forma generalizada, incapacitando-a até mesmo para uma vida corriqueira -, imagine quando ele amadurece e tem que ser um grande profissional e tem que enfrentar grandes desafios. Esta mãe sente e sabe que nessas condições ele precisará de muito mais energia e poder “dela”, além de saber que ele sentirá um pânico ainda mais profundo e mais grave, e isto significa que ela terá que lhe dar uma extrema carga de força e poder, e terá que absorver dele esse extrema carga energética de pânico profundo e intenso que ele sentirá. Essa mãe, intuitivamente, sente que não suportará tamanha carga e não suportará ter que dar muito mais de sua força, energia e poder, então ela sabota as oportunidades do filho, fazendo com que ele nunca deixe de ser um profissional mediano ou até mesmo medíocre, porque assim, seus desafios serão menos significativos, fazendo com que ele não precise enfrentar condições que lhe trarão muito pânico.

Desta forma, a vida do filho, já homem formado, se estagna e se torna insatisfatória, assim com a vida desta mãe. A vida dela também paralisa, pois agora ela está precisando ficar mais atenta ao filho, ela se projeta não somente para protegê-lo, mas para vigiar os passos que ele dá na vida, para impedir que ele se envolva com experiências de vida mais significativas para sua evolução, porque isso custará a “vida dela”.

Até mesmo nos relacionamentos amorosos esta mãe começa a interferir. Se o filho estabelecer uma relação amorosa que seja “morna”, que o faça se sentir o mais seguro possível, o que significa que provavelmente ele não terá fortes sentimentos pela(o) parceira(o), para esta mãe é o ideal, pois ele não sentirá muita insegurança, o que geraria muito medo nele. Mas isto significará que ele estará insatisfeito na relação, porém, para esta mãe não importa, ela prefere que seu filho fique insatisfeito, mas numa relação de segurança, a ter que lidar com o filho se relacionando com uma pessoa que signifique muito para ele e que faça com que se sinta inseguro e com medo de perder seu amor, pois isto trará, como consequência, um grande esforço para a mãe, que terá que lidar com o medo e a insegurança do filho, tendo que dar para ele uma grande carga de energia de força e poder, além de ter que absorver toda e qualquer energia de pânico do filho, pelo medo da rejeição e do abandono, justamente por ele amar demais a pessoa com quem se relaciona.

Este tipo de pessoa que é dependente emocionalmente, no ex. o filho, tem grandes vantagens, pois se sente eternamente seguro na vida, porque sua mãe (e os outros protetores) sempre estará à sua disposição, esta mãe se disponibiliza muito pouco para sua própria vida, para seu próprio desenvolvimento para enfrentar os desafios de sua vida, pois não pode “perder tempo consigo mesma”, pois o maior valor que tem em sua vida é seu filho e, portanto, ele é a única coisa que lhe importa, por isso, precisa estar de “plantão o tempo todo”, disponível para ele, para lhe oferecer tudo o que precisa para enfrentar a vida e, nesta fase madura do filho, precisa também estar atenta para que ele não se envolva com grandes desafios de vida, ela precisa controlar esse filho, para que ele tenha uma vida “básica” para sempre, para que ela possa suportar a carga de energia que tem que lhe oferecer e a carga de energia negativa que tem que absorver do filho para salvá-lo.

Somente a tomada de consciência fará com que este tipo de relação comece a se curar. A pessoa, no caso o filho, ou a mãe (e os outros com quem a pessoa cria dependência emocional), de alguma maneira precisa perceber que “há algo errado entre ambos”, para poder procurar respostas e chegar ao conhecimento dessa realidade oculta que vivem, para poder começar um caminho de cura. Algum dos envolvidos precisará tomar consciência disso, para começar um processo de cura dessa simbiose profundamente doentia entre ambos. Caso isso não ocorra, mais especificamente na relação mãe (ou pai) e filho(a), a consequência disso será a paralisação na vida de ambos. Isto poderá ocorrer apenas na vida material, mas, dependendo do caso, poderá trazer serias consequências para a vida mental, espiritual, comprometendo até mesmo a saúde física de ambos.

Um forte indicador desta simbiose profunda, é quando um dos dois ou ambos, começam a enfraquecer de forma geral em suas vidas. Um enfraquecimento físico, mental, emocional e espiritual, seguido de grande perturbação mental. No caso da mãe, já sabemos o motivo do enfraquecimento. No caso do filho, este enfraquecimento se deve ao fato de nunca ter se mantido a partir de suas próprias forças e poderes e, com isso, não se desenvolveu e a energia da mãe já não é suficiente para mantê-lo forte e feliz numa fase mais adulta de sua vida.

