sábado, 22 de agosto de 2015

EVOLUÇÃO - Mistérios de paz - E se a rapadura fosse mole e salgada?...

E se tudo fosse diferente, e se eu não  bebesse, e se eu fosse mais simpático, e se as pessoas não me irritassem tanto, e se a vida fosse mais fácil, e se a rapadura fosse mole e salgada, e se meu carro tivesse ar condicionado, e se eu tivesse um carro, e se meu nome fosse Brad, e se as pessoas não mentissem, e se a verdade fosse fácil de ouvir, e se quem a gente ama não morresse, e se eu tivesse uma lâmpada mágica, e se meu pai não tivesse casado com a minha mãe, e se eu não tivesse me casado, e se... e se...
É isso, é por isso, em tudo há uma razão de ser, por mais que pareça estranho, sempre há, trata-se do simples e contínuo ato do desenrolar da própria vida. As coisas simplesmente acontecem por que a natureza segue, como o faz diuturnamente, como há milhões de anos atrás, hora após hora, milhares de anos após milhares de anos.
Dois mil anos não fizeram que a natureza parasse para pensar, não, ela segue sua rotina, tranquilamente, mesmo depois de nos gerar, deixa-nos apenas continuar nossa evolução, pois sabe que o andar de cima é apenas uma das invenções fantasiosas dos seres humanos e sonhadores, pois nosso regresso ao seu seio está totalmente garantido, no andar de baixo, na desintegração molecular de nossos corpos, quando a ela nos reintegraremos, nas próximas dezenas de anos, pois é assim que a fila, finalmente, desanda.
...se os tolos o irritassem? O que Buda faria...
“Certas pessoas são como crianças grandes: prejudicam as outras sem perceber. Irritar-se com esses tolos é o mesmo que se zangar com o fogo porque ele queima.”
Algumas pessoas nunca amadurecem. É da natureza delas causar problemas. Saem por aí destruindo sem perceber o dano que causaram. “É claro que isso nos aborrece, e uma palavra dura ou um grito de liberdade talvez ajudem (pelo menos, ajudam a nós). (...) O ensinamento de Buda é separar a censura imediata da raiva duradoura. Quando você está disciplinando um filho pequeno, deve fazê-lo o mais depressa possível. (...) Poucas horas depois, ele esquece tudo, e você também deve esquecer. Seria justo bater numa criança porque você está com raiva? É claro que não. Mas bater numa criança para castigar uma travessura antiga é pior ainda.