O Papacárie é mais indicado
para cáries primárias, pois em situações de reincidência é necessário remover a
restauração antiga, o que normalmente é feito com a ajuda da broca. “Mas vale a
pena usar o produto e sem dúvida teremos grandes benefícios, não só por sua
eficácia, mas também pela possibilidade real de lidarmos com pacientes bem mais tranquilos no gabinete odontológico, dado a eliminação do medo cultural da
dor”, afirma Silvana.
A novidade não encarece o
tratamento, até porque o produto é nacional. Ela lembra haver no mercado um
similar, suíço, de custo relativamente alto, comparado com o brasileiro, ambos,
no entanto, equiparam-se em termos de qualidade.
Outro detalhe ressaltado pela
dentista, que está satisfeita com o resultado do tratamento, na Cliny Baby, é
que além de as crianças se comportarem calmamente durante todo o procedimento
no gabinete odontológico, as mães estão podendo cuidar da dentição dos filhos
sem o estresse de antes, consequentemente, a dentição de leite terá um tempo de
vida mais prolongado, devido ao cuidado. Assim, os dentes permanentes nascerão
praticamente na adolescência, tendo maior chance de se preservarem sadios por
um período mais longo.
O medo do dentista, agora, pode
ser considerado coisa do passado. Isso graças a uma enzima extraída da casca do
mamão papaia, a papaína, que pode se tornar a salvação para as pessoas que, frequentemente, adiam a ida ao dentista por medo do “motorzinho” e de todos os
demais desconfortos comuns no tratamentos de cáries.
Com o lançamento do papa-cárie,
como ficou conhecido o produto, cujo o princípio ativo amolece a cárie quando
associada ao antiséptico cloramina, em menos de 1 minuto podemos proporcionar
mais conforto ao paciente, pois não existe a necessidade de anestesiar e nem de
usar broca, como afirma a cirurgiã- dentista Elisa Zanella.
O papa-cárie é um produto brasileiríssimo,
criado pela pesquisadora Sandra Kalil Bussadore, doutora em Odontopediatria
pela USP, que após anos de pesquisa conseguiu confirmar que o gel a base de
papaína faz a remoção química da cárie e pode assim receber liberação para sua
comercialização (uso Odontológico) pelo ministério da saúde.
Baseada na experiência pioneira
com o uso do papacárie em
Passo Fundo, a cirurgiã-dentista Elisa Zanella ressalta que o
novo produto é um grande avanço na Odontologia, porque apresenta como grande
diferencial a não necessidade de anestesiar e nem de usar brocas como no método
tradicional. Além de que a broca retira tanto tecido dentário doente quanto o
sadio, fragilizando muitas vezes o dente. Já com o uso do papacárie, o
cirurgião-dentista não corta a dentina, e sim raspa a dentina. Isso significa
que os pacientes não sentem dor, ou seja, o profissional vai trabalhar raspando
só o tecido dentário amolecido, porque o produto só vai ser efetivo em tecido
contaminado.
Assim o papacárie pode ser
usado com sucesso em pacientes com necessidades especiais, crianças
(odontopediatria), adultos fóbicos, cáries muito próximas à polpa, ou em
qualquer tipo de lesão de cárie. Além disso, não há qualquer risco se o gel
entrar em contato com os tecidos moles bucais ( gengiva, língua, bochecha),
pois o mesmo não é tóxico e não apresenta contra indicações.
O gel é capaz de remover até
mesmo as cáries mais profundas, sendo somente ineficaz quando a cárie
encontra-se “escondida”.
O produto após removido da
cavidade não deixa resíduos que possam interferir na restauração, podendo assim
o cirurgião-dentista optar por qualquer material para restaurar o dente.