- Hantavirose, doença de difícil diagnóstico.
- Vem aumentando a preocupação com a hantavirose no Brasil.
Dona da maior taxa de letalidade entre as doenças causadas por vírus
no país, a doença é difícil de ser diagnosticada pelos médicos, já que
inicialmente os sintomas são a febre, dor no corpo e dor de cabeça, que
podem ser comuns a outras doenças.
Contudo, a hantavirose, transmitida por roedores silvestres, está
associada à Síndrome Cardiopulmonar pelo Hantavírus (SCPH) e à Febre
Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR).
Em 2014 foram confirmados 74 casos da doença no Brasil - o maior
problema, contudo, é que ocorreram 26 óbitos, uma altíssima taxa de
letalidade, com uma média de 46,5%.
Progressão da hantavirose
Após os primeiros sintomas, que podem durar de 3 a 6 dias, a doença
pode ir para a segunda fase, chamada de cardiopulmonar, que é
caracterizada pelo início da tosse, acompanhada por taquicardia, podendo
evoluir para edema pulmonar.
Na terceira fase da doença, chamada de diurética, ocorre a reabsorção
do líquido do edema pulmonar, e a resolução da febre e do choque.
A quarta fase, de convalescença, pode durar de duas semanas a dois meses nos casos mais graves, caracterizada pela prostração..
Infelizmente, cerca de metade dos pacientes não consegue vencer todas
essas etapas. Os que sobrevivem devem ser acompanhados pelo
profissional de saúde para avaliação de futuras sequelas como
hipertensão, insuficiência renal crônica e outras.
- Como se pega hantavirose
A hantavirose
é transmitida por meio da inalação de pequenas partículas do ar
formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres
infectados.
Os roedores silvestres também se contaminam pela inalação das
partículas de poeira contaminadas por excreções e também por mordeduras
de outros roedores.
As infecções ocorrem principalmente em áreas rurais, em situações
ocupacionais relacionadas à agricultura, sendo o sexo masculino com
faixa etária de 20 a 39 anos o grupo mais acometido.
Locais fechados, ou a poeira gerada pela atividade humana ao lavrar a
terra, limpeza de paióis, casas ou porões contaminados, quando
infestados de roedores, são ambientes de risco para a transmissão.
- Prevenção
Para se prevenir é preciso garantir práticas de higiene, saneamento
básico e evitar contato com ambientes contaminados por roedores, além da
cautela com o manejo ambiental, fatores que impedem a aproximação
desses animais no dia a dia das pessoas.
Algumas ações de combate, como roçar o terreno em volta da casa, dar
destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em
recipientes fechados e à prova de roedores, ajudam a manter a área livre
da presença dos roedores e evita sua interação com o homem,
principalmente em locais onde é conhecida a presença desses animais.