PÁSSAROS E VIOLA por pietro-carvalho
- Imaginação é mais importante que o conhecimento. ( ALBERT EINSTEIN, físico alemão - 1879-1955)
Mudanças na história da humanidade e as ondas de inovação foi o que nos empurraram para o Autoconhecimento aprimorado.
Tudo isto porque um dia começamos a pensar verdadeiramente, conscientes da realidade humana e suas necessidades primordiais.
Por que as mudanças começaram a se acelerar somente a partir da confluência das Revoluções Francesa e Industrial e da Independência Americana?
Se compararmos os utensílios, equipamentos e sistemas disponíveis em uma habitação contemporânea da Antiguidade Clássica com os que eram usados em uma casa da cidade ao tempo da Idade Média, veremos que não existia grande diferença. Se avançarmos mil anos à frente e incluirmos nessa comparação domicílios de Paris de algumas décadas antes da Revolução Francesa, constataremos que a situação ainda permanecia a mesma. Sem água encanada, sem sistema de esgoto, sem eletricidade ou gás e sem telecomunicações. Apenas as casas da nobreza tinham mais conforto, o qual era proporcionado por exércitos de criados.
Só para se ter uma ideia, o urinol foi equipamento doméstico do cotidiano onipresente nas casas de todas as classes sociais até o século XX. A primeira privada, ou o mais próximo a esse sistema de vaso sanitário com descarga hidráulica – o WC –, foi instalada pela primeira vez nos aposentos de uso exclusivo da Rainha Vitória em 1860.
Da mesma forma, se, nesse período separados por mil anos, compararmos a velocidade com que as pessoas podiam se deslocar, seja em terra, seja em rios e oceanos, veremos que, também nesse tipo de comparação, não havia lá muita diferença. Em todas essas épocas, o deslocamento tanto de seres humanos quanto de cargas tinha a velocidade das próprias pernas das pessoas e das possibilidades da tração animal, da ação dos ventos nos mares e dos cursos d’água. Ainda, ao longo das três épocas – Antiguidade, Idade Média e tempos modernos antes da Revolução Industrial –, também a velocidade de propagação da informação era rigorosamente a mesma. Afinal, o deslocamento da informação estava vinculado aos meios de transporte.
A verdade é que, ao longo de toda a história da humanidade até uns duzentos anos atrás, independentemente de países, civilizações e mesmo classes sociais, as pessoas viviam em um mundo em que trabalho, energia e velocidade eram limitados à força muscular própria dos seres humanos ou dos animais que nossos antepassados domesticavam. A vida cotidiana era relativamente estável e sem mudanças. As transformações aconteciam mais por força de tragédias naturais, pestes, guerras e conflitos políticos e sociais. Mudanças de estilo de vida e de instituições principalmente por força do desenvolvimento tecnológico era uma coisa desconhecida da humanidade.
Hoje, a vida muda de forma tão drástica que as mudanças ocorridas em um curto espaço de 10 anos fazem os filhos encararem o tempo que seus pais eram jovens como “pré-história”. É fácil constatar isso ao ouvir um adolescente dizer que não consegue entender como alguém vivia sem celular, sem internet ou sem computador pessoal.
Tudo isto porque um dia começamos a pensar verdadeiramente, conscientes da realidade humana e suas necessidades primordiais.
Por que as mudanças começaram a se acelerar somente a partir da confluência das Revoluções Francesa e Industrial e da Independência Americana?
Se compararmos os utensílios, equipamentos e sistemas disponíveis em uma habitação contemporânea da Antiguidade Clássica com os que eram usados em uma casa da cidade ao tempo da Idade Média, veremos que não existia grande diferença. Se avançarmos mil anos à frente e incluirmos nessa comparação domicílios de Paris de algumas décadas antes da Revolução Francesa, constataremos que a situação ainda permanecia a mesma. Sem água encanada, sem sistema de esgoto, sem eletricidade ou gás e sem telecomunicações. Apenas as casas da nobreza tinham mais conforto, o qual era proporcionado por exércitos de criados.
Só para se ter uma ideia, o urinol foi equipamento doméstico do cotidiano onipresente nas casas de todas as classes sociais até o século XX. A primeira privada, ou o mais próximo a esse sistema de vaso sanitário com descarga hidráulica – o WC –, foi instalada pela primeira vez nos aposentos de uso exclusivo da Rainha Vitória em 1860.
Da mesma forma, se, nesse período separados por mil anos, compararmos a velocidade com que as pessoas podiam se deslocar, seja em terra, seja em rios e oceanos, veremos que, também nesse tipo de comparação, não havia lá muita diferença. Em todas essas épocas, o deslocamento tanto de seres humanos quanto de cargas tinha a velocidade das próprias pernas das pessoas e das possibilidades da tração animal, da ação dos ventos nos mares e dos cursos d’água. Ainda, ao longo das três épocas – Antiguidade, Idade Média e tempos modernos antes da Revolução Industrial –, também a velocidade de propagação da informação era rigorosamente a mesma. Afinal, o deslocamento da informação estava vinculado aos meios de transporte.
A verdade é que, ao longo de toda a história da humanidade até uns duzentos anos atrás, independentemente de países, civilizações e mesmo classes sociais, as pessoas viviam em um mundo em que trabalho, energia e velocidade eram limitados à força muscular própria dos seres humanos ou dos animais que nossos antepassados domesticavam. A vida cotidiana era relativamente estável e sem mudanças. As transformações aconteciam mais por força de tragédias naturais, pestes, guerras e conflitos políticos e sociais. Mudanças de estilo de vida e de instituições principalmente por força do desenvolvimento tecnológico era uma coisa desconhecida da humanidade.
Hoje, a vida muda de forma tão drástica que as mudanças ocorridas em um curto espaço de 10 anos fazem os filhos encararem o tempo que seus pais eram jovens como “pré-história”. É fácil constatar isso ao ouvir um adolescente dizer que não consegue entender como alguém vivia sem celular, sem internet ou sem computador pessoal.
- Agua desta fonte: TEMPO DE PENSAR FORA DA CAIXA (Ricardo Neves) - Parte I - Capítulo 1