- Oásis
Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui – replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
– Cada um carrega no seu coração o ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
- Se melhorar estraga. Realmente?
A vida é generosa. É abundante. É imparcial e isso é um fato. Quanta beleza ela insiste em nos oferecer.
Eu, particularmente, acredito que existe um lado dentro de todos os seres humanos, sem exceção, que é capaz de se preencher com um amanhecer rosado, o infinito das ondas num dia nublado, o reflexo do sol num cercado de água. Talvez, para muitos, esse seja um lado ‘romântico’ demais, utópico demais, pollyanna demais. Inclusive nessas pessoas, eu acredito que existe a capacidade de se encantar com pouco. (Pouco?)
Se todos os seres humanos carregam dentro de si esses óculos com lentes positivas, também existe, na mesma proporção, o lado da dúvida, do negativismo e da negatividade em suas mais diversas formas. Sabe quando uma coisa muita boa acontece e você começa a se questionar ‘se merece tudo isso’? Ou quando você está vivendo um momento extremamente prazeroso e sem rodeios exclama: “se melhorar, estraga?’
Esses momentos apenas comprovam a existência desse nosso lado que vive sem questionar, que convive sem cuidar do outro, que sorri sem ter vontade. E é justamente para essa polaridade que eu quero chamar a sua atenção!
Se por um lado temos esse padrão de respostas negativas dentro de nós, temos na mesma intensidade, a capacidade de ver o lado positivo de tudo que nos acontece.
Por que quando algo muito bom acontece, temos que nos questionar se aquilo é verdade? Por que temos que viver sempre em alerta para a próxima ‘artimanha’ do Universo? Um dia alguém ou algo o fez acreditar que só se aprende na dor, que relações são difíceis ou, no mínimo, trabalhosas e que tem que se ralar muito para ter dinheiro ou algo que se quer. Quem sabe, ainda, não te contaram a história de que é errado cobrar pelo seu trabalho, que mulher independente termina sozinha ou que você tem que ser ‘bonzinho’, ou o melhor (da sala, da família, no trabalho) para ser amado e reconhecido?
Entendam, em definitivo, que essas como tantas outras não passam de histórias. Assim como ‘Pedro e o Lobo’ e ‘A Fada do Dente’… Perceba-se como uma criança, aberta às histórias da sociedade, internalizando todos os estímulos da família, da mídia, do inconsciente coletivo. Porém, um dia a criança cresce e pode decidir se acredita que algumas fadas realmente pagam algumas moedas por seus dentes de leite, ou não. Assim é na vida: agora, você está sendo convidado pela sua essência para retomar sua consciência e decidir (por si!) em QUÊ quer acreditar.
Você realmente acha que existe um Deus que lhe pune? Que dinheiro é um recurso escasso? Que encontrar o amor é muito difícil? Ou que duas almas quando se juntam por amor devem sofrer e brigar para crescerem juntas?
De verdade: pare, sinta! Você realmente acredita nisso ou é somente o programa que ‘veio de fábrica’ que o faz alimentar essas crenças?
Pense, de fato, se você necessariamente precisa de um corpo perfeito para ser amada(o) e se você é apenas o seu corpo ou muito mais do que isso. Reflita se faz algum sentido acreditar que não dá para ser feliz em tudo. Com base em quê isso seria verdade?
Sugiro docemente que você experimente escolher, por si mesmo, no que vai acreditar daqui para frente. Sugiro isso porque por vezes, quando a vida está ‘linda demais’ me questiono se é possível… e é justamente nesse instante que identifico uma oportunidade de fazer minhas próprias – e novas – escolhas.
Sim, a vida pode ser perfeita! Tudo depende do seu olhar.
Sim, é possível ser feliz em tudo e em todos os aspectos da vida. E isso depende de uma vontade genuína de se autoconhecer, auto-amar e de ressignificar antigos ‘problemas’ como desafios interessantes e iluminados.
Da próxima vez que você se pegar olhando para sua vida com uma expressão pacífica e um sorriso no rosto, simplesmente abençoe! Abençoe e, antes da sua mente começar a questionar, agradeça. Conecte-se nessa frequência e se veja vivendo o que, de fato, é real!
A felicidade é a verdade. A facilidade é o nosso estado natural. Você NÃO tem que sofrer, NÃO tem que passar por perrengue, NÃO precisa prejudicar um setor em detrimento da felicidade em outra área da sua existência.
Eu sei que te disseram o contrário até aqui mas, se era por falta de alguém te dizer que, SIM, pode ser diferente, eu estou te dizendo, de coração para coração: É diferente! Pode ser diferente!!
Permita que ela, sua alma, perceba o quanto isso é real e experimente a sua nova forma de ver a vida!
Amor, Luz e consciência. Sempre.