Quem aqui não gosta de sentar para assistir um filme e comer muita pipoca? Apesar de tão mal falada, quando preparada com os ingredientes certos, a pipoca tem poucas calorias, faz bem para o coração e ainda é nutritiva. Um exemplo: ela possui mais polifenóis, que são substâncias antioxidantes, do que frutas e vegetais.
Os polifenóis já foram ligados a redução de doenças cardíacas e certos tipos de câncer. E, por se tratar de um alimento integral, a pipoca também é uma boa fonte de fibras. E isso é um marco para um lanche tão mal visto!
A pipoca pode ter o mesmo nível, ou até mais, de antioxidantes do que algumas frutas e vegetais, como maçã e pera. Segundo cientistas da University of Scranton, nos Estados Unidos, a quantidade de polifenois – um tipo de antioxidante – encontrada em cerca de 20 gramas de pipoca representa, em média, 13% do consumo diário recomendado dessa substância.
Essa alta concentração existe porque, diferentemente de frutas e verduras, ela tem apenas 4% de água em sua composição, diluindo pouco os antioxidantes. Por isso, é apontada como uma aliada na prevenção de doenças cardiovasculares, neurológicas, envelhecimento precoce e até do câncer.
Pesquisas anteriores mostraram que essa comida possui muitas fibras, o que contribui para a saciedade e bom funcionamento do intestino, contém ácido fólico, bom para problemas cardiovasculares e tratar anemias, magnésio e as vitaminas B1 e B2. Além disso, ela é 100% integral e não é processada – ao contrário de muitos alimentos ditos integrais atualmente. O responsável pela pesquisa Joe Vinson chega a afirmar que ela é o “lanche perfeito”.
Mas isso não significa que a pipoca pode substituir outros itens na dieta, pois, apesar de possuir vários nutrientes, ela não consegue suprir todos os outros existentes nos vegetais.
A pipoca pode não substituir uma refeição inteira, mas ainda assim é uma boa escolha na hora de comer uma “besteira”. O que você tem que fazer é evitar as opções com manteiga, óleo e sal, que diminuem, OU QUASE ANULAM, seus benefícios.
Você só come pipoca quando vai ao cinema? Essa é o pior tipo possível. Estudos revelam que as “variedades cinematográficas” possuem muito mais calorias, sal e gordura saturada, quase o mesmo que comer um lanche em cadeias de fast food.
As pipocas de micro-ondas são lncovenientes, possuem seus pontos negativos, mesmo quando a escolha são as light ou de pouca gordura. E estudos mostram que muitos componentes químicos usados nesses produtos são prejudiciais à saúde.
A melhor opção mesmo – e saborosa também – seria a tradicional pipoca de panela, sem óleo, é claro.
Cuidado, apesar de ser uma boa opção entre os lanches, pipoca não pode substituir frutas e vegetais na dieta.
Várias marcas de pipoca com manteiga contêm o químico diacetila, que produz vapores potencialmente tóxicos.
A pipoca é um dos artigos mais populares do mundo, degustada com frequência em estádios, em cinemas e também em casa. Os fabricantes vendem três bilhões de saquinhos de pipoca de micro-ondas por ano [fonte: Seattle Post-Intelligencer (em inglês)]. Alguns médicos e grupos de consumidores, no entanto, têm se preocupado porque um composto químico, utilizado para dar à pipoca de micro-ondas seu delicioso sabor de manteiga, pode ser uma séria ameaça à saúde.
O composto químico se chama diacetila e é utilizado na produção de pipoca de microondas, mas provavelmente também levou vários operários de fábricas a desenvolverem um grave problema nos pulmões. A diacetila está presente naturalmente em alguns alimentos, incluindo manteiga e vários outros derivados do leite, frutas, vinho e cerveja. Além disso, é usada em milhares de alimentos com o objetivo de adicionar ou aumentar o sabor de manteiga [fonte: Seattle Post-Intelligencer (em inglês)].
Centenas de operários desenvolveram um problema chamado bronquiolite obliterante. Esse problema é causado pela inalação de vapores de diacetila, que causam a formação de cicatrizes nos pulmões. Quem sofre desse mal tem dificuldades para expirar e, nos casos graves, o problema pode ser fatal. Em casos de bronquiolite obliterante grave, somente um transplante de pulmão pode salvar a vida do paciente. Alguns ex-operários de fábricas de pipoca morreram na fila dos transplantes.
Em setembro de 2007, a preocupação com os rumores sobre a pipoca de microondas se tornou maior quando algumas pessoas começaram a se perguntar se os consumidores também corriam perigo. Toda essa publicidade, parcialmente causada por um possível caso de bronquiolite obliterante em um consumidor, levou as quatro maiores fabricantes de pipoca a anunciarem que estavam abandonando a diacetila. Desde setembro de 2007, as empresas Weaver Popcorn Co., ConAgra Foods Inc., American Popcorn Company e General Mills Inc. eliminaram o uso do composto ou alegaram que fariam isso no prazo de um ano. As razões apresentadas por elas para abandonar o composto foram diferentes, mas algumas citaram as preocupações dos consumidores ou os problemas com a saúde dos operários. Também em 2007, uma associação americana de fabricantes de produtos alimentícios, a Flavor and Extract Manufacturers Association, recomendou uma diminuição do uso da diacetila na produção de alimentos.
Em 2003 e 2004, representantes federais de órgãos de saúde estudaram os casos de centenas de operários doentes em fábricas de pipoca. Todos esses operários foram diagnosticados com bronquiolite obliterante, provavelmente causada pela inalação de vapores de diacetila. O proprietário de uma empresa de pipoca em Montana morreu de complicações que se acredita estarem relacionadas aos ingredientes da aromatização da pipoca [fonte: Seattle Post-Intelligencer (em inglês)]. E não foram apenas centenas de operários de fábricas de pipocas: os operários de fábricas de doces e de batatas chips também ficaram doentes e pelo menos 20 operários que fabricavam produtos com diacetila [fonte: Seattle Post-Intelligencer (em inglês)]. Mais de US$20 milhões em indenizações já foram pagos em razão de processos dos operários das fábricas prejudicados pela diacetila - como já mencionamos, alguns desses trabalhadores morreram [fonte: Seattle Post-Intelligencer (em inglês)].
Os trabalhadores de fábricas de pipocas e doces que ficaram doentes foram expostos a grandes quantidades de vapores de diacetila diariamente.
- http://saude.hsw.uol.com.br/pipoca-toxica.htm