Se você se sentiu tocado e se identificou com o conteúdo deste texto, sugiro que tenha a intenção de ir além da percepção que teve, ir além desta tomada de consciência, com o firme propósito de encontrar a cura para esta dependência emocional – sua com relação ao outro ou do outro com relação a você -, pois assim como se sentiu intuído a ler este texto, será também guiado para os próximos passos que o levarão à cura desta simbiose com profunda dependência emocional e o levarão a encontrar as chaves para a libertação de ambos (e dos outros com quem estabeleceu este tipo de relação). Proponha-se a isso, seja firme neste propósito e não se coloque como vítima. É algo bastante difícil de tratar, a cura será um processo intenso, mas valerá à pena, tenha certeza.
- por Teresa Cristina Pascotto - somostodosum
  •  5 formas para ser menos dependente  – Tudo sobre Psicologia

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Alimentação mental indigesta, nociva, as vezes necessária



  • Engolir sapo - Origens da expressão à parte, quem vive engolindo sapos sofre muito. 
"Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador." O teólogo e filósofo italiano Giordano Bruno teria pronunciado essas palavras no dia de sua execução, 17 de fevereiro de 1600, em Roma. Ele se recusou a negar suas opiniões religiosas e a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler de que a Terra girava em torno do Sol. Por isso, foi condenado, preso e queimado vivo. Dezesseis anos mais tarde, foi a vez de o astrônomo Galileu Galilei ser perseguido pela Igreja Católica. Depois de construir um telescópio para observar o céu, Galileu confirmou a teo­ria heliocêntrica e foi parar diante do tribunal do Santo Ofício. Para escapar das acusações de heresia e da fogueira da Inquisição, negou suas descobertas.
 

Apesar de muito longe na História, o dilema enfrentado por Giordano Bruno e Galileu se mantém atual. Mesmo sem correr o risco de acabar na fogueira, continuamos a enfrentar a questão: defender nossas posições com unhas e dentes, sem temer as consequências, ou... engolir sapo.
 

"Engolir sapo significa tolerar coisas ou situações desagradáveis sem responder, por incapacidade ou conveniência", diz o escritor e professor Ari Riboldi, autor do livro O Bode Expiatório (editora Age), no qual explica a origem de palavras, expressões e ditados populares com nomes de animais. Segundo ele, uma das possíveis versões sobre a gênese da expressão viria do texto bíblico. De acordo com a tradição judaico-cristã, o deus Javé enviou dez pragas sobre o faraó e o povo do Egito, pelas mãos de Moisés. A finalidade era convencer o faraó a libertar o povo hebreu, escravo no Egito, permitindo que ele partisse para a nova terra sob o comando de Moisés. O episódio das pragas faz parte dos capítulos 7º a 12º do Êxodo, livro do Antigo Testamento - a segunda praga, a infestação de rãs, é narrada no capítulo 8º. Elas tomaram conta das casas, quartos, leitos, pratos e de todos os ambientes habitados pelo faraó e pelos egípcios. Ao morrerem, ficaram aos montes infestando os locais e causando doenças. "O texto bíblico menciona rãs e não sapos, mas trata-se apenas de uma versão", diz Riboldi.
  • O bonzinho
Origens da expressão à parte, quem vive engolindo sapos sofre muito: tem dificuldade para dizer não, fica calado ou concorda com o outro em situações polêmicas só para evitar conflitos, ignora os próprios desejos para não gerar mágoas. "A pessoa não expressa seu sentimento e opinião simplesmente por medo da reação negativa de seu interlocutor. Essa atitude tem a ver com a cultura, com crenças que estão no modelo mental guiando nosso comportamento para a passividade em situações em que nos sentimos ameaçados ou com riscos de perdas", explica Vera Martins, especialista em medicina comportamental, diretora da Assertiva Consultores, de São Paulo, e autora do livro Seja Assertivo! (editora Campus).
 

Depois vem aquela sensação de impotência e frustração por não conseguir expressar os sentimentos, por achar que tem sempre alguém determinando o que deve ser feito. E lá ficamos nós, nos sentindo incompreendidos e manipulados, remoendo uma mistura de raiva e culpa enquanto pensamos no que deveríamos ter dito no momento que já passou. Como consequência, nossa autoestima e confiança despencam no mesmo ritmo com que perdemos o respeito dos outros, que passam a não nos levar mais em conta.
 

Muitas vezes, o engolidor de sapos se esconde atrás da figura do bonzinho, aquele sujeito sempre preo­cupado em agradar - para ser aceito e querido. "Ele usa uma linguagem extremamente cuidadosa, porém é violento consigo mesmo, pois cede seus direitos em prol do outro", diz Vera. Na verdade, as atitudes do bonzinho são alimentadas por uma expectativa de reciprocidade: ele se posiciona passivamente na situação, sendo agradável e condescendente, esperando que o outro também faça o mesmo. Quando isso não acontece, a raiva aparece.
  • Corpo e mente
Se engolir sapos pode ser considerado uma estratégia de proteção, de permanência na chamada zona de conforto, precisamos saber que sofreremos consequências deletérias por não defender nossas posições. 

