Minhas reflexões acerca dos temas da moral se iniciaram na segunda metade dos anos 1970. Decorreram de certas características que detectei ao me voltar para a análise da forma como os casais se unem.
A regularidade com que pessoas com propriedades psicológicas antagônicas se encantavam umas com as outras me impressionou justamente porque estava completamente fora das expectativas probabilísticas. Quase todas as pessoas mais quietas e pouco agressivas casavam-se com criaturas de “gênio forte” e bastante extrovertidas. Casavam-se e ainda se casam. Em 1977 publiquei o livro Você é feliz?, no qual descrevi em detalhe a forma de ser das pessoas mais egoístas. Naquela época se iniciavam as especulações a respeito da “Era do Narcisismo”, em que parecia legal a pessoa se livrar de qualquer tipo de limite interno e tratar de viver de acordo com seus desejos. Nunca foi esse o meu ponto de vista, já que via o egoísmo como falha moral. Pensava na generosidade como virtude e no egoísmo como vício. Assim pensavam todas as pessoas “de bem”. Em 1981 publiquei Em busca da felicidade, livro no qual já apontava, de forma bastante enfática, minhas primeiras dúvidas acerca da “pureza” da conduta generosa.
A regularidade com que pessoas com propriedades psicológicas antagônicas se encantavam umas com as outras me impressionou justamente porque estava completamente fora das expectativas probabilísticas. Quase todas as pessoas mais quietas e pouco agressivas casavam-se com criaturas de “gênio forte” e bastante extrovertidas. Casavam-se e ainda se casam. Em 1977 publiquei o livro Você é feliz?, no qual descrevi em detalhe a forma de ser das pessoas mais egoístas. Naquela época se iniciavam as especulações a respeito da “Era do Narcisismo”, em que parecia legal a pessoa se livrar de qualquer tipo de limite interno e tratar de viver de acordo com seus desejos. Nunca foi esse o meu ponto de vista, já que via o egoísmo como falha moral. Pensava na generosidade como virtude e no egoísmo como vício. Assim pensavam todas as pessoas “de bem”. Em 1981 publiquei Em busca da felicidade, livro no qual já apontava, de forma bastante enfática, minhas primeiras dúvidas acerca da “pureza” da conduta generosa.