- A Síndrome do Ninho Vazio tem como características os sentimentos de vazio, solidão, tristeza demasiada, irritação, desenvolvimento de doenças psicossomáticas, dores onde antes não existiam, podendo evoluir para depressão leve até profunda. Crises de ansiedade e angústia, além do estresse, também podem estar presentes.
- As mulheres são as mais afetadas por tal síndrome.
- Então, como resolver tão situação?
O segundo passo é aceitar a mudança que, acredite, pode até ser muito benéfica.
Chegou o momento de se colocar em primeiro lugar. Dê um sentido para sua vida. Busque no seu passado quais eram seus sonhos, o que te fazia feliz... Esteja aberta e disposta. Há liberdade agora!
Se mesmo assim, está difícil libertar-se dos sentimentos negativos, pode ser o momento de buscar uma ajuda profissional.
Já sabemos que a chamada síndrome do ninho vazio é uma condição caracterizada pelo surgimento de um quadro depressivo por parte dos pais (afetando geralmente a mãe) após a saída dos filhos de casa, a partir do momento em que eles se tornam independentes, partindo para outra moradia.
As mudanças fazem parte da evolução natural da vida, fazendo parte da mesma:
Período de crescimento: quando a assimilação prepara para a maturidade.
Período de maturidade: quando os processos biológicos estão voltados à manutenção, reparo e procriação.
Período de declínio: quando o intercâmbio biológico se atrasa em relação às necessidades de renovação e leva à morte.
Quando há o início do período de declínio, muitos processos, além do biológico, começam a ser perdidos, englobando transações na família, tanto de tarefas cotidianas, de seu crescimento pessoal ou de função parental. Neste período, também podem estar presentes sintomas de depressão, dependência e desestruturação familiar, como, por exemplo, a síndrome do ninho vazio, que foi definida por algumas tradições como o sofrimento relacionado à perda do papel da função dos pais devido à saída dos filhos de casa.
Habitualmente, a síndrome do ninho vazio é pontual, ou seja, possui hora certa para ser findada, sendo que sua duração se estende do instante de separação dos filhos até o estabelecimento de uma nova ordem familiar.
Todavia, caso a tristeza presente na síndrome se prolongue e vier acompanhada por ausência de objetivos, pode transformar-se em depressão. Além disso, existe um fato que agrava ainda mais a situação no caso das mulheres já maduras: a menopausa. Esta, por sua vez, faz com que a mulher se sinta envelhecida, sem função reprodutora, com autoestima baixa e sua imagem refletida no espelho não lhe agrada mais, resultando em uma mulher emocionalmente abalada.
A personalidade de cada indivíduo também influencia no modo como a separação é encarada, sendo que indivíduos mais dramáticos sofrem mais.
Embora já seja certo que esta separação irá ocorrer, ninguém está preparado de fato para ela. Além disso, a intensidade do sofrimento também fica na dependência de outros fatores, como o motivo da saída do filho da casa dos pais. Quando for por motivos bons, como casamento, faculdade ou até mesmo morar sozinho, mas com a participação dos pais, o processo torna-se menos doloroso. Já quando for pro brigas ou morte, a dor é mais intensa e de maior duração.
Sempre é importante que a mãe preencha seus dias com atividades. Caso não trabalhe é importante procurar fazer cursos, companhia dos amigos ou até mesmo um trabalho.
Neste período, a ajuda dos filhos é de extrema importância, sendo que deve haver uma inversão de papéis, com os filhos passando a “consolar” os pais, especialmente a mãe.
A síndrome do ninho vazio também é um processo natural da vida. Os filhos crescem, deixam a família e vão viver suas vidas. Tornam-se independentes e decidem morar sozinhos, seja porque vão casar, cursar uma universidade ou buscar mais autonomia.
- O que é a síndrome do ninho vazio?
Esses sintomas variam de pessoa para pessoa, dependendo de sua personalidade, do estado emocional e até do grau de relacionamento que mantinha com aquele que deixou o lar. É necessário um lento processo de adaptação e mudança diante dessa nova realidade, pois toda a rotina de convivência será modificada, o que poderá causar crises entre os membros familiares envolvidos. É uma fase difícil até mesmo para alguns pais que se sentem satisfeitos por terem cumprido seus papéis para a independência dos filhos.
- Desapegar e liberar
É um processo natural que os filhos saiam de casa. É mais uma etapa de crescimento e evolução, que a princípio pode parecer estranho, causando vazio e solidão. Devemos aceitar como um recomeço, não só para eles que sairão em busca de novos desafios e experiências, mas também para os pais, com um novo conceito de vida e de novas perspectivas. Temos que renovar nossos planos de vida, tanto individuais quanto matrimoniais, enxergar nessa situação que a principio parece negativa, a oportunidade de dedicarmos mais tempo e energia a nós mesmos, em busca de novas experiências e satisfação pessoal.
Nada vai substituir a saída dos filhos, mas é preciso entender que a fase da vida mudou, e se a pessoa não buscar outras fontes de prazer ela pode desenvolver muitas doenças. Não é para ignorar os sintomas, mas sim aceitar a dor, aceitar a saída dos filhos, se adaptar a essa mudança e dar novo sentido para a vida. Afinal, a vida só é boa porque é feita de várias fases - princípio, evolução, meio e fim - temos que aprender a curtir todas elas, sejam boas ou ruins. Senão ficaremos doentes e aí a vaca irá para o brejo, com certeza.
Em alguns casos, pode não ser seu relacionamento que está em apuros.
Quando as crianças saem de casa e a mãe era uma constante na vida delas, elas também podem experimentar uma ansiedade pela separação. Alguns casos são graves, dependendo de quão próximo é seu filho. Isso pode causar alguns problemas para lidar com a situação, e demandar um tempo.
Mas vocês podem fazê-lo juntos. Com o tempo, tudo pode melhorar, e lidar com isso pode ficar menos doloroso. As mães sabem que os pássaros vão voar. É muito difícil deixá-los ir. Mães podem ter medo de não ver os filhos mais.
Para a crianças, é importante entender que, para as mães, sua saída é como uma faca no coração. Seja paciente com a mãe. Ela vai ficar bem.
Para as mamães, você vai vê-los novamente. Sim, dói. Mas você tem que deixá-los crescer. Eles querem a experiência de vida. Tudo o que você pode fazer é estar lá para eles, ouvi-los e amá-los.
Não tome grandes decisões até superar a síndrome do ninho vazio. Você pode acabar se arrependendo de vender a casa, ou se mudar, caindo em uma profunda tristeza. Espere até se sentir mais feliz novamente para tomar grandes decisões.
Não tente fazer seu filho se sentir culpado, para ele voltar para casa para uma visita. Não comece a perguntar se eles vão estar em casa para o natal.
Esteja ciente de que a empatia com o que você está sentindo pode não ser muito grande, visto que os filhos saírem de casa é considerado um evento normal da vida. Consulte seu especialista em saúde mental, porque a síndrome do ninho vazio é reconhecida como um real motivo de preocupação e cuidados.
Se você trabalha fora de casa, não deixe que a síndrome do ninho vazio afete seu trabalho. Seus colegas de trabalho não vão gostar de ter que pisar em ovos perto de você.
Tenha um plano alternativo, caso eles não venham passar as férias em casa. Não discuta se eles optarem por passar esse tempo com os amigos.
- Fontes:
- http://ethnic.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=40
- http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol36/n3/pdfs/112.pdf