"A raiva é uma das emoções que as pessoas têm mais dificuldade de manifestar. Muitos enterram a agressividade durante anos e têm pavor do que pode acontecer, caso resolvam desabafar. Acham que qualquer demonstração desse sentimento vai magoar os outros", afirmam Robert Alberti e Michael Emmons no livro Como se Tornar mais Confiante e Assertivo (editora Sextante).
 

"Engolir sapo é o mesmo que engolir a raiva, uma emoção protetora que nos avisa quando algo está errado. E ela estimula à ação. O estrago físico, emocional e mental de quem não põe isso para fora é arrasador com o passar do tempo, favorecendo diversas doenças", diz Vera. É o que também adverte o psiquiatra e psicanalista Ricardo Almeida Prado, do programa de atendimento e estudos de somatização da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Todo fenômeno que se passa com o ser humano é psicossomático, porque a psique está todo o tempo presente." Segundo ele, existem algumas doenças em que essa correlação se torna mais evidente, como alergias, asma brônquica, dermatites, síndrome do intestino irritável e fibromialgia. No entanto, ainda são poucas as pessoas que percebem essa associação. "Às vezes você sai de uma reunião com uma enorme dor de cabeça, termina um almoço com muita dor de estômago e não percebe que isso está associado ao fato de não ter se posicionado como gostaria. Quando chega em casa, pensa em tudo o que deveria ter falado e não teve coragem naquele momento. E se sente muito mal por isso", diz Denise Gimenez Ramos, psicóloga e professora titular do programa de pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP.
 

Essa separação entre corpo e mente vem do Iluminismo. E, se por um lado permitiu um grande desenvolvimento tecnológico e científico, nos deixou como herança a dificuldade de relacionar os problemas de saúde com nossa própria história. "É muito mais fácil pensar que a doença é gerada por um problema físico, porque é como se a gente não tivesse nada a ver com aquilo. Se você pensar que ela tem uma origem psíquica, vai ter que pensar no quanto está implicado, em qual é sua responsabilidade", afirma Prado.
  • Que tal dizer não?
Existe redenção para um contumaz engolidor de sapos? Adiantaria descontar a raiva contida, reverter a situação de desvalia e enfiar o pé na jaca? Valeria a pena aprender a reagir na mesma moeda? As respostas passam pela compreensão do conceito de assertividade. Quem é assertivo diz o que pensa com confiança e firmeza, consegue se expressar e defender suas posições de maneira afirmativa, sem perder a simpatia das pessoas. É alguém que não engole sapos - mas também não faz ninguém engolir. "Muitos acreditam que a pessoa assertiva é agressiva em situações de conflito e passiva quando não é conveniente se posicionar. Está errado, o comportamento assertivo é firme, focado na solução do problema, enquanto o não-assertivo é focado no culpado do problema", afirma Vera Martins.
 

Ter um comportamento não-assertivo é sinônimo de engolir alguma coisa que não queremos, que alguém nos empurra goela abaixo. Mas por que permitimos, sem nos posicionar? Por medo. Não rea­gimos por receio da reprovação, da crítica. "As pessoas têm a fantasia de que se disserem ‘não’ vão perder o amor do outro. Isso é muito destrutivo, ela acaba expiando o sentimento de culpa na posição de submissão. Quando, na verdade, é o contrário: ao se posicionar, o outro percebe que existe uma pessoa, com opiniões próprias, que precisa ser considerada", diz Ricardo Prado.
 

Claro que, muitas vezes, é difícil ser assertivo no trabalho, por exemplo. O medo de represálias e até de perder o emprego pode falar mais alto. Sim, dentro de uma empresa existe uma hierarquia e regras que precisam ser respeitadas. Mas qual o limite disso? Como estar submetido a um determinado sistema sem perder a identidade, sem deixar de ser a pessoa que você deseja? "O assertivo avalia cada situação e decide se vale a pena se posicionar. Ele não engole sapos e sim recua estrategicamente, sentindo-se confortável na situação", afirma Vera.
 

