sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

COLESTEROL - Mito dos Mitos - Verdades Reais


  • Colesterol - Mitos e verdades
  • Dia Nacional do Combate ao Colesterol (08/08)
  • O COLESTEROL SERÁ UM MITO?
Durante anos ouvimos que o colesterol é a encarnação do mal. Que em excesso entope as artérias e abre caminho aos infartes do miocárdio e aos AVCs.
 

Por causa dele passámos a olhar com horror para as alheiras, para as bifanas e para a manteiga. Os ovos passaram a merecer desconfiança. Não mais de um ou dois por semana disseram-nos repetidamente. Para manter o colesterol em níveis aceitáveis, milhões de pessoas tomam regularmente medicamentos conhecidos como estatinas.
 

As estatinas são os medicamentos mais vendidos em todo o mundo e Portugal não é exceção: em 2000 vendiam-se perto de um milhão e 500 mil embalagens. Em 2009 mais de cinco milhões e 400 mil, um aumento de mais de 200% lê-se numa tese de mestrado que fez a avaliação do consumo destas substâncias em Portugal.
 

Pois bem, todas estas ‘provações’ podem ser em vão. Pelo menos a crer nos ‘céticos do colesterol’, um grupo de médicos e investigadores empenhados em acabar com o que garantem ser a crença errada de que o colesterol faz mal à saúde.
 

Existe, desde 2003, uma Liga internacional dos Céticos do Colesterol (www.thincs.org) com uma centena de membros das mais diversas especialidades médicas.
 

São vistos como fanáticos ou adeptos de teorias da conspiração pelos médicos ‘ortodoxos’, mas a sua cruzada ganhou visibilidade com a publicação em França do livro ‘La Verité sur le Cholestérol’, do médico Philippe Even, e, nos EUA, do livro ‘The Great Cholesterol Myth’, do cardiologista Stephen Sinatra e do nutricionista Jonny Bowden.
 

O apoio midiático do médico Mehmet Oz que entrevistou os autores no seu programa de televisão visto por milhões voltou a criar um buzz à volta do tema. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo.
 

Os fatores de risco incluem a hipertensão, obesidade, diabetes. E também o colesterol elevado, que os céticos querem reabilitar.
  • O que dizem os céticos?
Um relatório da Escola de Saúde Pública de Harvard aponta o metabolismo, mais do que a dieta, como responsável pelos níveis de colesterol no sangue.
 

Esta ideia reúne consenso na classe médica. Pedro Marques Silva, responsável da Consulta de Hipertensão Arterial e Dislipidemias do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, confirma: “Se reduzíssemos o colesterol na dieta de tal maneira que a comida ficasse incomestível, ainda assim a taxa de colesterol que conseguíamos reduzir seria apenas de 20%”.
  • Os vegetarianos também têm colesterol alto?
Os vegans e vegetarianos podem ter níveis de colesterol altos, apesar de não comerem produtos animais, precisamente porque 70 a 80% do colesterol é produzido no nosso fígado e não tem origem na alimentação.
 

E é com este argumento que os céticos incentivam o regresso ao nosso prato das gorduras saturadas tais como as presentes em alimentos de origem animal e algumas de origem vegetal, a saber:
    Manteiga
    Carne vermelha
    Óleo de coco
 

Além de não influenciarem o colesterol no sangue, elas têm um papel importante na absorção do cálcio e manutenção da densidade óssea e são essenciais para o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, dizem.
  • Quer dizer que podemos ingerir colesterol à vontade?
Claro que não! Uma pessoa magra, com colesterol total elevado, mas sem hipertensão ou diabetes, não tem risco cardiovascular, teoria defendida pelos céticos do colesterol. Nestes casos, a alimentação não é um fator decisivo, nem vale a pena andar a fazer restrições radicais ou medicação.
 

O problema é que na maioria dos casos, quem tem o colesterol total aumentado tem também outros fatores de risco, como o excesso de peso, a hipertensão ou a diabetes ou seja tem a chamada síndrome metabólica.
 

Quando é assim, a alimentação é fundamental, porque o simples fato de perder peso ajuda muito. Há casos de pessoas que deixaram a medicação para a hipertensão e para o colesterol com base na reeducação alimentar e no exercício físico como, por exemplo, uma caminhada diária de, pelo menos, 45 minutos. 

Na opinião dos céticos do colesterol os verdadeiros inimigos do coração são as gorduras hidrogenadas, ou trans, presentes nos alimentos processados para ajudar a prolongar o seu tempo de prateleira e o açúcar.
 

A alimentação pode não influenciar o colesterol mas influencia o nível de triglicérides, outro tipo de gordura do sangue, associada sobretudo ao consumo de açúcar simples e de hidratos de carbono, e que é consensualmente um fator de risco para as doenças cardiovasculares e diabetes.
  • Existe relação direta entre colesterol no sangue e as doenças coronárias?
Não existe uma relação direta entre o colesterol no sangue e as doenças coronárias, dizem os céticos do colesterol.
 

O francês Philippe Even, autor do livro ‘La Verité sur le Cholestérol’, enfatiza que analisou mais de 800 publicações científicas, em particular oito estudos epidemiológicos, dez meta-análises e 46 ensaios clínicos concluindo que não é verdade que a responsabilidade do colesterol esteja apoiada em provas sólidas e largamente aceites ou que numerosos estudos tenham mostrado uma relação direta entre o colesterol e a mortalidade cardíaca.
 

O cardiologista norte-americano Jonny Bowden, autor do livro ‘The Great Cholesterol Myth’, subscreve. “Durante 43 anos fiz prática clínica com base nos dados convencionais, mas a certa altura dei-me conta que se metade das pessoas com colesterol alto tinha doenças cardíacas e outra metade não, alguma coisa estava errada na associação de causa-efeito do colesterol às doenças cardíacas”, explicou o cardiologista, no programa te TV do Dr. Oz.

Para os céticos do colesterol, a presença de colesterol nas artérias de doentes coronários decorre muitas vezes de uma função pouco conhecida do próprio colesterol: a de molécula reparadora. “Na verdade, ele tem uma função é protetora. Quando as artérias estão danificadas o colesterol LDL viaja até ao local do acidente e ajuda a repará-las.
 

Culpar o colesterol é como culpar os bombeiros de atearem fogos
  • Afinal devo tomar ou não medicamentos para o colesterol quando está alto?
  • A nossa opinião é a seguinte:
    Se tem colesterol LDL (o  mau ) alto mas o colesterol HDL (o bom) também está alto ou normal, tem peso normal, não tem hipertensão nem diabetes, então decididamente NÃO!  Faça exercício físico, que pode ser uma simples caminhada diária mas tem de durar pelo menos 45 minutos.
 

Se tem colesterol LDL alto, HDL baixo e também alguns fatores de risco como peso excessivo, hipertensão ou diabetes, então parece-nos que o risco de não tomar é maior e portanto SIM deve ser colocada essa hipótese se as correções alimentares e o exercício físico não surtirem efeito a curto prazo.
 

Em qualquer dos casos essa é uma decisão que deve ser tomada, sempre, com o apoio do seu médico.

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