- O mais terrível não é ter o coração partido, ele existe para ser partido, o mais terrível é transformar nosso coração em pedra
- Coração Partido - Síndrome do Coração Partido:
- A morte por amor
Já não é de hoje que filósofos, psicólogos e psiquiatras nos contam casos, no mínimo curiosos, a respeito das reações que são descritas por algumas pessoas ao viverem uma grande perda afetiva. Dos mais simples aos mais graves, várias histórias já foram contadas, entretanto, desenvolver dores físicas e complicações cardíacas em função de quadros emocionais, seria possível?…
Discutido na BCC semana passada, há tempos atrás se registrou o caso de uma mulher de 44 anos que foi admitida às pressas no Massachusetts General Hospital relatando que se sentia muito bem, mas que subitamente experimentou uma dor extrema em seu peito, desconforto esse que irradiava através de seu braço esquerdo – para quem não sabe, sinal clássico de um ataque cardíaco.
Para pesquisadores do New England Journal of Medicine, este caso incomum “parecia”, mas não havia sido de fato, um ataque cardíaco. O artigo relatava que o dano aparente do músculo cardíaco da paciente havia sido muito mais de origem emocional do que fisiológica. Na parte da tarde daquele próprio dia, confirmou-se a hipótese: a paciente, pela manhã, havia sido informada do suicídio de seu filho de 17 anos.
O estresse psicológico extremo pode causar danos fisiológicos?
Algumas evidências de que emoções extremas podem afetar o coração não são recentes. Biólogos e veterinários, por exemplo, já relataram que emoções excessivas podem causar problemas na fisiologia do corpo de certos animais. A chamada “miopatia de captura'' seria um exemplo. Tal síndrome é ocasionada por estresse relacionado à captura e transferência dos animais selvagens, podendo causar efeitos severos sobre a musculatura do miocárdio (e muitas vezes levando a morte súbita), ou seja, podendo ser, em alguns casos, efetivamente fatal.
E nos seres humanos?
No New England Journal of Medicine, por exemplo, foi igualmente relatado um aumento expressivo de mortes relacionadas ao estresse intenso. Tais óbitos, segundo os pesquisadores, foram correlacionados certa vez a um estresse extremo que fora, na ocasião, vivido pela população de uma cidade ao ser despertada por um terremoto violento.
Já na década de 1990, pesquisadores japoneses reconheceram a condição nos humanos, ao descrever um aparente ataque cardíaco induzido pelo estresse, segundo o periódico Arquivos Médicos. O primeiro caso no Brasil foi descrito em 2005.
Caso você ainda não saiba, as ligações entre o coração e as questões emocionais têm sido estudadas, pois a possibilidade de um evento fatal nessas condições é mais comum do que se pensaria. As relações entre as emoções e o coração têm uma base anatômica, pois o coração recebe um grande número de fibras nervosas provenientes das estruturas cerebrais, criando assim uma ligação estreita, afirmam alguns pesquisadores.
Discutido na BCC semana passada, há tempos atrás se registrou o caso de uma mulher de 44 anos que foi admitida às pressas no Massachusetts General Hospital relatando que se sentia muito bem, mas que subitamente experimentou uma dor extrema em seu peito, desconforto esse que irradiava através de seu braço esquerdo – para quem não sabe, sinal clássico de um ataque cardíaco.
Para pesquisadores do New England Journal of Medicine, este caso incomum “parecia”, mas não havia sido de fato, um ataque cardíaco. O artigo relatava que o dano aparente do músculo cardíaco da paciente havia sido muito mais de origem emocional do que fisiológica. Na parte da tarde daquele próprio dia, confirmou-se a hipótese: a paciente, pela manhã, havia sido informada do suicídio de seu filho de 17 anos.
O estresse psicológico extremo pode causar danos fisiológicos?
Algumas evidências de que emoções extremas podem afetar o coração não são recentes. Biólogos e veterinários, por exemplo, já relataram que emoções excessivas podem causar problemas na fisiologia do corpo de certos animais. A chamada “miopatia de captura'' seria um exemplo. Tal síndrome é ocasionada por estresse relacionado à captura e transferência dos animais selvagens, podendo causar efeitos severos sobre a musculatura do miocárdio (e muitas vezes levando a morte súbita), ou seja, podendo ser, em alguns casos, efetivamente fatal.
E nos seres humanos?
No New England Journal of Medicine, por exemplo, foi igualmente relatado um aumento expressivo de mortes relacionadas ao estresse intenso. Tais óbitos, segundo os pesquisadores, foram correlacionados certa vez a um estresse extremo que fora, na ocasião, vivido pela população de uma cidade ao ser despertada por um terremoto violento.
