- O pai previdente
Havia outrora um homem viúvo muito rico,
que tinha um único filho. Ele estava muito preocupado com o futuro de
seu filho, com efeito, o moço tinha muitos amigos com os quais
dilapidava a fortuna do pai. Só pensava em farrear cercados dos amigos
que sem nenhum escrúpulo, aproveitavam das suas larguezas.
O pai tentava aconselhá-lo e implorava que renunciasse a esta vida ociosa. Dizia que enquanto se proporcionavam festanças, os amigos se multiplicavam, mas ao primeiro sinal de pobreza eles desapareceriam. Mas não adiantava.
Gradativamente o dinheiro escoava pelo ralo e o pai pensava no que fazer quando sua fortuna acabasse.
Pressentindo o seu fim, o ancião tenta encontrar um meio para que, após sua morte, seu filho não ficasse na miséria.
Um dia, ele retira duas ripas do teto do seu quarto, enche um jarro com moedas de ouro e o coloca no vão do teto. A seguir, recoloca as duas ripas no seu devido lugar e usa dois preguinhos para fixá-los. Colocando também, entre as ripas um pequeno aro de metal ao qual amarra uma corda. Por fim chama o filho e diz:
– "Meu querido filho, estou morrendo. Vou te dar o meu último conselho, imploro que você o siga. Quando você perceber que ficará pobre de verdade e sem dinheiro e teus amigos desaparecerem, no momento de desespero, enforca-te com essa corda e pense no seu pai, que tanto gosta de você."
Em um belo dia, o que o pai temia, acontece. E todos os bens que o pai tinha acumulado com tanto sacrifício, se dissiparam.
E o filho aturdido se pergunta, como iria viver daqui para frente.
Então, começa a pedir auxílio aos seu amigos de farra aos quais tanto ajudara. Mas, os falsos amigos esquecendo da liberalidade do companheiro, zombaram dele e o abandonaram e foram à procura de um outro otário endinheirado.
O moço se viu na obrigação de trabalhar, e encontra um emprego como carregador de caminhão para poder sobreviver. Mas esta vida, à qual não estava acostumado, torna-se insuportável.
Então, o desespero chega ao clímax, e ele recorda das últimas recomendações de seu pai e decide: "Não há melhor dia para me enforcar."
Vai até o quarto, sobe num banquinho, enfia a corda no pescoço e sem seguida afasta o banquinho com o pé para enforcar-se. Mas antes da corda se esticar por completo, as duas ripas que estavam presas pelos dois preguinhos cedem, e o moço se espatifa no chão junto com o jarro das moedas de ouro.
Nesse instante, ele entende o intuito de seu pai, que colocou esse tesouro prevendo os dias difíceis e o agradece do fundo do coração.
E no final, ele decide mudar de vida e tornar-se o moço que o seu pai tanto sonhara.
O pai tentava aconselhá-lo e implorava que renunciasse a esta vida ociosa. Dizia que enquanto se proporcionavam festanças, os amigos se multiplicavam, mas ao primeiro sinal de pobreza eles desapareceriam. Mas não adiantava.
Gradativamente o dinheiro escoava pelo ralo e o pai pensava no que fazer quando sua fortuna acabasse.
Pressentindo o seu fim, o ancião tenta encontrar um meio para que, após sua morte, seu filho não ficasse na miséria.
Um dia, ele retira duas ripas do teto do seu quarto, enche um jarro com moedas de ouro e o coloca no vão do teto. A seguir, recoloca as duas ripas no seu devido lugar e usa dois preguinhos para fixá-los. Colocando também, entre as ripas um pequeno aro de metal ao qual amarra uma corda. Por fim chama o filho e diz:
– "Meu querido filho, estou morrendo. Vou te dar o meu último conselho, imploro que você o siga. Quando você perceber que ficará pobre de verdade e sem dinheiro e teus amigos desaparecerem, no momento de desespero, enforca-te com essa corda e pense no seu pai, que tanto gosta de você."
- Pouco tempo depois, o pai faleceu.
Em um belo dia, o que o pai temia, acontece. E todos os bens que o pai tinha acumulado com tanto sacrifício, se dissiparam.
E o filho aturdido se pergunta, como iria viver daqui para frente.
Então, começa a pedir auxílio aos seu amigos de farra aos quais tanto ajudara. Mas, os falsos amigos esquecendo da liberalidade do companheiro, zombaram dele e o abandonaram e foram à procura de um outro otário endinheirado.
O moço se viu na obrigação de trabalhar, e encontra um emprego como carregador de caminhão para poder sobreviver. Mas esta vida, à qual não estava acostumado, torna-se insuportável.
Então, o desespero chega ao clímax, e ele recorda das últimas recomendações de seu pai e decide: "Não há melhor dia para me enforcar."
Vai até o quarto, sobe num banquinho, enfia a corda no pescoço e sem seguida afasta o banquinho com o pé para enforcar-se. Mas antes da corda se esticar por completo, as duas ripas que estavam presas pelos dois preguinhos cedem, e o moço se espatifa no chão junto com o jarro das moedas de ouro.
Nesse instante, ele entende o intuito de seu pai, que colocou esse tesouro prevendo os dias difíceis e o agradece do fundo do coração.
E no final, ele decide mudar de vida e tornar-se o moço que o seu pai tanto sonhara.
- TOUMANIAN, Hovhannes. Contos, 12/04, www.armenia.brasil.nom.br/contos.htm