sábado, 10 de janeiro de 2015

E-BOOK - Rachel de Queiroz - Memorial de Maria Moura

 
  •  Quando tudo no mundo é mocidade, verde a árvore, moça a natureza; e cada ganso te parece um cisne, e cada rapariga uma princesa; venham minhas esporas, meu cavalo! Vou correr mundo em busca de alegria! O sangue moço quer correr, ardente, E cada criatura quer seu dia... Nas frias tardes da velhice, quando É parda toda a árvore que vive; Em que todo desporto é já cansaço, E toda a roda corre no declive; oh! Volta à casa, busca o teu caminho, vai, mesmo assim, cansado e sem beleza: lá acharás o rosto que adoravas quando era jovem toda a natureza! Charles Kingsley 
  • Há pessoas que sentem muita pena de não terem conhecimento dos segredos do futuro. Eu não. Este mundo atual já é tão rico de promessas, mas também de ameaças, que chego a dar graças por estes noventa anos já cumpridos. Pela falta de tempo a decorrer depois destes noventa anos, as surpresas serão poucas, quer as boas, quer as más. Rachel de Queiroz
  • Rachel de Queiroz - Biografia
Quinta ocupante da Cadeira 5, eleita em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Cândido Motta Filho e recebida pelo Acadêmico Adonias Filho em 4 de novembro de 1977.
Rachel de Queiroz nasceu em  Fortaleza (CE), em 17 de novembro de 1910, e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 4 de novembro de 2003. Filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descende, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar, parente portanto do autor ilustre de O Guarani, e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas no  Quixadá e Beberibe.
Em 1917, veio para o Rio de Janeiro, em companhia dos pais que procuravam, nessa migração, fugir dos horrores da terrível seca de 1915, que mais tarde a romancista iria aproveitar como tema de O quinze, seu livro de estreia. No Rio, a família Queiroz pouco se demorou, viajando logo a seguir para Belém do Pará, onde residiu por dois anos.
Em 1919, regressou a Fortaleza e, em 1921, matriculou-se no  Colégio da Imaculada Conceição, onde fez o curso normal, diplomando-se em 1925, aos 15 anos de idade.
Estreou em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queiroz, publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva. Em fins de 1930, publicou o romance O quinze, que teve inesperada e funda repercussão no Rio de em São Paulo. Com vinte anos apenas, projetava-se na vida literária do país, agitando a bandeira do romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca.
O livro, editado às expensas da autora, apareceu em modesta edição de mil exemplares, impresso no Estabelecimento Gráfico Urânia, de Fortaleza.  Recebeu crítica de  Augusto Frederico Schmidt, Graça Aranha, Agripino Grieco e Gastão Gruls. A consagração veio com o Prêmio da Fundação Graça Aranha.
Em 1932, publicou um novo romance, intitulado João Miguel, e em 1937, retornou com Caminho de pedras. Dois anos depois, conquistou o prêmio da Sociedade Felipe de Oliveira, com o romance As três Marias. Em 1950, publicou em folhetins, na  revista O Cruzeiro, o romance  O galo de ouro.
Cronista emérita, publicou mais de duas mil crônicas, cuja seleta propiciou a edição dos seguintes livros: A donzela e a moura torta; 100 Crônicas escolhidas; O brasileiro perplexo e O caçador de tatu. No Rio, onde reside desde 1939, colaborou no Diário de Notícias, em O Cruzeiro e em O Jornal. Tem duas peças de teatro, Lampião, escrita em 1953, e A Beata Maria do Egito, de 1958, laureada com o prêmio de teatro do Instituto Nacional do Livro, além de O padrezinho santo, peça que escreveu para a televisão, ainda inédita em livro. No campo da literatura infantil, escreveu o livro O menino mágico, a pedido de Lúcia Benedetti. O livro surgiu, entretanto, das histórias que inventava para os netos. Dentre as suas atividades, destaca-se também a de tradutora, com cerca de quarenta volumes já vertidos para o português.
Foi membro do Conselho Federal de Cultura, desde a sua fundação, em 1967, até sua extinção, em 1989. Participou da 21ª Sessão da Assembléia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos  Direitos do Homem. Em 1988, iniciou sua colaboração semanal no jornal O Estado de S. Paulo  e no Diário de Pernambuco.
Recebeu o Prêmio  Nacional de Literatura de Brasília para conjunto de obra em 1980; o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, em 1981; a Medalha Mascarenhas de Morais, em solenidade realizada no Clube Militar (1983); a Medalha Rio Branco, do Itamarati (1985); a Medalha do Mérito Militar no grau de Grande Comendador (1986); a Medalha da Inconfidência do Governo de Minas Gerais (1989); O Prêmio Luís de Camões (1993); o Prêmio Moinho Santista, na categoria de romance (1996); o  Diploma de Honra ao Mérito do Rotary Clube do Rio de Janeiro (1996);  o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2000). Em 2000, foi eleita para o elenco dos “20 Brasileiros empreendedores do Século XX”, em pesquisa realizada pela PPE (Personalidades Patrióticas Empreendedoras).
  •  As Melhores Crônicas de Rachel de Queiroz - Resumo e análise da obra de Rachel de Queiroz
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/melhores-cronicas-rachel-queiroz-resumo-analise-obra-rachel-queiroz-698968.shtml
  • Rachel de Queiroz - Memorial de Maria Moura
http://www.adrive.com/public/bSd2YB/Rachel%20de%20Queiroz%20-%20Memorial%20de%20Maria%20Moura.pdf