Já na década de 1990, pesquisadores japoneses reconheceram a condição nos humanos, ao descrever um aparente ataque cardíaco induzido pelo estresse, segundo o periódico Arquivos Médicos. O primeiro caso no Brasil foi descrito em 2005.
Caso você ainda não saiba, as ligações entre o coração e as questões emocionais têm sido estudadas, pois a possibilidade de um evento fatal nessas condições é mais comum do que se pensaria. As relações entre as emoções e o coração têm uma base anatômica, pois o coração recebe um grande número de fibras nervosas provenientes das estruturas cerebrais, criando assim uma ligação estreita, afirmam alguns pesquisadores.
- Síndrome do coração partido
A síndrome do coração partido, cardiomiopatia induzida por estresse ou a cardiomiopatia de Takotsubo (Tako-tsubô são armadilhas de polvo que se assemelham a forma de um coração ferido) é uma condição que pode atacar até mesmo pessoas saudáveis.
As manifestações clínicas são muito semelhantes aos casos clássicos de infarto do miocárdio, onde a maior parte dos pacientes apresenta dor, falta de ar, e em alguns casos arritmias, choques e desmaios.
A síndrome do coração partido, por exemplo, pode ser diagnosticada assim, como um ataque cardíaco, pois os sintomas e os resultados dos testes são muito semelhantes, entretanto, embora existam mudanças dramáticas no ritmo e substâncias no sangue (típicas de um ataque cardíaco), não se registra nenhuma evidência de que as artérias do coração estariam bloqueadas.
As mulheres são mais propensas que os homens a experimentar a dor súbita e intensa no peito – reação a uma onda de hormônios do estresse – que pode ser causada por um evento emocionalmente estressante.
Pode ocorrer, por exemplo, devido à morte de um ente querido, por uma dissolução afetiva, traição, rejeição, divórcio ou até mesmo uma separação física, ou seja, depois de algum choque emocional mais severo, algumas pessoas poderiam sofrer a síndrome do coração partido.
A boa notícia é que essa síndrome geralmente é tratável e apresenta boa recuperação. A má notícia, entretanto, é que essa síndrome pode levar a insuficiência muscular cardíaca grave, de curto prazo (e em casos raros, podendo ser fatal), segundo a American Heart Association.
As manifestações clínicas são muito semelhantes aos casos clássicos de infarto do miocárdio, onde a maior parte dos pacientes apresenta dor, falta de ar, e em alguns casos arritmias, choques e desmaios.
A síndrome do coração partido, por exemplo, pode ser diagnosticada assim, como um ataque cardíaco, pois os sintomas e os resultados dos testes são muito semelhantes, entretanto, embora existam mudanças dramáticas no ritmo e substâncias no sangue (típicas de um ataque cardíaco), não se registra nenhuma evidência de que as artérias do coração estariam bloqueadas.
As mulheres são mais propensas que os homens a experimentar a dor súbita e intensa no peito – reação a uma onda de hormônios do estresse – que pode ser causada por um evento emocionalmente estressante.
Pode ocorrer, por exemplo, devido à morte de um ente querido, por uma dissolução afetiva, traição, rejeição, divórcio ou até mesmo uma separação física, ou seja, depois de algum choque emocional mais severo, algumas pessoas poderiam sofrer a síndrome do coração partido.
A boa notícia é que essa síndrome geralmente é tratável e apresenta boa recuperação. A má notícia, entretanto, é que essa síndrome pode levar a insuficiência muscular cardíaca grave, de curto prazo (e em casos raros, podendo ser fatal), segundo a American Heart Association.
- Conclusão
O equilíbrio emocional, mais do que assegurar uma manutenção de nossa autoestima e garantir nossa sustentação psicológica, pode assegurar igualmente uma melhor estabilidade de nossa saúde física, ao diminuir as chances de se desenvolver doenças.
Portanto, muitas vezes, manter-se no controle de nossas emoções pode ser mais importante do que pensamos.
Entretanto, como diz poeticamente um autor desconhecido: “O bom de ter o coração partido é que você distribui os pedaços por aí.”
Portanto, muitas vezes, manter-se no controle de nossas emoções pode ser mais importante do que pensamos.
Entretanto, como diz poeticamente um autor desconhecido: “O bom de ter o coração partido é que você distribui os pedaços por aí.”
- É bom ficar ligado!…
- Uol ciência