quinta-feira, 21 de junho de 2018

Exaustão emocional por ter sido forte demais por muito tempo

  • Quando nos forçamos a ser fortes demais por muito tempo, corremos o grande risco de sofrermos de exaustão emocional.
A exaustão emocional pode surgir por diversos tipos de “esforços não saudáveis”: em casa, no trabalho, com amigos, em relacionamentos românticos, no relacionamento consigo mesmo… a lista continua. E não é algo que se manifesta da noite para o dia. Acumula-se por muito tempo, até que chega o momento em que simplesmente “explodimos”, por não conseguirmos mais lidar com tanta coisa guardada em nosso coração.

Nem todas as pessoas conseguem lidar com esse turbilhão de sentimentos vindo à tona, por isso é muito comum que desenvolvam condições de ansiedade, depressão profunda ou doenças crônicas. No entanto, além da esfera emocional, essa exaustão também nos afeta fisicamente, impedindo-nos de seguirmos em frente, em direção a vidas saudáveis e felizes.

A falta de reciprocidade como incentivadora do esgotamento emocional
A principal fonte do esgotamento emocional é a falta de reciprocidade. 

As pessoas que sofrem dessa condição são, geralmente, aquelas que se preocupam em dar sempre o melhor de si em todos os seus relacionamentos, mas nunca são correspondidas com a mesma intensidade.

A falta de reconhecimento somada à renúncia constante de si mesmo, de suas prioridades, sonhos e necessidades, causa uma grande ferida no coração dessas pessoas que aumenta a cada dia, sem previsão de cura.

Os primeiros sintomas da exaustão

Assim como com todas as condições da vida, quando se trata de esgotamento emocional, primeiro apresentamos sintomas de que algo está errado. Se não soubermos identificar esses sinais, não saberemos como tratá-los e, dessa maneira, não poderemos prevenir os efeitos do esgotamento em nossas vidas.

Para ajudá-lo a identificar se você pode estar caminhando para a exaustão emocional, apresentamos abaixo os principais sintomas da condição. Se estiver experimentando esses sintomas em sua vida diária, busque medidas de prevenção o quanto antes.

Os primeiros sintomas de exaustão emocional:

    Cansaço físico: acordar a cada dia parece muito difícil e você já espera que seu novo dia seja repleto de tarefas exaustivas, além de não encontrar motivação em nada.

    Falta de motivação: você não se sente verdadeiramente inspirado para realizar nenhuma tarefa diária. Pelo contrário, apenas faz o que tem que fazer sem nenhuma alegria ou interesse verdadeiro em melhorar.

    Irritabilidade: tudo ao seu redor parece irritá-lo e seu autocontrole diminui um pouco a cada dia, o que o torna mais suscetível a desentendimentos com as pessoas ao seu redor. Além disso, até mesmo as menores críticas e discordâncias parecem ofendê-lo.

    Insônia: com muitas coisas em suas mentes, essas pessoas têm dificuldade em estar em um estado de calma para conseguirem dormir.

    Distanciamento afetivo: suas emoções se tornam cada vez mais longe.

    Problemas de memória: sua memória para estar prejudicada e se torna difícil lembrar até das pequenas coisas.

    Dificuldades para desenvolver pensamentos: O cansaço torna o pensamento mais lento. Dessa maneira, começa a precisar de mais tempo para realizar suas tarefas diárias. 

Como lidar com a exaustão emocional

Naturalmente, a melhor maneira de tratarmos a exaustão emocional é nos permitirmos tempo para descansar. Precisamos aprender a nos priorizar, compreendendo que apenas quando estivermos bem por dentro e fora, podemos melhorar nossas vidas e ajudar aqueles ao nosso redor.

Na busca por paz e tranquilidade, muitas pessoas pedem um tempo de suas responsabilidades para tirar férias ou viajar para algum lugar que lhes proporcione o descanso e inspiração que precisam. Se viajar não é uma opção para você no momento, dedique-se a incluir em sua rotina atividades que lhe causam felicidade e gratificação.