Quem atura muita coisa calado acaba sendo agressivo em algum momento. Pessoas passivas no trabalho podem ser agressivas em casa, descarregando a raiva nos filhos, na mãe ou no companheiro porque se sentem mais seguras. Mesmo explodindo, acreditam que vão continuar sendo amadas. Quem recebe a agressão deve evitar reagir do mesmo jeito.
"Senão vira uma guerra para ver quem humilha mais, quem pode mais. A atitude saudável é apontar para o outro a agressão e não devolver na mesma moeda", diz a psicóloga Denise Ramos.
  • O responsável é você
Mas qual o caminho para atingir a assertividade? Como deixar para trás o comportamento passivo? Para começar, é preciso autoconhecimento. Os autores do livro Como se Tornar mais Confiante e Assertivo, Alberti e Emmons, afirmam que o treinamento para a assertividade evoluiu a partir da ideia de que as pessoas vivem melhor quando conseguem expressar o que querem e quando se sentem à vontade para dizer aos outros como gostariam de ser tratadas. "Algumas, porém, têm dificuldade para decidir o que querem da vida. Se você tem o hábito de fazer as coisas para os outros e acredita que o que deseja não é relevante, pode ser muito difícil descobrir o que realmente importa."
 

Também é preciso deixar de sentir culpa. Você não é culpado e sim responsável pelo que acontece em sua vida. Ninguém tem a obrigação de ler seus pensamentos se você não se posiciona. Ninguém vai adivinhar seus sentimentos enquanto você não se manifestar. Para ser assertivo é preciso, antes de mais nada, reconhecer que muitos sapos já foram engolidos. Mas talvez ajude olhar para eles de outra maneira. "Essa coisa de ver o sapo como um animal sujo, nojento, é muito do nosso país. Há lugares onde eles são adorados. Na cultura oriental, por exemplo, são tidos como portadores de boa sorte e fortuna", afirma Célio Haddad, especialista em anfíbios e professor titular do departamento de zoologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Rio Claro). Ele também lembra que na pele dos anfíbios existem muitas substâncias alucinógenas. "Essa é a raiz da lenda da princesa. Se você ‘beijar’ um sapo, entrar em contato com sua pele, depois de 5 minutos pode realmente ver um príncipe na sua frente."
 

Que tal firmar um compromisso? Beije cada sapo que aparecer no caminho e transforme-o em um príncipe. Para cada sim dito contra a vontade, diga um não. Para cada desaforo que levar para casa, exponha suas opiniões. Assim, de sapo em sapo, você estará aprendendo a ser assertivo. Não é fácil. Mas certamente é bem menos indigesto. 

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  •  Como Ser Confiante

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Realidade Subjetiva x Verdade Relativa

  • Aquilo que você acredita que é verdade, só é verdade para você.
  • MENTE HUMANA
A mente humana pode ser muito poderosa quando deixada à própria sorte. Em um ambiente como este a realidade pode ser subjetiva.
 
Considere que gosto demais de exercitar a mente, pois com a idade se parar enferruja.
 

Cada um de nós constrói uma realidade em função de informações recebidas, entendidas, compreendidas e percebidas que, portanto, foram conscientizadas.
 

Assim as crenças e as informações que formam o nosso conhecimento objetivo e mais o conteúdo subjetivo constituem a nossa realidade subjetiva, a nossa verdade, mas a nossa realidade subjetiva é tida como sendo nossa verdade naquele instante dado.
 

Pessoas que aceitam ser informadas e aceitam verificar, entender, analisar, ordenar e questionar cada informação antes de aceitar, ampliam os horizontes da consciência a cada momento.
 

A cada momento mudam a sua realidade subjetiva, ou seja, aquilo que acham que é a verdade.
  • A verdade passa a ser relativa.
Pessoas que se fecham em uma crença e não admitem que o conhecimento que têm sempre é parcial, têm a tendência de estacionar o desenvolvimento mental e psíquico.
 

Se têm uma Fé e associam a fé com uma crença, tornam-se convictos.
Quando há convicção associada à ignorância estamos diante de um fanático que jamais terá a noção do que seja relatividade.
 

Como as pessoas têm diferentes níveis de informação e diferentes capacidades de conotação, mesmo tendo informações.
 

Como o desenvolvimento dos circuitos neurológicos do cérebro dependem de exercícios de introspecção, com reflexão durante períodos de meditação e como a maioria tem preguiça de:

1- de se aculturar;
2- de pensar nas informações recebidas;
3- de conotar com outras informações, dificilmente haverá 5% de pessoas que façam abstrações. Não mais do que 25% com pensamento concreto, direto e objetivo.
 

Resta os 70% da massa a ser dominada e conduzida pelos sistemas organizados pelos tipos anteriores. São pessoas que se satisfazem com sentimentos, emoções e fantasias.
 

Como a verdade de cada um pode mudar a cada instante na medida de novas informações e descobertas, os buscadores da verdade continuarão sempre buscando o Infinito. Assim a verdade pode mudar a cada novo dia.
  • http://www.imagick.org.br/