Tenha um tenho para ficar em sua própria companhia, reflita sobre sua vida e reconecte-se com sua verdadeira essência.

Seja bom consigo mesmo, assim como é com as outras pessoas ao seu redor. A mudança deve começar em seu interior. Caso contrário, sua evolução ficará limitada.
  • Podemos nos proteger do stress com o humor?
 Pode ser que a capacidade de ver o lado engraçado das coisas realmente funcione como um escudo psicológico contra o stress? 

Uma série de estudos fornecem suporte experimental para esta ideia.

A pesquisa também mostra por que é tão difícil de se estudar esta questão: o humor na verdade, reduz o stress ou é apenas mais fácil de se ver o lado engraçado das coisas quando você está enfrentando bem a situação?

Heidi Fritz, da Universidade Clarkson, e seus colegas começaram a conduzir um estudo diário com 21 mulheres e 1 homem diagnosticados com fibromialgia. Os participantes preencheram um breve questionário sobre a sua saúde física, estado psicológico e tendência a ver o lado engraçado das coisas (eles pediram por exemplo, se ao passar por situações como caos um homem derramasse água neles, eles conseguiriam rir daquilo), quanta socialização eles tiveram recentemente junto de apoio familiar e interação com amigos e como eles avaliavam seus desafios (olhar para o lado positivo em uma situação difícil).

Então, as pessoas passaram os próximos quatro dias do experimento com a tarefa de fazer anotações em um diário, várias vezes ao dia, o que deveria traduzir estados emocionais e físicos. 

O assunto mais recorrente no início era o senso de humor, menor o estresse e melhora na condição física dos participantes. Mas ao contrário das expectativas dos autores, os aparentes benefícios do humor não foram explicados, eles não puderam associar o que incentivava a tendência para reavaliar situações ou ter melhores relações sociais.

Em um segundo estudo, onde 109 estudantes de graduação participaram, foram feitas perguntas sobre o seu estado psicológico e emocional, sua tendência a encontrar coisas engraçadas e fazer piadas, e finalmente, deveriam se lembrar de um evento estressante e explicar o quanto aquilo os afetou. Em geral, o que os acadêmicos relataram, foi que o trauma que eles tiveram que enfrentar em algum ponto, apontava os indicadores mais altos de estresse psicológico.

No entanto, os alunos que estavam mais inclinados ao humor, apresentaram um caso diferente: eventos traumáticos afetaram suas vidas, mas ainda com base na pontuação emocional, não estavam apresentavam altos níveis de estresse.

Existe um problema óbvio nestes dois primeiros estudos: ele poderia simplesmente indicar que os participantes menos estressados tinham mais facilidade em enxergar o humor das coisas, ao invés de possuírem uma inclinação para a comédia, reduzindo seus níveis de stress ou sintomas físicos. 

É por isso que os cientistas realizaram um terceiro estudo, tentando corrigir esse problema metodológico. A última pesquisa recrutou 105 estudantes que foram afetados pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Eles completaram testes psicológicos de um mês após o ataque, que incluía testar a sua predisposição para o humor, e dois meses depois responderam mais perguntas sobre seus níveis de estresse.

Foi observada que alguns possuíam uma tendência a melhorar o humor (dar uma perspectiva animado sobre a vida). Fritz e seus colegas disseram que um padrão consistente surgiu de seus estudos: “o uso positivo do humor previu redução do sofrimento psicológico em resposta a eventos estressantes”. No entanto, a evidência para esta conclusão parece fraca: apenas o estudo final teve a metodologia longitudinal necessária para identificar um potencial papel causal para o humor na redução do sofrimento, ainda é possível que outras variáveis desconhecidas, como personalidade, fosse o verdadeiro fator causal por trás de mais humor e menor sofrimento.

Uma evidência mais forte para o benefício do estresse provocado pelo humor exigiria um experimento que manipulasse o senso de humor das pessoas e analisasse os efeitos sobre o estresse, algo complicado de se fazer. 

“Dada a persistente crença nos benefícios de saúde física do uso do humor, é fundamental que entendamos a magnitude de seu efeito”, concluíram os pesquisadores.
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